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História Alexitimia - " I'd rather be a lover than a fighter" - História escrita por shoya-HIATUS - Spirit Fanfics e Histórias
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História Alexitimia - " I'd rather be a lover than a fighter"


Escrita por: shoya-HIATUS

Capítulo 13 - " I'd rather be a lover than a fighter"


Shikahina XIII

"Eu prefiro ser um apaixonado do que um lutador"



Vocês conhecem Shikamaru Nara, certo?

Todos sabem que ele odiava se envolver em situações/atividades problemáticas, e com isso ele acabava fingindo estar ocupado para tentar evitar qualquer responsabilidade. E então você simplesmente se envolve dessa maneira com aquela garota de cabelos azul-escuro, e ainda ousam te chamar de gênio.”, seu subconsciente berra.

Bem, agora a pergunta certa seria: Shikamaru Nara se autoconhece?

Ele acreditava que não.

Ele sabia apenas coisas básicas sobre si, um, que seu hobby preferido era ver as nuvens passar diante de seus olhos enquanto ele estava deitado no gramado arrancando algumas lâminas de grama, dois, que odiava situações problemáticas e estava sempre tentando evitar as desalmadas responsabilidades e como ele tinha plena consciência desse lado ele se considerava o “covarde número um”, três, quando o dever chama ele tem uma forte bússola moral e sentido de compromisso para com seus companheiros —e ele sabia muito bem disso ou não teria uma patente tão alta na Agência Nacional de Polícia de Tóquio—, quatro, ele se sacrificaria e enfrentaria a morte quase certa para o bem das pessoas, cinco, Chouji Akimichi era seu melhor amigo e ele respeita e confia plenamente nele, seis, Ino Yamanaka era sua melhor amiga e ele a respeita e confia plenamente nela, sete, ele gosta de jogos de pensamento os quais normalmente pessoas mais velhas jogavam, oito, seu irmão dizia que ele era como um homem velho e gostava de fazer as coisas devagar —e ele acreditou fielmente nisso—, nove, ele considera a maioria das mulheres mandonas e “problemáticas” —ele as definia como agressivas, exigentes e às vezes até mesmo assustadoras—, dez, ele tinha um maduro e modesto interesse especial no casamento e em criar uma família, onze, ele considerava Naruto Uzumaki seu irmão.

Mas, e o que mais?

Ele se resumia nisso?

Ele esperava que não.

Hinata Hyūga abriu os olhos vagarosamente, haviam alguns fios azul-marinho caídos em frente ao seu rosto, mas ainda sim era possível enxergar o quarto sendo iluminado por pequenos e sutis raios de sol. Ela empurrou as cobertas de cima de seu corpo, sentou-se na cama e colocou seus pés para fora, mexeu os dedinhos de seu pés e observou as unhas cobertas pelo esmalte preto enquanto tentava acordar-se totalmente. Ela ergueu-se com certa dificuldade, suas costas estavam doendo, seu corpo estava verdadeiramente pesado, ela sentia uma dor intensa em suas costas e uma certa dificuldade de respirar.

A garota de cabelos azul-escuro encarou-se no espelho do armarinho de madeira escura do banheiro, e imediatamente o desgosto por sua aparência, apareceu. Ela mexeu em seus cabelos desarrumados e com as pontas secas, seus olhos estavam caídos, ela estava cheia de olheiras, suas bochechas estavam rosadas como sempre, a ponta de seu nariz estava vermelha e completamente gélida, seus lábios estavam ressecados e avermelhados, ela estava um caco.

Ela se despiu rapidamente, dobrou suas roupas e deixou em cima da pia de mármore, sentiu um calafrio percorreu por todo seu corpo e ela encolheu-se enquanto entrava debaixo do chuveiro com a água tão quente que e invés de queimá-la lhe deu um alívio instantâneo na dor de suas costas e no frio que estava sentindo. Ela tomou um banho demorado, lavou seus cabelos com o shampoo de Cajá e lembrou-se que ela deveria juntar todas as suas coisas e guardar porque eles iriam embora ainda hoje, ela lavou seus cabelos, lavou o corpo e assim que terminou de se enxaguar, desligou o chuveiro e rapidamente enrolou seus cabelos em uma toalha branca, e enrolou outra em seu corpo após secá-lo.

—Ai, droga!—, Hinata choraminga ao bater seu pé na cama.

