Eu não sei que horas eram quando os meninos haviam desistido de roubar mais um pobre civil no The Sims 4, mas o importante é que nesse tempo todo eu fiquei abraçado no Jiminnie, enquanto seus dedos faziam um carinho em meu couro cabeludo. Eu confesso que estava quase dormindo, porque às vezes seus lábios beijavam o topo de minha cabeça, e eu podia ouvir sua respiração fraca quase como uma canção de ninar.
Pra ser sincero eu estava com tanta saudades suas, que me tornei o ser mais carente do universo. Ainda mais pelo fato de que hoje é meu aniversário e eu o tive por tão pouco tempo. Eu mereço ser o gatinho manhoso agora, tudo bem?
— Vocês já arrumaram a cama lá? — Yoongi foi quem perguntou, porque ele parecia muito sonolento. Acabou que a Seulgi não dormiu aqui, acho que ela tinha que ir pra empresa cedo e por isso o Min se tornou outro serzinho carente..
— Uhum, e eu 'tô morrendo de sono. Boa noite pra vocês. Feliz aniversário de novo, bruxão. — E agora Hoseok vinha até a mim que estava como um coalinha abraçado a Jimin e deixa um beijo em meu rosto pra depois seguir até meu quarto. Como sempre eles fizeram uma enorme cama pra dormir todo mundo junto, e isso é bom já que eu quero ficar agarradinho com Jimin. Como agora.
— Boa noite, bruxões, daqui a pouco a gente 'tá indo também. — Jimin disse e eu apenas esperei com que eles fechasse a porta pra redirecionar minha atenção pra si.
É que… poxa, eu ainda 'tô com saudades…
— Hyung… você disse que gente podia se beijar agora. — Eu fiquei emburrado. Eu sequer pude aproveitar sua boquinha hoje, isso é injusto! Ele ficou um pouco surpreso pelo fato de sequer esperar pra o fazer.
— Pensei que estivesse com sono, meu bem. — Com isso ele virou seu rosto pra mim, segurando apenas em um lado de minha bochecha. E é quando recebo um primeiro beijinho no mesmo local que segurava.
Eu estava carente, sono é outra coisa.
— Bem, se meu bebê não está com sono, eu acho que seria muito errado da minha parte te deixar assim.
Okay, e foi assim que eu percebi que meu amor não brinca quando o serviço é me satisfazer.
Como seus braços antes rodeavam meu corpo, me abraçando, ele os retirou e deixou com que eu ficasse deitado no sofá. Eu apenas vi seu corpo se inclinar pra enfim ligar a luz que refletia as galáxias novamente, trazendo finalmente um pouco de luz pro local. E eu não temo em dizer que seus fios loiros com constelações refletidas eram com certeza uma das maravilhas do mundo moderno.
— Ainda é seu aniversário, então isso ainda pode ser seu presente. — Ele se aproximou antes de dizer, então eu o tinha na minha frente, com seus lábios perfeitamente desenhados. Por um segundo eu não entendi o que ele quis dizer com aquilo, se eu tivesse pensado um pouco eu saberia exatamente o que se passava em sua cabeça. E não era muito certo.
— Meu presente? Já não acha que chorei demais? — Eu disse fazendo referência a tudo que eu já ganhei de si. E acho melhor nem pensar sobre uma tal de artista baixinha e com cabelos enormes que vou ver… Sei as consequências de ficar muito animado e ansioso.
— Se você ver por outro lado, eu de fato ainda posso te fazer chorar. — A diferença dessa vez é que eu não demorei pra entender. E com o sorrisinho malicioso que tive bem a minha frente foi ainda mais fácil.
— Jiminnie… — Eu disse enquanto ele se aproximou ainda mais de meu rosto, só que dessa vez o suficiente pra seus fios loiros caísse sobre meu rosto, quase como no dia que sequer tínhamos nos beijado ainda. Eu lembro até hoje da intromissão de Hoseok, mas eu sei que abaixo da lua foi mesmo o melhor pra uma memória eterna.
— Fecha seus olhos, bebê. — E então eu recebia um segundo beijinho, mas agora ele foi no canto de minha boca. E aquilo era como uma tortura, eu só queria sua boca na minha até que ela se tornasse inchadinha e vermelha, como todas as vezes que nos beijamos muito.
Mesmo assim eu fiz como ele tinha mandado e enfim seus lábios foram de encontro ao meu. Especificamente em meu inferior. Ele passou a língua sobre o mesmo antes de deixar um selar molhado. Eu já suspirei sentindo que ele realmente poderia me fazer chorar se quisesse.
Suas mãos atrevidas não pararam por ali, enquanto minha boca recebia diversos de seus selares, devagar, diferente de como meus batimentos rapidamente se tornam. Os dígitos invadiram por baixo de minha blusa, começando por onde a barra de minha calça cobria. Então com suas unhas curtas ele passou quase como um carinho até minha cintura, que agora tinha cada dedo seu segurando com posse.
Eu não pude evitar de sorrir de maneira sapeca, e então minhas mãos foram para sua nuca, embora eu tenha demorado um pouco mais pra encontrar já que continuo com meus olhos fechados, fazendo com que tudo que sentisse fosse ainda mais intenso.
Eu senti sua respiração sobre mim novamente, e foi quando Jimin juntou nossos lábios, e dessa vez permaneceu por mais tempo, os lábios deslizaram até o meu inferior, e foi quando ele os chupou como se fosse sua bala favorita. Eu suspirei fundo percebendo que eu estava muito ferrado, porque permanecer calado com qualquer coisa que ele planejava fazer não ia ser nada fácil.
O próximo passo foi o fato de que eu não aguentava ele longe de mim, então o puxei contra meu corpo até que estivéssemos deitados um sobre o outro, por um segundo eu abri meus olhos e vi os seus fechados em puro êxtase, com isso ele me beijou de verdade finalmente. Entreabri minha boca e deixei que sua língua lentamente se encontrasse com a minha. E era como se tudo ocorresse em câmera lenta, inclusive o fato de que uma de suas mãos parece subir da mesma maneira sobre as minhas coxas.
Seu beijo era delirante, e eu amava quando ele se tornava lento assim, porque eu podia sentir cada movimento pelo seu maxilar marcado e como os estalos conseguiam ser ouvidos com claridez por mim. Por Deus, o jeito que sua cabeça se movia de um lado pro outro à medida que ainda ia ficando ainda mais perto de tudo…
Agora eu tinha sua boca sobre a minha, mas de forma mais intensa. E eu percebi isso pelo fato que… ah, céus! Jimin se separou minimamente de meu rosto e corpo, e eu abri os olhos confuso pelo o que tinha feito. Se sentou sobre os próprios joelhos antes de lamber os próprios lábios e me encarar de forma desejosa. Ele voltou a tocar minhas coxas, dessa vez cada uma com uma de suas mãos. Antes mesmo de chegar até minha virilha ele parou e separou minhas pernas uma de outra, na mesma hora minha respiração foi totalmente desrugulada, e eu desaprendi a o fazer quando ele se colocou entre elas, primeiramente com seu corpo.
Depois disso eu posso dizer que delirei, porque antes dele me beijar novamente a sua direita foi até minha virilha, dando um aperto que me fez fechar minimamente minha perna entre seu corpo, e então sua mão subiu, pelo meu quadril, tronco, meu peito até chegar até meus pescoço, onde ele fechou seus dedos, levemente, quase com medo de me machucar. Eu xinguei baixo mordendo meus lábios com força. Puta merda… Jimin tinha minha garganta em suas mãos, segurando sem sequer fazer a mínima força, apenas estando lá e eu estava me arrepiando inteirinho.
— Você gosta disso, bebê? — Sua boca foi até meu ouvido, e quando eu apenas fiz que sim com minha cabeça ele segurou com o mínimo de força, fazendo com que eu sentisse seus dígitos no local.
No mesmo momento minha cabeça se ergueu e minha pele recebeu outra onda de arrepios simplesmente pelo fato de que ele tinha o controle ali, e isso parecia incrível…
— Então eu posso continuar com ela aqui? — Dessa vez ele parecia mais sério, como se tivesse a certeza que eu estava bem com isso. — Me diga a verdade, bebê. — E com sua outra mão ele segurou em minha cintura. E eu com certeza sabia que eu estava falando a verdade.
— Você pode, amor. Continue com ela aqui. — Eu digo e eu segurei no braço que tinha as mãos no meu pescoço e isso fez com que Jimin jogasse seus fios pra trás em satisfação.
E então ele começou a beijar novamente, mas dessa vez de forma mais rápida, não desesperada, mas de fato me deixava sem ar. E eu soube que era meu fim, quando Jimin que estava entre minha pernas veio com seu quadril, fazendo com que nossas intimidades tivesse o mínimo toque possível, e assim que ele o fez eu parei de o beijar sem nem perceber que tinha o feito. Eu fechei meus olhos com força e isso pareceu suficiente pra que Jiminnie procurasse por meu músculo da boca. A minha língua entrou de encontro a sua fora de nossas bocas até que estivessem dentro novamente, mas antes disso o loiro segurou meu quadril vindo com ainda mais intensidade, e antes que eu pudesse me afastar de si completamente extasiado pelo modo que ele me deixa tão excitado em segundo, suas mãos apertaram sobre a minha garganta, me fazendo de forma quase inexistente perder o meu ar.
