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História Adocicado. - Lavanda - História escrita por seasyneyou - Spirit Fanfics e Histórias
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História Adocicado. - Lavanda


Escrita por: seasyneyou

Notas do Autor


GENTE DESCULPA A DEMORA MEU DEUS DO CÉU BERG!
Esse fim de semana foi meio lotado para mim ;-;
Vou tentar escrever mais no próximo capítulo, porque esse ficou meio curto...
Sim, vamos ter alguns romances aqui ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Ah, eu terminei de aprender a primeira parte Oh Na Na :) Tô feliz


Boa Leitura ^-^

Capítulo 4 - Lavanda


Fanfic / Fanfiction Adocicado. - Lavanda

Capítulo 4: Lavanda.

~ J I M I N ~

Minha mãe me disse que a melhor forma de ganhar dinheiro é trabalhando, mas eu ainda tenho alguma esperança de ficar rico ganhando na Lotofácil. Essa foi minha filosofia de vida desde que me entendo por Lobo. Sendo que parece que o destino gosta de me lascar mais do que lasca a Lara Croft em Tomb Raider, então já podem imaginar que essa minha ciência genial não deu muito certo nos últimos dias. Meu pai ficou me seguindo pela casa inteira, falando para mim “Filho, você precisa aprender a cuidar da casa agora, afinal você está Marcado!” e me obrigando a fazer pratos de comida gourmet e biscoitinhos em formato de coração para dar ao “meu” Alfa.

Na verdade, a única coisa que eu sabia fazer era ovo, e isso já era mais do que suficiente.

Uma vez cheguei a acreditar que a pior coisa que podia me acontecer era achar meu irmão comendo as minhas comidas de gordo, mas acho que meu mundo virou completamente depois que voltei a me encontrar, infelizmente, com o meu velho ex amigo e paixonite de infância. O meu ódio por Min Yoongi só crescia mais a cada dia, e não estou exagerando nada quando eu falo isso. Fui obrigado a aprender a cozinhar –– como disse ––, lavar roupas e até mesmo costurar, sem falar que minha mãe começou a me arrastar para malhar três dias por semana, porque segundo ela eu tenho que ficar “apresentável” para Yoongi (não entendi muito esse papo de apresentável, afinal para que eu quereria ficar apresentável para qualquer Alfa?).

Até inventei um letreiro para a academia: Academia Horti-Frutti, aqui o caroço de azeitona no seu braço evolui para um caroço de abacate após 25 selfies em nossos espelhos mágicos.

Resultado: passei duas semanas nessa história. Não tinha trocado nenhuma palavra com o Min ainda, quando nos víamos nos corredores do colégio simplesmente ignorávamos a presença um do outro e seguíamos caminho como se nada tivesse nunca acontecido entre nós. Ainda era meio estranho o fato de eu não estar na mesma sala que Taehyung, mas com o tempo eu estava me acostumando, e até mesmo conheci algumas pessoas novas, como Jung Hoseok, um Alfa alto de cabelos alaranjados que estava sempre sorrindo por aí.

Meio devaneando em meus pensamentos, sentei na beirada do chafariz de entrada do colégio Krieger, permitindo-me vagar por um tempo antes que as aulas começassem e passando as pontas do dedo na Marca de um triskle no pulso esquerdo, com aquela mesma sensação estranha de sempre quando lhe tocava. Fazer isso já estava se tornando uma mania, tanto é que estava passando a me acostumar com aquela marca; parecia transmitir alegria e calor, esquentando meu corpo gelado. A Diretora Cho sempre soltava um suspiro junto com os professores e professoras quando viam um aluno tão novo ter uma conexão tão forte assim com um outro Lobo, crente que nós dois estamos totalmente apaixonados.

Soltei uma risada soprada só de pensar na ideia.

Eu e Min Yoongi apaixonados outra vez? Nunca que isso aconteceria.

