Harry arregalou os olhos encarando o objeto nas mãos de Draco.
— Que tipo de loucura é essa? — Questionou o Potter.
— O tipo que salvará nós dois desta loucura fúnebre, aposto que tanto quanto eu você não está aguenta mais todos eles. — Draco guardou o vira-tempo em seu bolso. — Eu não estou aguentando.
— Vira-tempos foram permanentemente proibidos pelo Ministério Da Magia.
— Este não, ele não tem rastreador, não pode ser detectado pelo Ministério — Draco sorriu triunfante.
— Você está maluco, 1976? Nossos pais são desse tempo, e como pretenderia viver lá? Afinal não sabemos de nada.
— Com isso eu poderia resolver. — Severus se pronunciou assustando o Potter que não o esperava.
— Professor? — Harry encarou o homem. — Está compactuando com loucuras agora?
— Com essa sim. — Severus abriu a porta de sua sala. — Entrem.
Harry não pensou duas vezes antes de entrar, aquilo era alguma loucura generalizada entre os dois, e o garoto da Grifinoria torcia para que fosse alguma brincadeira estúpida e sem noção alguma.
— Vamos começar pelos fatos — Harry se pronunciou antes deles — Vocês enlouqueceram!
— Ouça primeiro Senhor Potter.
— Ouvir primeiro? Isso pode causar uma fissura enorme nessa linha do tempo, Efeito Borboleta!
— Eu já pensei em tudo, Potter, se me deixar explicar saberá. — Snape se sentou encarando o garoto. — Sente-se garoto.
Harry respirou fundo e se sentou.
— Eu iria sozinho — Draco começou recebendo um olhar de Severus. — Mas, parece que tanto quanto eu você quer fugir desse caus que a morte do Diggory causou.
— Fugir sim, mas criar uma fissura no tempo é outra coisa bem diferente.
— Você não criaria uma fissura de tempo se não fosse Harry Porrer, se fosse outra pessoa. — Snape proferiu.
— E quem eu seria? O Mágico De Oz?
— Você sabe de quem é descendente? — O professor questionou ignorando a última frase do garoto e recebendo um aceno negativo vindo do Potter. — Ignot Peverell,
— E quem é esse?
— Você não sabe nada Potter?! — Draco suspirou. — Reliqueas da Morte? Irmãos Peverell? Deus — Draco suspirou descrente.
— Isso que dá deixar nossas crianças a merecer de trouxas e sem nenhum auxílio mágico — Severus suspirou. — Resumindo nesta linha do tempo você é o último descendente de Ignot Peverell, na minha linha do tempo tem seu pai, ele também é um descendente, mas se você reivindicar o sobrenome Peverell primeiro você será outra pessoa, não mais Harry Potter. Isso protegeria você e evitaria que qualquer coisa acontecesse com essa linha do tempo.
— Eu não poderia ir sozinho, não sou último descendente de algum velho importante, então eu precisaria de você, você não pode ir sozinho e eu também não, teremos que trabalhar juntos. — Draco encarou o garoto de olhos verdes.
— Eu definitivamente não sei se vocês são gênios ou malucos — Harry engoliu em seco encarando os dois. — Mas e Voldemort?
— Voldemort não será um problema, e se ele for, Dumbledor vai cuidar disso, até você nascer ele era o único que conseguia duelar de igual para igual com o Lorde Das Trevas, você não terá que se preocupar com ele.
— Loucura, isso é loucura... — Harry se levantou respirando pesadamente — Isso não pode dar certo, pode?
— Pode, se confiar em nós — Severus também se levantou encarando o garoto.
— Vocês nunca gostaram de mim, como confiar pode ser uma possibilidade?
— Potter, confiança é algo difícil, sei disso, mas pode acreditar em nós, acreditar é mais fácil do que confiar. — Draco também se levantou.
— Acreditar?
— Pott-Harry — Draco suspirou — Não vamos forçá-lo a nada, mas pensa bem, fugir de tudo isso, e convivermos com nossos pais, seria tão melhor...
— Eu preciso de um tempo... — Harry praticamente correu para fora da sala do professor, seu coração estava disparado, ele mal conseguia respirar, ele só queria um tempo para não falar com ninguém e não pensar em ninguém.
Dasdas as circunstâncias que Harry se encontrava, a proposta dos dois Sonserinos parecia sensata, mas ao mesmo tempo assustava o Grifinorio, Harry não queria colocar todos em perigo apenas por um capricho seu.
Harry nem ao menos se preocupo com o restante das aulas do dia, ele apenas se escondeu na torre da Grifinoria imerso em seus próprios pensamentos, tudo o que o garoto mais queria era poder se fundir com sua cama e só levantar quando tudo estivesse normal, coisa que não acontece na vida de Harry Potter.
Tudo que o Grifinorio queria era um pouco de paz, apenas um pouco, mas não era algo que Harry conseguia com os amigos que tinha.
— Harry! — Hermione invadiu o dormitório sendo seguida por Ronald.
O Potter nem se quer se deu ao trabalho de olhar os amigos.
— Vai nos ignorar agora que tem um novo amigo? — Desta vez foi Ron quem questionou.
— Se não fossem tão assim talvez eu não precisasse.
— Somos seus melhores amigos, nem nas aulas você foi! — Hermione cruzou os braços.
— Vocês podiam cuidar das suas vidas de vez enquando — Harry suspirou se sentando na cama.
— Somos seus melhores amigos!
— Se fossem mesmo Ronald, não estariam agindo assim! — Ele se levantou. — Quando foi que me perguntaram como eu estou? Tudo o que fizeram nesses últimos dias foram me atazanar, sentir ciúmes porque eu consegui fazer bem uma poção e porque eu e Draco finalmente conversamos sem nos atacar.
