(...)
Após uns cinco minutos minha mãe me trouxe um sanduíche e um suco, depois de comer eu dormi tão rápido que me surpreendi comigo mesmo, o heat havia me deixado muito sonolento. Quando acordei já estava na hora do jantar, me juntei a todos e logo fui bombardeado por perguntas pelo meu pai e meu irmão.
- como se sente filho? Sentiu algo diferente? Se sente mais forte? - me sentei franzindo a testa tentando entender porquê eu estaria daquele jeito.
- não está sentindo aquelas emoções loucas de novo? - fiz o mesmo para o meu irmão.
- quer que te leve para a escola? - Os dois disseram ao mesmo tempo! Masoque?
- mas você não tem trabalho, pai? - o encarei e ele caiu a ficha.
- certo, então seu irmão irá levá-lo, ele tem carro e já foi atado, pode usar a presença dele para te ajudar. - meu irmão afirmou e eu fiquei surpreso, aquilo parecia um tipo de complô feito antes de eu acordar. Quanto tempo eu dormi?
(...)
Na manhã seguinte após o café meu pai se despediu de mim de forma séria como se eu estivesse indo pra guerra, deu os últimos avisos ao meu irmão como se eu fosse um detento e ele as acatou como se fosse o carcereiro. Quando ele deu partida no carro eu pude sentir pela primeira vez aquela força, era como se mãos me segurassem naquele banco do carro, eu sabia que meu irmão era forte mas não achava que fosse o novo Thor, ou no caso dele Hulk. Chegamos e nada havia acontecido, impressionante, mas aquela força ainda me segurava então olhei pro meu irmão que olhou dentro dos meus olhos e disse que eu deveria me comportar até ele voltar e eu automaticamente senti uma necessidade absurda de fazer o que ele mandava. Assim que entrei na escola eu comecei a escutar rumores de algo pelos corredores, a cada duas pessoas que passava escutava uma parte da história.
"Sim, foi um ômega homem.."
"Ele foi rejeitado? Que trágico!"
"O Alfa foi um insensível cruel..."
"Que maldade! Que ele descanse em paz.."
Depois disso não pude escutar mais nada sobre esse tal ômega que teve um fim trágico. Já estava quase na minha classe quando vi a líder da classe e a parei para saber melhor sobre essa história.
- boa tarde, posso ajudar? - ela parecia simpática.
- sim, boa tarde - porquê eu a cumprimentei de volta? - eu queria saber uma coisa, sabe quem é esse ômega de quem tanto estão falando? E o que aconteceu com ele? - a vi pensar um pouco.
- deve ser aquele que morreu a pouco tempo, - mo..rreu? - eu não o conhecia e também não soube seu nome mas soube que ele foi rejeitado por seu Alfa Ideal e por causa disso seu ômega interior não viu mais razões para viver e foi definhando até enfim sua morte, isso é uma verdadeira tragédia ainda bem que sou Alfa, mas porquê pergunta? O conhecia? - senti uma pontada no peito, sempre essa história de Alfa Ideal pra me deixar irritado.
- não é nada, só estava curioso, obrigado por me explicar. - e de novo o bom comportamento.
Fui para minha sala e durante as aulas que pareciam se seguir mais lentamente eu me sentia fora de mim e com a mente distante, só me dei conta que a aula já havia acabado quando senti como se meu irmão já havia chegado e quando cheguei aos portões da escola ele realmente estava lá, o cumprimentei rapidamente e entrei no carro ele me retribuiu e fez o mesmo, durante o caminho não me perguntou nada e somente seguiu o caminho de casa, quando chegamos eu fui direto pro meu quarto.
Me deitei e lembrei da pesquisa que faria pra saber quem era essa ômega, ela poderia ser mais velha e casada, talvez fosse um homen mesmo eu tendo quase 90% de certeza que não. Ainda assim não sei se realmente quero saber quem é, não sei se um ômega homen iria querer ter um relacionamento com um Alfa também homem porque eu não quero, mas pensando bem, acho que meu "Par Ideal" não seria uma senhora casada, eu não acho que sou alguém tão feio assim pra ter uma senhora para ser meu par. Eu vou saber quem é.