— J-Jimminie… — Eu disse em um rastro de voz e ele volta a apenas segurar o meu pescoço, parecendo sorrir de forma diabólica. E eu amo canso dizer como ele é um poço de dualidade pela sua frase seguinte.
— Bom garoto, Ggukie. — Antes mesmo que eu pudesse constatar sua frase e ficar surpreso por ela ele colou nossos lábios novamente.
Dessa vez eu passei a ficar preocupado, porque se alguém acordasse agora e viesse até a sala… É, eu provavelmente iria me matar de tanta vergonha. Eu até poderia alertar Jimin sobre isso, mas no momento que meus lábios foram puxados de forma sutil pelos seus dentes da frente eu apenas descartei qualquer pensamento a não ser o que me faz pensar que eu não quero sair daqui nunca.
Minhas mãos agora foram até sua nuca, e com minha língua de encontro a sua, fazendo a dança mais sensual possível no palco que era nossa boca eu puxei seus fios pra trás, o que fez com que ele se afastasse levemente de meus lábios. Eu pude ver então o fio de saliva que ligava nossos lábios, assim como percebia que sua boca já estava rosada. Subindo os olhos eu pude encarar os seus. E então ele subiu uma de suas sobrancelhas, quase me repreendendo por ter o feito. Mas eu apenas sorri de canto dando de ombros. E ele repetiu o meu ato, mas diferente de mim ele não deixou barato. A sua outra agora tocou minha intimidade por cima da calça, um aperto gostoso que me fez perceber que eu já estava excitado pra um caramba.
Eu cruzei as minhas pernas e mordi meus lábios com força quando usou o seu indicador indo da base até o fim. Eu voltei a fechar meus olhos e segurei em seu queixo o trazendo pra minha boca novamente, carente o suficiente pra fazer o que ele quisesse apenas pra ter sua boca assim.
Notando minha situação ele passou a me beijar de forma mais lenta e torturante, e ter sua língua passando pelo meu lábio inferior, era como chupando uma bala em câmera lenta, e isso até poderia me irritar se eu não sentisse sua mão em meu pescoço usando o pouco de suas unhas curtas pra acariciar o local. No mesmo instante a sua esquerda abriu o botão de minha calça. Eu mexi meu quadril e abri meus olhos e vi seus olhos focados abaixo de meu corpo, pra ter a certeza que ele estava mesmo abrindo o zíper da forma certa. Ao perceber que eu o encarava ele apenas se esticou mais um pouco até deixar um beijo estalado em meus lábios.
E ele continuou ali, perto o suficiente pra que eu sequer conseguisse focar em seu rosto. E é quando ele adentrou sua mão pela boxer. E aquilo foi uma surpresa momentânea, o que me faz gemer baixo, mas o suficiente pra ser considerado um barulho estranho pra todos dessa casa. Jimin apenas negou e então com mais um beijinho na minha boca ele desceu seus beijos pelo meu maxilar, parando apenas perto de meus ouvidos, onde ele soltou o ar antes de dizer.
— Quietinho… — E enquanto sua voz dizia baixinho seu polegar pressionava minha fenda. Eu literalmente delirei pelo fato de sua voz estar num tom mais rouco que o normal, e é quando sua direita em meu pescoço pressionou novamente, com o mesma força de antes. E mesmo que fosse mínima, só o fato de ter minha garganta em suas mãos me excitava pra caralho, e eu sequer tinha pensado no quanto eu gostaria disso um dia.
Eu fechei meus olhos com força por perceber que ele estava mesmo disposto a me deixar no limite. Seus dedos ágeis voltaram para a minha base, devagar, mas numa pressão absurda. Eu peguei a primeira coisa que alcancei e levei até a boca. Eu apenas percebi que era uma almofada quando levei até a boca e mordi com a mesma força que ele usa em toda a parte do meu corpo.
— Ggukie, você 'tá me deixando excitado pra caralho agindo assim. — E ele voltou a se distanciar e olhar pra mim, e eu estava numa situação deplorável, com a porra de uma almofada na boca tentando permanecer quieto. E foi vez de Jimin ficar surpreso quando percebeu. Ele tentou dizer algo mas passou mais tempo me encarando do que de fato pensando em falar.
— Hm?
— Você é lindo pra caralho sendo tão meu. — Foi a única coisa que escutei antes do fato de suas mãos terem se distanciado da minha excitação. Por um segundo eu quase resmunguei sôfrego. Mas eu percebo que dessa vez também seria sobre ele. E isso não podia me fazer sentir mais tesão.
Eu observei como um bom garoto ele desajeitadamente abrir também o botão, as mãos inquietas invadiram imediatamente a sua roupa íntima. E eu apenas lembrei de como foi ter seu pau em minha boca, e essa memória com certeza foi um dos motivos pra que eu desviasse o olhar e fechasse meus olhos.
— Eu queria que fosse sobre você, meu bem. Eu acabaria gozando sem sequer me tocar, mas se for pra gozar, eu vou, porém me tocando e olhando você se contorcendo tentando ficar calado por causa do que eu faço. — Acho que se ele tivesse calado seria bem mais fácil de lidar, mas ele parece dizer pra mim que hoje ele não vai colaborar.
— Também vai ser sobre nós dois quando a gente transar, então me deixa saber como é você chegando lá junto a mim. — Jimin parou na mesma e olhou pra mim percebendo que eu falava sério.
— Quando a gente o quê?
— Aish, hyung… — Eu respirei fundo. Ele quer mesmo ouvir isso de novo.
— Diz, hm… você nunca disse isso pra mim. — Por algum motivo ele tinha um grande sorriso no rosto.
— Quando a gente transar, hyung. — E ele pareceu ainda mais animado por eu ter dito, e por isso ele começou a beijar meu rosto todinho. Ah, por Deus, Jimin que dualidade é essa!
— Quando isso acontecer eu juro não ser um filha da puta como estou sendo agora te torturando assim. — Okay, okay, a dualidade… eu acho que Jimin xingando é com certeza um dos meus outros fetiches.
— Sua dualidade é absurda, hyung.
— Eu sei.
E novamente começando a nos beijar novamente, agora realmente de forma desesperada. Eu percebia que Jimin estava se masturbando agora, e aquilo não podia ser mais delirante. Antes que eu percebesse ele separou novamente o ósculo, o que me fez suspirar manhoso.
— Sua mão. — Ele disse e olhou pra baixo. Eu demorei pra entender, mas eu a levei entre nossos corpos, até que a sua viesse e conduzisse até o meu membro. — Vá devagar, ou vai acordar todos dessa casa.
Eu segurei o meu próprio falo pensando que aquilo acabaria ali. É, mas eu disse que Jimin não estava fácil hoje. Por isso assim que eu voltei a lhe beijar senti o mesmo voltando a vir sobre o meu corpo. Especificamente com seu pau sobre o meu. Ele voltou a me encarar quase como um pergunta se estava tudo bem e…
— Puta merda... — Foi a única coisa que consegui dizer e ele encarou isso como um sim. O que com certeza era.
Nossas mãos começaram a nos tocar juntos, e eu jurei que podia ver o paraíso. Toda vez que vou além ao mínimo com Jimin eu percebo como eu deveria ter aproveitado isso antes, porque… céus! Isso é muito gostoso…
Meu membro voltou a fisgar em excitação, e eu não queria ir mais devagar, eu iria gozar em segundos independente disso. Eu comecei a lhe beijar, e começou a ser de forma desajeitada, porque ele ia e vinha pressionando cada veia de ambas excitações. Minha mão quase tremia sobre aquilo por estar quase surtando.
Eu tentava o beijar, mas foi ficando cada vez mais difícil quando percebi que ficar quieto era mais difícil do que pensava. Por isso eu simplesmente desisti de tentar o fazer. E deixei meu corpo apenas cair com todo seu peso sobre o sofá, e era quase flutuar. Eu voltei a segurar a almofada com a boca quando Jiminnie finalmente decidiu que levaria de modo mais rápido. Nesse ponto eu sequer conseguia prestar atenção no que fazia, apenas como nós dois podíamos ficar tão quentes. Eu me sentia suar.
Como se não bastasse a minha situação e os suspiros longos seguidos dos meus olhos fechando com o maior esforço do mundo, tentando fazer com que fizesse algum efeito em conter o prazer que seria. Jimin passou agora a gemer baixinho em meu ouvido. Do tipo rouco e que apenas me faz ter a certeza que eu vou vir de forma que nunca vim antes.
— D-diz… Meu nome, hmmm… por favor… Jiminnie… — Seu nome acabou saindo da forma que queria que fosse com o meu, simplesmente pelo fato de que ele sentiu que nossas glandes se esfregando juntas seria sensato. E… por Deus, aquilo foi pior do que qualquer coisa pra se manter calado.
— Você quer que eu diga seu nome enquanto eu te toco gostosinho, hm? — Eu concordei pouco me importando o quanto ele amava me torturar.
E foi assim que eu tive Jeonggukie de forma arrastada bem em meus ouvidos. E aquilo foi literalmente o fim. Eu acho que em todos os meus sonhos eu nunca poderia imaginar o quanto sou sortudo por escutar isso da forma mais clara possível.