Ela revirou os olhos, massageou o pé e em seguida encolheu-se ao sentir o maldito calafrio percorrer por todo seu corpo. Rapidamente ela se aproximou de sua mala, vestiu uma calcinha branca rendada e um sutiã branco rendado e sem bojo, vestiu uma calça de abrigo cinza mescla e um par de meias brancas de cano alto —a qual tinha estampada, em quadrados pequenos, a Amendoeira em Flor de Van Gogh—, vestiu uma camiseta de manga curta branca e um moletom preto estilo canguru, e por último calçou seus chinelos brancos. Hinata Hyūga arrumou seus cabelos, colocou as toalhas no cesto de roupa suja, e em seguida arrumou o quarto e começou a juntar todas as suas coisas antes de sair do quarto e descer as escadas.

—Uau, você nunca acorda cedo?—, Ino questiona ao ver Hinata adentrar a cozinha.

Hinata não disse nada, sua garganta doía apenas por respirar. Ela se debruçou na ilha da cozinha, deitou sua cabeça por cima de seu braço e observou suas amigas sorrirem levemente e em seguida começarem uma conversa aleatória. Ela observou Ino Yamanaka naquele exato momento, a loira estava usando uma roupa apertada mostrando todas as suas curvas, seus cabelos estavam penteados e presos em um rabo-de-cavalo, seus olhos estavam cobertos por uma maquiagem leve e seus lábios estavam cobertos por um gloss transparente. Você podia ser mais como ela ou as outras, mas não você está aí com roupas largas, o cabelo horrível e o rosto então.., seu subconsciente disse fazendo-a revirar os olhos.

—Bom dia.—, Shikamaru disse ao adentrar a cozinha.

Yoshino coloca as mãos na cintura. —Onde você estava?—, ela questiona semicerrando os olhos.

A garota de cabelos azul-escuro ergueu-se vagarosamente e arrastou-se para fora da cozinha, ela subiu os degraus com cuidado, caminhou encolhida pelo corredor, adentrou o quarto de Shikamaru e deixou a porta aberta, sentou na cama e rapidamente se enfiou debaixo das cobertas. Okay, ela saiu de lá por três motivos, um, porque ela precisava deitar seu corpo doído em algum lugar, dois, porque ela precisava se aquecer já que sentia que estava congelando e o três, envolvia Shikamaru Nara pelo simples fato de que não queria que ele a visse “daquela maneira” —ou seja, com a aparência que ela estava repudiando no momento—.

—Suas coisas estão arrumadas?—, Shikamaru questionou fazendo-a abrir os olhos vagarosamente.

Ela assentiu.

Ele se aproximou e sentou-se na cama de costas para ela. —Você está bem?—, ele questiona.

Ela revira os olhos com um pequeno sorriso em seus lábios. —Não muito.—, ela diz encolhendo-se mais ainda debaixo das cobertas.

—Você precisa de alguma coisa?—, ele questiona ainda sem olhá-la.

—Preciso dormir.—, ela diz.

Ele assente, ergue-se e sai do quarto.

 

[...]


—Que merda!—, Hinata diz ao sentia água gélida contra seu corpo. —Tá muito gelado.—, ela diz fitando os olhos lavanda pálido de Shion.

A loira sorri levemente. —Eu sinto muito, mas nós viajamos cinco horas e mesmo quando tentamos te acordar você nem se moveu.—, ela diz colocando o chuveiro no morno.

Ela assente, lembrou-se vagamente da despedida em Nara e em como Mirai Nara chorou copiosamente porque seu “oniisan¹” estava indo embora e que ele não voltaria tão cedo como ela imaginava, já que, ela realmente acreditava que menos de um mês para ele voltar era como se fosse uma eternidade. —Eu não estou em casa.—, ela diz olhando as lajotas do banheiro.

Shion nega. —Está no banheiro de Shikamaru. Decidimos que hoje você dormirá aqui, não podemos deixar você sozinha podendo ter uma convulsão ou algo assim.—, ela diz virando-se de costas para Hinata enquanto a mesma retirava seu conjunto de lingerie.

—Decidimos?—, ela questiona.

—Sim, o Shikamaru cedeu o quarto dele para você.—, Shion dá de ombros

Ela suspira.

—O que está acontecendo com vocês dois?—, Shion questiona.

Hinata Hyūga agradeceu aos céus por Shion estar de costas para ela, e assim não poderia vê-la arregalar os olhos fazendo com que os mesmos quase caíssem de seu rosto. —Nada, por quê?—, ela mente descaradamente.

