handporn.net
História Aceita ter um filho meu? - A vida toda para isso - História escrita por Kurako - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Aceita ter um filho meu? >
  3. A vida toda para isso

História Aceita ter um filho meu? - A vida toda para isso


Escrita por: Kurako

Notas do Autor


Hoooooooola, chegueeeei!

Acho que vou mudar a postagem oficialmente para o domingo, assim terei mais traquilidade, espero que entendam.

Boa leitura!

Capítulo 48 - A vida toda para isso


Fanfic / Fanfiction Aceita ter um filho meu? - A vida toda para isso

Capítulo XLVIII 

O clima natalino inundava as ruas, tornando tudo mais colorido e aconchegante, não era um inverno tão frio quanto o de quando eles se conheceram, mas era um que com certeza nunca esqueceriam: o primeiro de seus filhotes.

Mamoru como bom ômega “espevitado” – apelido dado por Mina – já estava se segurando nas coisas e ficando em pé. O bebê de quase oito meses, era realmente o mais ativo dos gêmeos, e enquanto Yudi apenas engatinhava por aí, o pequeno bicolor já desbravava os mundos dos armários baixos da cozinha, onde fazia questão de retirar e jogar pelo chão qualquer objeto que achasse.

Para os pais, não importava qual dos meninos fazia o quê primeiro, era sempre uma grande emoção, com direito a fotos e vídeos sempre que possível, para que nunca perdessem nada, assim como quando novamente Mamoru, falou a primeira palavra, “dato” estava claramente errado, mas a Marrie na tela da TV e um pequeno apontando para o desenho, mostrava que sim, era a primeira palavra do garoto.

E foi um grande alvoroço, todos que viam visitar faziam questão de mostrar algum felino no celular ou mesmo traziam presentes, como pelúcias e roupas com a estampa do animal, tudo para arrancar da criança aquela fofa palavra. O que importava eram os risos e apertos que os pequenos bebês ganhavam dos tios babões.

Todo aquele clima era para a família algo mágico, exceto a montagem da árvore, já que ficava difícil enfeita-la quando os meninos se embolavam nos fios ou jogavam as bolas coloridas e brilhantes o mais longe que suas mãos gordinhas permitiam, e eles tinham força. Tanta, que algumas vezes algum dos pais ou o outro irmão, acabavam com o rosto, pescoço ou braços vermelhos pelas pancadas de quando um dos gêmeos se empolgava nas brincadeiras.

No mais, o casal se dividia entre os cuidados com os meninos e a procura por um local indicado para o negócio do ômega. O ex-Midoriya já havia formalizado a sociedade com seu antigo patrão, já tinha entrado em contato com os fornecedores para o café e também com as editoras de livros. Extrapolando o seu orçamento, ele tinha feito questão de escolher o tipo de móveis e decoração que queria, o problema era encontrar um local como vinha fantasiando em sua mente.

Tokoyami havia entrado com bem mais do que o conhecimento, na verdade, o moreno tinha planos de expandir sua loja, fazendo com que a proposta fosse muito bem-vinda, por isso, ele sugeriu que comprassem um local ao invés de alugar, assim poderiam reformar como bem entendessem, e evitariam dívidas logo no início de algo, e embora o alfa se envolvesse nas decisões, confiava no bom gosto do agora sócio e deixava a maioria das escolhas para ele.

Tudo parecia correr extremamente bem, mesmo que uma nuvem negra pairasse algumas vezes sobre os pensamentos dos mais velhos, era complicado ficar totalmente tranquilo quando a qualquer momento um ruivo arrogante poderia bater em sua porta. E mesmo que Todoroki tentasse a todo custo tranquilizar seu parceiro, Izuku não deixava de murmurar algumas vezes sobre a possibilidade. E em um fatídico dia, quase as vésperas do ano novo, ela apareceu, em forma de telegrama oficial, anunciando que o lúpus deveria comparecer em uma confraternização na virada.

- O que você fará? – não queria demostrar preocupação ou tristeza, mas a marca o entregava.

- Não há o que fazer. – respirou fundo. - Não irei. – jogou o papel na lixeira da cozinha.

- Como não? – parou de preparar o almoço.

- Simples, não é minha obrigação, ele diz que faz parte do trabalho, mas se trata de politicagem, algo para se exibir e manter relações com pessoas tão sem escrúpulos quanto ele, já fui arrastado para esse tipo de evento, não farei novamente. – se aproximou abraçando por trás o marido. - Além do mais, já temos planos, não é? – beijou a marca na nuca alheia, fazendo o menor se encolher ao sentir o arrepio em seu corpo.

- Ma-mas nosso amigos entenderiam, tenho certeza.