Um vento forte trouxe consigo algumas folhas de cássia e um cheiro bom de lavanda. Fechei os olhos para me concentrar no olfato; já estava mais que acostumado com aquele aroma delicioso, perguntando-me mais uma vez se era um perfume ou algo do tipo. Procurei em todas as direções, estava me sentindo um tanto tonto por conta daquela fragrância. O achei ali, a cabeça encostada em um tronco de madeira, na sombra. Yoongi repousava tranquilamente embaixo de uma árvore, os olhos escuros e audaciosos agora parciais e fechados, os cabelos negros sendo bagunçados pelo vento, o peito subindo e descendo pela sua respiração calma e a boquinha vermelha entreaberta para a passagem de ar. Tudo indicava que estava no mais profundo sono. Era quase como uma imagem perfeita, vendo-o quieto ali parecia um anjo, com os raios solarem iluminando a sua pele alva e quente e as flores amarelas voando ao seu redor. Era uma estrela no meio do céu escuro, uma estrela brilhante e aconchegante, que transmitiam sensações de felicidade pelo meu corpo inteiro. Podia até mesmo sentir meu coração bater forte com aquela cena, o rosto ficando rúbeo com o pensamento de que o Min era, na verdade, muito bonito.

Aproximei-me um pouco, abaixando até ficar na sua altura para observar suas feições delicadas mais de perto. Puxei a madeixa negra do cabelo da testa e a prendi atrás da orelha, sorrindo ao vê-lo se remexer e resmungar com o mínimo toque em que eu havia lhe dado. Não ia cutucar a sua bochecha nem nada desta vez, ainda estava meio receoso por conta da nossa última discussão, além de eu não estar com um pingo de paciência de passar por outra, então apenas me levantei para ir para a sala de aula, dando uma última checada nele por cima do ombro.

Yoongi tem um cheiro de lavanda.

[…]

Mas quando ele estava acordado, com certeza era o capeta em pessoa.

Vi ele de relance pisando duro pelos corredores, o rosto todo inchado de sono e demonstrando claramente a sua raiva. Com certeza não tinha se acordado e perdera as aulas do dia. Dei um riso baixinho, me pergunto como o moreno conseguia passar tanto tempo dormindo encostado em um pedaço de madeira duro e frio, com várias crianças loucas gritando por perto. Só o Min mesmo para ser tão estúpido assim.

–– Minnie… Faz meia hora que você está olhando pro Yoongi. –– Taehyung disse em um tom engraçado, mas fazendo-me corar do mesmo jeito e olhá-lo como se aquilo fosse absurdamente mentira, o que obviamente não era.

–– N-não estou! –– Coloquei as mãos na bochecha, sentindo-as ficarem quentes. –– A-até parece que eu ia ficar encarando alguém feio e d-descontrolado como ele!

Yoongi parou há alguns metros de distância, nos encarando com a cara fechada, como se estivesse irritado com a gente. Senti meu corpo todo se arrepiar e virei-me de costas para ele na mesma hora, segurando nos ombros de Taehyung e o empurrando para que andasse.

–– Ei, que violência é essa?

–– Cala a boca, Tae Tae. Só anda logo. –– Na verdade, começamos a correr mesmo. O motivo?Nenhum. Só queria ficar longe dele o mais rápido possível.

Paramos por um tempo para respirar, cansados. Quando finalmente tinha soltado um suspiro de alívio por termos nos distanciado, a típica fragrância de lavanda adentrou nas minhas narinas tão rápido, que antes que eu pudesse ter qualquer tipo de reação, notei que Yoongi estava do meu lado.

Dei um gritinho fino e cambaleei até a parede, me chocando contra os armários de metal quando o Min começou a andar para frente, se aproximando.

Hoje é o dia do meu óbito.

–– O-o que você q-quer? –– Tentei falar com o restinho de coragem que ainda me sobrava na cabeça, as bochechas ficando vermelhas devido à proximidade do garoto. Estava tão perto que eu podia até mesmo sentir a pontinha de seu nariz se roçando na minha e seu hálito de menta soprar contra a minha face. Eu não sabia mais se eu olhava para os seus olhos ou para os seus lábios, então eu apenas fiquei alternando entre os dois, sem ver para aonde correr.

