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História Aceita ter um filho meu? - Eu sei o que devo fazer - História escrita por Kurako - Spirit Fanfics e Histórias
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História Aceita ter um filho meu? - Eu sei o que devo fazer


Escrita por: Kurako

Notas do Autor


Hooooola, cheguei antes da meia-noite, tô até orgulhosa de mim msm hehe

Boa leitura!

Capítulo 43 - Eu sei o que devo fazer


Fanfic / Fanfiction Aceita ter um filho meu? - Eu sei o que devo fazer

Capítulo XLIII

Como poderia imaginar, que tudo se converteria em desespero em tão pouco tempo?

Quase havia pego no sono quando ouviu a porta ser aberta de forma silenciosa, não se deu ao trabalho de abrir as pesadas pálpebras antes de perguntar:

- Não ia comer algo, amor? – mas, ao não obter resposta, inclinou a cabeça para ver se era mesmo o seu marido. Nunca, nem mesmo uma única vez na vida, ainda que diante de todo o medo que já tenha experimentando, aquela com toda certeza foi a pior sensação do mundo.

- Preferia não ter que fazer isso, mas vocês não me deixaram escolhas. – a voz grave, porém baixa ecoou pelo quarto, gelando ainda mais o ômega ao ver o ruivo segurando seu bebê. - Ele realmente é idêntico a você, uma pena, mas ser lúpus é o que importa.

- Me entregue o meu filho. – por incrível que pareça, não chorou, não tinha tempo para isso.

De forma cambaleante tentou sair da cama. Se sentia fraco e abatido, mas nada o impediria de proteger seu filhote. Se equilibrando na cama, avançava em pequenos passos.

- Agora, o que faremos com o ômega? – falava consigo mesmo. - Nunca tivemos um ômega na linhagem Todoroki.

Enquanto Izuku tentava buscar forças em seu âmago para ir atrás de seu pequeno, o alfa encarava a pequena criança tão parecida com seu próprio filho, e por mais que parecesse impossível, parecia que o menino lhe encarava de volta, a medida que o cheiro ficava mais forte, fazendo o pequeno mostrar um semblante de choro.

- Acho melhor irmos, depois resolvo isso, tenho certeza que logo, logo Shouto estará aqui, ele já deve ter sentido algo de você. – virou em direção a saída.

Buscando a força que só uma pessoa desesperada teria, o esverdeado se lançou nas costas alheias. Tentara estapear e puxar o braço do lúpus que segurava seu bebê o arranhando no processo, entretanto, não só a diferença de tamanho era uma desvantagem, como a saúde precária que o ex-Midoriya dispunha naquele instante. Fora lançado longe com apenas um empurrão, caindo desacordado no chão branco e frio de porcelanato.

- Tsc. – o lúpus estalara a língua, era uma oportunidade perfeita para se livrar do ômega que estragara seu filho, porém, não podia chamar atenção, já havia pagado um alto preço para entrar ali sem ser “visto”, caso houvesse um tumulto, o preço seria ainda maior.

Saiu pela porta tal como havia entrado, calmamente, como se nada tivesse acontecido, o bebê em seus braços era extremamente tranquilo e pouco se mexera mesmo com o ocorrido. Logo adentrou uma sala próxima, por onde poderia seguir sem ser notado, nem mesmo percebendo o outro lúpus que apontara em disparada no início do corredor.

Todoroki Shouto estava falando especificamente de contratar alguns seguranças para ficarem de vigia – pelo menos durante os dias que seu ômega ainda estivesse internado – quando sentiu uma angústia o consumir, sem pensar duas vezes se virou para retornar ao quarto, rosnando para sua irmã que segurara seu braço apenas para perguntar o que houve, mas soltando imediatamente ao ver a expressão agoniada do mais novo.

Tão logo se pôs a correr, nem mesmo percebeu o carrinho da limpeza que estava em frente a porta do lugar, o fazendo cair e espalhar os produtos e materiais por todo o chão. No entanto, não houve pedido de desculpas, pelo menos não da parte dele, Fuyumi que ficara para trás se encarregou disso. O alfa só precisava chegar ao quarto, em preces mentais para que fosse rápido o suficiente e impedisse que o pior acontecesse.

Infelizmente não foi, mais uma vez o meio-ruivo via suas promessas sendo quebradas não por sua vontade, apenas não havia como prever o futuro. Tinha um ditado sobre algo de arrependimento ser pior que a morte e naquele momento Todoroki preferia estar morto ao ter que ver aquilo. O seu ômega deitado no chão, desacordado e com uma grande mancha de sangue em sua camisola hospitalar. Seu pequeno filho berrava no berço, porém o alfa não pôde acudi-lo, do umbral mesmo gritou por ajuda, logo disparando até seu companheiro o pegando no colo e levando até a cama.

