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História Além dos Séculos - Capítulo 15 - História escrita por AdelaideMillss - Spirit Fanfics e Histórias
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História Além dos Séculos - Capítulo 15


Escrita por: AdelaideMillss

Notas do Autor


Oooooi meus leitores!!! Peço perdão a eternidade de ausência, sinto que devo me explicar... Estou estudando para o vestibular de medicina, para ser uma médica escritora do jeitinho que planejei, e as vezes é difícil conciliar esses dois desejos. Mas caaalma, que não largo minha princesa por nada! Tentarei manter a regularidade, esse capítulo foi escrito com muito desejo e afinco, espero que gostem!!! É pra vcs com todo amor!!!! Anna Stuart está de volta.

Capítulo 15 - Capítulo 15


Anna fora deixada em um aposento tão luxuoso quanto o que tinha frequentado na França. No entanto, era evidente as diferenças arquitetônicas do castelo inglês, a começar pelas cores claras das paredes variando entre marfim e ouro, adornados de flores locais desenhadas pelas colunas de mármore. De fato, a Inglaterra não media esforços para evidenciar suas riquezas advindas da expansão marítima que vinha fazendo pelo Novo Mundo.

Suas damas a acompanhavam, Aly Deveroux tinha os olhos brilhantes com cada novidade, enquanto Rosalie se mantinha em alerta a todo momento.

- Adoraria comunicar ao meu rei a situação até agora, parece que estamos fazendo progresso com Elizabeth. – Rosalie diz, retirando os vestidos da princesa do baú de madeira que fora descarregado do navio há poucos minutos. – Mas creio que nossas cartas só chegarão daqui alguns dias.

- No meu século, existe algo chamada internet. – Anna atrai a atenção de suas damas para o assunto. – É como um correio instantâneo, de repente as distâncias parecem mínimas, pois basta você escrever algo no celular, ou computador que chega ao seu destinatário em segundos.

- Isso deve ser fascinante, Alteza! – Aly diz sentando-se ao lado de sua senhora com euforia. – Mal consigo imaginar poder comunicar-me com qualquer ser em instantes!

-  Mas isso não tira um pouco do anseio pela espera? – Rosalie pergunta.

- Bem... É um ponto de vista interessante, Rose. Talvez seja por isso que o romantismo esteja em extinção.

- Ah, como eu adoraria trocar internet com meu futuro marido! – Aly diz em tom sonhador, Anna ri da colocação do novo termo de sua dama, ela parecia uma criança em um parque de diversões mantendo a diversão em cada passo, no fundo deu uma pontinha de inveja na princesa que ainda não se permitia sorrir espontaneamente com a dor da perda de Catheryne ainda perfurando seu coração.

- Princesa, qual vestido gostaria de usar esta noite? – Rosalie pergunta, colocando cada peça sobre o sofá de estampas florais aos pés da grande cama.

- Escolha você, querida, não estou com cabeça para isso, na verdade estou bem nervosa com o evento dessa noite.

- Sua Alteza deseja tomar um chá? – Aly rapidamente se prontifica. – Tenho certeza que poderá lhe acalmar um pouco. Estar na frente de vários estranhos também me deixa apavorada!

- Não parece nem um pouco! – Anna diz, fazendo suas damas rirem. – Eu aceito o chá, obrigada.

- Irei mandar prepararem, espero não me perder. – A dama deixa os aposentos.

Rosalie estende um vestido azul marinho sobre a cama, sua princesa assente aprovando a escolha, combinaria bem com os cabelos de Anna soltos.

- Alteza, fiquei curiosa quanto a algo, se me permitir perguntar.

- Fique à vontade.

- Tens alguém que tem seu coração em seu tempo? – Anna ficou surpresa, e culpou-se quase que imediatamente ao se tocar que há dias não pensava em Charlie.

Charlie...

Seu coração aqueceu de saudade, pensar no amigo trazia uma onda de familiaridade, de casa, da Escócia, de internet e calças jeans. Ela sabia das investidas do rapaz, achava acolhedor ter alguém que tanto lhe queria o bem, mas sempre tinha medo de se entregar graças àquele sentimento novo, tinha sua avó para cuidar e isso requeria dedicação total pois amava aquela mulher com todas as suas forças e queria fazer o possível para mantê-la o mais confortável possível com o avançar da doença.

Bem, agora sua avó saía da equação, para a dor no coração da princesa, e Charlie era um dos poucos sentimentos que segurava sua sanidade no lugar para fazer o que era preciso. Ela sorriu olhando para a pulseira em seu pulso, talvez fosse incentivo da saudade que sentia de casa, mas era a primeira vez que a jovem admitia para si que as investidas românticas que o rapaz dava era recíprocas, e ele era mais que um bom amigo.

