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História Aceita ter um filho meu? - Não sou tão espaçoso assim - História escrita por Kurako - Spirit Fanfics e Histórias
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História Aceita ter um filho meu? - Não sou tão espaçoso assim


Escrita por: Kurako

Notas do Autor


Hoooola, eu consegui att antes da meia noite, tô orgulhosa de mim mesma!

Duas obs: OTAKU para quem não sabe, no Japão é uma pessoa muito viciada em algo, de ídolos até comida e eles são mal vistos pela sociedade. Outra coisa, FUTON são aqueles colchões dobráveis bem comuns por lá.

Era isso; Boa leitura!

Capítulo 17 - Não sou tão espaçoso assim


Fanfic / Fanfiction Aceita ter um filho meu? - Não sou tão espaçoso assim

Capítulo XVII 

O almoçou ocorreu bem, conversas descontraídas, seguidas de experimentarem os doces que o mais alto havia entregado antes. Pela tarde, Todoroki tomou um banho e desfez sua mala, aproveitou ao acabar, para observar o antigo quarto do garoto esverdeado, sorrindo singelamente por notar que provavelmente ele estava intocável desde a sua infância.

- Do que está rindo? – Izuku acabou o assustando.

- Oh, adoro como você pode notar certas coisas em mim. – desconversou para disfarçar a vergonha do susto. Não havia notado a presença alheia, já que o ambiente inteiro tinha o delicioso cheiro do ômega.

E novamente Midoriya sentiu o rosto esquentar indicando que provavelmente ficara vermelho.

- Sabe de uma coisa, não demos o abraço diário hoje, senta aqui e me conta um pouco a história desses pôsteres enquanto fazemos isso. – indicou o espaço vago entre suas pernas no chão onde ele estava escorado à cama.

Passou a mão nos cabelos ondulados como se conseguisse pensar melhor daquela forma, era verdade que durante a manhã não haviam tido o nem tão costumeiro contato, entretanto por que precisaria ser dessa maneira? Resolveu que perguntaria:

- Você parece que gosta de ficar sentado assim, né Todoroki-kun? – indagou assim que se acomodou.

- Sim, sinto como se o mundo inteiro coubesse em meus braços, fora que posso sentir bem o seu cheiro. – aspirou próximo a nuca do mais baixo.

- To-Todoroki-kun! – seu corpo se arrepiou. Também tentou sair, porém sentiu-se ser ainda mais apertado.

- Me conta, isso era de quando criança? – apontou para alguns bonecos de heróis.

- Na verdade, eu meio que era otaku e colecionava essas coisas. – falou sem graça.

- Nunca imaginei. – se seu pai soubesse que além de estar apaixonado por um ômega masculino, este ainda era otaku. Estranhamente sorrio em contentamento.

- Eu sempre passei muito tempo em casa, então acabava assistindo bastante, infelizmente virei fã. – explicou.

- E por que não havia nada em seu apartamento antigo? – lembrou desse fato.

- Ah, eu não quis levar, achei mais seguro deixar aqui e no final eu estava certo.

Ambos concordaram ao lembrar do incêndio, no entanto, Todoroki percebeu ali uma ótima oportunidade de presentear o outro, anotando mentalmente os nomes de alguns heróis americanos e personagens de desenhos que havia reconhecido.

- Meninos, venha jantar. – Inko bateu na madeira da porta apenas para anunciar sua presença, se pudesse nem terei interrompido a linda cena dos dois abraçados.

Se arrumaram rapidamente, como se houvesse algo fora do lugar em si mesmos, estavam constrangidos, porém para Shouto era bom que a mãe do ômega visse como tratava o seu filho. Seguiram para a cozinha.

A beta não podia negar estar feliz com o que seus olhos comprovavam, eles se davam muito bem e sabia que seu filho nutria um carinho muito grande pelo lúpus, só esperava que esse sentimento pudesse evoluir com o tempo. Pensando em sentimentos, lembrou-se que havia algo que não tinha contado:

- Izuku, mamãe está namorando. – sorriu diante do leve engasgo de sua cria.

Todoroki que auxiliou o ômega a beber água, não estava entendendo nada, entretanto se manteve neutro, não se meteria num assunto que pareceu ser algo de família.