- Você sabe que não me refiro a isso. – a voz assumiu um tom sexy, denunciando suas intenções.

Desde que tinha retornado a vida sexual, ela se mantinha mais ativa do que nunca, e mesmo que houvessem vezes que não iam até o final, ainda assim, todos os dias, algum tipo de caricias eram trocadas entre os dois. Shouto havia finalmente entendido que não precisava se conter mais, eram um real casal e seu ômega o desejava em igual escala, ainda que não aguentasse o pique do heterocromático.

Com a restrição mental do alfa desfeita, vez ou outra roubava um beijo aqui, uma mão boba acolá, até mesmo sexo fora do quarto em horários arriscados quando se tinha crianças em casa e visitas inesperadas, porém, Todoroki queria aproveitar de seu companheiro sem a afobação do cio do esverdeado, que foi a última vez que teve tal oportunidade. Uma verdadeira segunda lua de mel, mesmo que a primeira não tenha sido apreciada devidamente.

E quando estava se empolgando para talvez mais uma sessão, alguém bateu à porta, como se para provar o descrito antes. O lúpus suspirou, olhando para baixo e vendo o volume incômodo no meio de suas calças. Analisou o ômega que ofegava baixinho, buscando controlar a respiração e o rosto colorado, e mais uma vez amaldiçoou mentalmente quem quer que estivesse do lado de fora. Arrumou como pode seu membro, tentando disfarçar a ereção e seguiu para a sala.

- Onde estão meus sobrinhos? – nem esperou a passagem ser concedida.

- Boa tarde para você também, Fuyumi. – revirou os olhos.

- Nossa, que fedor!

- Ham? – Izuku que chegara a sala indagou, tentando farejar o ar de sua casa.

- O Shouto fede a excitação, o que vocês estavam fazendo? – sorriu maliciosa.

O menor se encolheu envergonhado, escondendo o rosto com as mãos, logo sendo amparado pelo esposo, que quase ria da situação.

- Algo que eu terei continuado se você não resolvesse aparecer sem avisar. – respondeu sarcástico, recebendo um tapa no peito do marido, que seguiu para a cozinha totalmente constrangido. - Izuku! – chamou sem sucesso. - Está vendo o que você fez? – fuzilou a irmã.

- Eu? Você que não sabe aquietar esse fogo e eu que levo a culpa?

- Se você tivesse um companheiro, saberia como me sinto, quando chegar a sua vez, vamos ver.

Se Shouto tivesse esperado uma resposta, talvez houvesse escutado os murmúrios da mais velha, reclamando que bem que queria estar assim, mas a vida corrida limitava seu tempo com a pessoa que estava “conhecendo”. No entanto, o lúpus seguiu atrás do ex-Midoriya para o ajudar na finalização da refeição e também para o provocar mais um pouco.

Sendo deixada sozinha na sala, a alfa sem cerimônia alguma, foi para o andar de cima, especificamente para o quarto dos gêmeos, estes que dormiam de forma serena, alheios a qualquer acontecimento do mundo. Eles realmente eram as coisas mais preciosas que a Todoroki pudera ver, e cada vez mais sentia um amor incondicional crescer pelos pequenos.

- Sabe, eu nunca quis ter filhos realmente. – a voz foi ouvida quase sussurrada através da babá eletrônica no balcão da cozinha. - Acho que a ideia nunca nem me passou pela cabeça, mas agora, olhado para vocês...

O casal que estavam dividido entre rir de coisas aleatórias e preparar uma salada, se entreolharam, sem saber se deveriam ou não ouvir o que a mais velha estava dizendo, por fim, concordaram em desligar o aparelho momentaneamente, respeitando a privacidade da outra.

Fuyumi sempre fora muito centrada, a personalidade calma e extrovertida, nunca escondera o quão determinada e firme ela poderia ser. Por isso, mesmo diante de toda a má relação familiar de seus pais, buscou ser o melhor que podia para seus irmãos mais novos, principalmente Shouto, alvo constante de expectativas absurdas de Enji.

Ela se sentia responsável por eles, e em dado momento se focou tanto em provar algo – que nem se lembrava mais do que se tratava – que acabou esquecendo como viver para si mesmo. Como seria ter uma família só sua? Alguém para lhe dar bom dia ao acordar, e lhe desejar um bom dia de trabalho. Poderiam ter ou não filhos, ficaria a escolha de ambos, afinal, tinha seus adoráveis sobrinhos para paparicar, no entanto, queria ter um gostinho do que era pertencer realmente a alguém e saber que era recíproco. Suspirou, balançando a cabeça para afastar tais pensamentos. Saiu cuidadosamente do quarto e rumou ao encontro dos outros adultos.

