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História Akai Ito - Hold back the river - História escrita por Patiloma - Spirit Fanfics e Histórias
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História Akai Ito - Hold back the river


Escrita por: Patiloma

Notas do Autor


Yo! Aos pouquinhos estão vendo que sai, demora, mas sai.
Fico imensamente grata a todos que comentaram, compreenderam que não esta sendo fácil e que mesmo que Pati-chan não esteja mais em parceria, ela sempre estará em nossos corações.
Obrigada leitores, vocês são realmente maravilhosos.

Boa Leitura!!

Capítulo 46 - Hold back the river


Capitulo XLVI   

 

 A vida é feita de escolhas.

Quando você dá um passo para frente, alguma coisa fica para trás. 

(Desconhecido) 

 

Detenha o rio 

O assoalho rangia a medida que o samurai caminhava em torno dos corredores, fazendo a rota dos circuitos em um perfeito retângulo contornando o clã. Ouvirá passar pelo menos cinco vezes próximo a sua janela, não porque estivera contando, mas o sono que nem mesmo chegou aos seus olhos fora dissipado, em meio a devaneios envoltos pela preocupação e a ânsia de encontrar soluções que, mesmo no fundo, tem consciência das poucas probabilidades. Seu corpo exausto implora por descanso, todavia, a mente luta em prosseguir com o raciocino. Cansada de guerrear contra si mesmo, girou o corpo para o outro lado e sorriu de lábios unidos, com a imagem de Naruto dormindo no chão ao pé da cama.  

    Depois que retornou da breve visita a Kurenai, as duvidas que antes bailavam confusas foram sanadas, tomada pela determinação, adentrou no  quarto esquecendo-se que o Uzumaki ali ainda adormecia. O barulho da porta foi o suficiente para que ele abrisse os olhos apavorado e ficasse em pé prontamente na velocidade da luz, como se esperasse pelo pior. Contudo os ombros relaxaram com a visão da figura miúda envolvida por um quimono lilás e flores brancas moldando naturalmente suas curvas. A admiração durou pouco, ao passo que ela se aproximou e o envolveu em um abraço caloroso, fora recebida do mesmo modo por braços fortes.  

   ─ Ta tudo bem? - soprou a pergunta entre os fios azulados, deslizou o nariz pelo pescoço alvo inalando o suave aroma único.  

   ─ Eu não sei – sussurrou, de olhos fechados jogou a cabeça para trás oferecendo espaço as caricias – Gostaria que tudo fosse diferente... Naruto... - afastou o suficiente para encara-lo, vislumbrou o mar inconfundível dos seus olhos, perdendo o folego juntamente a linha do raciocínio.  

   ─ Acho que amanhã tudo será diferente – desviou os olhos buscando as pequenas mãos, entrelaçando os dedos pálidos entre os seus -  Quando o concelho anunciar minha expulsão, eu só vou aceitar – levou a boca aos dedos depositando beijos em um por um – Vai ficar tudo bem, Hina-chan. Prometo!  

    Hinata nada respondeu, apenas abraçou mais uma vez aquele que foi predestinado a amar e lutar por sua liberdade. Em silencio, ele a guiou até a cama, cobriu e depositou um beijo sobre os lábios e outro ao topo da testa.  Estendeu o colchão no chão e ali deitou procurando conforto abaixo do fino lençol. 

 

oOo

 

    A amanhã se estendeu nublada, nem mesmo o sol ousou despertar irradiando seu brilho, não havia felicidade ou qualquer motivo. Os membros que ali residem foram obrigatoriamente intimados a estarem no pátio do dojo, juntamente ao grupo de Samurais e o concelho.  

    Hinata que até então andava em círculos, preocupada com o sumiço do primo, cogitava diversas versões para o seu desaparecimento repentino. Não virá dês da tarde do dia anterior, alias, ninguém viu, o que lhe causava ainda mais desespero. O horário para juntar-se ao conselho se aproximava. Naruto fora para o próprio quarto antes mesmo que pudesse acordar, assim evitando desastres maiores.  

