handporn.net
História All of me - Capítulo 57 - História escrita por UenaMota - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. All of me >
  3. Capítulo 57

História All of me - Capítulo 57


Escrita por: UenaMota

Notas do Autor


Alguém chamou por mim?

Capítulo 57 - Capítulo 57


Fanfic / Fanfiction All of me - Capítulo 57

15 de abril de 2016

O ano esta passando rápido para caralho, puta que pariu. Já estamos no quarto mês do ano. Estou com quase cinco meses de gestação, e detalhe, não comprei absolutamente nada para o bebê. Não me culpe, não sabemos o sexo e eu não gosto da coisa de cores neutras, quero fazer um enxoval completo. Espero que na próxima consulta eu consiga saber. E outra coisa, minha casa não cabe nem mais um alfinete.

-Lulu, essa casa não está cabendo mais o Thomas, imagina com duas crianças nessa casa? -Olho para minha amiga deitada no chão.

-Sem chance. -Me encara. 

-Estava pensando em comprar um casa mais confortável, tanto para nós quanto para as crianças. Esse apartamento não é tão confortável agora. -Olho ao redor. -Me acolheu muito, mas não acolhe tão bem dois bebês. 

-Já sabe mais ou menos uma localização? 

-Não sei. Foi apenas uma ideia, tenho dinheiro guardado das musicas que vendi. Daria para comprar algo legal. -Passo a mão por minha barriga.

-Se vocês morassem com o Bruno, já tinha uma casa grande e espaçosa. -Minha amiga me olha. Poupe-me.

-Sem chance. Terminamos gata, fim de caminhada. -Reviro os olhos.

-E você está com saudade dele, fica toda carente, e se derrete quando ele te liga. -Culpada! O que eu posso fazer? Fazem 27 dias, 648 horas, 38880 minutos que não somos mais namorados. Mas eu não me importo. Não mesmo. 

-Eu não vou ser quem ele quer que eu seja. -Encaro a TV.

-Ele não disse isso. Ele quer que você saia da sua zona de conforto. E ficando nela, você vai perder alguem que te ama muito. 

-Tá. 

-Agora reconhece que você esta morrendo de saudade dele. -Ela senta na minha frente e me olha.

-Um pouco. 

-Um pouco? -Ri. -Por que você estava chorando noite passada? 

-Hormonios da gravidez. -Me defendo.

-Mentira. -Minha amiga me abraça. 

-O Peter já deve estar em outra. Já deve ter até refeito a agenda de putas dele. -Digo e meu coração se aperta. 

-Tenho certeza que não. Ele está esperando por você, mas ele não vai esperar muito. Ele já te deu muitas chances. -Ela me encara séria. -Ele ainda assim, te liga todos os dias.

-Claro, pra me perguntar sobre o bebê e sobre o Thomas. 

-Você queria que ele ligasse para saber como você está? Todo carinhoso e atencioso? Acorda mulher. Olha o homem que você tem em sua vida, e vai perder por orgulho?

-Ele está te pagando quanto? -Ela me encara e depois ri.

-Digamos que nós conversamos e tal. 

-Sobre o que? 

-Como está o bebê e o Thomas.

-E porque ele não me ligou? 

-Ele disse que você não ia atender, como estava fazendo antes de terminarem. -Dou de ombro. 

-Nossos filhos não tem nada a ver com o nosso relacionamento amoroso. Eu nunca faria isso. Aquele babaca. Vou até dormir. -Levanto e percebo que o filme que assistíamos já estava acabando.

-Chora pensando no Peterzinho, e entende o lado dele. Aí, amanha você liga para ele e pede para almocarem juntos. Aí você fala que está errada, que vai mudar. E que o ama muito. Se podem voltar. -A louca me acompanha até o quarto. 

-Uhum. -Concordo rindo.

-Bebê, você não tem nenhuma conexão com o cérebro da Mamai aí não? Porque ela está ficando louca. -Minha amiga fala com a minha barriga aparente. 

-Não tem ligação com lugar nenhum. Boa noite. 

-Boa noite, manda sms pro Bruno dizendo que ama e tal. -A olho noa olhos e gargalho.

-Me deixa Luci.

-Você está parecendo aquelas adolescentes birrentas. Mulher, tu é velha. Acorda pra vida múmia. -Ela dá uma tapa na minha cabeça. 

