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História Adocicado. - As Memórias Sobre Você - História escrita por seasyneyou - Spirit Fanfics e Histórias
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História Adocicado. - As Memórias Sobre Você


Escrita por: seasyneyou

Notas do Autor


GENTE VOLTEI!
DESCULPA A DEMORA
TAVA EM SEMANA DE PROVA
ADIVINHA QUEM SE FUDEU?
EU MESMA.
Esse capítulo tá tão fofo e tão feels, vou chorar aqui.
Era pra eu ter postado ontem, mas a internet resolveu parar de funcionar ;-;
Boa leitura ^-^

Capítulo 16 - As Memórias Sobre Você


Fanfic / Fanfiction Adocicado. - As Memórias Sobre Você

Capítulo 16: As Memórias Sobre Você.

 

Jimin não rouba, não mata, não é machista, mas o que a vida lhe dá em recompensa?

Se você disse nada, acertou em cheio.

Caso duvide desta afirmação, é só ver seu histórico de vida. Nasceu de uma família legal e pacata, cresceu em um lar de boas condições e fora bem ensinado. Até aí tudo bem. Mas ao fazer seus cinco aninhos de idade, entrou em um colégio famoso em Seoul, era um pouco mais caro que os ademais consequentemente, porém seus pais resolveram arriscar as economias para dar uma melhor qualidade de estudo para o filho, mesmo que este insistisse em ficar de birra infantil porque estava com medo da ideia de ir para um lugar cheio de pessoas desconhecidas. No primeiro dia de aula o Park conseguira se perder por ter andado para a direção errada, quase fora morto por um cachorro, se esbarrou com alguém e ainda por cima caiu no chão, como se já não fosse o suficiente, conheceu Min Yoongi, um garoto que tornou-se o seu melhor amigo e primeiro amor. Lembrando sobre aquela época o de cabelos rosados corou um pouco, afinal era de se envergonhar o pensamento de que mesmo odiando o moreno como odiava agora, não se arrependia nem por um segundo de o ter conhecido e de o ter amado como o amou há nove anos. Parecia tudo tão surreal, Yoongi era seu castelo, sua casa, seu príncipe em cima do cavalo, era o seu tudo. Fora pouco tempo, mas para Jimin pareceu uma eternidade; uma eternidade que destruiu-se, pois o Alfa teve de ir aos EUA por conta –– descobriu muitos anos depois, após uma breve conversa com o Min –– do trabalho de seu pai, indo embora sem se despedir.

Só de imaginar que durante todos esses anos o Park nunca conseguiu amar outra pessoa fora ele doía-lhe no coração, nunca se apaixonou por mais ninguém, nunca se interessou por outros Alfas, pois seu coração só dizia que pertencia para um alguém, e esse alguém era Yoongi. Chegou a odiá-lo com todas as suas forças, o odiou porque lhe abandonou, o odiou por não conseguir amar outra pessoa, o odiou por ter lhe deixado sozinho. Fora de incrível sorte ter ficado amigo de Taehyung, o garoto salvara a sua vida quase que por literalmente, sempre esteve ao seu lado o dando apoio quando o coração desamparado de Jimin insistia por se machucar ao lembrar do Min.

–– Jimin? –– O Alfa em sua presença o acordou dos devaneios, fazendo-o perceber que estava a beira das lágrimas pela terceira vez no dia.

–– Como assim Marquei? –– Piscou nervosamente os olhos algumas vezes, preocupado se o que acabara de ouvir antes estava correto ou não.

–– Olha, –– começou o moreno, respirando fundo antes de continuar. Aquilo com certeza lhe daria uma dor de cabeça para explicar a alguém tão lesado quanto Park Jimin, mas se fosse para fazê-lo entender, estava disposto até a desenhar. –– quando eu te Marquei, estava no cio, não é? –– Parou por um tempo, vendo o outro assentir em afirmação para continuar logo depois: –– Pois é, naquele dia você virou meu, mas eu nunca virei seu. Bem, até hoje né, visto que você acabou de me morder bem forte e as minhas feridas se curaram.

–– Não estou entendendo. –– O pequeno franziu o cenho, parecia mais era que Yoongi estava falando grego, não coreano. O mais velho revirou os olhos, dando outra respira profunda para fazer uma explicação que crianças entendam.

–– Jimin, eu te Marquei e isso te fez meu Ômega. Mas você não me Marcou, não me mordeu, e muito menos passou por um cio, então eu não sou seu Alfa. –– Quando o Park estava abrindo a boca para comentar algo, o Min apenas fechou os seus lábios com os dedos, impedindo-o de abri-los e proferir palavras. –– Escuta, você não passou pelo seu cio ainda, mas então como pôde me Marcar? É simples: eu não faço a menor ideia.