    Duas batidas ressoaram, prontamente caminhou até a porta, abriu rapidamente eufórica, contudo perdera o entusiasmo ao de parar com a figura encolhida de Yu. 

   ─ Desculpe não ser quem esperava, Hinata-sama – curvou-se. 

   ─ Não peça desculpas, Yu-san. Estou preocupada com Neji, ele sumiu – suspirou, angustiada. 

   ─ Oh, entendo – murmurou, sem jeito. 

   ─ Já esta na hora, não é? - indagou, Yu assentiu positivamente – Tudo bem – respirou fundo algumas vezes, amenizando um pouco do nervosismo.  

    Yu afastou da porta oferecendo passagem a líder que, hesitante atravessou a passos curtos. A caminhada não durou mais que dois minutos, todos reuniam-se ali para ouvir a declaração importante dos superiores. Hinata obrigatoriamente adquiriu postura rígida, queixo erguido e passos firmes, enquanto dirige a frente do clã. Os olhares foram direcionados a sua pessoa, muitos de admiração, outros de incerteza. 

    Haiato sorriu ao longe, deslumbrando a jovem mulher que, a poucos meses poderia facilmente ser confundida com membros inferiores, pois sua imagem inofensiva misturava ao restante. Agora, seu andar determina confiança, seu olhar sucinto esconde mistério, não há mais medo ou submissão. O corpo rígido curvilíneo demonstra a mulher forte que tornara. Mesmo diante de tantos olhares, Hinata não estremeceu ou chegou a titubear quando sua voz surgiu proeminente como o rugido de uma leoa. 

   ─ Nesta manhã, o concelho nos reuniu para ressaltar uma de suas regras mais... Absurdas! - frisou, sentindo-se corajosa – O mesmo concelho que esteve durante anos exigindo e pisando em vocês - apontou para o povo - É o que esta aqui diante de nós determinando a saída de alguém que, por não pertencer ao clã, por não ter o sangue Hyuuga. Por ser... Por ser o homem que eu amo – deslizou os lábios em um sorriso terno – Essas regras sem fundamento: Execução ou exilio. Que tipo de liberdade é esta, tão restrita, tão limitada! Eu não vou deixar que continuem, eu não quero, e como lider eu- 

   ─ Você não pode fazer nada – Haiato a cortou – Hinata-san, você é uma mera formiguinha. 

   ─ O concelho não pode ter tanto poder assim. Eu sou filha de Hiashi Hyuuga, líder e superior deste clã... Eu... Eu... 

   ─ Hinata-san, melhor voltar ao seu lugar, pelo seu bem – contrapôs, segurando ao antebraço da Hyuuga. 

   ─ Haiato-san... Eu não posso deixar Naruto ir, não posso! - exasperou, soltando-se - Vocês precisam deixa-lo ficar, por favor! - suplicou, ajoelhando-se a frente dos anciões que formam o concelho – POR FAVOR! - uniu suas mãos em desespero. 

    Haiato respirou fundo, a contragosto do escândalo que formara. Sutil, abaixou-se ao lado da morena, segurando seus braços e forçando a mesma a levantar do chão. 

   ─ Hinata-san, por favor, não cause vexame. Como líder precisa manter-se em pé diante do clã - murmurou, somente para que ela pudesse ouvir. 

   ─ Não... Eu não posso... 

   ─ HINATA! - a voz do Uzumaki soou atraindo atenção - LEVANTA! NÃO SE CURVE PRA ESSES MERDINHAS! NUNCA PENSE QUE VOCÊ É MENOS DO QUE INCRIVEL, ESTA OUVINDO?  