-Tchau. -Entro no meu quarto e me deito ao lado do meu mini boy. O olho dormindo igual ao Peter, está vendo o bico lindo?

Por mais que eu brinco com a Luci, dou risada. Mas esses últimos dias estão sendo uma merda. Sério, nas primeiras semanas eu não levei tao a serio o nosso término, e eu não senti tanto a falta dele. Ainda mais por estar trabalhando o tempo inteiro. Porém, essa semana estou em casa, descansando. E Porra, eu queria tanto abraça-lo e beijá-lo. Receber um carinho e dormir de conchinha. É foda. E eu sabia que isso aconteceria, a vida sempre me fode. Eu sabia que eu estava apegada, e totalmente apaixonada por ele, dependente do seu carinho e da sua atenção. E agora? Na merda estou. 

Pego meu celular e o encaro. Mando, ou não, mensagem para ele? Sei lá, perguntando se ele está em casa. Mas porra, e se ele não estiver, e estiver com alguma puta? Porra. Deixo meu celular de lado e respiro fundo. 

-Por que você não me aceita como eu sou, amor?! -Perguntei quando lagrimas inundaram os meus olhos. 

 

23 de abril de 2016

Hoje é o chá de bebê da Rafaelle, ontem o Thomas foi para a casa do Peter, e eles devem estar aqui a qualquer momento. Tinha acabado de me vestir quando o enjôo me fez correr para o banheiro. Aqui estou, linda, colocando os órgãos pela boca. 

-Mamai. -Meu pequeno me grita. Poderia responder, mas não tenho força. Dou descarga e jogo agua gelada em meu rosto. Estou suando frio. Bochecho enxaguante na minha boca, porque se eu for escovar os dentes agora, eu coloco o coração para fora. Aí, eu morreria. Que morte horrível né?! Quando outra náusea vem tomar conta de mim, respiro fundo, me apoio na pia e tento não vomitar novamente. 

-Melanie. -Ouço a voz do Peter e seus passos rápidos até o banheiro. -Você está bem? -Me pergunta, apoiando-me em seus braços. -Você está pálida. -Me apoio nele, e saímos do banheiro. Me deito na cama sentindo meu corpo fraco. Porra, esses enjôos não acabam no primeiro trimestre? Sacanagem isso. 

O botao da calça estava apertando a minha barriga e estava me deixando nervosa. Desfiz o botão, e comecei a tirá-la, com as mãos trêmulas. Mas o Peter, ajudou-me a tirar a calça, e me deixando de calcinha e sutiã. Sinto ar frio em minha pele, com os olhos fechados tento voltar a estar apresentável.

-Mamai toma pra ficar boa. -Abro os olhos e vejo meu bebê, todo lindo, cabelo cortado, segurando uma lata de refrigerante de limão. Ele havia visto que isso me deixa melhor com os enjôos, sei que refrigerante engorda, mas não posso ficar o dia inteira enjoada. 

-Obrigada meu amor. -Pego de sua mão e dou um gole generoso. Que é muito bem vindo. 

-Você está enjoando com frequência? -Peter me pergunta.

-Todos os dias. -Respiro fundo. 

-Quando é sua consulta? 

-Na quarta feira. -Lembro-me. 

-Papai fala com o bebê. -Tommy senta ao meu lado e dá um beijo na minha barriga. -Ele está crescendo. 

-Estou vendo. -Sinto as mãos do Peter acariciar toda a minha barriga. Meu coração dispara e eu o olho. Volta para mim? Por favor. 

-Bebê vamos cantá? -Tommy falava para minha barriga. -Beija aqui papai. -Mandou o pai beijar a minha barriga. Delicadamente, o Peter se apoiou nos cotovelos, e seus labios tocou a minha pele. Me arrepiei inteira. Maldito. Senti uma cossega na minha barriga. Olhei para o Peter, e fiquei quieta esperando. Nada.

-Beija de novo, Peter. -Falo e ele mesmo sem entender beija minha barriga. Agora eu sinto um pequeno movimento onde ele havia beijado.

-Você sentiu isso? -Perguntei para ele.

-Não. 

-Ué, mai. 