- Sim, querida. – A princesa mostrou o pulso, a delicada pulseira dada de presente que Anna manteve ali mesmo, tendo contraste com uma repaginada obrigatória em seu vestuário nos últimos dias. – Ele me deu isso no dia que parti. Seu nome é Charles, e ele é incrível, mas fui covarde o bastante para não corresponder ao seu afeto enquanto podia.

- Acredito que terá essa oportunidade, Alteza. – Rose diz dando um sorriso sincero. – O amor sempre vence no fim, não?!

-  Espero que tenha razão, pensar nele é uma fuga disso tudo. – A princesa abaixou as cabeças, as lágrimas queriam vir, mas ela deteve-se e levantou o olhar para deixar a gravidade agir.

- E quem sabe ele não poderá ser seu consorte quando alcançarmos a paz? – Rosalie pegou a mão de sua senhora e a acariciou. – Minha mãe sempre diz que o amor rompe qualquer fronteira. Então... O que são alguns séculos?

- Sua mãe é uma poetisa e tanto. – Anna sorriu, as portas do aposento foram abertas pelos guardas, e Aly adentrou com uma bandeja prata de chá, com um punhado de rosas brancas adornando a refeição, pois, não importava a simplicidade do que fosse pedido dentro de um castelo, teria-se um lanche completo principalmente se tratando de servir a princesa de dois países.

- Aqui está o pedido real e... – A dama pausa a apresentação atentando às feições tristes de sua princesa. – Alteza, o que houve?

- Apenas um devaneio, querida... Saudades de casa. – Rose dá umas batidinhas em sua mão e levanta-se para segurar a bandeja, Aly entregou-a e sentou-se suavemente na cama, acariciando o rosto de Anna.

- Ah, minha princesa... Logo estará onde seu coração deseja. Mas antes, devemos cumprir nossa missão diplomática, está bem?! E creio que Rosalie já citou suas passagens inspiradoras que tornarão qualquer fala minha simplória. – As jovens do quarto riram.

- Minhas passagens sempre funcionam em momentos assim, querida. – Rose diz com elegância, também estava deixando seu muro fortificado em volta de seus sentimentos cair, as três começavam a deixar de serem estranhas, e isso agradou a princesa, visto que até então, não havia sido tão próxima de garotas assim.

- Funcionam sim. – Anna diz, e Rose pousa a bandeja entre elas, a princesa pega a primeira xícara. – Vamos terminar logo nosso lanche para nos aprontarmos para esse baile.

.

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O salão parecia coisa de outro mundo. As pessoas presentes pareciam vindas de um desfile de moda com vestidos rodopiantes de cores intensas e marcantes, e trajes cavaleirescos impecáveis.

A princesa da França não ficava para trás: Trajava um modelo violeta pastel, com cristais ao redor da saia armada sob sua cintura. O decote a valorizava bem, juntamente com um colar de diamantes da família Valois que fora mandado em sua bagagem organizada pelo olhar atencioso de Mary. As luvas cobriam até os cotovelos, no mesmo tom do vestido, e o cabelo estava trançado e incrivelmente volumoso caído em seu ombro direito, Aly tinha um grande dom com penteados, Anna observou, enquanto Rosalie ocupava-se de sua maquiagem, sendo instruída com algumas dicas contemporâneas da princesa, incluindo o delineado egípcio marcando seu olhar, em contraste com uma cor nude em seus lábios. Ela estava divina, destacando-se com sutileza entre a multidão, que notava que a estranha em questão deveria não ter nacionalidade inglesa, pois havia ausência das feições rígidas costumeiras nas inglesas, mas com certeza vinha de família muito abastada.

Suas damas não ficavam para trás, inclusive haviam se divertido bastante com a montagem contendo participação manual da princesa. Aly trajava um vermelho que sintonizava perfeitamente com seus cabelos ruivos soltos pelo busto, e Rosalie usava uma peça verde celeste, com detalhes dourados pelo corpete e seus cabelos castanhos mais ondulados que o de costume também estavam soltos.

Muitos olhares masculinos acompanhavam discretamente o pequeno grupo, esses sendo observados com rigor pelo guarda Lodge que acompanhava as jovens alguns passos atrás, trajando um conjunto masculino semelhante aos demais, mas com menos adornos que os convidados comuns, o seu era em sua maioria preto, de modo que suas adagas permaneciam ocultas em lugares estratégicos, deixando apenas a enorme espada evidente. Seus homens estavam em formações fixas e atentos pelo salão, prontos para qualquer intervenção ou retirada emergencial dali.