   ─ Naruto! - rapidamente levantou-se para procurar a origem e o viu sendo arrastado por dois Samurais – Soltem ele.... SOLTEM ELE! - tentou correr em direção ao loiro, no entanto um samurai a segurou no lugar – SOLTEM! 

   ─ CHEGA! - interceptou, Haiato – Vamos prosseguir com a declaração de expulsão, segundo as demandas do clã: Nenhum homem ou mulher que não tenha descendência ou sangue puro deve permanecer ou misturar-se as raízes - recitou o artigo conforme as escrituras antigas no pergaminho – Como porta-voz e superior a líder, exijo que Naruto Uzumaki saia por conta própria. Determinando assim, sua execução autorizada.... Se o mesmo tornar a voltar.  

   ─ Naruto... - sussurrou aflita. 

    Naruto foi solto das mãos dos samurais, livre para escolher, o sorriso fraco em seus lábios consagrou a difícil decisão, seus pés arrastaram um de cada vez para trás até que o corpo estivesse completamente de costas. Por alguns segundos parou para descarregar um suspiro pesaroso, enquanto todos assistiam atônitos o primeiro passo adiante a saída do clã. 

   ─ Vo-vocês não tem esse direito... Não podem fazer comigo como fizeram com meu pai e Kurenai! - exclamou, em um único folego. 

   ─ E o que fizemos, Hinata-san? - questionou Haiato, entediado 

   ─ Vocês... arrancaram dos braços de uma mãe, seu filho – seus olhos ergueram para encarar a face surpresa do conselheiro - Vocês mataram o filho de Kurenai-sama! - seu grito ecoou, carregado de dor e desespero.  

    A revelação surpreendeu os membros do clã, que iniciaram cochichos e questionamentos, levantando duvidas e acusações. No entanto, Haiato fora o único que permaneceu impassível diante da agitação. Seus olhos caíram sobre a Hyuuga que o fulminava intensamente, aguardando por um deslize, uma frase errada que o entregasse. Aproximou-se agarrando o braço fino sutilmente, não se importando com os protestos, tentou arrasta-la para longe da multidão. 

    Entretanto a voz de Naruto tornou a ressoar, exigindo que não a tocasse, lutando ferozmente com os Samurais que impediam de retornar e acabar com aquele que tratava sua Hinata como uma qualquer.  

    As escolhas foram feitas, o concelho reinava mais uma vez impondo sua soberania. Enquanto Hinata assistia seu mundo desmoronar, junto a tudo que tentou lutar, as lagrimas açoitam seu rosto freneticamente. Em meio ao povo, viu Yu observa-la decepcionada, acreditando assim como ela que havia chegado ao fim.  

"Não deixe-o ir!" 

    A voz de Kurenai soou como um trovão em sua mente. Ela não deixaria terminar assim, não agora. Sua sensei transformou-se em uma mulher amarga por ter deixado que tomassem conta do seu futuro, arrancando seu fruto, seu amor. Deixando-a em pedaços.  

"Naquela época não era preciso muito para separar um Hyuuga de uma garota qualquer... Ainda sim foi cruel... desumano.  O que eu perdi não pode ser recuperado jamais.... Tudo por culpa deste maldito CLÃ! " 

   ─ Me solta! Eu não vou deixar que tudo acabe assim – o pouco de coragem que tomou foi o suficiente para puxar seu braço e correr. Contudo, Haiato a segurou pelos cabelos, levando ao derrubando no chão.  

   ─ Fique quieta. Eu já estou farto do seu heroísmo. Você não é nada além de uma formiguinha inútil, como todo o resto – enrolou um punhado dos cabelos azulados na mão e puxou aproximando seu rostos – Se não quiser ir parar na mesma cela que a vadia da Kurenai, permaneça calada. Acredito que já conheça o caminho, não é? Ou pensou que eu não saberia sobre a sua visitinha – riu, divertindo-se com a ingenuidade dela.  

   ─ E-eu nunca pensei que você... Você fosse tão sujo – choramingo, sentindo a dor se instalar no couro cabeludo. 