-O bebê está mexendo. -Passo a mão onde ele havia mexido. Com pequenos movimentos com o dedo o insentivo a mexer novamente. -Mexe para o papai e o irmãozinho verem. -Falo emocionada. 

-Bebê, fala oi para o Tommy? -Meu filho beija minha barriga. E ali está mais um movimento. O Tommy arregalou os grandes olhos amendoados e sorriu. -Que irado. 

-Mexe para o papai meu amor. -O Peter destribui beijos em minha barriga, e o Tommy se junta a ele. O bebê meche agora de uma forma ainda mais perceptível. Carallho. O Peter sorri para mim lindamente. 

-Sentiu? 

-É perfeito. -Acariciou-me. -Está dura. Dói?

-É porque o bebê esta se mexendo. Incomoda um pouco, e faz cossegas. 

-É engracado.- Thomas olha para alguns movimentos na minha barriga. Principalmente, o fato do bebê estar em apenas um dos lados. Ficamos os três babando o nosso bebê, eles queriam mais e mais movimentos do bebê, que por sua vez estava todo saidinho. -Mamai tem que comprar roupinhas para ele, mas pode usar a minha também. -Tommy me diz todo gostosinho.

-A Mamai vai comprar as coisinhas dele. Queria saber se é menino ou menina, mas acho que não vai colar. -Olho meu pequeno recatado. -Vamos, vou me arrumar, ou só chegaremos lá com o nascimento dos gêmeos. -O Peter pega na minha mão, ajudando-me a sentar. 

-Eu acho que é menino. -Peter me diz. 

-Eu tenho minhas suspeitas. Mas não vou dizer. -Vou ao meu closet procurar um vestido.

 As minhas roupas estão ficando apertadas, e minhas calcas me incomodam e muito. Meus meninos me olhavam da cama, cuidando de cada passo que eu dava. Em todos os momentos em que meus olhos se encontravam com os do Peter, meu coração desparava. Sério, não sei explicar tal sentimento. Talvez saudade? Muita saudade? Saudade para caralho? 

-Luluzinha o Bebezinho falou oi para mim. -Tommy falou animado quando estávamos no elevador. 

-E você gostou? -Minha amiga o perguntou.

-Uhum. É muito engraçado. -Ele gargalhou gostosamente. 

O acomodando em sua cadeirinha, sentei no banco da frente com o Peter, e seguimos para a casa dos pais da Rafa. 

-Mamai vamos brincar na piscina na casa do papai? -Olho meu filho pelo espelho.

-Acho melhor não. -Olho rapidamente para o Peter que está sério olhando para frente. 

O Peter depois que saímos do quarto não me olhou mais. Ele esta super serio. O que eu falaria? Deixa ele na dele, que é melhor. Se ele não quer falar comigo, ou apenas sobre o nossos filhos, beleza. Mas porra, custa me dar um abraço, sei lá, um selinho? Amigos dão selinhos. Poderia até me ligar, falando se podemos ter sexo sem compromisso, eu juro que não implicaria depois. 

-Mel vamos morar por aqui? -Lu falou. Era uma otima localização, era um bairro calmo,e em frente a praia. 

-Perto da casa do Gregory? 

-O que é que tem? Não é tão perto assim. -Minha amiga dá de ombros.

-Não sei. Vamos pesquisar. -Olho as belíssimas casas. Não seria tao ruim, afinal.

-Vai se mudar do apartamento? -Huuum, olha o boy falando. Transformo o apartamento em nosso quarto vermelho da dor, meu amor. Me amarra, me chicoteia, me pendura no teto.

-O apartamento é pequeno. Não cabe mais nada, e não tem como colocar as coisas do bebê. -Olho para ele. 

-Ué Mamai. 

-Não cabe meu filho. -Ele faz um bico engraçado. -Então vou procurar um casa para comprar, que acolha bem as crianças. De preferencia cada um em seu quarto, não cabe três numa cama.

-Ih, euquero dormir a cama da mamai. Você me ama ou você não me ama, mai? -Sentiu o drama? 

-Mais ou menos. -Olho para ele que esta encarando a Luci.

-Eu disse que eu te amo, ou não?

-Não. Parece que ninguém quer mais amar a Mamai. -O Peter olha para frente sério. Porra, estou te dando uma indireta caralho. Seu filho da mãe. 

-Eu te amo, Mamai. -Meu bebê me solta um beijo.