- Ele é o diretor do hospital, sabe, no início achei que ele só estava com brincadeiras querendo se aproveitar de uma mulher sozinha. Mas ele me conquistou com o tempo, e quando contei que você viria para cá, ficou animadíssimo em conhecê-lo. – relatou.

Sua mãe parecia tão radiante enquanto falava, que não pode evitar ficar contente por ela, era bom saber que alguém estava a fazendo feliz como a muito não a via.

- Pode marcar, ficarei contente em encontrá-lo. – sorriu acolhedor.

- Certo. – sorriu. - Quais os planos para amanhã?

- Ah, eu estava pensando em passear um pouco na cidade. O que acha, Todoroki-kun? – virou para ele.

- Perfeito. Só precisarei abastecer antes. – lembrou que provavelmente o carro estaria na reserva.

- Se protejam do frio, eu saiu bem cedo amanhã, mas voltarei pela tarde para preparar o jantar. Então aproveitem bastante e se divirtam. – desejou a eles.

Ao terminar de jantar, Inko não deixou que nenhum dos dois lhe ajudasse com a louça, alegando que eles deviam estar cansados. Izuku foi tomar banho e enquanto isso o alfa assistiu ao noticiário na sala, buscando ver se o tempo estaria bom para o passeio do dia seguinte.

- Izuku, vem aqui! – a esverdeada chamou assim que viu o garoto sair do banheiro enxugando os cabelos. - Eh, sabe, esses dias foram bem frios por aqui e infelizmente eu não tive como tirar o futon de convidados para arejar, então vocês terão que dormir juntos. Mas é só por hoje, eu garanto.

- Ju-juntos? – quase gritou.

- Só por hoje, você tem algum problema com isso? Porque tenho certeza que o Todoroki-kun não tem. – levantou uma sobrancelha de forma provocativa.

- Ma-mas, não... M-mas ... – enganchou sem saber o que responder.

- Eu sei que ele falou que gosta de você e talvez isso te deixe desconfortável, mas o Todoroki-kun não me parece um jovem que te atacaria no meio da noite.

- Ele não é! – se apressou a dizer. - Di-digo, ele... Eu confio nele. – abaixou o rosto que já ficava avermelhado.

- Ótimo. Tenham uma boa noite, preciso dormir.

Abraçou o filho e desejou boa noite ao outro jovem antes de seguir para seu quarto. Midoriya, no entanto, ficou parado no mesmo lugar, sem saber como contaria ao dicromático que teriam que dividir a cama, não sabendo ele que o ouvido de um alfa era mais apurado do que ensinavam nas escolas, e o alfa em questão, estava tentando forçadamente controlar o coração e o lobo eufóricos dentro de si.

- To-Todoroki-kun, é... Minha mãe disse, bem, que... Infelizmente, ela não pôde colocar o futon no sol, você se incomodaria... De do-dormir comigo? – era um fiozinho de voz a última parte.

- Hum, desculpa? Eu não ouvi, acho que a televisão estava um pouco alta. – disse desligando a mesma. Claro que ele ouviu bem, porém estava tão apaixonado pelo jeito sem graça alheio, que não via maldade em abusar um pouquinho.

- Digo, se você não se incomoda de dividirmos a mesma cama, eu sei que é pequena e você deve estar acostumado com luxo. Pensando bem, acho que não será confortável, talvez seja melhor eu pegar algum cobertor extra com minha mãe e dormir aqui no sofá, ah, mas o aquecedor não é muito bom e pode ser que faça frio então seria melhor pegar um cobertor extra para você também...

- Calma, Midoriya. – era engraçado vê-lo desatar a falar, porém achou melhor não agoniar mais o rapaz. - Não há problema algum. Damos um jeito.

- Prometo que não me mexo tanto. – sorriu envergonhado.

[...]

Faziam alguns minutos que estavam deitados. No quarto era possível ouvir apenas o som do ponteiro dos segundos de um relógio analógico em cima da escrivaninha. Izuku se espremia na parede de uma forma que certamente se estivesse deitado onde o heterocromático estava, já teria caído. Todoroki observava as costas alheias e queria rir, entretanto se conteve.

- Tem tanto medo assim de mim? – a voz grave, porém suave questionou.

- N-não é isso! Só estou te da-dando espaço. – se virou para responder.

- Não sou tão espaçoso assim. Vem! – chamou apenas como um aviso, porque na verdade puxou o ômega para que repousasse a cabeça em seu braço.