   ─ Seus insultos soam excitantes, Hime. Cuidando com a língua - sussurrou sombrio, sua entonação sarcástica soou assustadoramente fria – Agora... Levanta – ordenou, forçando-a se levantar com mais um puxão em seus cabelos - Não chore, Hinata-san – acariciou o rosto delicado com o polegar – Detesto lidar com mulheres fracas – o sorriso sádico estampado na boca alargou-se a medida que sua mão desliza em torno do pescoço alvo, envolvendo seus dedos a pele e por fim apertando para sufoca-la – Desculpe, mas você tem que morrer – anunciou. 

    Hinata agarrou a mão em seu pescoço lutando para retira-la, a angustia e o pânico banharam sua face ao passo que, o oxigênio restrito em seus pulmões a empurra para morte. Os olhos perolados pouco a pouco perde o brilho, restando apenas lagrimas grossas e o desespero de ser incapaz, obrigada a assistir sua vida escorregar entre os dedos como a pessoa fraca que sempre foi. Não haveria ninguém para sentir orgulho, pois sozinha ela nunca fez nada extraordinário. Apenas desejou lutar pelo seu amado, por sua família... Pelo seu povo. 

   ─ Solte-a agora! - a voz de comando rugiu alto e forte suficiente para que qualquer um que estivesse por perto estremecesse – Eu disse... Agora!  

   ─ Hiashi-sama? - assustado, Haiato soltou a Hyuuga no chão e afastou-se. 

   ─ Neji – chamou. O sobrinho surgiu com Darin cheio de hematomas e sangue coagulado no rosto, o jogou no chão violentamente, para então socorrer Hinata - Haiato seu bastardo de merda, eu mesmo irei me encarregar da sua execução - em um movimento rápido aproximou-se do conselheiro prendendo seus braços para trás e sua cabeça colado a terra sob seu pé.  

 

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    Suas malas jazia sobre o sofá, sua mãe havia se trancado no quarto e seu pai estava quieto na outra poltrona, com os olhos fixos na janela, mais precisamente, na casa de Itachi do outro lado da rua.  

    Seu irmão não escondeu a decepção,  apontando sua covardia, e Sasuke sabia que o mais velho nunca estaria errado. Ele se recusou a se despedir ou vê-lo pela última vez antes de sumir de Tóquio, apenas Washu surgiu rapidamente para lhe dar um abraço e desejar boa sorte, não ficou muito tempo, pois Itachi a queria ao seu lado, apoiando sua decisão de ignorar o mais novo e deixá-lo fugir como um “bunda mole babaca filho da mãe“ esta foi sua única frase reproduzida pro Washu, o restante dos xingamentos ela não ousou mencionar, Sasuke não merecia tanto.  

    As sete a companhia soou e Sasuke não teve dúvidas que seria seu motorista. Com as malas em mãos, virou-se para o pai que, levantou-se com um sorriso orgulhoso e o abraçou calorosamente.  

   ─ Quando chegar, ligue imediatamente. - comunicou ao se afastar.  

   ─ Tudo bem - assentiu - Diga à mamãe para não se preocupar.  

   ─ Vou dizer - afirmou prontamente.  

    Caminhou para fora dirigindo um último olhar a casa, onde passou seus vinte anos. Quando era adolescente vivia dizendo que não via a hora de sair de casa, ter o próprio apartamento somente para encher de mulheres e não ter ninguém para reclamar de suas festas regada a álcool e música alta. Este era um dos seus maiores sonhos e agora parece tão fútil comparado aos objetivos que planeja alcançar. Foi preciso perder tudo, carro, cartões, liberdade, para enfim encarar a vida como ela é, enxergar que aquele Sasuke estava perdido, tentando se encontrar em meio a frivolidades que, destruíram a si mesmo conforme afundava.   