-Também te amo. -Solto um beijo de volta. 

O Peter havia acabado de estacionar, então a Lulu pegou o Thomas e o colocou no chão. Como ele está crescendo. E a cada vez, mais parecido com o Peter. Andei ao lado do Peter, e minha vontade era se segurar sua mão e entrelaçar nossos dedos, algo tão simples, e que agora está me fazendo falta. Lembro como eu amava quando ele segurava minha mão, mesmo la quando eu o conheci. E agora, tá foda. Se eu segurar na mão dele, ele vai sair de perto e me soltar? E se eu fingir que preciso de ajuda? Será que cola? E pela primeira vez, estou diante de uma indecisão. Um medo de ser colocada de lado. 

Antes de entrarmos no jardim onde estava a festa, o celular dele tocou. Ele olhou na rela e atendeu. E eu estava perto o suficiente para ouvir a voz de uma mulher. 

-Te ligo mais tarde. -Disse antes de desligar. 

E depois disso eu me sinto, coisada, porra, não sei explicar, mas estou na merda. Peguei na mão do Tommy e saí de perto dele, serio, eu estava querendo sentar e chorar. Igual aquelas idiotas de filme sabe? Que fica comendo chocolate e pizza? Pois, é. Melanie Lopez de Albuquerque está com vontade de chorar porque o ex, está recebendo a ligação de uma mulher. Sendo que ela o mandou procurar alguém que fizesse o que ela não fez. Idiota. E agora? Fica sozinha, e assiste o boy ser feliz, sua babaca. 

-Que lindo. -Luci disse ao meu lado. 

-Muito. A cara da Rafa. -Sorri vizualizando a decoração delicada. De um lado a decoração era toda em rosa e lilás, com varias flores, e no outro era uma decoração azul e verde. Quando chegamos no local da festa vi a Rafa toda sorridente falando com alguns convidados em suas mesas. Ela estava com um vestido Nude e com uma coroa de flores na cabeça. Alem do barrigão de quase sete meses. Estava tão linda, e era tão perceptível sua felicidade. O primeiro a me ver foi o Lucca, fomos até eles e quando os olhos da Rafaelle vieram em minha direção, foram direto para a minha barriga saliente. 

-Mel. -Conseguiu sussurrar. 

-O que? Fiquei gorda nesse vestido? -Pergunto. -Luci eu te perguntei se eu estava legal. -Olhei para a Lulu.

-Mas você está linda. -Minha amiga diz. 

-Você acha, tia Rafa? Não estou muito gorda? -Pergunto e ela dá um gritinho vindo em minha direção. 

-Ai meu Deus. -Me abraçou, na verdade nossas barrigas se abraçaram. -Como assim? Você gravida? Melanie, eu te vai faz pouco tempo e você não estava com essa barriga. 

-16 semanas. -Digo para ela. -O bebê deu um pulo nessas ultimas semanas. -Sorri para ela.

-Por pouco não temos no mesmo mês. -Ela gargalha. -Seria legal, o papai ficaria sem os cabelos. 

-Falando de mim? -O Gregory chega atrás de nós e olha para a minha barriga e depois para meu rosto. Ah, qual é? É só uma barriga de gravida. 

-Estamos falando que agora você perde os cabelos. -Rafa diz e ele sorri. 

-Meu Deus, minhas filhas querem me deixar louco. -Ele parece visivelmente emocionado.

-Quanto tempo Mel? -Me pergunta.

-Quase cinco meses. -Respondo.

-E aí tem um, dois ou três? 

-Um. -Digo e ele respira aliviado. 

-Calma sogrão, vai preparando para os bebês. -Lucca me abraça de lado.

-Quando sairmos, vamos ter que fechar a Disney World. -Ele gargalha. 

-Avovô. -Tommy grita por ele e vem em sua direção. 

-Tommy. O vovô estava morrendo de saudade. -O pegou no colo e meu filho sorriu cheio de covinhas.

-Eu também, e a mamãe, e a Luluzinha, e o bebê. -Apontou para minha barriga. 

-Esse bebê vai ser grande Mel. -Luci arregala os olhos. -Sua barriga esta enorme. E linda. Parece mais meses, tem certeza que não precisamos fechar uma maternidade para os nossos bebês? 

