handporn.net
História Across the Universe - Capítulo 15 - História escrita por herondalie - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Across the Universe >
  3. Capítulo 15

História Across the Universe - Capítulo 15


Escrita por: herondalie

Notas do Autor


Mudei a capa, vocês perceberam né? pois é

Capítulo 15 - Capítulo 15


Não me lembro de muita coisa além da dor que senti, médicos e enfermeiros para todo lado, uma luz forte no teto, vozes sussurrando e um choro, um choro de criança e depois uma completa escuridão.

Abri meus olhos com dificuldade e a visão meio turva, uma enfermeira que organizava alguns remédios me olhou e sorriu

- Está se sentindo bem? – ela perguntou

- Cadê minha filha?

- Ah, mães, sempre preocupadas primeiro com os filhos, eu vou buscá-la para você conhecê-la – ela ainda sorria

- Obrigada

A enfermeira demorou uns dois minutos e voltou com um bebê no colo. Eu me assentei e ela me entregou a criança.

Ela estava enrolada em uma manta rosa, seus pequenos lábios tinham um tom de vermelho, seus olhos um pouco mais claros que do Paul e tinha até que bastante cabelo para um recém-nascido, pequenos e finos fios negros.

- Minha filha... – não conseguia tirar o sorriso do rosto

- A senhora quer que eu chame o pai? – a enfermeira perguntou

- Por favor – sorri e ela saiu do quarto novamente, voltei a falar com Mary e segurei sua pequena mão – Você é linda sabia? Tem os olhos do seu pai – fiquei um tempo olhando para ela e imaginando o que minha própria mãe pensaria de mim naquele momento – Ah meu Deus, você é tão perfeita, como eu poderia me arrepender... eu te amo – encostei a minha testa na dela e sorri, ela cheirava a flores e sua pele era tão macia

- Posso interromper? – Paul deu uma batida na porta e se aproximou - Anna... ela é tão... linda – ele tinha um sorriso bobo no rosto

- Tem seus olhos – falei olhando para ele

- Sim, só que em uma versão mais bonita

- Não, são completamente iguais, você é lindo – sorri mordendo meus lábios

- Wow, mas que elogio inesperado – ele sorriu e me beijou – você são perfeitas

- Vem, segure-a um pouquinho – ele sentou ao meu lado na cama e eu a entreguei em seus braços

- Ela é tão pequena que fica até difícil segurar

- Você se acostuma, papai – dei ênfase a ultima palavra e ele sorriu

- Ringo, Maureen, Cyn e John já estão lá fora, George está com Pattie na casa dos sogros por isso não pode vir e Brian já está a caminho – ele falou enquanto ninava Mary

- E essa gritaria do lado de fora?

- Ah, são as fãs, elas descobriram que o bebê ia nascer e mesmo de baixo da chuva ficam gritando do lado de fora, acho que querem conhecê-la.

- É, vai ver elas gostem mais da Mary do que de mim – ele riu – Mas nós não vamos ficar muito tempo nesse hospital, estou me sentindo ótima, logo já estamos em casa

Paul encarou a filha por alguns instantes brincando com seus pequenos dedos

- Guarde esse momento em sua mente Anna, é o momento em que começamos a ser uma das famílias mais felizes que você já conheceu – ele beijou a testa de Mary e a colocou em meus braços – Quero poder observar vocês duas juntas um pouco mais

- Eu quero que ela seja muito feliz Paul, eu vou fazer de tudo para que isso aconteça

- Nós vamos Anna... - ficamos em silêncio por um tempo.

Mary fez uma careta e desatou a chorar. Seu choro era alto e ela parecia incomodada com algo porque se mexia sem parar. Ela começou a soluçar e eu fiquei sem reação.

- Paul... o que está acontecendo?

- E-eu não sei... eu vou chamar um médico

-Não precisa, eu estou aqui – Um homem de meia idade vestido de jaleco branco entrou no quarto

- Ela começou a chorar do nada – falei

Ele se aproximou e encostou a mão em sua testa

- Ela está com febre, não devia estar aqui, ela precisa de cuidados especiais, é prematura, temos que levá-la agora! – ele falou para duas enfermeiras

- Espera, o que ela tem? – Paul perguntou mas não obteve resposta útil

- É muito importante que ela venha conosco agora

Segurei minha filha com mais força em meus braços, ela ainda chorava mas eu não queria deixá-la. Olhei para o Paul e ele fez um sinal com a cabeça para eu a entregasse ao médico.

 Beijei seu rosto e Paul soltou seu dedo da mão dela

- Eu te amo Mary – a entreguei nos braços do médico que saiu as presas do quarto com ela

Comecei a chorar e Paul me abraçou

- Ela vai ficar bem, vai dar tudo certo...

As horas passaram e eu ainda não havia recebido notícias da minha filha, apenas uma enfermeira havia dito “Os médicos estão cuidando dela, ela vai ficar bem.”

“Ela vai ficar bem” era tudo o que sabiam me falar?

- Eu só vou saber se ela vai ficar bem quando ela estiver aqui comigo, nos meus braços!

Me liberaram do quarto e eu fiquei esperando notícias junto com Paul e os outros

- Calma Anna, vai fic...

- NÃO FALA MAIS ISSO! – John ficou em silêncio

- Só estamos tentando ajudar, sabemos como é complicado – Cyn falou enquanto eu andava de um lado para o outro

- Desculpa John – cheguei perto dele – desculpa todos vocês, eu... eu estou tão nervosa

- Nós entendemos Anna – abracei John, ele era um amigo e tanto, não existem palavras para descrever o quanto eu o amava.

Paul estava sentado em uma cadeira, calado, olhando para o chão. Me aproximei dele e agachei

- Ela é forte, não puxou apenas seus olhos, ela vai voltar para nós – ele me abraçou com lágrimas nos olhos

O segurei com toda a força que eu tinha, minha filha estava em algum lugar, passando por alguma coisa que eu não sabia o que era e não podia fazer nada para ajudá-la, isso doía tanto em mim quanto em Paul.

- Anna, Paul, o Doutor – Me virei e lá estava ele, o mesmo sujeito que havia me tirado minha filha horas antes

- Como ela está? Cadê ela? – perguntei e ele ficou em silêncio

- A minha filha Doutor, como ela está? – Paul perguntou e também não obteve resposta, o Doutor me fitava com uma expressão séria

- Fala logo onde está a minha filha ou eu vou revirar todo esse hospital até achá-la – aumentei meu tom de voz quase gritando 

- Eu... sinto muito – ele olhou para baixo.

Senti uma pontada no meu peito, como se alguém tivesse acabado de me dar uma facada minutos depois do dia mais feliz da minha vida, mas eu ainda tinha esperanças.

- Sente muito o quê? Cadê a Mary? Cadê a minha Mary? – minha voz falhava em meio ao choro

- Ela não resistiu

- Como assim ela não resistiu? Resistiu a que? Você quer dizer que a minha filha... – Paul falou, senti que sua mão estava gelada.

- Nós tentamos de tudo, fizemos o possível, eu sinto muito mesmo, mas... a filha de vocês nasceu com uma complicação respiratória e infelizmente... ela não resistiu, a pequena Mary faleceu.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...