- Já estou indo. – anunciou. - Só vim dar um beijo nos meninos e dizer que infelizmente não poderei participar da confraternização com vocês amanhã.

- Êh, mas por quê? – Izuku enxugou as mãos antes de se aproximar.

- Infelizmente surgiu um compromisso de trabalho que não posso faltar. – abraçou o cunhado. - Mas, caso termine cedo, darei uma passadinha aqui. – se afastou já caminhando para a saída.

- Eu te acompanho, desliga o molho, amor. – pediu antes de sair da cozinha.

- Ele queria que você e o Izuku-kun fossem. – foi direta, não tinha porquê esconder do irmão.

- Provavelmente para exibir os netos lúpus, mas até o Izuku? Não faz sentido.

- Também não entendi, até onde sabemos ele teria vergonha de estar perto de um recessivo. – ponderou.

- Exatamente, o que me faz pensar que ele está planejando algo, ou que de alguma forma isso seria vantajoso. – quase rosnou.

- Não se preocupe, darei uma sondada e te falarei caso descubra algo. Agora preciso ir, e tente não preocupar o seu ômega com isso. – aconselhou, dando leves batidas no ombro do maior.

- Obrigado, Fuyumi. – sorriu contido para a alfa, vendo-a entrar em seu carro.

Respirou fundo, tentando aliviar a tensão e não transparecer a inquietude de seus pensamentos, tomando resoluções mentais sobre o que deveria fazer. Talvez fosse o momento de aceitar a proposta que Toshinori havia feito.

[...]

Realmente eram filhos de Todoroki Shouto, não que a aparência deixasse dúvidas, entretanto, genética era algo assustador, já que as crianças dormiam como pedras mesmo com toda aquela barulheira. Talvez estivessem cansados da agitação e brincadeiras. Agora que já praticamente andavam, não paravam quietos e com o auxílio de seus tios, a farra era garantida, sendo que até mesmo Iida e Kyoka entravam na folia com os pequenos.

Mas uma hora isso iria acabar, deixando apenas os adultos na sala, divididos em dois grupos: os bêbados e os babás. Uma vez que precisavam impedir que coisas constrangedoras acontecessem ali.

- Izuku-chaaaaam! Bebe um pouquinho. – se empoleirou no pescoço do mais novo.

- Mina, controle-se, o Izuku-san está amamentando. – uma sóbria Momo repreendeu.

- Maaaaaas, ele não pôde beber quando completou a maior idade, e eu tenho muuuuuuita curiosidade sobre como ele se comportará bê-bado.

A conversa pareceu interessar a maioria, que começaram a palpitar sobre que tipo de bêbado ele seria, talvez dos que choram e ouvem músicas antigas; quem sabe os que cometem loucuras e não se lembram de nada no dia seguinte; os que agarram as pessoas com uma força terrível e repetem frases como “você é mesmo que ser meu irmão”; ou ainda os que começam a brigar por nada. As possibilidades eram muitas, porém a votação ficou entre o vexame e a choradeira.

O rapaz de olhos esmeraldinos não se importou em ser motivo das risadas, estava feliz em ter todos os seus amigos ali, mesmo que já tenha tido que levar Uraraka para vomitar no banheiro umas duas vezes, e ainda assim ela continuava bebendo. Nunca tinha ido a uma festa na adolescência, mas imaginava que seria algo parecido com isso, sorriu com o pensamento, vendo como sua vida havia mudado tanto em um ano.

- Qual a graça, amor? – foi abraçado por trás.

- Nossa, você também? – deu risadinhas, ao perceber que seu alfa estava meio cambaleante.

- Eu estou feliz. – apoiou a cabeça no ombro alheio, tendo que se curvam um pouco. - Nunca fui a uma festa com amigos, então nunca me permiti me divertir dessa forma, sem ter com o que me preocupar ou ter que manter aparências.

Nesse momento Izuku percebeu algo que nunca tinha lhe passado pela cabeça. Eles eram extremamente parecidos. Claro, Todoroki era um menino rico e que provavelmente teve tudo do melhor em questões materiais, porém se parassem para analisar, todas as circunstâncias em que viveram, impossibilitaram os jovens de serem eles mesmos, de aproveitarem cada fase dos seus crescimentos, como qualquer outro ali deva ter feito. Era triste, mas ao mesmo tempo, o ômega se sentiu feliz de saber que compartilhavam e compartilharão muitas experiências juntos.

- Eu te amo, sabia? – se virou, encarando a heterocromia que tanto admirava.