— Ggukie… geme pra mim também, tira essa porra da sua boca.
— Ainda não é porra, Jiminnie. — E eu percebi como era divertido ver sua expressão quando eu era ousado também. Ele apenas deu de ombros e eu larguei aquela almofada de minha boca. E foi pior, porque se alguma forma morder aquilo me fazia controlar mais.
Eu então segurei o nossos rostos juntos, desistindo da ideia de tentar nos tocar, eu está rendido demais pra me concentrar em algo. Eu acho que gemer contido devia ser considerado um talento, já que nesse exato momento, meus suspiros sob a face de Jimin se tornam a coisa mais torturante possível. Eu estava quase lá, e quando Jimin passa a mover seu quadril junto foi o meu fim. Eu sequer percebi que Jimin não tinha mais sua direita em meu pescoço, porque eu puxei seu fios de forma nada gentil pendendo minha cabeça pra trás e vindo com toda força. Eu sentia o líquido viscoso sujando nós dois, e era como estrelinhas brilhando por todo lugar enquanto tinha meus olhos fechados, o ar faltando e eu totalmente desesperado em me manter quieto. Céus, pra um escandaloso é mais difícil do que pensam.
Não demorou muito pra que Jimin o fizesse também, acho que o fato d'eu estar tão manhoso e necessitado enquanto gemia e suspirava contra seu rosto e boca, e meus arranhando sua nuca facilitou. O fato de que ele continuava se movendo sua mão sobre nós dois deixava tudo melhor, e eu literalmente revirei meus olhos até voltar a encará-lo novamente. E eu me sentia orgulhoso por conseguir fazer isso agora sem vergonha ou receio. Assim que ele abriu seus olhos eu sorri enquanto meu peito subia e descia.
— Hyung… por Deus…
— Eu juro que se um dia quiser fazer isso onde tenhamos que ficar quietos, eu vou te bater. Nunca. Mais. — E eu não disse? Dualidade. Eu ainda estava com minha respiração acelerada, por isso demorei até conseguir raciocinar tudo isso.
— Tudo bem, eu também não quero mais fazer isso tendo que ficar quieto. — E assim eu recebi um beijo longo seu. Sem toques a mais, apenas seus lábios sobre os meus em um carinho terno. E por Deus…
Não demorou muito até que Jiminnie em poucos segundos se levantasse levemente e tirasse sua camisa. Confesso que eu sorri pequeno por notar como seu corpo é mesmo atrante, eu até cheguei a tocar sua barriga, mas segundos depois ele pegou a minha pela barra, e eu só percebi qual era seu intuito quando ele passou pelas partes sujas de nossos corpos. Ah, ele estava limpando nossa porra. Como é que ele pode parecer adorável mesmo dessa forma? Poxa…
— Eu vou colocar isso pra lavar antes que a gente se esqueça, só um segundo, bebê. — E ele finalmente saiu de cima de mim, dando um último beijo em minha bochecha. Eu acompanhei todo seu caminho até a área de lavanderia, e esse foi o tempo d'eu perceber o quanto eu sou bobo por esse homem.
Ele é como meu principezinho, e eu sinceramente sei que aqui estou eu, bobinho e apaixonado pelo Jiminnie, novamente. Bastou isso pra que quando ele voltasse eu o puxasse pelo braço e abraçasse com toda a força do mundo.
— Coisinha linda. — Foi o que ele disse enquanto beijava meu ombro e eu sentia quase dor por lhe amar tanto assim…
— Hyung, eu posso te fazer uma pergunta antes da gente pular pra outro assunto? — E era sempre assim, eu aproveitava pra falar sobre coisas íntimas enquanto ainda me há coragem.
— Uhum.
— Por que você não continuou com a mão na minha garganta? — Ele pareceu um pouco surpreso pelo fato que eu percebi, mas não pareceu abalado por isso. É claro que ele se lembrava desse seu ato.
— Nós nunca tínhamos mencionado o fato que eu gostava disso. Nem mesmo você. Eu me senti errado em colocar isso na hora, como se você fosse obrigado a gostar só porque eu o fiz. Eu sei que eu nunca te fiz pensar que sim, mas eu também não quero que tenha qualquer dúvida disso. Se você gostou a gente pode conversar, e entender como você gosta e como fazer da maneira certa, pra que não te machuque, entende? — Ah… não, não, não, Jiminnie, você não quer me fazer chorar agora, é?
— Hyung… — Então o biquinho começou a se formar em meus lábios.
— O que foi?
— Você é perfeito, que ódio! — Então eu fechei meus olhos com força, eu sei que isso… isso faz parte de um relacionamento, as coisas serem com consentimento, tudo, tudinho. Mas eu não sei, Jimin é muito cuidadoso comigo, isso me faz perceber o quanto ele é realmente o cara que quero passar o resto da minha vida junto.
— Você que é, meu bem. Apenas fazemos coisas que conversamos antes, tudo bem? — Ele ergueu seu mindinho, como uma promessa. E aquilo me pegou mais uma vez.
— Okay. — Eu entrelacei no mesmo instante, e nós sorrimos um para o outro, antes de nos beijamos de verdade, da maneira mais carinhosa existente.
— It's your birthday, every day with me. — Eu escutei ele cantando baixinho e eu logo pude perceber que ele cantava Ariana Grande. E é incrível como essa música se encaixa aqui e agora.
— Keep your hands on me don't take them off until I say so. Let me break you off, we'll be taking off, or maybe making love. — E de repente nós éramos os dois garotos bobinhos um pelo outro, cantando Hands on me dá Ariana Grande, enquanto eu desejo de verdade suas mãos em mim e que não as tire até eu mande.
— Feliz aniversário, meu bem. — E eu recebia mais um de seus beijos.
[..]
Meu aniversário finalmente acabou, mas eu ainda tinha o meu presente pra enfrentar. E isso tem me deixado louco. Eu estou tão ansioso, tipo… muito!
Minha mãe começou a me dizer sobre que deveria pensar no que iria levar, já que seria um fim de semana em Busan! Inclusive, lá tem praias lindas, eu com certeza vou querer visitar alguma. Falando nisso, Jimin não quer me dizer em que hotel vamos ficar. Eu até tentei o convencer que isso iria me fazer criar expectativa. Sua resposta foi apenas dizer que era isso mesmo que queria que eu fizesse. Pra ser sincero, eu fiquei com um pouco de medo, e um pouco mal. Ele deve ter gastado muito com isso, e quando tento argumentar sobre que poderíamos dividir ou deixar eu pagar pelo o que vamos comer ele apenas diz que esse é o meu presente, e não me deixaria pagar por nada. Mas… poxa, ele simplesmente não deixa!
Eu apenas deixei pra lá, porque eu não quero trazer um clima desses pra gente, apenas agradeci mas lhe disse que realmente não era necessário mais nada pra fazer com que essa viagem fosse perfeita. Ela vai ser apenas por sermos nós dois. Aliás, agora eu tenho meus 18 anos, isso significa que… bem, eu já posso dirigir se quiser. E também fazer coisinhas em que sejam finalmente legais. Aliás, Jimin logo faz seus 19 anos, não que eu ache que isso tenha problema é que…
Tudo bem, a verdade é que essa viagem, só nós dois está me deixando um pouco nervoso. Tipo… eu e ele, em um quarto de hotel. Sozinhos. E… bem, eu sei bem o que passa na minha cabeça só de pensar nisso, e não me deixa tão apavorado, só nervoso. Jimin está sendo todos os meus primeiros, e todos eles foram bons o bastante pra que seja uma incrível memória e… mesmo assim, não consigo controlar meu nervosismo.
Além de que, tirando o fato de que eu vou ver a Ariana Grande e isso será literalmente o maior evento da viagem, também tem outra coisa… eu e Jimin vamos completar um mês de namoro. Eu quero lhe dar um presente. Pode não ser caro como os dele, mas com certeza vai ser do coração. Inclusive combinei com Jin e os bruxões raiz pra irem ao shopping comigo hoje.
Confesso que me senti tentado em apenas chamar Jiminnie pra minha casa e nós assistirmos algum filme bobo onde acabamos desistindo e só nos beijando até dormimos juntinhos. Isso já aconteceu duas vezes depois do meu aniversário… na mesma semana, é, eu sei. A culpa não é minha, ficar com Jimin dessa maneira tem sido tão bom pra mim. Seja pra irmos além, ou apenas nos beijarmos lentinho até que o sono chegue. Eu cheguei a brincar sobre estarmos vivendo uma lua de mel, porque nos damos tão bem que sequer parece real. Nós sempre ouvimos tanto que relacionamentos são difíceis, e eu concordo. Você não é só uma pessoa agora. Você pensa, age, fala e sonha por dois. Porém o diálogo é mesmo a base de tudo. Eu amo conhecer Jimin, eu amo quando ele conta sobre como gosta de seu sanduíche, ou sobre seus ensaios na academia de ballet. É tão lindo perceber seu amor pela dança e como apenas citar o assunto faz seus olhos brilharem. Sua alegria sempre me contagia e me carrega pra um dia cheio.
