Além das estrelas: Memórias de um Jedi
Capítulo 5 – Respostas
Anos atrás em algum lugar da galáxia
O dia estava calmo e Sakura não conseguia parar de pensar em tudo o que estava acontecendo em sua vida. Sabia que estava sendo egoísta, pois seu povo ainda precisa dela, mas a vida parecia tão boa ali, que os problemas diplomáticos não pareciam nada.
Estava no paraíso e isso se confirmou ao sentir braços fortes abraçando-a por trás.
Sasuke.
Aquele perfume inconfundível tomava conta de todos seus sentidos, nublando-os.
— Desfrutando de sua lua de mel, majestade? — aquela pergunta sussurrada em seu ouvindo fez com que um arrepio gostoso percorresse todo seu corpo, aumentando o desejo latente que sentia por cada toque do moreno.
— Não sei, senhor. Tudo anda tão calmo por aqui — sussurrou em resposta, tentando se virar para o moreno, que a prendeu ainda mais contra seu corpo, obrigando-a a se escorar a sacada do quarto, de onde observava a paisagem instantes antes.
— Hum — murmurou ele, mordendo de leve o pescoço da rosada, que deixou um gemido escapar por sua garganta. — Está entediada?
— Não, senhor — murmurou sentindo o desejo do moreno a suas costas quando ele precisou o quadril contra suas nádegas. — Gosto da calmaria do lug...
As palavras ficaram presa em sua garganta quando, com urgência, Sasuke a virou, beijando seus lábios como se dependesse daquilo para viver, e ela correspondeu com o mesmo fervor pensando que talvez, realmente, ambos dependessem.
Sem desgrudar os lábios dos dela, o moreno a levou em direção à cama de casal na qual a tomou pela primeira vez. Precisava dela mais que tudo naquele momento. Precisava apreciá-la, pois não sabia mais quanto tempo duraria aquela calmaria.
— Eu te quero, Sakura — falou com a boca ainda grudada contra a da mulher e sem esperar por resposta a beijo rapidamente nos lábios, trilhando um caminho de beijos molhados da boca até o pescoço de Sakura, enquanto a despia rapidamente de seu vestido leve. — Te quero pra sempre.
— Sou sua! Só sua! — murmurou em resposta, contorcendo-se na cama conforme sentia os lábios dele chegarem perto de seu sexo, que implorava pelo toque dele e como se lesse cada fibra do corpo da rosada, ele a beijou ali, sentindo todo o gosto da essência de seu desejo.
Ela era doce! Doce como o néctar da flor que era.
Gemidos ecoaram pelo quarto e ela já não conseguia pensar em mais nada a não ser em Sasuke, que permanecia concentrado em fazê-la chegar ao ápice do prazer, saboreando-a.
Amava-o e tinha certeza de que havia feito a escolha certa, mesmo que ainda precisassem manter aquela relação em segredo.
— Quero você dentro de mim, Sasuke-kun — gemeu, agarrando os cabelos negros do Uchiha, que a olhava orgulhoso ao se deitar sobre ela. Adorava levá-la a loucura a ponto de implorar por ele. — Agora!
Com um movimento rápido, ele se pôs a tirar a roupa que ainda escondia seu corpo musculoso, observando os olhos verdes da esposa nublados pelo desejo. Sem espera, penetrou-a de imediato, gemendo em sincronia.
Um sentimento indescritível tomava conta dos dois. Era como se finalmente estivessem completos.
Nada mais importava. Nem a Força e sua guerra entre o lado sombrio e a luz, os Jedis e os Siths; nem a grande diferença social entre eles. Ali eram apenas um homem e uma mulher que se amavam e era apenas disto o que precisavam.
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Dias atuais em algum lugar da galáxia.
— Já falei pra você parar de se meter em confusão, Himawari — ralhou o loiro, que conseguira a inimizade de Sarada em menos de três horas de convivência.
— Você fala como se a culpa fosse minha, Boruto-nii! Quem negocia com bandidos aqui não sou eu — apontou a mais nova.
— Isso não vem ao caso... — resmungou, fazendo Sarada querer rir da expressão embaraçada do rapaz.
Faziam exatamente duas horas e meia que embarcara na Millenium Falcon e ainda nem haviam deixado Jakku. Isso inquietava Sarada. Ela sabia que, uma hora ou outra, alguém viria atrás daquele droides, e ainda não se sentia preparada para lutar, mesmo que a Força já se mostrasse mais presente em si.
— Minha senhora — ouviu C3PO a chamar. — Estive conversando com R2D2 e chegamos à conclusão de que ainda precisamos manter nossa missão em segredo, se é que me entende?! — concluiu, observando os irmãos ainda a discutir.
— Entendo, mas já que aceitei a missão, creio que mereço ouvir o fim da mensagem, não?