    O toque no ombro despertou o jovem Uchiha de seus devaneios, Pain estava ao seu lado chamando para vida. Suas malas foram guardadas no porta-malas e a porta gentilmente aberta.  

   ─ Senhor. - ofereceu passagem.  

   ─ Obrigado - suspirou resignado ao entrar no banco de trás. Pain fechou a porta em seguida e logo deu a volta.  

    Pouco a pouco a mansão Uchiha ficará para trás, juntamente de suas memórias, e, acreditava que também de Sakura. Seus olhos fixos na rua, foi a única forma de manter distraído durante o trajeto. As vezes tentava não se perder em lembranças, como quando viu a sorveteria que foi com Sakura, ou quando passaram enfrente a praça onde afugentou a Haruno declarando ser sua namorada. Ou a boate que assistiu Sakura beber desesperadamente e depois torná-lo exclusivo afastando qualquer mulher que ousasse se aproximar. Estas recordações   o fez sorrir. E então, surgiu a estrutura extensa do hospital, onde sua vida realmente começou a fazer sentido, suas escolhas não eram mais egoístas, seu mundo não era limitado. A verdade é que ele sempre esteve preso a desejos incertos, solitários, sem alegria ou qualquer sentimento verdadeiro. A vida perfeita sempre esteve fodidamente ocupando mais espaço do que deveria no seu coração, ela está insistentemente numa garota sem muitas memórias, simples e com sonhos maiores do que ela, cuja a vontade de viver e recuperar o tempo perdido é imensurável.  

    A conclusão de que não estaria apenas abandonando Sakura foi como um soco no estômago. Acima de tudo, deixaria para trás suas lembranças, o homem digno de amar e que perderia o pouco que conquistou por não enfrentar um médico filho da puta que acha que um maldito sorriso pode roubar sua garota louca do cabelo rosa.  

    Sua liberdade sempre esteve em uma mulher que não passa de 1,60 de altura, adora panquecas, as suas panquecas e não sabe esconder o quão afetada é por sua presença. Aquela que inconsciente procura o aconchego do seu corpo nas noites de tempestade, simplesmente por medo de trovões. Como recusa-la? Como esquecer sua… Morango.  

   ─ Pain!  - deixou escapar sua ansiedade.  

   ─ Senhor?  - dirigiu seus olhos ao espelho atento as expressões do jovem.  

   ─ Mude o caminho, não vamos para o aeroporto - declarou irredutível.   

   ─ Para onde, então, senhor? 

   ─ Vamos para o parque, Pain - um sorriso brinco em seus lábios. Não haveria outro lugar no mundo que ele deveria estar se não fosse com ela.   

    Imediatamente fez o retorno, observando de soslaio o brilho nos olhos ônix. Seus lábios repuxaram em um sorriso satisfeito, enquanto digita rapidamente no celular uma mensagem curta e direta à senhora Uchiha.  

“Plano executado com sucesso.“ 

Pain.  
 

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    A carta em suas mãos era sua única esperança, depois de lutar contra suas memórias simplesmente para compreender seus sentimentos, ali estava ela a mercê da ansiedade, confiando no amigo secreto.  Mesmo que não estivesse cem por cento, ainda sim acreditaria que os pequenos fragmentos era tudo o que tinha para se agarrar. Sua luta nunca foi contra as memórias que fugiam todas as manhãs, mas a complexidade de amar o homem a quem deveria sentir raiva.  

    A quase meia hora estava ali sentada no banco fronte ao carrossel, observando o brinquedo imóvel, enquanto recebia flashes de lembranças recentes. Seu coração se encheu de alegria, pois ali havia parte da sua história.  

    Seus olhos varreram o parque a procura de mais memórias, um pouco mais do conforto de sentir tudo se encaixar. A medida que recorriam em direção ao tempo perdido, de parou com a visão de uma mulher elegante diante de um belo carro, seus cabelos ruivos envolviam seus ombros em contraste com a pele branca. Admirou-a caminhar acima do salto alto como uma imperatriz, esbanjando sofisticação ao retirar o óculos escuro e estagnar à sua frente.  