Figuras femininas sussurravam entre si, levantando a questão da identidade da jovem tão bem acompanhada. A música em bom tom de harpas e trombones impedia que Anna ouvisse seus questionamentos, seria interessante saber se não estava levantando tanta bandeira assim.

O público questionador começou a abrir espaço, fazendo reverência a sua rainha, que se destacava de qualquer traje alí, como se fosse uma norma oculta que nenhuma mulher estivesse mais bela que Vossa Majestade.

Elizabeth detinha de uma luxuosa armação dourada, exalando riqueza e poder, e seus cabelos ruivos estavam suspensos em um coque delicado para acomodar uma tiara de cristais verdes, que não levantava sua veracidade em dúvida.

A monarca aproxima-se da jovem, Anna engole em seco, a rainha tinha um olhar penetrante e o poder de sua presença era palpável no ambiente e mesmo que tivessem tido uma conversa amigável há poucas horas, ainda se tratava de uma figura história e, salvo algumas semanas que já tinham se passado, Anna passou a maior parte da vida sendo uma garota comum do século XXI.

- Impecável, minha querida. – Anna curvou-se para a mulher, o público ao redor tentava disfarçar a atenção da cena e Elizabeth percebeu o que os olhos nervosos da sua convidada estavam temendo -. Não se preocupe, nada que não deve ser dito irá ser sem meu consentimento. É minha convidada e apenas isso basta em minha corte.

Anna sorriu aliviada, o guarda Lodge enrijeceu ainda mais sua postura, mas não era louco de encarar raivosamente a rainha da Inglaterra, então concentrou-se em tentar ler as outras pessoas.

- Obrigada, Majestade. - Anna sorriu aliviada.

Elizabeth assentiu, cumprimentou as damas com leves acenos, e seguiu pela multidão, até seu trono, um pouco mais elevado que o piso de mármore branco que acomodava o evento.

A música parou, a rainha sorriu para seus convidados.

- Boa noite, meus queridos nobres, agradeço que tenham vindo prestigiar nossas descobertas do Novo Mundo, tudo isso graças aos meus mestres marítimos, Lorde Atikins e Lorde Graham. – Dois homens robustos se curvaram na frente da rainha, exibiam sorrisos confiantes e com ego inflado palpável. – Esses bravos cavaleiros comandaram algumas das missões de reconhecimento e exploração que estão nos agraciando com riquezas exóticas, e... Ora, por quê eu estou falando quando posso mostrar em primeira mão para meus súditos???

As grandes portas do salão foram abertas, apresentados mesas retangulares enormes suspensas em plataformas com rodas empurradas espaço adentro com iguarias culinárias coloridas e desconhecidas, gaiolas com aves enormes, vasos com plantas em verde musgo de folhas longas e até mesmo um aquário com um lagarto gigante, tudo isso sendo carregado e organizado por servos muito bem vestidos e aparentemente satisfeitos com seu papel.

Anna não podia negar os esforços que Elizabeth fez para trazer a fauna e flora da América aos seus súditos, que estavam perplexos com o que viam, mas a princesa entristeceu-se, pois aqueles espécimes eram frutos de uma colonização nada amigável de um território com um longo histórico de exploração como bem conhecia.

 Na confusão dos movimentos repentinos, Lodge aproximou-se da princesa com frustração no olhar.

- Alteza, irei verificar as novas posições de meus homens, não irei demorar. – Ele sussurrou e voltou-se para as damas. – Não deixem sua senhora sozinha nenhum momento, por favor.

O homem se afasta, e Anna vai  para um local mais afastado da aglomeração curiosa que se formava no centro do salão, Elizabeth já estava imersa às perguntas dos convidados, e não seria capaz de notar a indiferença da princesa.

- Não está interessada no exotismo apresentado, princesa? – Aly pergunta, com seus olhos brilhantes trabalhando ao redor de tantas coisas novas.

- Não é nenhuma novidade para mim querida, mas fique a vontade para explorar, não sairei daqui.

- Mas o guarda Lodge disse...- Anna interrompe a dama, pousando delicadamente uma das mãos nos ombros da ruiva.

- Minha querida, o que pode me acontecer em dez minutos? Além do mais, minha equipe de segurança logo estará em formação e duvido que qualquer nobre se interesse mais em mim do que em araras no momento.

- O que disse? – Rosalie disse.

- Aqueles pássaros gigantes e coloridos. – A princesa apontou para uma das gaiolas, Aly soltou um gritinho.