- To-Todoroki-kun! – quase um grito.

- Shiu! Se você falar tão alto terei que te calar de uma forma ou de outra. – o alfa sorriu ladino, e Izuku jamais imaginou que veria um sorriso desses estampar aquela face.

Midoriya pensou em protestar, porém já era um pouco tarde, não queria acordar sua mãe que dormia no quarto ao lado, fora que também estava cansado, não havia dormido bem na noite anterior a viagem por pura ansiedade e não sabia porquê, entretanto, o aroma do alfa o estava acalmando e em pouco tempo sentiu o seu corpo relaxar. Logo podia sentir ir as pálpebras pesadas sendo fechadas aos poucos, por fim foi vencido e nem mesmo percebeu quando dormiu.

Todoroki não queria se mexer para não acordar o rapaz, mas não podia negar que se possível gostaria de olhar para o seu rosto dormente, infelizmente o ômega estava com a cabeça baixa e para que ele pudesse admirá-lo precisaria se afastar do outro. Se contentou apenas em alisar aquelas madeixas pelas quais era fissurado. Não sabia quando aquela tinha se tornado a sua cor favorita, ou seria o vermelho que se apoderava de suas bochechas e orelhas sempre que estava envergonhado? Talvez fosse o cobre da constelação particular que Izuku ostentava no rosto, no fim, dormiu sorrindo pensando que era impossível não se apaixonar por alguém que era uma linda aquarela.

[...]

A primeira coisa que deu-se conta ao acordar, foi que havia mantido sua palavra, pelo visto não tinha se mexido absolutamente nada durante o sono, talvez estivesse mesmo cansado. Levantou o olhar e deu de cara com o cabelo bicolor um tanto desarrumado, cobrindo um pouco daquela face tão bonita. O rapaz de olhos esmeraldinos mordeu o lábio inferiores com força para controlar a vontade que sentiu de alisar e organizar as mechas coloridas, porém não queria invadir ainda mais o espaço pessoal do outro do que já vinha fazendo em todo esse tempo.

Todoroki era mesmo uma ótima pessoa por estar o ajudando em tudo isso, e ainda que este dissesse que nutria sentimentos românticos por si, Midoriya não via nada em si mesmo que justificasse tais sentimentos. Ele era um rapaz simples; nada bonito; não possuía posses; nem vinha de uma família renomada, na verdade o fato de ser um ômega recessivo era ainda mais agravante para justificar a sua ideia de que não era bom o bastante.

Todavia, se tivesse algo que gostava em si mesmo era apenas a sua capacidade de aprendizado, mas não era algo exclusivamente seu, por isso achava menos ainda que pudesse justificar algum interesse. Cansou de se debater em pensamentos e levantou levemente a cabeça para olhar o relógio, constatando que mal passavam das seis horas da manhã, sua mãe provavelmente já estaria no trabalho com o turno que começava naquele horário. Imaginava que não sairiam tão cedo, dessa forma resolveu secretamente aproveitar aquele calor gostoso que emanava do corpo ao seu lado, fora o cheiro tão acolhedor. Olhou novamente para o rosto do lúpus, fechando os olhos logo em seguida, entregando-se ao sono novamente.

O que o menor não sabia era que o meio-ruivo estava acordado a alguns minutos e sabia que estava sendo encarado, porém estava gostando daquela sensação e só se moveu quando viu que o outro voltava a dormir, ajeitando a coberta em cima deste. Ah como sentiu a vontade de encostar os lábios novamente no outro, e embora soubesse que não era o momento apropriado, alguém precisava contar isso para o seu lobo que o guiou até estar rente ao rosto do ômega, no entanto não achando certo tal ação, fechou os olhos e se obrigou a dormir, por mais que soubesse que não conseguiria, entretanto precisava manter a calma, não podia decepcioná-lo agora ou trair a confiança que a mãe do rapaz havia depositado o em si. Se contentou apenas em sentir o cheiro alheio.


Notas Finais


Eu quase não atualizo hj, tô enrolada com umas traduções que faço para uma Scan BL, mas como amo vcs e essa história e tbm não vejo a hora de escrever eles se pegando, então corri com o cap.

Sério eu tô me segurando mais que o Todoroki, pra não pular prus finalmente.

Espero que tenham gostado, bjs e até a próxima!


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