Bem… eu acabo de perceber que perdi toda a minha aula de Química enquanto pensava sobre tudo que tenho que fazer hoje, e sobre Jimin obviamente. Eu apenas me levantei junto aos meninos, que pareciam animados pelo fato de que Jin vai pagar nossa comida. O que foi? Ele implorou pra ir com a gente, e como eu sei que isso vai me gerar micos pedi algo em troca. No caso comer de graça, e isso não pareceu um problema pra ele.
Com minha mochila nas costas eu apenas me sentei no banco de sempre, junto a Yoongi e Hoseok, que no caso viu seu macho e já foi correndo. Bicha escandalosa… só perde pro Jin.
— Oi meu bem, como foi sua aula? — É Jimin que vem até a mim, sentando em uma de minhas coxas me abraçando de lado.
— Ah, normal. Pra ser sincero as provas finais estão meio longes, e acho que ainda não me toquei que preciso me esforçar pra passar de ano. Apenas de que minhas notas tem sido boa… não sei, eu ainda tenho medo. — O loiro sorriu negando a cabeça.
— Você vai se sair bem, não se preocupe. — E eu ganho um beijinho no topo de minha cabeça. Poxa… tão adorável. — Ah, bebê… eu posso conversar com você rapidinho?
— Claro, pode dizer.
— Precisa ser… A sós. — Ele disse mais baixo e eu fiquei confuso mas concordei. Se Jin chegar… ah, ele sabe esperar, eu realmente não estou me importando tanto. Apenas disse aos meninos que voltaria já. Eles fizeram uma feição maliciosa e eu ignorei. Quer dizer… eu acho que não é sobre isso…
Ele se levantou e fui atrás, até que ele parasse no corredor mais próximo e apoiasse suas costas em um dos armários. Ele ficou calado por um tempo o que me fez ficar preocupado.
— O que foi, amor? Pode dizer!
— É que assim… — Então ele abriu a boca mas não conseguiu dizer nada. Eu apenas levei uma de minhas mãos até seus fios, arrumando até que se sentisse confortável pra finalmente dizer. — Assim… eu queria que você falasse sobre… sobre o que a gente tinha comentado aquele dia sabe? Sobre conversar sobre o que a gente gosta quando fazemos… coisinhas. — Ele disse coisinhas! Aí Deus… mas… falar sobre isso? Tipo…
— Falar sobre isso agora? — Eu me senti meio confuso. Porque ele parecia nervoso. E ele não fica nervoso quando fala sobre esse tipo de coisa. Geralmente não…
— Uhum, agora. — Ele confirmou várias vezes com sua cabeça e eu me senti ainda confuso. Embora… eu fique envergonhado de dizer isso agora eu…acho que posso.
— Eu… eu gosto de… — Ele me olhava com expectativa e… por que ele está tão estranho? — Aish, hyung, por que isso é importante agora?
— Aí… vamos fazer assim. Eu digo e você diz se sim ou não. — Eu pensei e realmente aquilo parecia melhor do que realmente dizer. — Primeiro… você realmente gosta de ficar sem ar?
— Não. Quer dizer, eu nunca fiz, mas se sim eu acho que apenas seria ter… a mão ali, sabe? Não completamente, eu acho desesperador.
— Entendi. Eu acho que não gosto… no geral. Quer dizer, que façam comigo, eu acho que me contento mais em fazer, tudo bem? — Jimin parecia realmente concentrado em dizer aquilo, e eu estava ficando cada vez mais confuso. Mas eu concordei, porque eu também não me interesso em fazer isso em Jimin. — Você gosta de alguma limitação?
— O quê?
— Tipo… não poder ver, não poder falar, não poder se mexer de alguma forma. — Eu abri o venho percebendo que… é. Vocês sabem.
— Eu gosto… de estar preso. E prender. As mãos. Sobre a visão… eu acho que sim, mas não sei bem. — Jimin por algum motivo não parecia tão surpreso.
— Te prender… com… uma algema? Cinto? — Agora era eu quem estava surpreso. Cinto? Eu nunca vi sobre isso.
— Eu acho… que sim. É.
— Eu também me interesso por isso, a gente pode experimentar um dia. — Okay, nessa hora eu não me aguentei. E comecei numa crise de risos fodida, do tipo que começa a chorar. Por Deus, é de nervoso, porque se eu já fico excitado com Jimin as coisas mais simples, imagina se ele me prender um dia. Aí. Meu. Deus. Eu vou passar mal. — O que foi?
— Amor, eu não sei porque você quer tanto falar sobre isso agora, mas eu realmente não consigo me sentir mais envergonhado. — Então ele apenas fechou o fazendo fazendo um biquinho.
— Desculpa, é que… eu não sei. Você mudaria algo em mim?
— Oi? Jimin, você 'tá mesmo bem? — Agora eu estava ficando preocupado. Porque… ele anda pensando nisso?
— Tipo… você gosta de caras tatuados? Com cortes pequenos?
— Jimin, me escuta, eu gosto de você! Se você for um cara tatuado, um cara moreno, um cara que tem piercing na língua ou um cara careca eu vou continuar gostando de você. E se alguma hora eu te provei o contrário você pode me dizer que eu vou tentar entender, tudo bem? — Eu não sabia o que se passava em sua cabeça, mas eu sei que ele é uma pessoa ansiosa, e se existe alguma possibilidade disso ser algum gatilho pra si, eu quero descartar, totalmente. — Você é lindo, você é todo lindo, e não tenho nada que eu mudaria em você.
— Nada?
— Na verdade… tem uma coisa sim.
— O quê? — Ele pareceu preocupado, mas não tinha o porquê.
— A nossa aliança. Eu com certeza a colocaria ela na nossa mão esquerda. — E foi assim que Jimin sorriu. Sorriu radiante e me abraçou.
— Desculpa, meu bem… é que… eu não sei-
— Você não precisa me dizer se não quiser. Mas me prometa que vai falar isso na sua próxima consulta. E nunca mais tenha dúvida do que eu sinto e acho sobre você. Entendeu? Ou eu faço outro vídeo me declarando pra você no YouTube. — E então ele me abraçou mais forte ainda, enterrando seu rosto na curvatura de meu pescoço. Meu bebê, você não precisa ser inseguro assim…
— Eu prometo.
E bastou isso pra que eu escutasse alguém buzinando alto. Ah, Seokjin… porque você tem que ser tão você?
— Vai lá, meu bem. Mais tarde a gente se fala. — Ele já entende como meu tio é escandaloso, e por um segundo eu me sinto ruim por deixar ele sozinho. A minha sorte é saber que Taehyung vai estar com ele o dia todo.
— Ah, quase me esqueci do mais importante. — Ele ficou confuso por minha fala. — Você é meu fetiche, amor. — E com um beijo estalado em seus lábios eu fui até o idoso.
Park Jimin
— E foi isso que você disse?
— Sim…
— Aí, caralho. Você deve ter deixado o menino super preocupado. Você conhece o Jungkook, ele só não te dá o mundo porque ele 'tá uma merda. — Taehyung tentava me acalmar da melhor forma. Eu já estava no estúdio na espera da Seulgi, e eu sequer sei porquê eu fui dizer aquilo pro Jungkook.
— O que eu faço?
— Quando você acabar aqui conta pra ele porque disse aquilo, simples. Mas pessoalmente, porque se falar por telefone acho que ele… eu não sei, só acho melhor mostrar. — E então um sorrisinho surgiu no rosto do Kim. Ah!
— Aish, Tae! Eu nem sei se ele vai gostar…
— O quê? Ele mesmo disse que gostaria de você mesmo careca, e o que vão fazer vai te deixar ainda mais gostoso, eu só não entendi você ter ficado com esse medo todo do que ele acharia. — Eu apenas suspirei. Eu… meio que acho que sei. Depois de algumas consultar com o psicólogo eu aprendi que cada pensamento meu pode virar uma bola de neve, e por isso eu tenho crises. Eu tenho que me vigiar pra não ter pensamentos ansiosos, e se tiver apenas descartar aquela ideia e pensar que está tudo bem.
— Eu… eu acho que sempre pensei demais que meu pai iria implicar com qualquer coisa que fizesse comigo, acho que ter alguém que não quer te controlar e outra totalmente assim me fez pensar nisso. Mas eu vou conversar isso com meu psicólogo depois. — Dei de ombros e me sentei ao lado do Kim.
— Faça isso. — Antes mesmo que ele terminasse de dizer eu escutei uma notificação vindo do seu celular. Apenas deixei pra lá porque não era da minha conta. Mas em segundos eu percebi que era sim.
O Kim mostrou seu celular pra mim e eu vi que era Jungkook. Aish…
Jungkook:
Oi, Tae! Acho que você 'tá com o Jimin hoje, ele tava estranho hoje, então vê se 'tá tudo bem com ele! Qualquer coisa só me manda mensagem, viu? Beijos!
— Eita homem que te ama, meu Deus! — E Taehyung ainda estava rindo da minha desgraça. Eu deixei mesmo ele preocupado.que ele falaria…
— Ama é?
— Ah, não vai me dizer que você não acha que ele te ama ainda?
— É que amar é uma palavra muito forte. Imagina, amar alguém!