–– Bebê… Me ajuda.

Foi tudo o que falou antes de cair em cima de mim. O segurei por intuito com uma certa dificuldade, sem entender nada do que estava acontecendo e escorrendo até o chão com o moreno no meu colo. O desespero me atingiu de uma quando eu vi o sangue quente em minhas mãos, vendo que saiu de um ferimento na sua barriga.

Yoongi estava machucado.

Consequentemente, uma dor atingiu-me na mesma região do corte, mesmo que não fosse algo descomunal como era a dor da mordida que ele me deu há duas semanas, mas, ainda assim, doía para o inferno. Soltei um gemido, mais preocupado com o Min do que comigo mesmo –– afinal, era ele que estava com o machucado, não eu.

–– T-Taehyung, chame alguém! –– gritei desesperado para o mais novo que estava parado até então, me acordando daquele pesadelo em que havia submergido. Ele saiu correndo na mesma hora pelos corredores, apressado.

Repousei lentamente a minha mão trêmula em sua bochecha, sem se preocupar em sujá-las completamente daquele líquido vermelho, as lágrimas quentes escorrendo pelas minhas sem piedade, enquanto a outra fazia pressão no corte para tentar estancar o sangramento.

–– Shhh. E-está tudo b-bem, eu estou a-aqui agora, Yonnie… –– Tentei falar entre meus incansáveis soluços e fungadas. Minha cabeça doía agora, eu não estava pensando direito e estava começando a querer desmaiar cada vez mais sem falar que aquele cheiro maravilhoso de lanvanda que vinha dele fora substituído por um odor estranho, uma essência de morte. –– Você não pode m-me deixar sozinho… Tudo bem? Fica a-aqui comigo… Não me d-deixa de novo…

Vários gritos romperam pelo corredor, assustando alguns outros estudantes que haviam acabado de entrar naquela área, murmurando coisas uns para os outros enquanto viam a cena. Só queria gritar para que saíssem dali, para que cuidasse da vida deles e deixasse o meu Alfa em paz. Não demorou muito para estar cheio de pessoas ali, formando um grupinho de alunos entrometidos. Consegui ver como um último esforço os professores e diretores correndo todos juntos com Taehyung na nossa direção e empurrando os alunos para abrirem espaço antes de eu desmaiar.

Yoongi tem um cheiro de morte agora.

[…]

~ N A R R A D O R ~

Jimin não estava se sentindo muito bem quando acordou.

Sobressaltou-se na cama, coberto em suor frio. Já era dia e a sua visão ainda estava turva devido a tontura que havia sentido no dia anterior, mas o de cabelos platinados conseguia identificar o lugar com facilidade. Tratava-se do mesmo quarto em que estava na noite em que fora mordido por Yoongi e teve todo aquele papo da Marca –– que na verdade, nem entendera ainda o que aquilo fazia. Era o quarto dos pais do moreno.

Yoongi.

Aquele desespero terrível bateu-lhe no coração outra vez, fazendo o Park se levantar correndo e descer as escadas da casa aos tropeções, sentindo as pernas não funcionarem direito, como se estivessem desistindo de se moverem no meio do caminho, e a cabeça parecendo querer explodir, fazendo Jimin ter que segurar forte no corrimão para não escorregar e levar um tombo.

Nunca sentiu um alívio tão grande ao sentir aquele típico odor de lavanda.

O Min estava sentado no sofá da sala, os olhos fechados e a cintura nua –– estava sem blusa –– enfaixada com algumas bandagens, os resquícios de sangue ainda saiam do machucado, fazendo uma manchinha vermelho-escuro ali.

Nem sequer ligou se iria irritá-lo, ou se seria mal educado de sua parte, o Park só saltou ali em seu colo, colocando as pernas dele entre as suas, envolvendo-o em um abraço forte e apertado e afundando o rosto na curvatura de seu pescoço, as lágrimas já caindo sem parar. Era um bebê chorão, mas naquele momento tudo o que queria era continuar ali por horas e horas, só para sentir o calor de sua pele contra a sua, e a sua fragrância adentrar no nariz gordinho com vigor.

