Apertei os olhos quando o sol atingiu meus olhos, virei-me de costas e escondi o rosto no peito de Spencer, ele me envolveu com o braço e ajeitou a manta em nossos corpos. Não queria me lembrar de nada da noite anterior, sexo para esquecer é o nível mais baixo que eu já cheguei, ainda mais com Spencer.
Tantas pessoas escolhi justo ele para isso, mano é o Spencer, o Spencer!
"Eu tentei te avisar, mas ninguém me escuta nessa porra!". Cobri o rosto com a mão quando escutei Andria.
"Ele era o único que tinha.".
"Ah justo o primeiro pau que você viu por perto já foi logo agarrando, meus parabéns Alex!". Ela estaria de braços cruzados, estava claro que me reprovava.
"Está falando assim porque foi com o Spencer, o seu amor.".
"Eu amo o Benjamin se quer saber; estou falando mesmo é para deixar bem claro que a escolha foi totalmente e completamente sua.".
"Mas eu disse que a culpa é sua?".
"Se disser vou fazer você engolir a própria língua.".
"Mas que foi bom foi...".
"Eca, eu não quero detalhes.".
"Ah Andria seja minha amiga uma vez na vida.".
"E amigas precisam ouvir a transa da outra? Já não basta saber que você transou com o Spencer? Hello, o Spencer.".
"Você vai me lembrar disso até eu morrer.". Rolei os olhos mesmo com eles fechados.
"A hora que você estiver preste a morrer eu vou gritar: 'você transou com o Spencer!'".
"Andria.".
"Hum?"
"Vai tomar no seu...".
"Olha o respeito.".
Suspirei e senti a mão de Spencer acariciando meu rosto, Andria começou a reclamar que queria cortar a mão dele fora, ah até quando eu teria que aguentar esse ódio?
– Como passou a noite? – ele só poderia estar de graça.
– Você é melhor de boca fechada. – abri meus olhos e percebi o quanto já estava de amanhã.
– Não quer falar sobre ontem tudo bem. – Spencer se levantou e começou vestir suas roupas.
– Seja lá o que você está pensando, não significou nada. – sentei-me cobrindo meus seios.
– Eu? Eu não estou pensando em nada, só os seus gemidos que não saem da minha cabeça. – limpou a camiseta e a vestiu.
– Vou deixar uma coisa bem clara aqui. – levantei-me e fui até ele. – Transamos ontem? Ok, transamos, mas não significou nada, eu estava usando você para esquecer os meus problemas, você era o meu brinquedo. – fui muito direta? É eu sei.
– Que novidade. – a voz dele parecia cheia de ironia.
– Quer dizer que já sabia?
– Acha mesmo que eu ia me iludir achando que uma noite de sexo após todo aquele desastre ia significar alguma coisa? – ele sorriu cínico. – Não. Eu sou bem mais velho que você, acredite nos meus dois séculos de vida sei bem quando alguém quer algo e quer apenas brincar. – ele jogou minhas roupas bem na minha cara. – Agora vista suas roupas, temos muito que andar hoje.
– Andar? E vamos para onde? – virei-me para ele.
Spencer abriu os braços e bateu as mãos no quadril se virando para mim com uma expressão óbvia.
– O que você acha? Maltrop é claro. – me deu as costas e deu um passo antes de se virar de novo. – Ah, nem pense em...
De repente um vulto preto foi na direção de Spencer, tudo aconteceu muito rápido. Peguei minhas roupas e corri para perto de uma árvore, me escondi atrás do tronco começando me vestir. Assim que coloquei a camiseta escutei rosnados e grunhidos, espera aí...
Cautelosamente olhei o que estava acontecendo, dois lobos, um preto, provavelmente Spencer e um cinza. Eles lutavam, e lutavam com fúria e determinação. Os dentes arregalados um para o outro mostrava o seu potencial, mas a pergunta que não queria calar, da onde veio aquele lobo cinza?
Spencer abocanhou o pescoço do lobo e o jogou contra o chão, percebi que a luta estava injusta, Spencer tinha a vitória nas mãos, mas o outro, ele parecia não saber como reagir.
Foi quando tudo parou, eles voltaram a forma humana e meus olhos não acreditaram no que viram. Caminhei até eles, Spencer tinha um semblante confuso e me encarou.
– Oi Jay. – joguei a manta em cima dele.
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