— Mas você não ama ele? — Ele me perguntou e eu suspirei sorrindo em seguida.
— Claro que amo, Tae. Eu amo ele demais… — Assumir isso em voz alta é tão bom. E… poderoso, é, essa simples frase pode mudar tanta, tanta coisa... Eu queria tanto saber o que ele acharia se eu lhe dissesse isso. Eu suponha que "Poxa, hyung…" seria tão fofo, sério.
— E por que não diz isso a ele?
— Porque eu não acho que seja a hora, se ele não sentir o mesmo ainda… eu não quero que se sinta forçado a dizer, sabe? — E foi a vez dele revirar os seus olhos. O que tem? Eu estou certo sim!
— Vamos ser sinceros, Jimin, você acha mesmo que um cara que te leva no psicólogo de preocupação, cuida de você quando 'tá doente, é seu fã número um quando dança, e ainda por cima namora você, não te ama?
— Eu… eu acho que ele me ama sim, então… Ah, Taehyung, não venha me forçar a dizer nada, tudo bem? Eu não sou como você e o Hoseok que parece já viverem uma lua de mel, tiveram filhos e agora planejam a velhice juntos. — Ele estava rindo mas é sério. O jeito que esses dois não esperam pra dizer nada é incrível. Se eles sentem que devem fazer algo, eles fazem, é simplesmente isso!
— Tudo bem, eu não digo mais nada. — Ele ergueu suas mãos, como quem se rende. Acho bom.
Não demorou muito pra ver Seulgi chegando com sua moto que é mesmo linda. Tirou seu capacete e já mostrou seu maior sorriso.
— E, aí, garotos? Preparados preparados pra se furar? — Tinha um sorriso animado no rosto, e aquilo foi uma ótima frase de efeito.
— Eu? Me furar? É só o doido do Jimin, fico com meus brincos de pressão e pronto. — Se tem alguém com medo de agulhas nesse mundo é Kim Taehyung. Eu não sei como ele teve coragem de vir aqui comigo. De início seria apenas a garota, já que vamos furar no mesmo lugar, e é um lugar confiável.
— Okay, vamos subir. O Jacob já 'tá esperando pela gente, ele tem muitos clientes hoje, temos que ir rápido.
Eu não sei quem é Jacob, mas alguém com esse nome com certeza não é coreano. Por isso eu apenas subi as escadas do estúdio o mais rápido possível atrás da garota. Eu confesso que chegando lá o meu medo foi ficando maior. Porque eu sei que essa porra vai doer pra um cacete…
Quando ele veio com o marcador no local eu apenas olhei de relance pro meu melhor amigo, que entendeu que eu estava me cagando todo. E sim, eu chorei pra um cacete quando aquela agulha atravessou, e quando ele ajeitou o piercing eu quis morrer. Puta que pariu, por que eu fui ter essa ideia?
A única coisa divertida daquele dia foi eu e Taehyung fingindo não olhar pra onde a Seulgi furava, ela ria falando que pensava que gays não tinham atrações por mulheres por ficarmos nervosos com… o que tava na maca. De fato, não temos, mas temos algo que a maioria dos macho hétero não tem: Respeito.
Jeon Jungkook
— Quem é o sobrinho que vai fuder até o talo?
— JEON JUNGKOOK! — Isso foi o que eu escutei já entrando dentro do carro. Parece que ele e os bruxões combinaram de dizer e eu simplesmente não acredito o quanto eles são doidinhos.
— Por Deus, vocês não tem limites. — Pra ser sincero, eu não estou tão surpreso assim, era de se esperar tendo Kim Seokjin sabendo da minha viagem.
— É você que não vai ter quando fuder com o Jimin. — Eu revirei os olhos com sua fala. Acho que vou ir de Uber mesmo.
— Aish! Talvez nem aconteça, se eu não quiser, não vai!
E aquilo pareceu uma piada muita engraçada pra eles, já que todos começaram a rir. O que foi? Se eu não quiser não acontece! Simples…
— Eu quero ver é você não querer. Jungkook, aceita logo que você vai fazer barulho naquele hotel, nós precisamos te dar dicas, vai! — Isso tudo era porque eles querem me dizer como vai ser… ah, eu não acho que tenha problema, porque é a minha primeira vez, mesmo que eu saiba que é impossível ser perfeito, pode chegar perto disso.
— Okay, podem dizer. Mas tenham filtro, por favor.
— 'Tá, quem vai comer quem de primeira?
— CADÊ O FILTRO? — Jin, você precisa mesmo aprender usar as palavras, não é… "comer". Eu não quero transar com Jimin, eu quero fazer amor com ele.
— 'Tá, quem é que… vai ser… Aí, não dá pra dizer isso de maneira fofinha, estamos falando de sexo, não de Barbies!
— Vocês são insuportáveis, por Deus! Eu não sei quem vai dar primeiro, tudo bem? Mas se for eu vou estar me cagando de medo.
— Melhor não se cagar não… — Okay, eu quero matar eles. Por que eu pareço tanto uma piada?
— Eu desisto, não quero mais ouvir vocês. — Cruzei meus braços emburrados. Tenho cara de otário é?
Só um pouco…
— Calma, vou ser sério agora, está bem? Se você for o passivo primeiro você sabe que tem que fazer a chuca, não é? — Eu concordei, porque eu realmente sabia disso. E eu já vi uns vídeos de como fazer, só nunca realmente testei… — Eu não acho que você vai deixar que eu te explique então… procure se informar. É sério, se informa de verdade. — Foi a vez dele apontar o dedo na minha cara, eu sei com o que ele se preocupa, e não deveria porque eu me preocupo o dobro. — Agora se você for o ativo… você precisa saber da sua responsabilidade. Não esquecer da camisinha, usar lubrificante, porque se o Jimin realmente não transou depois que ele conheceu você, vai doer…
— Como assim, realmente? Aish, vocês estão me deixando ainda mais inseguro! — Ah não, eu vou ter que bater neles!. Não é como se eu ficasse com ciúmes até porque… se nós não namorávamos ainda 'tá tudo certo… é… eu acho. Poxa, mas e se… e se eu não for bom?
Ah, não, não, não pensa nisso Jungkook…
— Calma, cara. Eu só 'tô dizendo pra você fazer devagar, com muita paciência, porque dói pra caralho, e você é literalmente o único apoio que ele vai ter.
— Repito, vai doer pra caralho. — Foi a vez de Hoseok dizer, já que ele foi o primeiro de nós a finalmente transar. Quer dizer, com um cara. Já que Yoongi já o fez com uma garota.
— Tudo bem, eu entendi. Eu já sei o que devo e não devo fazer, só deixem o resto comigo, porque Jimin é meu namorado e eu sei como fazer ele se sentir bem. — Agora eu tinha deixado meu tio e os bruxões de queixo caído. O Jung até chegou a bater palminhas pra mim, já Jin sorria como um louco.
— Como quiser, moleque transante!
— QUEM FOI QUE ENSINOU ISSO PRA ELE?
[...]
Nós já tínhamos comido no shopping, o Kim realmente pagou nossa comida, e depois disso foi só ladeira abaixo. De início eu fui comprar as primeiras coisas para o presente. Eu até hoje guardo o dinheiro da monetização do vídeo, então… É. Eu fui até a Pandora, me sentindo animado só de pensar no que ele vai pensar quando ver. A segunda parte do presente já estava iniciada, eu fui até a loja de papelaria, pegando alguns papéis variados com cores pastéis. Já podia imaginar como ficaria, e isso me deixava muito, muito animado.
Só faltava uma coisa, que não levava muito em conta, mas os bruxões pareciam fazer disso uma enorme festa, como tudo é pra eles.
— Você precisa agora comprar algumas roupas de banho porque você não vai na praia faz séculos, e outra pra ir no show da Ari. Algo confortável mas que faça o Jimin te olhar e querer te jogar na parede e chamar de lagartixa.
— Ah, isso ele já faz comigo de qualquer jeito, tudo bem? Uma roupa não vai mudar.
— Jungkook confiante sobre o Jimin é um dos meus mood preferidos, já que eu quase batia nele no início. — Yoongi comentou e eu logo comecei a rir. Nossa, é verdade…
— Não dá nem pra acreditar que a gente já brigou por isso. — E era verdade, as coisas podem mudar tanto dentro de um ano. Ou melhor, menos que isso.
— E o Hoseok que ficou sem saber o que fazer, coitado. A gente amadureceu muito. Esses meses pareceram anos… — Hoseok logo concordou, falando sobre o quanto foi um saco não saber com quem ficava, já que — segundo ele — já era maduro e achava aquilo uma grande infantilidade. Vamos fingir que acreditamos.
— Eu que não tinha vindo pra Seoul ainda, pegava vocês dois no coro. Palhaçada de ficar com raiva um do outro por macho! — Às vezes eu agradeço por ele ter ficado longe por esse tempo, o que seria da minha pele se tivesse Seokjin na minha casa quando postei aquele vídeo sem querer…? É, nessas horas que eu percebo que o universo é bom em coisas que nós nem percebemos.
— O Yoongi estava certo, eu endeusava demais o Jimin. Não de uma forma saudável, porque eu ainda acho ele um deus, mas um deus que com certeza está a minha altura.