–– Bombu abim? –– Yoongi riu, pois Jimin estava tentando falar “Como assim?”, mas tudo que saia de sua boca agora eram palavras abafadas com som de B.

–– Sinceramente eu não faço a menor ideia do por quê de você ter conseguido me Marcar, mas pelo que estou vendo aqui, se eu me curei e agora o seu cheiro está mais acentuado que o normal, pode crer que me Marcou. –– O Min ponderou um pouco. O de cabelos rosados não poderia estar no cio, com certeza saberia se estivesse, o triskle em sua nuca arderia um pouco ou transmitiria calor para o seu corpo. Então por que ele conseguira o Marcar do mesmo jeito?

A porta do quarto abriu-se lentamente, a cabeça de uma moça bonita logo entrando pela fresta que havia se feito. Soo Young portava um sorriso gentil no rosto, mas, com certeza, tinha resquícios de malícia rondando a sua mente de mãe, que ao ver o filho com a blusa desabotoada, Jimin todo Marcado e suado, não precisava ser tão pervertida assim para entender o que acabara de acontecer ali dentro do cômodo.

–– Não é que eu realmente dei uma boa ideia? –– Riu soprado, entrando no quarto e fazendo com que o Park se encolhesse em seu canto, corado.

Contudo parou de repente, antes que Yoongi pudesse retrucar sobre o comentário ridículo expelido por sua mãe. O fitar dela travou nos olhos dos garotos, mudou o peso de perna e cruzou os braços embaixo dos seios, um tanto surpresa por ver aquilo. Estavam brilhando em um tom prateado, igual aos dos membros da AMARIA quando se juntavam.

–– Mãe, o que foi? –– O moreno perguntou por fim, quebrando o silêncio constrangedor que se instalou pelo local.

–– N-Nada, filho. –– Anotou mentalmente que teria de falar com os pais de Jimin mais tarde, aquilo que vira não era algo tão simples de se deduzir, tinha de ter a certeza absoluta antes de ousar contar para os dois envolvidos. Limpou a garganta com uma tosse fraca, balançando a cabeça para afastar os pensamentos e dando o seu melhor sorriso. –– Eu ia chamar para a sobremesa, mas vejo que vocês já chegaram nela.

Deu uma piscadela antes de sair correndo do quarto, fechando a porta em um baque forte e os deixando no silêncio estranho. Yoongi por fim tomara uma ação; estendeu a mão para o Park, que o encarou com o gesto súbito, desconfiado do que seria aquilo.

–– Vamos para a pracinha. Fica aqui em frente. –– Balançou mais um pouco o palmo ali, como quem estivesse pedindo para que o pequeno segurasse.

Este por fim obedeceu, sentindo o calor da mão do Alfa na sua, o arrastando para fora do cômodo e passando por seus pais, que lhe deram um olhar duplo-sentido que o Ômega com certeza não entendera. Estava um tanto frio naquela noite, o céu estava pintado de um azul-escuro, coberto de pontinhos brancos no céu, brilhando no meio daquela imensidão negra, as essências um do outro misturando com o bom cheiro das flores lilases das árvores por perto, trazidas com a brisa que soprava serena em seus corpos enquanto sentavam-se em um dos bancos perto da fonte com esculturas de anjos pelados segurando potes que jorravam água. Mesmo gelado, estava agradável ali, e ambos por um momento desejaram que aquele momento nunca acabasse, que aquela paz durasse um pouco mais, que ficassem curtindo a presença um do outro, exatamente como há nove anos.

NOVE ANOS ATRÁS:

Jimin corria pelos corredores do Colégio Krieger, ansioso para encontrar o amigo, o coração acelerado e as bochechas coradas por ansiar o abraço quentinho de Yoongi, os seus beijos na testa e o jeito que lhe chamava de bebê. O encontrou, por fim, no local combinado: na parte de trás da escola, seguindo pelo jardim, adentrando no terceiro corredor na direita, passando por uma parede falsa de plantas, encontrava-se uma casinha de madeira destruída com espaço só para uma pessoa, encostada em uma árvore e de frente a um único banco e poste de luz, sozinha em um campo de flores brancas. O Park dera um sorriso ao vê-lo ali deitado no chão entre as gramíneas esverdeadas, de olhos fechados enquanto a ventania soprava em seu cabelo preto e a luz do sol iluminava a face alva como a neve. Yoongi sorriu ao ver seu pequeno aproximando-se para sentar ao seu lado, agarrando as pernas com uma pequena sacola em mãos.