-Não. -Gargalho. -Na gravidez do Tommy não tive barrigão.

-Era pequena mesmo. -Lulu concordou.

-Mas o Tommy nasceu grande e gordo. Logo, barriga grande não significa muita coisa.-Dou de ombros. 

 

*Bruno On*

O chá de bebê da Rafa estava muito animado. Era mulher sorrindo e dando gritinho a todo momento. Eu via os revirares de olhos que a Mel dava para algumas pessoas e a Rafa tentar manter a pose. Minha mulher não tem jeito. Sim, minha mulher. Eu sei que 'terminamos' e eu sinto uma puta falta dela. Caralho, eu não sabia o quão dependente dela eu estava, sinceramente, eu pensave que seria fácil fazer isso. 

Depois de passar tanto tempo correndo atrás dela, resolvi que eu iria deixá-la e saber se ela gosta realmente de mim. Se ela gostar, ela vai saber o que errou e mudar isso. Já se passou um mês e nada. Nem mesmo uma ligação, SMS, nada disso. Porém, olhar em seus olhos, reconhecer que estou fazendo a mesma falta que ela me faz, me fez perceber que estamos lutando agora com um orgulho sem cabimento. Foda. Ela não vem atrás porque acha que eu quero mudá-la, lo de disso, eu a amo por ser essa mulher que ela é. No entanto, não vou me doar sem receber nada em troca. Se ela me ama tem que me mostrar, me fazer perceber que tudo o que eu sinto é recíproco. 

Conversei com a Luci, para saber como ela estava, e os meus filhos. O bebê estava muito bem, apenar dos enjôos continuarem, mas estava tudo normal. E ele estava crescendo lindamente. A Mel estava diferente, o rosto ficando levemente arredondado, os seios maiores, o corpo adquirindo novas formas. A barriga está grande e visível, impossível de esconder como fizemos durante 3 meses. Meu mini me, está lindo e maravilhoso. Ele vai passar o final de semana comigo, porque vou viajar na segunda para fazer shows e só voltarei daqui a umas duas semanas ou mais. Posso ficar até um mês fora de casa, sem ver meu moleque. Então eu estou curtindo com ele. Não falei para a Mel sobre a viagem, vou aproveitar esse tempo longe para fazê-la pensar no que ela quer para nós. 

Nem preciso dizer a cara que ela faz quando eu a ignoro, ela fica chateada. Mas quando a Jaime me ligou rouca, e ela ouviu a voz de mulher, ela pegou na mão do Tommy e saiu de perto de mim. A Luci me olhou na hora, e sorriu. Essa Melanie não tem jeito. 

-Ih papai. -Tommy reclamou me abraçando. 

-Está com sono? -Pergunto olhando seus olhinhos pequenos.

-Sim, pai. -Me abraçou um pouco mais forte e se aconchegou.

-Daqui a pouco vamos para casa. -Beijei sua cabeça, fazendo-o fechar os olhos.

-Cansou Batman? -Gregory sentou ao nosso lado.

-Sim, avovô. Estou muito cansado e preciso dormir, tá? -Ele respondeu e seu avô se derreteu.

-Tudo bem meu pequeno. Mas temos que sair, e comprar uns presentes para o seu irmão ou irmã. 

-Vamos avovô, ele nem tem roupinha. Mamai disse que não cabe no quarto. Mas vamos comprar para o Bebezinho. -Meu filho é a pessoa mais linda desse mundo. 

-O apartamento está pequeno para eles? -Gregory me perguntou.

-Sim. A Melanie esta pensando em se mudar, a casa dele não acolhe duas criança. -Explico.

-Mas vocês não vão casar? -O cara ne encara igual a Mel. Porra, como não desconfiaram que ele parece com ela. Até a forma de olhar e falar com as pessoas, claro que a Mel é um pouco mais ousada, porem eles se parecem para caralho. 

-Estamos separados. -Digo e ele arqueia a sobrancelhas. 

-Por que? Aconteceu alguma coisa? Esse bebê é seu filho né?

-Sim, é meu filho. Só estou tentanto mostrar para a sua filha, que ela precisa recompensar tudo aquilo que ela recebe. Ser um pouco mais madura e olhar além do mundo em que ela vive. A Mel precisa aprender isso, que o amor vai além do amor pela mãe e pelo Thomas. -Explico.