— 'Tá, chega de viadagem, vamos entrar na loja logo! — Magicamente Jin parece meio cansado de minhas boiolagens.
— Se fosse sobre você e o Nam era até amanhã falando das.coisas sebosas que fazem… — Hora de irritar o idoso, check!
— Coisas sebosas? Respeita, meu amor. Porque se você fosse um voyeur com certeza babaria nos observando. — Okay, chega dessa hora de irritar, Jin é muito absurdo em literalmente tudo que faz!
Assim entramos na loja, os meninos já estavam rindo como loucos. Meu tio tem mesmo alguns neurônios a menos, ou Deus esqueceu de colocar alguns filtros nele…
Chegando eu e os bruxões fomos direto na seção de banho. E assim começou a confusão.
— Será que dá tempo pra comprar aquelas cuecas de elefante que a trompa é onde fica o pau? — E eu nem preciso dizer de quem veio essa frase.
— Aish, Jin! Sério, você calado é poeta.
— Ah, vai me dizer que você não vai usar sunga na praia? É sua chance de mostrar o corpinho enquanto entra na água de forma sexy. — Agora eu ria como um louco, eu me sinto em um filme de comédia romântica do Adam Sandler dessa maneira.
— O único lugar que eu quero mostra meu corpo é quando estiver deitadinho da minha cama, de resto, eu quero algo confortável e bonito, fim!
— Nunca vi mais adulto, meu bebê cresceu tanto!
Eu simplesmente desisti de entender. Ele até veio e me abraçou forte, o que fez alguns atendentes encararem a situação um pouco confuso. Acreditem, se eles estão, eu mais ainda.
Demorou um pouco, mas consegui acalmar os nervos dos meninos, e finalmente tínhamos algumas peças na mão, tanto de banho quanto para o dia do show. De resto eu poderia facilmente usar as minhas.
Eles decidiram se sentam em frente aos provadores para observar os meus look e dar opiniões nas quais eu não pedi,, eu confesso que talvez esse seja um dos motivos que eu esteja a cinco minutos fingindo demorar isso tudo pra colocar um bermuda. Oh, universo, por que queres que eu passe tanta vergonha?
Eu primeiramente sai com aquela bermuda de banho, era branca com detalhes em amarelo e rosa, como se fossem bolinhas. Eu realmente gostei.
— Lindo, parece que 'tá indo pro parque aquático. — Então eu sorri percebendo que ao menos tinham gostado. — Junto com seu primo de três anos. Você vai usar camisa? Ah, não, eu te proíbo! — E agora eu tinha um perfeito "O" em meu rosto.
— Meu Deus, vocês são malvados! — Isso aqui é desfile de moda é?
— Prove outra!
E lá fui eu pro provador novamente, dessa vez era uma da Adidas, preta com suas listras brancas tradicionais do lado. Era bem bonita e simples, eu também gostei. Quando terminei de vestir fui de volta aos garotos, que pareciam fofocar sobre sei lá o que enquanto mexem em seu celular.
— Hm… análise. — Foi o que eu escutei do mais velho do grupo. — Dá uma viradinha. — Eu o fiz, ficando agora de costas pra eles. — Eu gostei, ficou muito gostoso. Faltou apenas tirar a camisa.
— Vocês são mesmo tarados. — Eu revirei os olhos. Eu não vou tirar, não precisa de fazer isso agora. Sem contar que… tem mais gente aqui.
— Eu também gostei, ganhando até agora. — Felizinho eu voltei pro provador, agora vestindo a terceira e última. Aliás, eu talvez nem vá usar muito.
Voltando para os palpiteiros profissionais eu agora usava uma do Bob Esponja. Eles não viram ainda que eu tinha pego isso, e sim, eu só quero deixá-los irritados. É divertido ver como eles gostam de cuidar da vida dos outros.
— Não, que porra é essa? — E novamente o mais fofoqueiro de todos e quem começa.
— Puts, ainda não dá pra defender, Jungkook?
— Devia ter caído no soco quando a gente brigou naquele dia, assim o neurônios que caiu da sua cabeça voltavam. — Eles realmente trocaram a ferradura hoje.
— Por Deus, da próxima vocês tomam um calmante, eu estava brincando… mas é mesmo bonitinha. — Eles sequer deixaram que eu terminasse de falar, apenas me falaram pra voltar ao provador.
Depois disso os meninos pareciam mais tranquilos com a roupa que usaria no show. Eu até cheguei a pegar aquele chapéu de pescador, no qual teve sua auto estima levada ao chão pelos palpiteiros de plantão.
Saindo da loja Jin sorria como um louco. E eu sabia que coisa boa não era. De fato, ele queria me levar ao sex shop de novo, dessa vez eu até entendia, eu não tinha nada pra… vocês sabem o que. Sequer camisinhas. Eu podia falar pra Jimin o fazer? Sim. Mas aí eu teria que mencionar o fato disso ser algo que realmente vamos fazer. E eu… eu sinceramente não sei se consigo assumir isso em voz alta.
E lá vai eu. Comprando preservativos e lubrificante quase morrendo de vergonha. Eu sei, eu sei que é algo natural! Eu namoro, isso é só prevenção e cuidado, mas parece tão surreal pra mim às vezes… Jeon Jungkook, 18 anos, com camisinhas e lubrificantes na mão. Isso mesmo, olha como soa adulto, maduro. É. Só soa, eu estou meio que olhando a sacola toda hora pra ter certeza que… que aquilo existe mesmo.
Chegando em casa eu corri pra guardar tudo isso junto com… as minhas outras coisas nada educativas. O resto do dia Jin continuou conosco, ele estava com uma folga hoje, e então decidimos fazer uma noite de jogos como antigamente.
Geralmente era apenas nós, mas eu tenho namorado. Hm… acho que estou meio bobinho por isso agora, mas apenas ignorei meu pequeno surto e resolvi ligar para Jimin, eu não sei se ele já está melhor sobre o que estava pensando. Por ele ter ansiedade está sujeito a não ser previsível. Eu entendo e tenho certeza que a cada dia ele melhora ainda mais, o que não me impede de ficar pertinho dele só pra me assegurar disso.
— Jiminnie? — Eu não sabia se ele tinha atendido ou era apenas mais um toque de chamada.
— Oi, meu bem! — Por sua frase eu logo sorri grande. Eu posso mesmo imaginar sua feição enquanto ele diz isso.
— Você 'tá melhor? — Isso ainda era uma questão, tudo bem? Eu até cheguei a alertar o Tae. Cujo é sempre muito atencioso.
— 'Tô sim, bebê. Como foi com os meninos? — Ele lembra do fato de ter saído com eles e… sinceramente, muito provável que já tenha uma noção só por Seokjin estar junto.
— Tirando as vergonhas de sempre que meu tio me fez passar, foi legal, comi muito. Mas… eu te liguei por outro motivo. Quer vir aqui pra casa agora? A gente vai jogar, os meninos estão aqui. — E é somente mencioná-los pra começarem dar oi sem parar. Eu até coloquei a chamada no viva voz pra que pudessem saber a resposta de Jimin, esses dois agem como uma manada de elefante em cima de mim, e sequer posso xingá-los sem rirem.
— Tudo bem, bebê. Eu vou sim. Só não sei se vou querer jogar. Minhas pernas estão podres por causa do treino… — As apresentações estão chegando, e isso me lembra que eu e o Min temos que começar a compôr a música, apesar de sua melodia já estar pronta.
— A gente pode ver séries ou apenas ficar deitado se quiser. O jogo é só uma desculpa pra te ver. — Eu sou sincero e recebo uma risada sua.
— Ver série? Só se for a série de beijos que eu vou te dar, bebê.
— Jimin! 'Tá no viva-voz! — E assim começou a zoação por parte dos bruxões. Por Deus, esse é meu fim. Aqui estava eu, com morte decretada pelo meu próprio namorado.
— Perdão, já 'tô chegando pra te salvar! — E assim a chamada se encerra comigo rindo feito um louco. Aish, eu queria que isso não acabasse nunca.
O futuro me assusta pelo fato que minha rotina nunca mais cair ser como essa.
— Jimin é cara de pau assim mesmo? — Quem perguntou foi Jin referente a sua fala e eu tive que rir. Rir alto da sua fala.
— Cara de pau? Tem certeza que você, Jeon Seokjin, está julgando a pessoa certa? — Eu te chamei pelo nome de solteiro e isso o deixou ainda mais irritado. Chegou até mesmo a ser engraçado. É tão bom, o gosto da mínima vingança.
— Vai brincando, você se vingar só me faz ter mais vontade de te fazer passar vergonha. — Ele deu de ombros e confesso que me senti um pouco intimidado. Seokjin é um idoso incontrolável.
Esperando pelo meu loirinho eu resolvi fazer algo que tinha tempos que sequer lembrava. Jogar Piano Tiles. Esse jogo foi por tanto tempo a maneira de controlar minhas vergonhas, ele acompanhou minha trajetória com Jimin, e sempre que esperava por ele de alguma maneira estando no tédio, Piano Tiles estava por lá. Uau, é verdade mesmo. Por isso me dediquei o suficiente pra fazer com que o jogo se sentisse valorizado. É, vou passar a jogar isso de novo, porque sempre me atraiu coisas boas.