   ─ Sou Karin Uzumaki - estendeu a mão, oferecendo um belo sorriso.  

    Hesitante Sakura selou suas mãos.  

   ─ Acho que me recordo de você, quando foi a minha casa antes da cirurgia… E no jantar na casa dos Uchihas - franziu o cenho, incerta de suas especulações. 

   ─ Exatamente. Parece que você já está bem melhor - avaliou a Haruno.  

   ─ Você é amiga do Sasuke. Eu estou me lembrando, mas…  Ai!  - sentiu uma pontada elevando suas mãos a cabeça.  

   ─ Ei, não precisa se esforçar. Tenho um motivo para estar aqui, por isso temos que conversar antes que Sasuke chegue. Você está bem? - tocou o ombro, preocupada em ter de socorre-la.  

   ─ Sim, estou bem - suspirou, forçando um sorriso - Como sabe que Sasuke vai vir? Este encontro, somente eu, ele e o…  - seus olhos arregalaram analisando a ruiva da cabeça aos pés  - É você? Você é o amigo secreto? Por que fez tudo isso? Por que eu?  

   ─ Sakura, não à escolhi, apenas Sasuke fez por si só. Tudo que fiz foi empurra-lo na direção certa por conhecê-lo profundamente e perceber antes mesmo que aqueles que o acusavam de irresponsável, menosprezavam o menino perdido que somente tentava se encontrar em meio a tudo que foi proibido. Sasuke não é santo, nunca foi. Mas o fato da mãe trata-lo como um bebê e o pai e irmão apontarem cada vez mais suas falhas, ditando o que deveria fazer, sem reconhecer o que ele queria… - suspirou, mudando o foco para o carrossel, onde viu pela primeira vez Sasuke acompanhado dela - Sua primeira escolha que não foi vista com desprezo foi o: Curso de Direito. Eu me lembro quando passou no vestibular, seu sorriso era enorme, ele realmente estava feliz. Seu pai havia dito que não era mais que sua obrigação e sua mãe o mimou como uma criança. Isso pode parecer bobagem, contudo para ele não era bom o suficiente. Sasuke somente mudou quando passou a cuidar de você, Sakura - dirigiu seus olhos a Haruno que, observava atônita - Você enxergou o mesmo Sasuke que somente eu via. Você  só não tinha ideia que estavam destinados, desde antes mesmo de nascer, suas vidas foram entrelaçadas. Akai ito sorri simultaneamente pra vocês. 

   ─ Akai ito - soprou, recebendo lembranças freneticamente. Sua cabeça doía conforme tentava assimilar. Até que tudo se acalmou de repente e a pergunta escorregou dos seus lábios - Você o ama?  

    Karin segurou as mãos de Sakura, no intuito de olha-la nos olhos e dizer sem restrições a verdade.  

   ─ Amo, afinal, ele é meu amigo - confessou sincera - Cuide dele Sakura, existem pessoas apostando todas as fichas em vocês.  
 

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    A noite chegou de mansinho engolindo o sol no horizonte, quando Pain finalmente estacionou o carro e alertou que havia chegado. Automaticamente procurou pela dona das madeixas rosadas, encontrando-a sentando no mesmo banco que um dia foi imbecil o bastante para deixa-la. Espantou tais pensamentos que, somente provam o quão horrível ele havia sido no passado.  

   ─ Sakura… - proferiu com doçura, sentindo o tumulto se formar no seu coração. 

   ─ Sasuke - o sorriso crescente na face da Haruno foi o suficiente deixá-lo inebriado - Eu… Senti sua falta - admitiu, mordendo os lábios cabisbaixa.  