—Ele está diferente.—, Shion diz. —Quero dizer, ele olha de um modo diferente para você.—, ela diz cruzando os braços. —Eu não sei explicar, mas é como se ele medisse você a cada instante.—

Hinata Hyūga sente suas bochechas aquecerem. —Sério? Não notei nada assim.—, ela mente novamente. Ah, ela tinha notado sim e toda vez que ele a olhava era como se um calafrio corresse de sua espinha até seus pés, e então inúmeros arrepios se dissipassem por seu corpo.

Shion dá de ombros. —Bem, pode ser bobagem minha.—, ela diz.

Hinata Hyūga não disse nada, lavou seus cabelos com o shampoo de Maracujá de Shikamaru, lavou seu corpo rapidamente e em seguida enrolou-se em uma toalha e agarrou a muda de roupas que Shion disse ter pego em seu apartamento assim que chegaram enquanto Shikamaru Nara a colocava na cama. Ela suspirou assim que sentiu um calafrio percorrer seu corpo assim que sua pele quente entrou em contato com o ar gélido que havia do outro lado do box, Hinata colocou uma calcinha preta de algodão, vestiu uma calça de abrigo preta, um par de meias cinza mescla de cano alto, uma blusa de manga curta branca e um suéter preto de tricô por cima. Shion obrigou Hinata a sentar na cama de Shikamaru, e em seguida secou e penteou os cabelos da mesma para que ela não dormisse com eles molhados e acordasse cada vez pior.

—Posso entrar?—, Shikamaru questionou abrindo uma pequena fresta na porta.

—Pode.—, Shion diz.

Shikamaru Nara adentrou o quarto, caminhou até seu guarda-roupa, pegou uma muda de roupas e em seguida caminhou até o banheiro. Ele não disse nada, nem mesmo se deu ao luxo de olhá-la e não era por mal, ele apenas estava verdadeiramente cansado de ter dirigido por horas e no outro dia ele estaria cheio de coisas para fazer e bem ele não sabia que isso poderia chateá-la.

—Oi, eu trouxe algo para você comer.—, Naruto disse adentrando o quarto.

—Lámen?—, Shion questiona cruzando os braços.

—Instantâneo, mas é bom e quentinho.—, Naruto diz dando de ombros.

—Obrigada, parece ótimo.—, Hinata diz agarrando a tigela e em seguida o par de hashi².

—Vamos deixar você descansar, qualquer coisa pode nos chamar.—, Shion diz tocando o ombro dela.

—Tudo bem, obrigada.—, Hinata diz com um pequeno sorriso. —Boa noite.—

—Boa noite.—, os dois dizem em uníssono.

Hinata Hyūga estava verdadeiramente cansada, suas costas doíam cada vez mais, ela estava com muita dificuldade de respirar e naquele momento só conseguia pensar em se encolher debaixo das cobertas e dormir. Enquanto comia vagarosamente —justamente por estar com dor na garganta— ela observava o quarto “mórbido” ,com todos os móveis em madeira escura, de Shikamaru Nara, o mesmo tinha uma cama de madeira escura com cobertas cinza clara, havia um bidê de cada lado da cama com abajures brancos, na parede ao lado esquerdo da cama —a porta do quarto ficava ao lado direito do cômodo— havia uma enorme porta-janela de vidro —com cortinas brancas— que dava para uma sacada pequena com alguns vasos de flores e uma rede verde-musgo, ao lado da porta-janela estava uma estante com todas as prateleiras ocupadas por livros, ao lado da estante havia um guarda-roupa embutido na parede, ao lado do mesmo havia uma escrivaninha com um notebook e uma torre de papéis que pareciam arquivos de casos, em frente a cama havia uma cômoda e logo acima dela havia uma televisão tela plana “pendurada” na parede, bem era um quarto verdadeiramente organizado e bem espaçoso.

Ele saiu do banheiro com os cabelos soltos —e minha nossa como ele ficava bonito com eles solto—, os mesmos iam até a clavícula dele, o mesmo estava vestindo uma camiseta preta, uma calça de abrigo da mesma cor e meias brancas. Ele se aproximou da escrivaninha, abriu seu notebook e sentou na cadeira giratória, mexeu naqueles inúmeros papéis e em seguida começou a mexer no notebook.

Você realmente parece uma boba apaixonada, recomponha-se., o subconsciente de Hinata diz.

Ela arregalou os olhos e entreabriu os lábios em sinal de surpresa. “Não estou apaixonada por ele!”, ela pensou rapidamente e uma risada irônica ecoou em sua cabeça, Você é burra ou o quê?, seu subconsciente debocha e ela imediatamente semicerra os olhos, “eu devo é estar ficando louca, isso sim.” ela pensa revirando os olhos.