-Esse é o jeito dela Bruno. -E ele ainda a defende.

-Não. Esse não é o jeito dela. Ela precisa abrir o coração enorme que ela tem, e saber perdoar é um bom começo. Eu não aceito a forma como ela te trata, sei que você vacilou com ela, mas você é o pai. Ela não pode mudar isso, ela precisa parar e deixar as coisas ruins de lado, dar chance as coisas boas em sua vida. A Melanie vacilou muito comigo, foi embora de uma hora para outra, escondeu o Thomas de mim por dois anos, e ainda assim eu dei uma chance para ela. No entanto, não ser recíproco um sentimento é complicado. Eu não estou aqui para correr atras dela, se ela quiser ela vai ter que mudar. -Ele concorda. 

-Hoje ela está um pouco triste, eu notei. Quando vocês terminaram?

-Mês passado. -Digo.

-Ela está sentindo a sua falta, ela vai falar contigo. A mãe dela também era orgulhosa, e eu não cobro muito dela, só queria que ela me ouvisse e reconhecesse que eu estou tentando. Mas ela está tendo o seu tempo, me resta esperar. -Ele diz com pesar. 

-Temos, meu caro, temos. -Sorrimos por fim.

-Tem uma casa que eu acredito que seria ótima para ela. -Ele retoma a pose, dono do mundo. Sim, esse é o pai da Mel. 

 

*Mel On*

O Thomas dormia durante todo o caminho de volta. Ele estava cansado, e dormiu com o Peter. Ele ficaria com o pai durante todo o final de semana, e só nos veriamos na segunda depois da escola. E antes que venham perguntar, não rolou um convite para mim. Nem mesmo um 'Melanie, vamos lá para casa, mas você só servirá para cozinhar e para eu comer.' Mais tarde a Lulu irá para a boate com o Larry, e possívelmente só a vejo no domingo a noite. OU seja, final de semana sozinha. Talvez seja bom para relembrar minhas noites de solteira. Ou não. Talvez eu esteja apenas tentando mostra-me o lado bom da coisa toda. 

Estacionando no meu prédio, sai do carro e depois fui beijar meu filho. Que abriu os olhinhos e me abraçou. 

-Vamos para casa do papai, mai. -Pediu.

-A Mamai vai fazer algumas coisas. Se comporta, e nos vemos depois da aulinha tá? -Beijo seu rosto.

-Ih. -Fez um bico. 

-Sem birra. -Beijei seu bico. -A Mamai faz seu mamá gostoso quando você vier para casa.

-Tá bom. -Me abraçou e beijou-me com carinho. -Tau Mamai. 

-Tchau meu filho. 

-Tau Bebezinho. -Beijou minha barriga. -Tau Luluzinha. 

-Tchau Batman. -Minha amiga soltou um beijo. 

-Me manda mensagem quando chegar em casa, por favor. -Falo para o Peter.

-Daqui há 20 minutos, você me manda uma mensagem perguntando se eu já cheguei. -Responde e eu ignoro. Vai para a puta que pariu. Saio do carro e vou para a minha casa. Me poupe. Asiim que cheguei em casa, tomei uma ducha quente e vesti meu pijama. Peguei meu celular e digitei uma mensagem para o Peter.

"Já chegou em casa? " Mel

"Já chegamos." Peter

"OK. Boa noite." Mel

 

Ajudei a Lulu a fazer o cabelo e a puta está toda saliente. Só pedi que ela usasse camisinha, para não ficar igual a mim. Era seis da noite quando ele saiu de casa e foi dar por aí. Apaguei todas as luzes de casa, e fiquei no meu quarto vendo TV. Não estava com vontade de ficar no meu mini estúdio trabalhando, e estava me sentindo estranha. Coisas de gravidez. Uma cólica fraca e chata, minha cabeça doendo e meus seios doloridos. E o único som da casa vinha da TV que passava alguma merda, e caralho, quem foi que disse que queria reviver os momentos de solteira, numa casa vazia? Porra velho. Sério, cadê o meu filho correndo de um lado a outro, espalhando os brinquedos no chão? Cadê o meu namorado, espalhado na cama, me abracando e falando putarias no meu ouvido? Porra, que foda. Que merda de momento de vida. 