— Como se Malfoy fosse uma boa companhia. — Ronald desdenhou.
— Tá vendo? Tudo o que fazem é isso, eu tô cansado de vocês dois, não conseguem pensar em ninguém além de si mesmos, por isso não tem nenhuma amiga Hermione, e por isso Ronald ninguém além de mim suporta ficar cinco minutos perto de você!!.
Hermione não falou nada apenas saiu correndo do quarto.
— Malfoy está estragando você, passou duas horas conversando com ele olha no que deu! — Ronald suspirou negando.
— Vocês estão estragando a si mesmos, nem eu nem mesmo Draco fizemos nada, vocês se afundaram sozinhos...
— Estão se tratando pelo primeiro nome agora? — Ron riu. — A coisa tá séria mesmo em...
— O que está insinuando Ronald?
— Eu? Nada... Quero ver amanhã o que todos vão falar da nova "amizade" de Harry Potter, um Comensal da Morte em formação — Ronald não disse mais nada, apenas saiu do quarto.
Harry suspirou e apenas deixou seu corpo cair sobre sua cama novamente, o garoto nem ao menos percebeu quando caiu no sono.
Mas o pesadelo logo se fez presente.
Harry estava sentado em uma cadeira, o ambiente estava completa escuro, seu coração estava disparado e seu corpo tremia.
Ele não sabia porque estava tão assustado, ou como havia parado ali.
— Harry?
Ele olhou em direção a voz mas nada ele via, tudo o que o garoto conseguia enxergar era a mais pura penumbra.
— Sozinho de novo não é? Está surpreso?
— O que?
— Harry Potter, sozinho, como sempre esteve, não tem amigos de verdade, a única pessoa que ele realmente gostou foi morto por sua pura incompetência, como se sente?
Os olhos do garoto se enxergam de lágrimas, não era mentira, era a mais pura verdade, mas mesmo assim aquelas palavras doíam como o inferno.
— Como se sente?!!
Harry suspirou assustado quando finalmente viu de quem era aquela voz.
— Como se sente Harry?
Era ele mesmo, parado a sua frente com a mais pura raiva estampada nos olhos verdes brilhantes.
— Não está cansado? Ou só sente prazer em sofrer nesse maldito lugar?
— O que?
— Vá embora... Saia logo desse maldito lugar, eu estou cansado disso.
— Como eu poderia? Iria querer tanto assim voltar para os Dursley?
— Saia! Saia! Saia! Saia!!!!!
Harry acordou assustado e suado.
Provavelmente ainda era madrugada, seu coração estava disparado e tudo que ele conseguia pensar era em sair correndo dali.
...
Severus mal conseguia ficar parado em sua cama, dormir parecia não ser uma opção já que ele não conseguia... Era madrugada, após um dia estressante de aula que ele achou que convenceria Harry Potter a cometer uma loucura ele não consiga pregar os olhos e ter uma boa noite de sono, talvez sua única opção fosse apelar para uma de suas poções.
Snape se levantou estressado de sua cama e seguiu para seu laboratório.
Severus estava prestes e pagar uma poção cslmente quando a porta de seu laboratório foi abruptamente aberta.
— Professor?
— Senhor Potter — Severus encarou o garoto que parecia aflito e preocupado.
— Preciso de respostas, respostas concretas e sem enganações — Harry se aproximou do homem.
— O senhor pode fazer quantas perguntas quiser Potter, responderei e sanarei qualquer uma delas — Severus apontou para uma cadeira. — Sente-se.
...
— Draco — Snape se aproximou do garoto no salão comunal da Sonserinos.
Os olhos do garoto deixaram o livro e foram para o professor de poções a sua frente.
— Ele...
— Sim, vamos, temos que ser rápidos.
— Está quase amanhecendo, não seria melhor esperar até a noite, alguém poderia nos ver — Draco se levantou deixando o livro no sofá de couro preto.
— Esperar pode fazê-lo desistir, ou vão agora ou talvez nunca iram, o que prefere?
Draco engoliu em seco e seguiu em passos rápidos o homem de vestes negras até seu laboratório de poções.
O coração do Malfoy estava acelerado, euforia, medo, ansiedade, tudo o que ele mais queria estava prestes a acontecer.
Um sorriso sincero brotou nos lábios do garoto de cabelos loiros platinados, finalmente deixaria para trás os pesadelos e a angústia da Mansão Malfoy.
— Senhor Potter — Severus chamou pelo garoto assim que entraram no laboratório.
Engolindo em seco o Potter se levantou e encarou os dois.
— Tudo que o precisaram fazer está neste caderno. — Ele entregou para Draco. — Não quero nenhum dos dois improvisando lá, qualquer coisa que fizerem de errado poderá auterar para sempre esta linha do tempo... Assim que comprarem uma coruja enviem a carata que está no caderno para Dumbledor... Vocês voltaram para dois meses antes das aulas começarem, o castelo estará vazio mas as alas ainda estaram de pé, o único lugar seguro para aparatar será na floresta, tentem não serem mortos até lá.
Harry engoliu em seco quando Draco tirou de seu bolso o Vira-tempo.
— Lembre-se, nada de falar de onde vieram, ninguém pode sonhar que não são daquele tempo, ou tudo estará perdido.
Drack passou a corrente do Vira-tempo sobre seu pescoço e o de Harry.
— Lembre-se, são os únicos lá, só teram um ao outro, tentem se entender. — Severus se afastou dos dois garotos quando Draco ativou o Vira-Tempo.
Os dois garotos puderam ver o tempo regredindo rapidamente até o ano de 1976, tanto Draco quanto Harry estavam com medo de algo dar errado, mas os dois ficavam fortemente nas palavras de Severus.
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