Sem perder tempo, Shouto apenas agarrou a nuca alheia, com a mesma força que puxou ao circular a fina cintura com o outro braço. Necessitava colar seus corpos de tal maneira que a roupa não atrapalhasse tanto. O beijo era afoito, com o esverdeado usando as duas mãos para bagunçar o cabelo bicolor, sentindo sua língua ser chupada com afinco, enquanto se esfregava como podia no alfa.

- Vão 'pro quarto! – um alterado alcoolicamente Tenya gritou.

- Calado, vai estragar o show! – sua namorada reclamou.

- Usem camisinha hoje, meus sobrinhos ainda são muito novos. – Mina fez questão de completar.

Izuku como uma das poucas pessoas sóbrias ali, recobrou a consciência se afundando na vergonha, até suas orelhas estavam vermelhas, então tentou se afastar do maior.

- Vão se ferrar! – o lúpus mostrou o dedo do meio, coisa que fez alguns arregalarem os olhos e outros cair na risada, arrancando a mesma reação até do ômega constrangido.

- Vou dar uma olhada nos meninos, já venho! – deu um selinho antes de sair escada a cima.

Não demorou muito para que a alfa da família Todoroki chegasse, fazendo todos se darem conta que já passava das três da matina, mas com a chegada da mais velha, acabaram se animando ainda mais, e em meio a todo o tumulto, Shouto subiu para ver o esposo, notando que havia um bom tempo desde que ele tinha saído da sala.

Conferiu seu quarto primeiro, vendo que tudo estava um completo silêncio, então foi ao quarto dos garotos, acabando por encontrar o ômega dormindo na poltrona de amamentação com um Yudi cochilando igualmente nos braços do maior. Sorriu para a cena, sua família era linda em um nível que não saberia descrever.

- Hum!? – o esverdeado se assustou ao sentir que tiravam seu filho de perto de si.

- Sou eu, pequeno, só vou colocar ele no berço.

- Eu dormi muito? – coçou os olhos.

- Uns trinta minutos, acho. Vem, vou te levar para a cama. – pegou o ômega no colo, apoiando sua cabeça em seu ombro.

- É feio deixar as visitas sozinhas. – resmungou, mesmo que seus olhos estivessem fechados.

- Não se pode chamar de visita se eles aparecem aqui pelo menos duas vezes por semana. – o menor sorriu.

- Também tem você, sei que tinhas planos para essa noite. – disse já se aconchegando em meio aos lençóis quentes.

- Tenho a vida toda para isso. – beijou a testa coberta por fios ondulados. - Descanse, eu cuido dos meninos caso eles acordem.

- Obrigado, amor. – sussurrou já se entregando ao limbo dos seus sonhos.

O dicromático voltou para a sala, notando que seus amigos ainda riam e provocavam-se entre si. Já que Izuku tinha ido dormir, cabia a ele zelar por sua casa, então foi à cozinha preparar um café forte, nem notando que a quase albina aproveitou da oportunidade para o seguir.

- Onde está o Izuku-kun? – o som metálico da colher foi ouvido ao bater no chão.

- Que susto! – se virou para a irmã. – Ele está dormindo, deve estar cansado do dia cheio, quase não parou quieto preparando tudo. – sorriu.

Era sempre assim, bastava a imagem do esverdeado rondar sua mente que Shouto sorria, e Fuyumi pode notar mais uma vez o quanto seu irmão era apaixonado pelo ômega, desde a primeira vez que contara sobre ele para a mais velha. A alfa sorriu triste, não queria estragar aquele clima, e a medida que foi contando o que descobriu, viu a feição de seu irmão mudar entre raiva e medo. Tudo parecia nunca dar certo, ou melhor, sempre tinha o dedo de alguém para isso. Mas dessa vez ele não deixaria que nada acontecesse, e não precisava de promessas para fazer com que isso se realizasse.

[...]

- O senhor Todoroki Shouto está aqui. – a voz anunciou buscando uma permissão do seu chefe.

- Deixe-o entrar. – foi tudo.

Logo a figura de seu filho apareceu diante de si, trajado num terno escuro e bem alinhado, com o rosto sem qualquer expressão aparente.

- Bem-vindo, meu filho, não sabe o quanto sonhei com esse dia. – sorriu abertamente, mas não recebeu reação alguma do mais novo. - Pois bem, vamos começar o trabalho!


Notas Finais


O cap pareceu uma montanha russa? Poisé, espero não estar apressando muito as coisas. Mas é que achei que ficaria monótono descrever mês a mês dos gêmeos, até porque quem já cuidou de criança pequena, sabe o quão rápido eles crescem.

Enfim, é isso, sempre vou tentar falar dos outros personagens para não deixar a história parecendo que eles não tem importância.

Bjs, até a próxima!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...