— Você ouviu, R2, seu cabeça dura?! Eu disse que deveríamos mostrar! — brigou com o droide menor, recebendo vários bipes rápidos como resposta. — Ele concordou, mas só quando a nave estiver em movimento.
— Cert...
— Já estamos quase prontos para decolar, princesa. Agora vamos falar sobre os valores — declarou Boruto, interrompendo a frase da moça, que o olhou assustada. — Ué, achou que seria de graça?! Não, posso até te dar um descontou por ter salvado minha irmã, mas só de 40%.
— Boruto-nii! — exclamou Himawari, raivosa. — Então minha vida vale 40% de uma viagem? — seu olhos azuis se encheram de lágrimas rapidamente, deixando o outro sem palavras.
— Tudo bem — suspirou se dando por vencido. — Essa vai ser por conta da casa, princesa.
— Não sou princesa, idiota — resmungou Sarada, irritada com o jeito canalha do loiro.
— Que seja. Para onde vamos?
A pergunta pegou Sarada de surpresa, pois foi só ai que percebeu que não sabia para onde estava indo.
— Corellia, meu senhor, planeta base da aliança rebelde — respondeu C3PO após discutir com R2, tirando daquele conflito interno em que estava.
— Certo — rebateu Boruto seguindo para a parte dianteira da nave.
Sarada sentiu um frio na barriga quando os motores da nave rufaram, finalmente sua jornada se iniciara, e ela já não sabia mais onde tudo aquilo iria acabar.
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Dias atuais, nave base do Império Galáctico
Sua cabeça estava pesada, mas Seiji se forçou a abrir os olhos. Sabia onde estava e aquilo o fazia temer, era como se todo seu corpo gritasse em alerta, avisando-o do perigo que o espreitava.
— Você não é tão forte quanto seu pai, não é mesmo, majestade? — ouviu aquela voz horripilante soar carregada de desdém e foi só então que pode ver o temeroso Darth sentado num canto escuro da sala suja, onde dormia desde que fora capturado.
— Nem de longe — resmungou, sabendo que era verdade. Seu pai, o grande general Kotaro, nunca se deixaria ser capturado. Havia fracassado, sabia disso.
Era uma vergonha para sua família!
— Sim. Você é uma vergonha — declarou o outro, levantando-se.
— Saia da minha cabeça! — gritou o rapaz, contorcendo-se nas correntes que o prendiam.
Um silêncio tenso caiu entre os dois e Sasuke apenas indagou sem rodeios:
— Quem é Sarada? — Sasuke precisava saber para pôr um fim a aquele fio de esperança que crescia dentro de si, levando-o para a luz.
— O quê?! — indagou o outro assustado, lembrando do estranho sonho que o atormentava a dias.
— Quem é Sarada?! — insistiu. Agora Sasuke iria até o fim, antes que Madara descobrisse que a dúvida que consumia todo seu ser.
— Já falei para sair da minha cabeça!
Um estrondo ecoou pelo ambiente enquanto Sasuke era arremessado contra a parede da sala.
Seiji não sabia como havia feito aquilo. Tudo o que sabia era que o ódio fluía por todo seu corpo e aquilo era o bastante.
A Força se manifestava ao seu redor!
E Sasuke pode sentir aquilo também, a situação estava fugindo de seu controle. Tomado pela raiva, o homem se levantou lentamente, encarando o rapaz pelo capacete. Iria conseguir aquela informação de um jeito ou de outro, mas antes, iria se divertir um pouco.
— Não irei perguntar novamente — declarou, estendendo a mão enluvada em direção ao rapaz, e essa foi a última imagem que Seiji viu naquele dia.
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Dias atuais em algum lugar da galáxia
— Eu te quero, Sakura.... Te quero pra sempre....
Seus olhos estavam fechados enquanto aquelas palavras embaralhavam sua mente. Sakura não podia, não queria acreditar que seu Sasuke havia se transformado no monstro que Karin falou, mas também não poderia ser ingênua.
Sabia o que ele tinha feito antes da fatídica luta contra Naruto. Sabia do caminho errado que ele havia trilhado, no entanto, pensou, durante todo aquele tempo que passara ali, que ele poderia ter se libertado.
Não! Ela fora ingênua!
Durante todos aqueles anos esperara, rezara para que ele passe por aquela porta, mas nada acontecera. Só recebera o silêncio em resposta, e aquilo não era o suficiente. Precisava conseguir respostas por si mesma, e era isso o que iria fazer.
Ninguém iria manipulá-la, nem mesmo o homem que amava!
Suspirou ouvindo a porta ser destrancada, o destino conspirava a seu favor.
— Vejo que ainda está acordada, flor! — ouviu Karin dizer ao passar pela porta. — Isso é bom, não queria ter que interromper seu sono da beleza.
A ruiva a encarou, esforçando-se para não rir.
— Se anime e levante, pois é agora que eu te tiro daqui!
Finalmente as coisas estavam dando certo. Sua busca por respostas começava ali.
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