Jimin acabou demorando um pouco, mas assim que ele chegou fiquei como uma criança animada. Os meninos o zuaram por um instante pelo o que disse na chamada, mas então ele ameaçou Hoseok dizendo que então não ligaria pra Tae vir se continuasse. Foi eficiente, já que ele é um carente como eu. Ah, como a Ariana diz. And i can be needy.
Isso foram nos primeiro segundos, até que eu finalmente pudesse lhe abraçar.
— Oioi, te trouxe choco-pie! — E eu já estava sorrindo, e finalmente o apertei minha coisinha linda contra mim. Mas… eu não sei se aquilo foi sério ou como uma brincadeira. Assim que o fiz Jimin gemeu. Tipo, de verdade, ele gemeu sôfrego atraindo um olhar totalmente confuso meu.
— Amor? — Eu fiquei pensando, talvez eu tenha lhe machucado…
— Nossa, é… — Ele parecia nervoso, e então me pegou pelas mãos. — Vem, eu preciso de mostrar algo. E eu percebi sua expressão sôfrega. Parecia… doer. Por Deus, será que tem algo relacionado aos treinos que anda fazendo? Deve ser…
O loiro me guiou até meu próprio quarto. Eu estava nervoso assim que ele fechou a porta. E por algum motivo milagroso os bruxões não comentaram sobre isso. Ele se sentou no meu colchão e bateu com suas mãos do lado, pra que eu o fizesse também. Eu respirei fundo pensando que ele diria algo como está grávido de outro. Okay, parei, isso não tem sequer sentido.
— Lembra hoje de manhã quando eu te fiz aquelas perguntas? — E eu concordei, porque perfeitamente me lembro, até da maneira que fiquei preocupado, como estou agora. — Eu fiz porque… queria fazer algo. Tipo, mudar algo no meu corpo.
— Ah, meu Deus, você quer ficar moreno de novo? — E meu coração parou por um segundo. Um dia esse momento ia chegar, é isso. As coisas mudam, Jungkook. Ele vai continuar lindo como sempre, apenas com outra cor de fios, e você vai amar ele. Como ama agora… não vai poder mais o chamar de loirinho. Ah, meu Deus, meu loirinho não pode acabar assim tão rápido!
— Claro que não! Eu amo meu loiro, bebê. — Deu uma risada fraca percebendo o meu desespero. Okay, isso é bom.
— Mas se um dia você quiser eu ainda vou te achar muito lindo. O único porém é eu ainda poder te chamar de meu loirinho. — Pra deixar claro, aliás, eu não quero que ele associe meu desespero como algo ruim.
— Tudo bem, eu aceito. Mas o que eu quero fazer… no caso já fiz… Não é sobre meu cabelo. — Então as coisas ficaram mais confusas, já fez? Temos algumas opções. É algo que está por baixo das roupas, ou eu estou muito cego. E se…
— Você fez uma tatuagem escrita Jeon Jungkook Amor Eterno? — Não, não pode ser! Isso seria… horrível!
Isso pareceu muito divertido e foi quando ele teve uma crise de risos. Eu espero que isso signifique um não, porque Jimin é lindo demais pra ter uma tatuagem assim.
— Não, eu não tatuei seu nome.
— Então é mesmo uma tatuagem?
— Na verdade, não… — E ele volta a ficar nervoso. Por Deus, eu quero saber o que é logo.
— Aish, mostra logo, eu 'tô ficando nervoso…
— 'Tá bem, mas fecha os olhos, e quando eu disser já você abre, tudo bem? — E eu concordei já fechando os meus próprios olhos.
E pude sentir ele se mexendo no colchão, e isso estava me deixando ainda mais animado. Eu sinceramente não sei o que ele pode ter feito, mas que definitivamente vai continuar muito lindo.
— Pode abrir, meu bem. — Eu o fiz, primeiro notei que ele estava sem camisa. E é, isso já é um grande baque pra mim. Eu apenas subi meus olhos pelo seu tronco até que…
— CARALHO! — E eu tinha minha boca aberta e eu olhei pra ele como… O quê?
Jimin havia feito um piercing em seu mamilo.
Minha primeira reação foi começar a rir. A rir muito mesmo. Eu acho que tive um gay panic tão grande que meu cérebro bugou, me dando qualquer reação que não fosse congruente.
— Você não gostou? — E então ele parecia meio chateado. Mas, não! Por Deus, universo, me faz parar de rir de nervoso, agora!
— Hyung, meu Deus…Eu 'tô nervoso… — Eu respirei fundo porque aquilo… meu Deus. — Por Deus, é claro que eu gostei. Você 'tá gostoso pra caralho, tipo. — E meu cérebro buga novamente e eu digo algo bobo "Bruglefgu" quando na verdade eu queria o elogiar.
Eu encarei de novo e agora pude notar que era metálico, e tinha duas bolinhas na ponta. Estava atravessando mesmo… era a porra de um piercing mesmo! Uau… Jimin era uau mesmo!
— Meu bem, fala alguma coisa!
— Respeita meu gay panic, Jimin. É muita coisa pra processar! — E eu voltei a olhar. Parecia doer. Meu Deus! — Doeu muito? Você 'tá bem?
— Doeu bastante, mas eu gostei pra caramba, então valeu a pena. — Agora eu entrava em transe, e Jimin começava a rir da minha reação. — Bebê, é só um piercing!
— Só um piercing? Park Jiminnie, é com você que vou acordar pelo resto da minha vida, eu preciso entender como é que eu o faço sem ter um ataque cardíaco pelo fato de você estar um gostoso? Como vai ser? Eu vou poder tocar isso um dia? Sentir com minha boca? É complicado, eu vou querer arrancar sua camisa só pra ficar admirando.
Agora ele parecia achar aquilo ainda mais hilário, se jogando na cama rindo alto. Aish! Respeita o meu gay panic, por favor!
— Para, hyung! Eu 'tô falando sério!
— Bebê, vai ser como sempre foi, a diferença é que vai ter um piercing, e quando cicatrizar eu deixo você fazer o que quiser.
— Até mesmo desenhar uma vaca nele como se ela usasse piercing?
— JUNGKOOK! — Ele começava a ficar até vermelhinho de tanto que ria. Que gracinha…
— Fala sério, ficou a coisa mais linda. Minha vida agora é dividida pelo momento antes e depois do piercing de Park Jimin. — E eu deitava ao seu lado completamente apaixonado… pelo piercing.
— Bebê, você é muito fofo. — E então ele me abraçou de lado, e eu tomei cuidado pra não acabar esbarrando sem querer no local que agora é sensível.
— Espera um instante. — Eu me afastei de si por um segundo e fechei meus olhos juntando minhas mãos. — Bendito seja o mamilo esquerdo de Park Jimin, amém.
Agora ele estava como um tomate, rindo alto, ele coçou seus olhos e o admirei ele se acalmar até que eu percebesse o quanto ele é tão perfeito pra mim...
— Bebê eu… — Ele finalmente tinha recuperado ar suficiente pra falar. — Eu te a-
— Desculpa interromper a boiolice, eu só preciso saber cadê a chave pra abrir a porta pro Tae. — Eu tomaria um susto maior se ele tivesse aberto a porta, mas Hoseok bateu e esperou com que eu dissesse. Eu respirei fundo e o disse tomando um susto.
Jimin ia dizer "eu te amo"? Ah, não… não, era um "eu te adoro". Como a gente sempre faz. Por Deus, chega de gay panic por hoje! Meu coração sinceramente não aguenta mais! Eu voltei minha atenção ao loiro quando ele se mexeu na cama parecendo procurar pela camisa. Eu quase disse pra não o fazer, eu ainda precisava admirar um pouquinho...
— Hyung, por que você ficou tão nervoso, até me perguntou sobre isso antes?
— É que… — Então ele suspirou, se virando pro teto. — Eu sempre fiquei com muito medo de fazer qualquer coisa no meu corpo, por causa dos meus pais. Quando eu pintei meu cabelo de loiro eles disseram que isso não era algo que algum empresário faria, não parecia sério e profissional. E eu respondi "Exatamente!", porque eu não sou a porra de um empresário, muito menos que ser! — Ele parecia meio irritado, e chateado. Eu realmente não entendo como é ser o Jimin, minha família sempre me apoiou em tudo, e por sua parte é sempre dor… desapego. E eu sei que ele se sente mal por isso. — Acho que é algo que sequer percebo, você é uma das pessoas mais importantes da minha vida agora, e acho que meu pai ter me tratado assim desde o princípio me faz pensar que as outras pessoas podem agir da mesma maneira… — E agora enfim ele se vira pra mim e eu suspirei me sentindo mal por ele. Eu realmente odeio os seus pais.
— Enquanto você estiver comigo, Jimin, você poder ser o que você quiser, o que é, e eu ainda vou te apoiar.
"E amar" Completei na minha cabeça.
Com um beijo em sua testa eu vi seu sorriso. E não tem nada mais recompensador que isso.
— Memo se eu fizer uma tatuagem escrita Jeon Jungkook Amor Eterno? — Aish!
— Ah, aí fica difícil… — Eu brinquei.