–– Oi bebê. –– Deu um beijinho em sua bochecha corada, observando com simplicidade Jimin ficar envergonhado com o ato. –– O que é isso?

–– Ah, eu trouxe um bolo que a mamãe fez. –– O Min dera um sorriso. Era absurdamente fofo o jeito em que o pequenino falava embolado por não saber pronunciar as palavras de modo correto ainda. Afagou-lhe os cabelos morenos, vendo-o olhar para si com um bico pelo mais velho ter rido do jeito que falava, mas logo desceu os olhinhos curiosos para algo que o Alfa segurava em mãos. –– O que é isso, hyung?

–– Isso? –– Encarou a planta de flores brancas e depois a estendeu para Jimin. –– O nome dessa flor é buckwheat. É pra você. Toma.

Segurou-a com as mãozinhas pequenas, inalando o seu cheiro forte e abrindo o seu maior sorriso para o seu hyung. O coração de Yoongi acelerou com o simples ato, dos olhos sorridentes do dongsaeng que se encontraram amenamente com os seus até as os dedos pequeninos segurando o caule, as bochechas ficando coradas.

–– Obrigada, Yonnie. Mas o que significam essas flores?

–– Amantes.

Passaram um tempo se fitando em silêncio, até que uma brisa forte trouxe consigo um sorriso do Min, despertando a falta de reação do Park para seu rosto adquirir uma cor rúbea intensa, mas retribuiu o ato do mais velho.

–– Quero ficar ao seu lado para todo o sempre, Minnie. –– disse Yoongi, acariciando a bochecha vermelha do pequeno com o seu dedão.

–– Eu também.

NOVE ANOS DEPOIS:

–– Por que estátuas de fontes sempre estão peladas? –– Jimin comentou, observando a água jorrar de um dos potes que o anjo segurava. –– Ei Yoongi, você…

Interrompeu-se ao ver que este pegava alguma coisa de uma muda de plantas por perto, fazendo biquinho pelo Alfa o ter ignorado por completo, indo embora no meio de sua fala, mas logo o semblante chateado se desfez quando o moreno se aproximou com uma flor alaranjada de pontas amarelas, sorrindo ao estendê-las em direção ao de cabelos rosados.

–– É uma marigold. É pra você. –– O Park as segurou em mãos, cheirando a sua essência perfumada, trazendo junto com aquela inalada as memórias dos acontecimentos de anos atrás, do mesmo momento acontecendo no esconderijo que acharam, das palavras do Min e o significado por trás da flor branca que dera-lhe da última vez. Amantes.

–– Obrigada. O que elas significam?

–– Um triste adeus. –– Sorriu fraco, sentando-se ao lado de Jimin, que agora o encarava de olhos um tanto arregalado. Percorreu o palmo em sua bochecha, aproximando o rosto do seu, mas ainda sem se precipitar a fazer quaisquer movimentos sobre os lábios avermelhados do pequeno, a respiração se mesclando uma na outra e as pontas dos narizes se roçando. –– Mas um feliz reencontro. –– O Park estava com o coração tão acelerado que pensou que ele fosse pular para fora do peito, o rosto adquirindo uma cor rúbea ao fitar os olhos do moreno tão de perto, mas o seu encarar logo desceu para aquele pedaço de pele da boca, entreabrindo a sua como em uma reação imediata ao ato. –– Se lembra do nosso esconderijo?

–– Lembro… –– respondeu quase como em um sussurro, vidrado nos lábios chamativos do Alfa, com uma vontade quase que incontrolável de aproximar o seu rosto mais ainda do dele para o beijar por fim.

–– Na parte de trás da escola, seguindo pelo jardim, virando no terceiro corredor na direita, passando por uma parede falsa de plantas, em uma casinha de madeira destruída bem pequena, encostada em uma árvore e de frente a um banco e poste de luz, em um campo de flores brancas. –– A mão livre segurou na de Jimin, que se atinha a flor que havia recebido há pouco. Sorriu, inclinando um pouco a face para frente apenas para ver o Park ficar mais ansioso pelo contato desejado, mesmo que estivesse prestando bastante atenção nas palavras que saiam do Min, pois seus olhos agora estavam marejados ao lembrar dos momentos. –– Eu senti a sua falta. Então… Não vou a lugar nenhum.

A primeira lágrima caiu sem permissão. Depois desta, várias outras caíram descontroladas sem parar, deixando Jimin com a visão embaçada e soluçando. “Não vou a lugar nenhum”, era tudo o que queria ouvir, tudo o que sempre quis ouvir desde que Yoongi voltara dos EUA, desde que o vira pela primeira vez.