    A passos largos o Uchiha se aproximou envolvendo a cintura, suspendendo o corpo miúdo em seus braços. Plantou um beijo no pescoço, sobre a pontinha do nariz e na testa, para então encarar as esmeraldas radiantes, que tanto povoou seus pensamentos. Até àquele instante Sasuke não havia se dado conta da saudade imensurável que assolava sua alma. Agora, ali diante da Haruno, desejava intensamente ser o melhor para ela.   

   ─ Venha Sasuke, vamos na roda-gigante - alertou animada ao entrelaçar suas mãos e arrasta-lo para o brinquedo - Vamos!  - apressou.  

   ─ Garota maluca! O parque não está funcionando, o que pensa qu-  

    O brinquedo impulsionou começando a girar vagarosamente.  

   ─ Tudo isso parece um sonho…  - disse, vislumbrando a cidade do alto.  

   ─ Um sonho sexy e delicioso - repetiu a mesma frase que um dia ele direcionou a ela.  

   ─ Não posso discorda, já que estou nele - acrescentou convencido.  

    Sakura riu, não contendo a felicidade, a emoção de estar junto à ele mais uma vez. Quando o riso cessou, voltou seus olhos para o homem que a observa sem puder.  

   ─ Eu te amo, Sasuke - confessou, determinada a não perde-lo - Na noite que você apareceu com o carro, eu estava ainda mais confusa com a enxurrada de memórias. E estava decidida a não envolver você ainda mais nos meus problemas, eu não queria ser um peso na sua vida, alguém com quem precisa se preocupar o tempo todo,  porquê não se recorda nem mesmo do endereço de casa - despejou em um único fôlego - Eu.. Eu nã- 

   ─ Não diga idiotices, talvez no início sim, mas agora, você nunca seria um peso pra mim - ele estendeu a mão e assim que ela segurou a trouxe para o seu colo - Desta vez juro que será diferente, não serei um ogro babaca. Vou mostrar o melhor de mim e não parar de ama-la por um só segundo da minha existência - alegou convicto de sua promessa.   

   ─ Sasuke…  Eu disse ao doutor Gaara que não poderia lhe dar mais esperanças, fui egoísta, hipócrita e somente machuquei as pessoas que se importam comigo - mordeu os lábios, reprimindo o choro - Me desculpa, eu sou a pior do mundo - os soluços tornaram audíveis, a medida que suas lágrimas banham a face corada.  

    Sasuke limpou cada lágrima com o polegar, depositou mais um beijo sobre a testa e enfim tomou a boca como almejava a tempos, rompendo a barreira que ainda tornava ela distante, não foi capaz de esconder a felicidade quando escutou que o urubu ruivo foi espantado para longe.  

   ─ Morango, minha morango - declarou apaixonado, entre selinhos e sorrisos - Tire essas bobagens dessa sua cabecinha fraca - cutucou a testa escondida pela franja de fios róseos. 

    Emburrada afastou a mão dele, pronta para morder o dedo indicador que lhe cutucava, porém ele foi mais rápido.  

   ─ Nem pense nisso - repreendeu - O único que pode morder aqui sou eu, essa sua boca gostosa - soprou, pressionando entre os dentes o lábio inferior - Porra, se não estivéssemos nessa maldita roda-gigante…  

   ─ Não termine - cobriu a boca dele. Ofegante, forçou a escorregar para o assento ao lado, evitando maior constrangimento - O que acontece agora, com a gente?  

   ─ Antes de vir pra cá, eu estava decidido a ir para outro país, trabalhar em uma filial e me ocupar com tudo que pudesse, só para esquecer.  - disse, pensativo - Essa é a vontade do meu pai, que eu me torne grande. Mas agora…  

   ─ Você ia deixar sua família, iria me esquecer… Eu não o culpo. Aliás, é compreensível. No seu lugar eu faria o mesmo também - levantou-se nervosa, agarrando a barra de proteção. Sua cabeça girou e seu estômago revirou ao focar na distância que estavam do chão.  