- Ah Alteza, utilizarei as informações que me deu com o primeiro nobre espanhol que aparecerá perto de mim. – A jovem se afasta para o público. Anna ri, sua dama tinha uma disposição invejável.

- Fique à vontade você também, Rose.

- Ah não, Alteza, uma de nós precisa permanecer com você. – A dama enrijeceu o corpo mais ao lado de sua senhora, sempre com seu olhar sério, e a princesa não conseguiu contra-argumentar com a ação.

- Muito bem, creio que não ganharei essa disputa.

A princesa avistou a alguns metros seu guarda pessoal conversando com outro homem da guarda francesa, e então cutucou Rosalie para a direção em que olhava.

- Parece que Philipe começa a ter tudo sobre controle novamente.

- Graças aos céus. – Rosalie diz aliviada, passeando seu olhar pelo ambiente.

- Ora, está óbvio que quer apreciar a exposição, vá, poderá me vigiar de longe, e o guarda Lodge logo estará aqui.

- Mas Alteza, nada exige mais minha atenção do que... – Anna sorri para ela, deixando uma gargalhada escapar, que deixa a jovem de cabelos castanhos com uma expressão de incompreensão

- Então terei que usar meus poderes infelizes em você. Eu ordeno que se divirta. Ao menos por hoje, querida. Vá!

Rosalie olhou para a direção do tumulto e suspirou.

- Você não estava negando seu papel na realeza?

- As vezes precisamos dançar conforme a música. – Com uma piscadela de sua senhora, a dama também deixa seu posto se rendendo ao desejo de conhecer espécimes que não seria permitido fazer se estivesse na França pois o grande pode marítimo da Inglaterra era conhecido por todo o globo e nenhuma potencia ainda havia conseguido façanhas como as feitas pela nação inglesa.

Anna sorri, pelo menos ela ficaria sozinha um instante, precisava respirar e pensar consigo mesma por alguns minutos. Virou-se de costas para tudo, apreciando os enormes quadros nas paredes de figuras da linhagem Tudor, pintados com maestria. A arte de fato é um elemento atemporal, capaz de tirar o fôlego de seu expectador em qualquer época.

Até mesmo a besta do Henry Vlll havia sido bem retratado nas obras, com expressões tão reais como em uma fotografia.

- Impressionantes, não?! – Uma voz masculina tira a princesa de seus devaneios.

Um homem moreno, com um traje azul marinho sorria com uma taça de prata nas mãos, que também acomodavam anéis de pedras brilhantes. Anna fez um olhar indecifrável, o estranho logo retomou o diálogo.

- Ah, perdão pela minha intromissão. – Ele alisou sua roupa na altura do peito e curvou-se. – Lorde Jeffrey Rockesby ao seu dispor.

- Um nome muito elegante, senhor. – Anna comentou, o homem riu. – Não se interessou pela exposição?!

- Não quando uma bela Lady parece perdida no ambiente.

- Estou muito bem. – Anna sorriu educadamente.

- Poderia me dar a honra de saber seu nome?

- O mistério não é melhor? – O homem arqueou as sobrancelhas, ele tinha um perfume forte de menta, ao menos era o que parecia. E era mais alto que Francis.

- Na maioria das vezes sim. – Um serviçal passava com uma bandeja de taças quando foi abordo por Jeffrey. – Por favor, uma taça para a Lady.... Tem preferência por algo senhorita?

Anna imaginou que talvez pedir Gim tônica seria impossível naquele momento.

- O que estiver disponível, obrigada. – o homem sorriu, e então pegou um cálice para a princesa, que aceitou agradecendo com um aceno.

- Então... para começar a decifrar esse mistério, posso perguntar se é daqui?

- Claro, não sou inglesa, mas moro na fronteira. – despistar sua identidade em margens de erro parecia ser um plano bem convincente.

- Interessante. – Anna bebeu dois goles, parecia vinho branco, com sabor mais adocicado daqueles que estava habituada. – Seu sotaque é curioso.

- Não tanto quanto sua perda de tempo em mim, quando literalmente um novo mundo está bem atrás de você.

- Riscos devem ser corridos para uma vida inteira de prosperidade. – Anna quis gargalhar, ele era charmoso e sabia flertar bem para alguém medieval.

- A prosperidade se refere a mim?

- Vossa graça que tirou suas conclusões. – Ele bebe, com o olhar fixo em Anna, que imita o gesto, seria divertido esse joguinho, pelo menos até suas damas ou seus guardas notarem a presença de Jeffrey alí, o homem estaria encrencado quando Lodge voltasse ao seu posto.

Seu cálice já estava quase vazio, ela sorriu, poderia comparar aquela situação com uma balada na cidade quando era época de turistas em Grenook, e vários tipos de caras tentavam tirá-la para dançar.