–– J-Jimin, está me machucando… –– Soltou um gemido sôfrego, fazendo careta.

–– Yonnie, nunca mais faça isso! Seu idiota!

O de cabelos platinados pode sentir as bochechas do mais velho inflarem em seu ombro, sinal de que estava sorrindo. Talvez ficaria irritado com aquela atitude em outra hora, mas não ligou muito, pois não queria brigar com o moreno outra vez; estava feliz demais por ele estar vivo para fazer isso.

–– Desculpa, bebê. Não vou mais fazer isso. –– Deixou um carinho por cima da blusa de Jimin, na sua cintura e logo depois apertá-la. Sentia novamente aquela vontade enorme de morder o garoto e descobrir seu gosto, tendo que se controlar para não fazer tal. Passou o nariz por todo o seu pescoço, capturando aquele odor adocicado de sempre, que lhe deixava meio tonto, principalmente quando estava no cio. Sorriu novamente quando sentiu as unhas do mais novo fincarem nas suas costas em resposta aos atos.

Seus pensamentos voltavam todos para aquela briga que tiveram duas semanas atrás. Se arrependia profundamente de ter dito aquelas coisas para o baixinho e de ter perdido a paciência com ele, afinal sabia que era a sua culpa por não ter avisado nada quando fora embora.

–– Omo, que momento lindo! –– Soo Young colocou a mão na boca, que estava bem aberta e o queixo caído.

Os dois coraram e se separaram, o coração batendo forte. Yoongi limpou a garganta, como quem estivesse implorando para a mãe não avacalhar mais do que já tinha avacalhado.

–– Sra. Soo Young, quem fez isso com o hyung? –– referiu-se Jimin ao machucado na barriga do outro, as bochechas infladas e os lábios fazendo um biquinho adorável.

A moça sentou no sofá ao lado deles, um olhar sério tomando conta de seu rosto severo. Juntou as mãos no colo e olhou para Yoongi.

–– Querido, o que você se lembra de ter acontecido? –– O Min fez uma careta a menção do acidente, buscando na memória confusa o que exatamente ocorreu consigo e tentando esquecer a sensação que sentiu por estar tão perto do de cabelos acinzentados antes.

–– Eu estava dormindo… Eu me acordei bem na hora que uma flecha quase perfurou minha barriga. Deu tempo de desviar, mas não totalmente.

–– Quem fez isso com você são os chamados de Caçadores. Vem de uma família chamada Wu, nossos inimigos de décadas. –– explicou sem muito ânimo a história toda.

Os dois escutavam atentamente a aula que Soo Young dava sobre o passado dela e de seu marido, Kwang Ho. Explicou sobre a Segunda Guerra, os experimentos que fizeram neles e sobre Lazarus Fagner. Yoongi nunca soubera muito sobre o passado de seus pais, e muito menos sabia que o fato de ter se transformado em um lobo completo lhe fazia especial ou algo do tipo e que também seus pais eram realmente Lobos mesmo, como aqueles que andam em quatro patas quase a vida toda, praticam canibalismo e tem uma alcateia. Jimin também não fazia ideia de nada, e passou a explicação com a boca em um formato de “O” perfeito.

–– Ah, entendi! Mas por que o hyung se transformou justo naquela hora? –– perguntou na maior inocência, fazendo o Min arregalar os olhos e Soo Young soltar uma risada baixinha.

–– Seus pais ainda não te explicaram nada?

–– Explicar o quê?

–– Sobre o que Yoongi poderia fazer com você caso nós não o tivéssemos trancado.


Notas Finais


O que vocês acharam de ser narrado uma parte em primeira pessoa? Eu queria deixar um clima mais engraçado no começo.
Por favor não me matem por causa do Yoongi.
*3*


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