   ─ Sakura!  Melhor você sentar, eu ainda não acabei - ele se levantou também, mensurando a altura amedrontadora - No meio do caminho eu percebi a merda que estava prestes a fazer, eu compreendi esse sentimento que só me fode, que me deixou puto viciado em você - revelou segurando a mão dela, tentando puxa-la para mais perto. No entanto, ela virou-se contorcendo o rosto.  

   ─ Eu quero descer… Preciso de ar - suplicou angustiada.  

   ─ Porra, eu estou me abrindo. Será que não pode esperar até eu terminar… Caramba, isso é difícil, inferno! - exasperado, suspirou tentando acalmar os ânimos.  

   ─ Eu sei, me desculpa, mas eu quero descer - fechou os olhos, com dificuldade para respirar - Quando sentir o chão, juro que podemos dar uns amassos, e-eu juro… - ela se inclinou completamente mole, escorregando para fora da cabine. 

   ─ Pelo amor de Deus, Sakura - tão rápido quanto um raio, ele agarrou a mão dela.  

   ─ SASUKE!  - gritou em desespero, seu corpo suspenso balançava conforme tentava inutilmente subir - ME AJUDA, SASUKE! EU NÃO QUERO MORRER!  

   ─ PARA DE SE MEXER, CARALHO! FICA CALMA QUE EU VOU TE PUXAR - com toda sua força, Sasuke apoio os pés nas barras de ferro e puxou o corpo para cima, agarrando-a antes de ambos irem ao chão - E-está tudo bem - sussurrou, quando o choro tornou intenso e seus braços acalentou a Haruno.  

   ─ E-eu achei que ia mor- 

   ─ Shii - interrompeu, antes que ela pudesse prosseguir - Eu nunca vou deixá-la ir antes de mim, ouviu, nunca - apertou a silhueta feminina em seus braços o máximo que pôde.  

   ─ Não pense que vou aceitar suas condições, não vou deixa-lo nunca mais - com um sorriso nos lábios, declarou determinada.  

   ─ Hm, garota, eu ainda vou enlouquecer com as suas loucuras - satisfeitos, ergueu o queixou com o indicador pronto para beijar os lábios doces da Haruno. Ela prontamente fechou os olhos a espera da sensação avassaladora.  

   ─ KARIN! - a voz desesperada de Suigetsu preencheu seus ouvidos.  

    Assim que a cabine aproximou-se do chão, Sakura e Sasuke apressaram em correr. Uma pequena multidão havia se formado em torno do carro em meio a rua, e diante do carro, à poucos metros estava o corpo de Karin estendido numa poça de sangue.  

   ─ KARIN! PELO AMOR DE DEUS, RESPIRA KARIN! - sua súplica ecoou estrangulada, não contendo a dor insuportável. Quando seus olhos cruzaram com os ônix, a fúria possessa cobriu sua face - É TUDO CULPA SUA! TUDO ISSO É CULPA SUA! SAI DA PORRA DA MINHA FRENTE... – completamente insano foi preciso dois homem para segura-lo, enquanto Karin era levada pela ambulância. Os olhos de Suigetsu exalam ódio e, sua boca despeja deliberadamente a dor e o desespero dilacerante sobre o único que ele poderia tornar responsável daquele acidente - SE ALGO ACONTECER COM ELA,,, Eu vou socar sua cara de merda!      

 


Notas Finais


Bom, sei que sempre ficará faltando aquele toque alá Pati-chan, mas espero de coração agrada-los e suprir, pelo menos um pouquinho, das suas expectativas.

Gostou? Deixa seu comentário ai embaixo. Não gostou? Conte para Karol-chan e farei o possível para melhorar. E se você que esta lendo ainda não favoritou, esta esperando o que criatura?

Música de hoje: Hold back river - James Bay

Beijos, até a proxima o/


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