- O senhor é lorde mesmo? Ou é uma estratégia de exibição?

- Farei disso meu mistério pessoal. - Ele sorri convencido.

Anna notou as luzes das velas que iluminavam o ambiente ficando suavemente mais fortes, apertou os olhos e piscou algumas vezes, mas a situação não mudou muito.

- Agora me diga, pretende esconder sua identidade a noite toda? – O sorriso do homem criou um tom maquiavélico, que Anna não conseguia distinguir o teor a pergunta.

- Não gosta de jogar? – Ela respondeu em tom irônico tentando disfarçar o mau estar repentino, o homem apenas sorriu, com aquele olhar penetrante, alguém falou atrás dele, a princesa notou que se tratava de suas damas retornando e encarando com desconfiança a companhia de sua senhora.

- Creio que chegou minha hora de deixa-la, Lady, espero encontra-la em breve. – Ele então faz uma reverência e deixa o grupo.

- Princesa, quem era? - Rosalie pergunta preocupada, aproximando-se de sua senhora.

- Pelo que disse, Lorde Jeffrey Rockesby.

- Galanteador. – Aly comenta em tom sério.

- Mas então, não se demoraram? – A princesa pergunta pigarreando, tentando espantar a dor de cabeça que começava, achava que estava ficando muito fraca para bebida, talvez por ser feita de ingredientes centenas de anos mais velhos do que os drinks que estava acostumada a beber.

- Vimos a senhora com o cavalheiro e voltamos o quanto antes. – Rosalie diz.

- Ou o grandalhão mandaria cortar nossas cabeças quando voltasse e visse sua Alteza sozinha com um estranho. – Aly comenta em tom humorado, referindo-se a Philipe.

- Não exagerem. – Anna olha para o cálice e decide não terminar a bebida, seu estômago estava borbulhando, aquela bebida devida ter sido fermentado no estômago de algum animal, só esse pensamento dava náuseas em Anna. – O que acham de encerrarmos a noite?

- Está se sentindo bem, princesa? – Aly pergunta tirando o cálice da sua mão, para que Rosalie a segurasse suavemente.

- A bebida não me caiu bem. – Anna sentiu uma azia enorme, apoiou-se em Rosalie, mas sorriu, não pagaria de embriagada no século dezesseis, sem contar na impressão que causaria em Elizabeth se vomitasse em uma grande exposição.

- Vamos nos despedir da rainha então. – Aly diz, devolvendo o cálice para a bandeja do primeiro serviçal que passou, e passando um de seus braços ao redor da princesa. As três caminharam devagar, mas Anna sentiu uma pontada no peito alucinante que a fez parar.

- Alteza???? – As damas começavam a adquirir um tom de urgência, Rosalie olhava ao redor procurando Lodge.

- Ah meu Deus... – Anna sentiu a queimação subir para seus pulmões, o choque espalhou-se por seu corpo então o salão começou a girar e ela exalava um hálito quente.

Os gemidos ficaram maiores com o alastrar da queimação que dera lugar a uma dor perfurante, a princesa entrou em pânico, queria gritar mas não conseguia, o ar não era o suficiente em seus pulmões, Anna fez gestos para tentar tirar seus vestido apertado a todo custo, mas não tinha forças e desabou no chão amparada por suas damas que impediram que o impacto fosse mais bruto.

Gritos e vultos rodopiantes eram sentido pela princesa, mas o pânico era prioridade em seus sentidos, a agonia, o medo, o desespero eram evidentes no rosto da jovem. A dor estava insuportável, tirando a cor rosada de suas feições para uma palidez assustadora.

 Os convidados estavam em volta, A figura ruiva de Elizabeth apareceu em seu campo de visão, e então Lodge e outros homens surgiram, Rosalie tentava mantê-la lúcida, mas a respiração estava quase inexistente, a dama gritava que os lábios da princesa estavam ficando roxos, mas a voz de Rose foi ficando baixa conforme a princesa perdia a noção de tempo e espaço.

 E então um silêncio apoderou-se da consciência de Anna, que tinha a atenção voltada fixamente para o candelabro dourado de velas acima, e seu olhar foi ficando cada vez mais sereno, até o azul oceano de seus olhos se apagar.

 


Notas Finais


Ceeeeeenas para os próximos capítulos!!!! Espero que voltemos a ler as experiências vistas por esses olhos azuis de Anna, mesmo com dor no coração com alguns caminhos que a escrita me leva, mas a mary shelley que habita em mim sabe o que está fazendo, até a próxima, espero que tenham gostado!!!!


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