–– E-Eu… Eu te o-odiei tanto, Min Yoongi! T-Te odiei por ter m-me deixado, por t-ter ido embora sem falar t-tchau, eu te odiei… Porque d-durante todo esse tempo q-que você esteve fora e-eu não me a-apaixonei por ninguém porque você era o único que e-estava na minha cabeça! –– gritou, batendo com o punho cerrado no peitoral do mais velho, que lhe observava com um sorriso triste no rosto. Se arrependia, não queria ter ido embora, queria ter ficado junto ao seu Ômega para sempre.

–– Ei, Minnie… –– chamou baixinho, limpando as lágrimas constantes que caiam do rosto de Jimin com os polegares, voltando a proximidade original que se encontravam a algum momento atrás, uma vez que se distanciaram quando o Park o bateu. –– Posso te beijar?

Se não fosse aquele momento, talvez o de cabelos rosados ficaria envergonhado de falar a sua resposta, contudo desta vez fora diferente: assentiu com a cabeça diversas vezes, tirando um último sorriso de Yoongi antes que este puxasse o seu rosto, colocando os lábios calmamente um no outro, apenas em um breve selar, para depois tomar a liberdade de aprofundar, virando agora um beijo lento, livre de quaisquer segundas intenções. Era um beijo de saudades, um beijo cheio de sentimentos, um beijo de amor infantil, um beijo de amantes. Lambeu os lábios alheios antes de adentrar ali, na boca de Jimin, enroscando as línguas uma na outra bem devagar, saboreando o gosto adocicado que portava a sua saliva. Desceu o palmo para a cintura do Park, deixando um acariciar carinhoso, sentindo os dedinhos gordos dele puxarem os fios de cabelo negro de sua nuca. Estavam imersos no ósculo, naquele momento que desejavam nunca acabar, naquele pedacinho de céu na terra que era um ao outro.

Separaram, enfim, pela falta de ar nos pulmões, dando um último selar antes de se distanciarem. Yoongi riu da expressão envergonhada de Jimin, que tinha sua mão nos lábios, o rosto todo vermelho.

–– Você está vermelho. –– comentou o mais velho apenas para deixar o Ômega mais constrangido com o momento.

–– C-C-C-Cala a boca! E-Esse foi o m-meu segundo beijo… –– cochichou para si mesmo, mas a boa audição do Min o permitiu ouvir em alto e bom som.

–– Com quem foi o seu primeiro? –– Tudo bem. Talvez ele estivesse sentindo um pouquinho de ciúmes. Mentira. Ele estava com muito ciúmes.

–– V-Você. –– falou tão embolado e baixo que o moreno não entendera, contorcendo a face. Por um momento jurou ter ouvido “Taehyung”, e já estava prestes a levantar dali para dar uma surra naquele alienígena ridículo, quando depois de ter dito um “hã?” baixinho apenas para confirmar se havia ouvido corretamente, Jimin gritou: –– Você, seu i-i-idiota!

Lembrou-se de quando entrou no seu segundo cio na casa do Park e acabara que ficado duro ao vê-lo sair do banheiro quase nu. Fizera coisas eróticas com ele, além de o ter beijado antes de tudo começar. Deu um sorriso abobalhado ao notar que fora a pessoa que deu o primeiro beijo no de cabelos rosados e sentira o gosto de sua boca com sabor adocicado.

–– Ótimo. Significa que eu posso roubar o terceiro, o quarto e o quinto. –– À medida que fora falando os numerais, dera selinhos nos lábios avermelhados de Jimin, o rosto do pequeno ficando ainda mais rúbeo. –– E quantos eu quiser.

O beijou desta vez, naquele ritmo lento em que estavam há pouco, passando a língua na dele ou mordendo-lhe o lábio inferior. Bem, até que uma voz infelizmente familiar soou ao seu lado. Não precisava nem olhar; aquele tom grosso só podia ser Taehyung. Jimin tentou afastar Yoongi de si, constrangido com a situação, mas fora em vão: o Min pressionou a boca contra a dele, de modo que não pudesse se separar. O Park cedeu por fim; os beijos do moreno eram de certo modo viciantes, e ficaram naquele ósculo sem se importar nem um pouco com a presença de um Kim irritado por ser deixado no vácuo.

–– Nossa, tá bom. Me ignorem mesmo. Fiquem aí se beijando em vez de falar comigo. Vou ligar pro Hoseok pra gente fazer coisinhas na frente de vocês também. –– Deu de ombros, fazendo Yoongi se engasgar e começar a tossir, separando-se.

Jimin não entendeu o sentido da frase, obviamente, mas o Alfa havia sacado, e não, nem queria imaginar nem por um segundo o seu amigo fazendo sexo com Taehyung, imagine se fosse para vê-los bem ali na sua frente.