Ela estava apaixonada por ele?

Ela poderia estar, mas nada era certo naquele momento. Bem, ao vê-lo ela sentia um maldito embrulho no estômago, ela ficava verdadeiramente animada e fazia questão de sorrir para o mesmo até que ele sorrisse de volta —e era verdadeiramente trabalhoso—, ela sentia seu coração disparar toda vez que seus lábios se encostavam, ela sentia todo seu corpo se arrepiar apenas quando ele a encarava.

Bem, ela verdadeiramente preferia ser uma pessoa apaixonada do que uma lutadora. Quero dizer, seria melhor ter algo para ocupar a mente do que viver submersa em seus malditos problemas, porque por toda sua vida ela esteve lutando, nunca sentiu uma sensação de conforto, esteve se escondendo e nunca conheceu o amor em qualquer outra forma que não fosse fraterna. Durante sua vida inteira ela se sentiu como se fosse um fardo, e ela pensava demais e nisso e se odiava cada vez que o fazia, estava verdadeiramente acostumada a “ser a errada” de tudo e estava cansada de se preocupar e bem, ela poderia dizer que o amor nunca lhe deu um lar.

—Você precisa de alguma coisa?—, Shikamaru questionou ao ouvi-la levantar-se da cama.

Ela sente suas bochechas aquecerem rapidamente. —Eu vou colocar isso na cozinha.—, ela diz olhando-o de soslaio.

—Eu levo.—, ele diz fechando o notebook, erguendo-se e caminhando até ela.

Ele agarrou as coisas da mão dela e em seguida passou pela mesma, ela suspirou, queria conversar com ele mas nem mesmo sabia o que dizer. Ela retirou o suéter de lã que estava usando, colocou-o estendido nas costas da cadeira giratória, ela girou seus calcanhares, caminhou até a cama e deitou-se do lado esquerdo da mesma e virou-se de frente para a janela.

—Hinata?—, ele chamou-a baixinho.

—Hm?—, ela resmungou fechando os olhos vagarosamente.

—Você se importa se, sei lá, eu dormisse com você?—, ele questiona encostando a porta vagarosamente.

—Eu posso dormir na sala se você quiser.—, ela balbucia.

—Não.—, ele murmura. —Eu.. Eu quero dormir com você.—, ele diz.

Ele quer é enlouquecer você, isso sim!, seu subconsciente diz. É verdade, ele queria enlouquecê-la porque em um momento ele sequer a olha, sequer troca uma palavra com ela e no instante seguinte ele está praticamente gaguejando enquanto pedia para dormir com ela. Ele era tão problemático. Ela suspirou, ela realmente estava surpresa em ouvi-lo dizer que ele queria dormir com ela, mas estava tão cansada e seus olhos estavam tão pesados que ela nem mesmo conseguiu estampar a surpresa em seu rosto.

—Tudo bem.—, ela balbucia sem virar-se para ele.

Shikamaru Nara estava nervoso naquele momento, suas mãos estavam suando, sua respiração começou a descompassar no mesmo instante em que ele se aproximou da cama e entrou debaixo das cobertas.Você está se afundando, uma hora não vai conseguir voltar., o subconsciente dele diz fazendo-o suspirar, ele não era assim —de se oferecer para dormir com alguém—, mas ele também não era uma pessoa impulsiva que beijava uma “amiga” “do nada” e depois tinha um grande contato íntimo a mais, então que mal havia em dormir ao lado dela? Ou melhor, que mal havia em querer dormir ao lado dela?

—Posso me encostar em você?—, ela questiona. —Minhas costas doem, quando aquece melhora.—, ela diz rapidamente.

Ele não disse nada, apenas virou-se para o mesmo lado que ela, puxou-a para si e em seguida deixou que as costas dela batessem em seu peitoral, colocou seu braço direito entre a nuca dela e o travesseiro, seu braço esquerdo rodeou a cintura dela e entrelaçou seus dedos nos dela.

—Você usou o meu shampoo.—, ele diz.

Ela solta uma risada nasalada. —Bem, me desculpe, eu não tive muita escolha.—, ela diz.

—Não estou reclamando ou algo assim.—, ele retruca. —Boa noite, Hinata.—

—Boa noite.—, ela diz encolhendo-se no abraço dele. 


Notas Finais


Oniisan¹ — Irmão mais velho.

Hashi² — Pauzinhos usados como talheres.


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