-Deus, o que é essa porra na minha vida? Estava tudo tão legal. -Resmungo.

Sobre criar expectativa? Nunca faça isso. Estou falando muito sério, sempre quebra a cara. Eu nunca havia me apaixonado e me apegado a ninguém. E hoje eu sofro por isso, no meu primeiro relacionamento, conturbado para caralho, eu me fodo. De quem é a culpa? Minha. Confesso. Me permitir se feliz, e agora não sei onde foi a porra do erro. Onde foi que ei errei? Alguém, por favor, me dá uma luz? 

Estou aqui, as seis e meia da noite, de um sábado, chorando, de moletom, deitada numa cama. Quem imaginou? Eu, Melanie Lopez, nessa situação? Se alguém me dissesse quatro anos atrás, que hoje eu estaria assim, eu ia gargalhar na cara dessa pessoa. Nunca me imaginei dessa forma, coisas da vida. 

Porra de vida. Pego meu celular, e corro os números sem saber para quem ligar. Meus amigos devem estar trabalhando, não ligarei para a Rafaelle, muito menos para a Luci. Preciso de conselhos, de alguem que me ajude a entender esse momento. As irmãs do Peter são da familia, eu não posso contar com elas. Choro um pouco mais, e meu bebê se agita na minha barriga. Meu celular toca e eu vejo o nome 'Amor' brilhar na tela. Respiro fundo antes de atender.

-Alô? 

-Mamai. -Meu bebê atende todo contente.

-Oi bebê. -Sorri, limpando as lágrimas do rosto.

-Ué Mamai, esta triste? -Me pergunta.

-Não. A Mamai só está com um pouquinho de dor. -Explico.

-Ih, papai. -Ouço seu resmungo. -Mamai dodoi, chorando. 

-A Mamai não está dodoi Thomas. -Falo. -O Bebezinho que está se mexendo muito, e acaba deixando a barriga da Mamai doendo. Você está brincando?

-Sim. Fazendo som com papai. -Ele gargalhou. -Quero falar com Luluzinha. 

-Lulu foi para a festa, só vem para casa amanhã a noite. -Ouco seu resmungo. 

-Não pode. Isso é errado. 

-O que é errado Thomas? -Ouco o Peter perguntar.

-Pai, a Luluzinha foi pra festa. Que coisa feia, pai. -O Peter gargalha.

-Ela é adulta meu filho. Adultos vão para festas. -O pai explica.

-Mamai? -Me chama.

-Oi.

-Você vai para a festa? 

-Não bebê. A mamai está indo dormir. -Bocejo.

-Já? UE Mamai. 

-A Mamai vai dormir para passar a dorzinha. -Digo respirando fundo e passando a mão por minha barriga. 

-Que dor Melanie? -O Peter pergunta.

-Estou com cólica. Mas já vai passar, vou dormir. 

-Uma hora dessa? Você está bem? -Ele fala e ouço uma voz feminina ao fundo. E não é a voz de qualquer mulher, na vida dele, que eu conheço. 

-Estou bem Peter, só estou cansada. 

-A Luci chega que horas? -Está preocupado, Amor?

-Amanhã a noite. -Bocejo mais uma vez. Vem dormir comigo? Por favor? Vamos conversar?

-Já vou. -Responde a alguém, e por um segundo meu coração desparou, por achar que ele estava falando comigo. -Tá Melanie, boa noite. 

-Boa noite, beijo no Thomas. -Desligo. 

Depois de chorar mais um pouco, sim estou na merda a ponto de gastar minhas lágrimas. Um pouco de hormônio da gestação? Prefiro acreditar que sim. Estava bem sonolenta, o ar condicionado bem frio, e meu edredon quentinho e com cheiro do meu bebê, recebi uma mensagem no celular.

"Na segunda viajo para uns shows na Europa e não sei quando volto. Vou deixar o Thomas na aula e você o busca. Quando sair da consulta na terça me liga para falar como foi. Boa noite. " Peter

Ótimo, não sei se é ruim ele estar tao perto e não podendo beijá-lo ou estando longe. Agora que eu vi merda. 


Notas Finais


Só na sofrencia. #AchoPoucoMel
Será que eles voltam? Será que a Mel deixa o orgulho? Será que não terá BruMel?
-U


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...