O Kim observou o rosto do Park com um sorriso malicioso. Os lábios estavam inchados e bem vermelhos, assim como o nariz, como se tivesse acabado de dar um superamasso em alguém (e havia dado mesmo). Estava ficando orgulhoso da sua criança, agora só faltava um passo, o mais importante de todos.

Admitir que estava apaixonado por Min Yoongi.

[…]

O Inferno começou alguns dias depois.

Os alunos se reuniam no pátio do Internato Krieger, todos com aquela mesma expressão fútil de raiva por terem que agora viver em um colégio chato como aquele era, claro que com exceção de alguns estudantes retardados (no caso, Jung Hoseok) e os nerds –– certamente os nerds, pois estes sempre gostam de vir a escola, afinal das contas. Mas Yoongi estava com o pior semblante daquele lugar. Estava cansado, com fome, irritado e o pior de tudo, com sono. Sentia que podia ter um piripaque a qualquer momento e matar todo mundo que estava por perto para calar aquele tumulto de pessoas raivosas por tamanha calúnia que aquela mudança estava sendo. Sentou-se sobre a mala preta estilo gótico suave que achara em seu sótão, Soo Young dando um último beijo na bochecha de seu filho emburrado antes de entrar no carro e se dirigir ao trabalho.

O diretor Eunhyuk falou alguns últimos avisos antes de mandar os alunos seguirem para seus respectivos quartos após olharem os nomes e os números na lista. Sonolento, o Min cambaleou até encontrar o seu dormitório. A chave ainda se encontrava na fechadura, o que significava que ou Jimin não havia chegado, ou ele foi burro o suficiente de entrar no quarto sem tirar a chave para fechar a porta. A segunda opção se confirmou quando Yoongi abriu a porta, deparando-se com o de cabelos rosados esparramado em uma das camas, de bruços. O seu mau humor não impendia nem um pouco do moreno observar bem atentamente aquela posição do mais novo, as suas nádegas fartas e redondas empinas para cima de um modo provocante, a boca entreaberta e os olhos fechados, como se estivesse dormindo –– embora na mente produtiva do Min ele imaginava o garoto fazendo muitas outras coisas além de só dormir.

Mordeu o lábio inferior. Dividir o quarto com Jimin seria difícil.

–– Jimin, quem disse que você pode ficar com essa cama? –– O que acabara de ser citado, revirou-se na cama, ficando de barriga para cima com as pernas abertas. Aquele garoto só pode querer que eu faça algo com ele, pensou, contudo tal linha de devaneio se desfez quando suas pernas bateram impacientes no colchão, como uma criança.

–– Hyung, me deixa ficar aqui! –– Fez birra, com direito a biquinho nos lábios.

–– Mas eu quero ficar aí, Jimin! Fica perto da janela e perto do sofá, um lugar bem estratégico para a minha escapada de emergência e a minha soneca do meio dia. Respectivamente.

–– Eu cheguei primeiro, Yoongi. –– sibilou irritado.

O Min deixou sua mala em qualquer lugar, jogando sua bolsa no chão mesmo, direcionando-se para o de cabelos rosados e ficando por cima de si, de gatinhas.

–– Acho melhor você sair daí, se não quiser ser punido.

–– E v-você vai fazer o quê? –– gaguejou, se amaldiçoando logo em seguida por fazer tal.

O moreno agarrou o pulso do seu dongsaeng, direcionando-o para o seu membro, de modo que todos os dedinhos pequenos do Ômega apertasse o comprimento por completo. Aproximou a boca do ouvido dele, encostando os lábios na mesma.

–– Ou você vai ter isso aqui te fodendo sem piedade. –– provocou, ouvindo um gemido baixo em resposta do mais novo, tirando um sorriso seu.

Afastou-se de súbito, deixando Jimin confuso o encarando. Caminhou até a porta do quarto, abrindo-a e antes de sair, virando para encarar o Park.

–– Vou te deixar um pouco sozinho pra pensar sobre isso. –– Deu uma piscadela, indo embora por fim.

Yoongi retira o que disse.

Com certeza seria divertido dividir o quarto com ele.


Notas Finais


AVISO: Gente, preciso que vocês me digam se querem que eu faça a fic ChanBaek aqui (como segunda temporada, depois que acabar a história do casal YoonMin) ou como uma side fic. Me avisem nos comentários, sem esquecer de falar o que achou do capítulo!
Obrigada pela paciência que tiveram gente, eu estava muito ocupada durante essa semana, sinto muito por não ter postado antes ;-;
*3*


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