Uma equipe de uns quatro profissionais entraram, sem um pingo de cerimônia empurraram o lúpus para o lado e removeram a única peça que o rapaz de fios ondulados usava, a nudes nem mesmo fora notada, não quando era visível para todos que o corte estava completamente aberto e jorrava sangue livremente. Alguém gritou para irem atrás da médica, enquanto outro fazia pressão no local para estancar o ferimento, outra pessoa anunciou que a sala três estava livre e que poderiam levar o ômega para a cirurgia, e outras pessoas de azul claro e branco apareceram rapidamente com uma maca, carregando seu pequeno esposo para longe.

Tudo foi feito em questão de míseros minutos, mas para o dicromático tudo rodava em câmera lenta, quase preto e branco se não fosse pelo vívido carmesim no corpo do seu ômega. O que eram seus pesadelos perto daquilo? Aquela imagem ele tinha certeza que o assombraria para sempre, ainda mais ao olhar para a palma de sua mão e ver o sangue ali presente.

Fuyumi entrou logo em seguida a saída do esverdeado, sem entender absolutamente nada, encontrando o irmão parado em pé no meio do quarto encarando sem piscar as próprias mãos. Dera-se conta que algo muito grave havia acontecido, por isso se aproximou com cuidado, abraçando o irmão que nem percebeu que chorava, apertando a roupa da alfa que não se importava com as manchas que ficariam em sua alva blusa social.

O choro estridente do pequeno ômega foi a única coisa capaz de tirar o Todoroki mais novo daquele transe de desespero. O filhote deveria estar desesperado com todo aquele barulho e movimentação, se aproximou, mas as mãos tremeram só com a possibilidade de macular o pequeno com o sangue, todavia isso fora esquecido ao notar que o outro não estava ali, seu pequeno e perfeito alfa não estava ali; o mundo desmoronou.

Só assimilara o golpe ao cambalear para trás, Fuyumi o havia atingido com força suficiente para derruba-lo em qualquer outra ocasião, e quase partiu para o contra-ataque se ela não tivesse segurado seu filho.

- Se acalme, Shouto! – era um comando, sem a voz de alfa para não machucar a criança, e embora não surtisse efeito algum no lúpus, ele reconhecia aquele tom. Ela queimava de raiva. - Eu sei o que você estava prestes a fazer, mas você não pode sair daqui, mesmo que vocês não sejam alma gêmeas, ainda assim possuem um vínculo, Izuku precisa de você. – foi enfática.

Era verdade, como podia ter se esquecido disso? Seu marido estava em meio a uma cirurgia e ele nem mesmo sabia como ele estava. Mas, quem o culparia? Seria impossível para qualquer um manter o controle ao saber que um filho seu havia sido levado. Respirou pesadamente diversas vezes, não era momento de enlouquecer, ele precisava ser forte por sua família, pensar no que deveria fazer e em como agir diante de tudo.

- Eu sei que é muita coisa ao mesmo tempo. – a mais velha prosseguiu. - Mas se você perder o controle agora e acabar fazendo uma besteira, não poderá ajudar nem o Izuku, muito menos o seu filho. Mantenha a calma.

- COMO EU POSSO FICAR CALMO? – explodiu, se arrependendo em seguida ao ver seu bebê que já tinha se acalmando no colo da tia, voltar a chorar.

- Eu sei, eu mesmo quero mata-lo. – a voz suave não escondia a mágoa, frustração e ira. - Mas você não pode ir agora, não enquanto o Izuku não estiver estabilizado, não sabemos o que ele pode tentar com ele fraco desse jeito.

A mínima possibilidade ferveu o sangue do lúpus, que usou de tanta força para controlar o rosnado que acabou por morder os lábios até sair sangue. Olhou para os olhinhos inchados do seu pequeno, os fios bicolores não negava de quem era filho, aquele era para ser um momento maravilhoso para eles, mas, mais uma vez tudo fora estragado por ele.

- Eu sei que o Enji não fará mal algum para o Yudi. – nem mesmo Fuyumi o chamaria mais de pai. - E ele também não vai fugir, nunca largou o maldito trabalho, não vai ser agora que o fará. – colocou o pequeno no berço, já novamente adormecido. - Vou ligar para os seus amigos e também para um amigo meu na polícia. Fique aqui, e tente se acalmar, seu ômega deve estar sentindo tudo, e isso não é bom.