— Tudo bem, vou tatuar seu rosto da próxima vez.
— Boa sorte em fazer caber meu nariz. — E novamente ele ria de mim. Então ele já reparou que meu nariz não é lá tão pequeno.
— Seu nariz é lindo, bebê.
— Diz que nariz grande é sinônimo de pau grande, o que acha disso?
— Acho que 'tá meio errado. — Ele ousou em dizer e eu abri minha boca chocado com sua ousadia.
— Ah, desculpa, senhor pauzão, anaconda ambulante, se meu pau não é grande suficiente pra você! — Eu cruzei os braços emburrado. Audácia, só porque tem um sabre de luz entre as pernas acha que pode fazer bullying com o meu!
— Jungkook, aish! Eu estava brincando! Não se preocupa, eu não quero um pau grande, 'tá achando que meu cu é buraco negro? Também não me interesso em catar manga com ele, tudo certo.
— PARK JIMIN!!!!
O cu dele não é buraco negro. Senhor, eu acho que eu vou mijar nas minhas próprias. Ele é absurdo!
— Perdão, essa foi absurda. Mas 'tô falando sério, seu pau é perfeito do jeito que é.
Eu até poderia deixar ele começar uma aula de auto estima pro meu próprio pau, mas eu já tinha entendido que isso era apenas uma brincadeira.
[...]
— So… Hi, Ariana! I love you so much, thank you for all the musics that really make me feel better in all the ways, you're an angel! — Eu treinava rola milésima vez no espelho. Mas sempre que chegava num certo ponto eu tinha vontade de chorar muito, porque… como é que eu vou dizer isso a ela sem chorar? Meu inglês é relativamente bom, mas é possível que eu esqueça essa língua quando vê-la.
— JUNGKOOK, AS CUECAS LIMPAS TÃO AQUI NA LAVANDERIA! — Minha mãe gritou da cozinha me fazendo revirar os olhos. Daqui a pouco eu iria pro aeroporto, e minha mãe insistia que eu deveria levar mais cuecas pelo motivo de: Não sei.
Mesmo assim que estava tão ansioso e de bom humor que fui sem contestar. Minha mala já estava cheia, estava levando a minha própria câmera pra tirar fotos de alguns momentos, os presentes, obviamente, roupas, preservativos e… ah, vocês sabem o resto. Estava com uma calça de moletom que é mais colada no corpo, uma blusa de malha preta e arrumando meus documentos pra que não esqueça nada pro show. Pra falar a verdade, eu já conferi 13 vezes só pra ter certeza que vai dar tudo certo.
Os dias passaram bem rapidamente, sendo sincero, eu não esperava que em poucos dias eu iria realizar um dos meus maiores sonhos ao lado do meu amor. Isso era… surreal. Eu aproveitei pra terminar a outra parte do presente pro Jiminnie, já que essa deveria ter um pouco de trabalho manual.
Eu tentei não pensar no show e no fato que terei minha artista favorita bem a minha frente, mas só de imaginar a vozinha da Ari dizendo "Oi!" Pra mim… eu quero morrer de tanta felicidade! Não parece real, isso realmente parece um sonho pra mim!
— Vamos recapitular, eu deixei o negócio pra chuca no bolso direito, debaixo das roupas de banho pra não ficar suspeito. Lembra de tudo que eu disse, se divirta porque vai ser incrível. — Ah, esqueci me dizer, Jin está aqui me ajudando a fazer as malas. E sim, eu vi os vídeos sobre como fazer, como ele tinha mandado. Prefiro não comentar sobre isso agora, mas se acontecer… Jin realmente me contou sobre todas as situações possíveis.
— Tudo bem, agora chega de falar disso, eu só preciso conferir de novo se estou levando tudo direito antes de fechar as malas. — Ele parecia bem mais racional hoje. Já que ele realmente me ajudou a lembrar de tudo pra enfim fecharmos o zíper.
Então era isso. Eu apenas deveria esperar Jimin passar aqui. E recebendo uma mensagem sua dizendo que estava saindo de sua casa eu me sinto ainda mais ansioso. Levamos a bagagens até a sala, e recebi uma chamada de vídeo dos bruxões raiz.
— Oi, oi! A gente não 'tá aí, mas não querendo te desejar uma boa viagem, usa camisinha e se divirta. Se puder apenas avisar que está vivo quando chegar invés de logo pular pra putaria ficaríamos felizes. — Eu mal atendi mas já recebia esse povo só pensando nas putarias.
— Bom tarde pra vocês também, eu mando mensagem sim. Jimin já está vindo então se desligar na cara de vocês não foi por querer. — Na verdade seria sim, apesar de estar apenas brincando.
— 'Tá bom, ingrato, só queria dizer mesmo, 'tá levando tudo direitinho?
— Uhum, conferi umas três vezes.
— Aí que coisinha linda, meu bebê cresceu. — Yoongi beijou a câmera fingindo que era eu me fazendo rir alto. Ah, eles são fofos comigo.
— Aish! Eu vou me despedir dos meus pais agora, mas mando mensagem e atualizo vocês da viagem. Beijinhos, amo vocês!
— Nós te amamos! — Hoseok completou a frase e eu sorri como bobo me sentindo tão grato por tê-los em minha vida.
Depois de desligar eu fui até a cozinha, e assim minha mãe me deu uma pequena vasilha, eu percebi que ela tinha feito cookies, tão fofa…
— Obrigado, mãe! O Jimin já está vindo, ele vai provar os cookies também!
— Por nada, meu amor. Tenha juízo nessa viagem, não faça nada que eu não faria, não use drogas, eu confio em você.
— Assim, algo que você não faria não é algo muito seguro de se seguir, você não é a mais santa. — Eu digo enquanto nos abraçávamos. Na mesma hora ela afastou sua cabeça.
— É, coxa gorda. Fica esperto! Sorte a sua não poder engravidar, ao menos. — Ela deu de ombros e eu ri. — Mas o que não elimina o fato de você ter que usar preservativo, hm? Não se esqueça. — Eu concordei mais uma vez, eu acho que já entendi que tenho que usar. Sério, eu não aguento mais as pessoas me falando isso!
— Cadê o papai?
— Aqui! — Eu me viro pra trás e percebo que ele estava indo pro trabalho por causa do seu terno, e fui o abraçar também. — Tenha uma boa viagem, juízo na sua cabeça. Amo você, viu? — Eu sorri e então beijei sua bochecha me sentindo muito feliz por ter sempre tanto apoio dos meus pais. Eu queria até chorar por… poxa, eu sou tão… tão feliz.
Depois disso eu fui pra sala e percebi que um carro estacionava na porta, por isso abracei Jin de forma forte por estar muito, muito animado. Eu cheguei a pular enquanto tinha ele em meus braços.
— O tio ama você demais, viu? 'Tô aqui se precisar de qualquer coisa. Aproveita sua viagem, e me manda mensagem pra eu não morrer do coração! — Eu fiz um biquinho por ele ter se chamado de tio. Ele geralmente é chato e não deixa com que o chame assim, mas agora isso parecia tão adorável.
— Eu também amo você. — E escuto uma buzina ecoar no mesmo instante. Eu sorri grande e dei um pulinho enquanto gritava.
Eu tive que respirar fundo, contando até três quando abri a porta. Logo eu percebi que Jimin estava me esperando a frente dela. Eu ia o abraçar e Jimin simplesmente pulou no meu colo tão feliz quanto a mim. Por sorte eu consegui o segurar e o apertei forte percebendo o quanto nós dois estávamos mesmo animados.
— Oi, meu bem, eu 'tô tão ansioso! — Ele tentou desfazer as suas pernas cruzadas em minhas cintura, mas antes disso eu nem esperei e roubei um beijo rápido de sua boca.
— Oi, amor! Eu também, me ajuda a colocar as coisas na mala pra gente ir rápido! — E ele logo concordou deixando agora um beijo na minha bochecha.
O loiro cumprimentou todo mundo antes de finalmente pegar uma de minhas malas e eu a outra. Durante esse curto momento eu percebi que Jimin sorria grande pra mim toda vez que nossos olhos se cruzavam.
Quando tudo já estava no seu devido lugar eu acenei para os meus pais e Jin, que estavam na porta assistindo toda aquela cena. Eu me senti até bobo, aquilo nem era uma despedida tão dolorida e eu me sentia melancólico o suficiente pra querer me emocionar. Depois de dizer "Tchau!" E finalmente fechar a porta, eu encarei eles até que o carro desse partida. Minha casa foi se tornando distante, até que enfim o cara desse a curva no final da rua e não pudesse vê-los mais.
Assim que isso aconteceu eu me virei pra Jimin e transbordei de amor. Me permitindo perceber cada um dos estágios que é amar Park Jimin incondicionalmente.
— Obrigado por isso, amor.
— Essa é apenas uma das coisas que vou fiz pra te tornar o homem mais feliz do mundo.
— Você já me faz, hyung. — Eu fiz um biquinho, pensando no fato de como ele é tão precioso… eu o puxei pra um beijo rápido, pouco me fodendo pro Uber que nos leva. Eu só quero amar o meu homem.
E entrelaçando nossas mãos eu soube que aquela seria uma das viagens mais inesquecíveis de minha vida.
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