Saí de casa indo a delegacia de polícia da cidade para pegar registros de pessoas que se mudaram recentemente e também os que moravam aqui na cidade. Entrei na recepção e pude ver um rosto familiar, era a Xiao Hui uma amiga da família que cursava para ser policial mesmo sendo tão pequena e fofa.
- olá, senhora Hui! Preciso de um favor. - fui direto ao ponto.
- He Tian, como está? Ainda é um beta? - ela sabia que meu heat era atrasado.
- eu ainda não aprendi a fórmula para se ter um heat natural, te invejo por já ter tido o seu. - ela corou sorrindo e eu ri.
- dois anos sem heat não é qualquer coisa mesmo. - saiu delegacia a dentro e eu a segui.
- sim, mas hoje eu tenho uma novidade. - ela parou me encarou estreitando os olhos e depois abriu a porta de uma sala ao lado, entrou e eu fui atrás dela com ela fechando a porta depois de eu entrar.
- me explique melhor isso. - pediu parando na minha frente. Ela era beta mas não tinha problema a contar, eu podia confiar nela.
- foi pra isso que eu vim aqui hoje, recentemente eu descobri que uma ômega da cidade pode ativar meu ciclo, ontem foi a primeira vez que eu senti o heat e usei todo meu autocontrole para pará-lo o que me desgastou muito mesmo, essa ômega deve ser bem nova assim como eu. - contei e ela estava boquiaberta assim como minha mãe ficou.
- então agora você é um Verdadeiro Alfa isso é incrível. - me abraçou por impulso. - desculpe. - e corou novamente.
- o problema vai ser descobrir quem é e se ela acabar sendo casada vai ter que largar o marido pra ficar comigo porque eu sou de ficar com uma só. - sorri e Hui fez o mesmo.
- eu posso pesquisar as ômegas daqui pelo computador de pesquisas da delegacia, nele tem todos os registros de todas as omegas da cidade. - opinou e isso seria uma ótima idéia já que não quero sair pela cidade a fora pra procurar.
- isso é ótimo, vamos. - saímos daquela sala e adentramos mais o prédio para o amdar dos computadores.
Olhamos todos os tipos de omegas e selecionamos as mais prováveis, isso acabou durando meia hora. Saímos e fomos à pprimeira casa que ficava no centro e nos apresentamos com nomes falsos só para nos aproximarmos o suficiente da ômega da casa mas não a encontramos, passamos por várias casas nas redondezas e nada, já estava ficando tarde e eu resolvi pagar algo para comermos mas não tinha trago minha carteira e a Hui pagou para ambos um petisco que vendiam na rua.
- já vimos em metade das casas e ainda não a encontramos, amanhã continuamos se quiser. - comentou e eu sorri afirmando.
- claro que continuamos, eu vou te ver na mesma hora amanhã, tenho aula e não posso faltar. - terminei de comer o que ela havia comprado para nós e procurei um lugar para jogar fora mas só tinha um lixo da casa de uma pessoa então joguei ali.
- ei! Não pode fazer isso na frente de uma policial! - eu a olhei com a expressão mais culpada.
- oh não, oque vai fazer senhora policial? - perguntei a provocando. Ela estreitou os olhos e inflou as bochechas cruzando os braços.
- eu infelizmente terei de te levar em custódia Senhor He Tian. - avisou vindo em minha direção pisando forte.
- não se eu puder escapar. - a desafiei e sai correndo e ela veio atrás de mim.
Corri sem deixar ela muito fatigada e logo ela já me alcançava. Antes que ela finalmente me pegasse eu desviei encostando em uma parede e ela passou direto por mim e tropeçou quase caindo, eu ri e fui até ela.
- eu desisto mulher da lei, pode me prender. - me rendi rindo já que ela não conseguiria mesmo me prender.
- eu não posso levar preso alguém que me fez perder minha honra e quese rendeu. - ri de novo.
- espera, eu acho que vi uma coisa. - fui até o chão atrás dela. - é a sua honra, - ri. - toma pega de volta. - ri estendendo a mão pra ela que me olhou brava.
- muito engraçado, me dá ela aqui! - entrou na brincadeira e pegou em minha mão me puxando até ela, eu ria com a imagem de sua reação ao que eu disse, mas quando parei vi que ela me encarava, muito perto. Ela sorria minimamente quase inconscientemente.
- o que foi, Hui? Temos que ir, vamos. - me soltei dela e a puxei pela mão para irmos embora.
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