História Amaldiçoado Pelo Sangue - Salvo Pelo Gongo

Peter: N-Não...

Karen: PETE, NÃO, PARA! 

     O rapaz sentia uma enorme dor em seu pescoço, sentia apenas algumas gotas de sangue escorrendo por seu pescoço. Mesmo o aperto de Gerri sendo poderoso, Peter conseguiu se desvencilhar e empurrou a mulher para longe mas não antes que ela pudesse dar uma última lambida. 

Peter: Aí porra, não, não, não -- Se levantou desesperado enquanto cambaleava com a mão sobre o pescoço. 

     O jovem herói olhou horrorizado para a mulher que lambia os lábios mas sem prestar atenção nele, Gerri parecia saborear calmamente o gosto do sangue do rapaz. Então ela abre os olhos e Peter mesmo tomado pelo medo, reparou algo diferente nos olhos da mulher. Mas ainda sim estava assustado de mais para prestar atenção no que era. 

    Gerri sorriu minimamente e passou a língua uma última vez pelo seu lábio inferior. 

Gerri: Isso é diferente, esse sabor... eu nunca experimentei nada igual antes. 

     Peter agora notava que o ferimento já não doía mais, não sentia mais o sangue se esvair de seu corpo. Ele passava a mão repetidas vezes no local da mordida, mas não sentia nada. 

Karen: PETE! 

Peter: O que, o que você fez comigo? 

Gerri: Hmmmm? em você tá demorando um pouquinho mas você não é como as outras pessoas, vou adorar ver como você ficará. 

    Peter olhou para sua máscara que ainda estava sendo segurada pela mulher. Gerri estendeu a mão.

Gerri: Quer? vem aqui pegar! -- Disse em um tom de desafio. 

     Peter rapidamente tentou arrancar a máscara da mão da vampira com uma teia mas Gerri rapidamente a agarrou e puxou. Peter com toda sua agilidade conseguiu se esquivar de um golpe direto da mão dela, conseguindo agarrar o braço dela, Peter a jogou contra o chão e arrancou a máscara da mão da mesma. 

Peter: Karen alguma teia mais destrutiva? 

Karen: Teias explosivas, rápido! 

     Ele tentou disparar mas a vampira agarrou seu pulso e puxou para o lado evitando o ataque, logo em seguida golpeou o rosto de Peter com força e o prensou contra a parede. 

Gerri: Por que você ainda não se transformou? -- Indagou confusa enquanto olhava atentamente para o rosto e pescoço do jovem. 

Peter: M-Me solta! -- Batendo a mão contra o rosto dela, Gerri pode sentir cacos de vidros cravando em seu rosto e logo em seguida um líquido que começou a queimar. 

     A mulher o largou e Peter se distanciou, Gerri riu sádica -- Água benta, garoto esperto! 

Peter: Tem mais! -- Peter jogou mais um frasco no rosto dela que urrou de dor mais uma vez. 

      Mas mesmo com dor a vampira atacou Peter que desviou por um tris mas não sem sair com um arranhão enorme em seu peito. Porem para a mulher, a situação também estava fácil, pois pela primeira vez. Peter não estava se contendo contra um inimigo. O rapaz desfere um soco o qual Gerri tenta segurar porem sem sucesso, seu pulso é quebrado e seu rosto acertado e ela é jogada para trás. 

    Peter jamais veria a ''solução'' de matar seus inimigos como algo aceitável, para ele, em muitos casos. Os fins não justificavam os meios, mas agora é diferente pois sua inimiga sem humana é e sem contar que os instintos de Peter gritam para que ele dê um fim a vida dela. Gritam que ela é mal puro e dar um fim a ela, será sem sombra de dúvidas um feito praticamente livre de pecados e julgamentos. 

      Começando a prender os braços e pernas da mulher com teias, Peter sem relutâncias desfere um pisão cujo alvo era a cabeça dela, porem talvez tenha sido melhor não ter poupado na teia, pois Gerri facilmente soltou seus braços e agarraram o pé de Peter e o bateu de um lado para o outro no chão. Em seguida o arremessando para o lado. 

      A vampira se pôs em pé novamente e Peter também, Karen pronunciou mais baixo -- teias explosivas -- era notável a raiva na face da mulher -- O porque você ainda não se transformou, eu não sei, mas se não dá pra te transformar, então eu irei te matar! 

    Antes que Gerri pudesse avançar, Peter disparou contra ela teias explosivas que quando ela tentou rebater, causaram umas pequenas mas nocivas explosões que a fizeram recuar. Peter mesmo precisando detê-la, tinha noção de que não conseguiria isso sozinho. Então aproveitando a oportunidade, ele rapidamente fugiu, saiu se balançando o mais rápido que pode para escapar da fera. 
 
    Peter nem sabia para onde poderia fugir, não sabia se seria possível despistar Gerri, não poderia ir para sua casa pois poderia por sua tia em perigo, a mesma com Ned, então para onde iria fugir? dá para fugir de algo como ela? 

     Enquanto se balançava e fazia diversas trocas de direções, seu coração disparando mais e mais a cada segundo. Até que uma ideia veio até sua cabeça. 

Peter: KAREN, ONDE FICA A IGREJA MAIS PRÓXIMA? 

Karen: A exatos dois quilômetros ao noroeste, quatro quadras para trás da Manhattan Bridge. 

Peter: Ok! -- De repente seu sentido aranha mais uma vez disparou -- Droga, ela já me alcançou! 

     Peter ouviu um rugido como de uma fera e velozmente sua teia foi partida ao meio e Peter começou a ser rodado no ar, mas logo soltou o pedaço de teia e foi rumo a outra direção. Peter tentando tomar o máximo de impulso possível para fugir o mais rápido que pudesse. 

    Porem sentindo seu sentido aranha apitar mais uma vez, o jovem herói foi fortemente chutado em direção ao chão. Mais doloroso que o chute, apenas a queda, Peter não sabia o que mas se chocou contra algo feito de pedra e rolou diversas vezes no chão. 

Karen: PETE! PEEETE! LEVANTA, RÁPIDO! 

     Ainda meio desnorteado pela queda, o jovem aracnídeo começou tentar se levantar, as dores em suas costas e costelas, o atrapalhando de respirar direito. Seu sentindo aranha que não parava de apitar, graças a adrenalina, o rapaz conseguiu se por em pé. Mas logo viu a figura de Gerri pousar em sua frente. O aranha cambaleou um pouco para trás. 

    Gerri com seus olhos negros e um semblante feroz, começou a se aproximar do rapaz -- Eu vou adorar ter todo esse sangue saboroso só para... -- De repente a vampira começou a sentir um forte desconforto e dor tomando conta de si, sentiu como se todo seu corpo começa-se a queimar. 

    Peter observa uma fumaça começar a sair da pele da mulher enquanto um semblante de dor tomava conta dela, Gerri exclama um rosnado sinistro de desconforto e começa a olhar ao seu redor, Peter fazendo o mesmo e enfim notando onde estavam. Se tratava de um cemitério e como uma última ajuda dos céus, Peter pode ver uma luz começar a tomar conta de todo o local e ao atingir a pele da mulher, começar a queimar mais ainda. Se tratava do sol que começava a nascer. Gerri olha uma última vez para Peter. 

Gerri: Dá próxima vez não terá tanta sorte, Parker! 

    E como um vulto, a mulher desapareceu pelo restante de sombras que restaram.

( Link da minha nova história, nas notas finais )