Olhando para o rosto de seu filho, Todoroki tentava regularizar os batimentos cardíacos, seu bebê era tão pequeno e frágil que parecia quebrar ao toque, e com toda certeza tinha medo de esmagar a criança se não fosse por Izuku o colocando cuidadosamente em seus braços. Nunca, jamais esqueceria a sensação te ter segurado os seus filhotes pela primeira vez, aquele era um sentimento que não se comparava a outro e muito menos poderia ser posto em palavras, sem contar a euforia de seu lobo ao ver as crias e o parceiro, todos bem.

Euforia essa que agora não existia mais, o ômega que tanto venerava estava em condições que ele não saberia dizer e seu outro filho fora levado deles em menos de 24 horas de nascido. Suspirou pesadamente deixando que a culpa e frustração transbordassem, nunca havia se sentido tão impotente assim, fazendo uma nota mental de agradecer a irmã depois, já que certamente teria posto um fim a vida do pai com as próprias mãos. Não ficaria impune das consequências, então o que seria de Izuku em um momento tão delicado? E se ele piorasse a saúde do esverdeado? E se ele não sobrevivesse? O que seria de seus filhotes, com um pai morto e outro preso?

- Ei, não chora. – de forma calma a irmã que já havia retornado o abraçou. - Vai ficar tudo bem, vamos dar um jeito.

Só então o dicromático se deu conta do sabor salgado e silencioso de suas lágrimas, Fuyumi não se lembrava do irmão chorar assim nem mesmo no velório de sua mãe. Entretanto era de se esperar, embora Shouto fosse forte, ainda era humano e ser humano algum aguentaria aquela carga de emoções de uma só vez. Para a mais velha era até bom que ele externa-se assim, talvez isso o desse algum alívio.

[...]

Longas horas se passaram até alguma resposta ser dada, eram quase quatro da matina quando um médico anunciou que a cirurgia do ômega havia sido um sucesso, que este agora estava apenas sendo posto em uma unidade de tratamento intenso somente por precaução, já que ele poderia ter alguma reação aos medicamentos ou a transfusão de sangue que fora submetido. Fato que alarmou o lúpus, mas após o médico explicar que o coma induzido era apenas um procedimento padrão e que ele não passaria mais que um dia nesse estado, se tranquilizou.

Todos, sem exceção de nenhum dos seus amigos estavam presentes, além de se voluntariar a doar sangue como forma de agradecimento pelo cuidado que o hospital teve. Todoroki até poderia rir em outra situação de seu amigo de pijama com touca e tudo, que fora arrastado por uma ômega desesperada, fazendo com que fossem os primeiros a chegar ao local, emprestou uma de suas roupas a Iida, que agradeceu a gentileza, enquanto Ochako não se importava com como estava vestida. Só precisava saber que seu Deku-kun estava bem.

Normalmente o tumulto de pessoas não seria permitido, no entanto, quando Fuyumi enfatizou que processaria o hospital por ter deixado tudo aquilo acontecer, o “gentil” diretor do lugar abriu uma exceção, permitindo que todos ficassem no espaçoso quanto onde a recém família Todoroki deveria estar curtindo o nascimento dos bebês. Todos tentaram de alguma forma puxar assunto com o heterocromático, hora ou outra falando da semelhança das crianças com os pais, contando fatos que haviam descoberto apenas pela ansiedade que eles tinham de serem tios logo ou ainda fazendo planos para o futuro, como Mina que dissera que pediria os bebês emprestado as vezes sabe-se lá para quê, fazendo todos rirem, menos Shouto.

Não é que ele não estivesse ouvindo ou tratando de ignorar propositalmente os amigos, ele apenas tinha muitos pensamentos que alinhar antes de dar os próximos passos. E, ao vê-lo tão compenetrado, decidiram por deixá-lo em paz, talvez fosse melhor assim, por aquele instante, fazendo o lúpus mais uma vez se sentir grato pelas amizades que possuía. Era tanta coisa na sua cabeça que nem sabia como organizar sua mente, lhe restando apenas uma certeza, nunca mais deixaria sua família desprotegida daquela maneira, e essa era uma promessa que moveria céus e terra para cumprir.

- Fuyumi, cuida de tudo aqui? – a alfa se alarmou imediatamente. - Não se preocupem... – olhou para todos. - Eu sei o que devo fazer. 



Notas Finais


O cap de hj era pra ser bem maior, mas infelizmente eu tive uma semana corrida e não pude terminar os rascunhos, me desculpem por acabar dessa forma inacabada 😅

Eu quis fazer pouco drama, meu coração não aguenta qualquer mal ao Izuku bb, msm assim tadinho dele, eu nem quero mais matar o Encosto, ele tem que ficar bem vivo enquanto coloco uns palitos de dente embaixo das unhas dele e vou arrancando dente por dente.

Torturas a parte, espero que tenham gostado.

Bjs, até a próxima!


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