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História Amnésia - Cem milhões de motivos - História escrita por _CottonCandy_ - Spirit Fanfics e Histórias
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História Amnésia - Cem milhões de motivos


Escrita por: _CottonCandy_

Notas do Autor


Hey Candies! Eu sou a Tia Candy e bem vindos a mais um capítulo <3
É isso mesmo? Quase 20 favoritos em um prólogo?
Uau, vocês são demais <3
Obrigada por esse carinho de vocês, e pelos comentários me pedindo para continuar. Então está aqui, o primeiro capítulo de Amnésia.

Um beijo, um queijo e boa leitura <3

Capítulo 2 - Cem milhões de motivos


 

Eu me curvo para rezar
Tento fazer o pior parecer melhor
Senhor, me mostre o caminho
Para cortar através de todo esse couro desgastado
Tenho cem milhões de motivos para ir embora
Mas, amor, só preciso de um bom motivo para ficar  - Lady Gaga, Million Reasons

 

ANOS ATRÁS

 

Meu ânimo para ir a escola não é um dos melhores, nunca gostei muito de sair de casa para ter que ir para lá. Ainda mais quando eu, Yang Mi, frequentava aquele mesmo lugar a alguns bons anos seguidos. 

Apesar de eu ter passado as férias praticamente o dia todo no meu quarto assistindo ou lendo algo, eu ainda preferia ficar em minha cama o dia inteiro do que ter que olhar para as mesmas caras remelentas logo cedo.

Mas na vida nem tudo o que a gente deseja acontece, e o meu desejo de ficar na cama não ia ser realizado. Pelo menos não hoje, no primeiro dia de aula.

Me levanto lentamente e sonolenta, coçando os olhos e desligando o despertador. Me descubro, soltando um murmuro de frio, Seul não estava em uma das melhores épocas para levantar de manhã. Ando na mesma lentidão até o banheiro, fazendo todas as minhas necessidades matinais.

Volto para o quarto, colocando o uniforme e um moletom por cima, por conta do frio. Penteio os cabelos, pego minha mochila e desço, deixando ela no sofá e indo em direção a cozinha, dando de cara com meus pais sentados na mesa. Me sento também, desejando um bom dia a eles em um tom baixo.

Enquanto minha mãe me olhava animada, meu pai não fazia a mínima questão da minha presença ali, pois ao menos desviou o olhar do que estava lendo em seu celular. Pego um pequeno pedaço de bolo que estava na mesa para comer.

- Ansiosa para o primeiro dia de aula, filha? - minha mãe diz sorridente, e eu sorrio de lado fingindo um pouco de alegria, pegando de suas mãos a xícara de café que ela me oferecia. 

- Não muito, mãe - dou de ombros e bebo um gole dali - sinceramente, não aguento mais essa escola.

- É mais provável que as pessoas da escola que não aguentam mais você - meu pai responde ainda sem desviar o olhar do celular que lia, como se não valesse a pena depositar seu olhar em mim, nem ao menos por um breve segundo. Seu tom de voz me faz revirar os olhos, enquanto escuto o suspiro baixo de minha mãe que o repreende. Mas ele pouco se importa.

- Eu vou ir a pé hoje - me levanto olhando para minha mãe e deixando a xícara ali, sem vontade de discutir ou sequer ouvir qualquer resposta vinda dele. 

- Mas e o café da manhã, filha? - ela pergunta, agora chateada. Deixo um beijo em sua bochecha indo para a sala e pegando minha mochila. 

- Perdi a fome - respondo em um tom que ela ouviria e abro a porta, colocando os fones de ouvido em seguida. 

Nunca entendi o porque do meu pai me tratar assim. Até tentei conversar diversas vezes durante o meu crescimento para entender o que eu havia feito para ele, mas de nada adiantou e as conversas sempre acabavam em briga.

A verdade é que desde criança nunca tive uma boa relação com ele, pois mal me recordava dele em casa. Minha mãe sempre dizia que ele passava dias e dias na empresa em que trabalhava, dormindo por lá pois sempre "trabalhava demais para nos sustentar". No final, ele sempre estava trocando a família dele pelo trabalho, mas minha mãe simplesmente finge que não por não querer aceitar.

Puxo o gorro do moletom para cobrir meus cabelos quando sinto o vento gelado bater em meu rosto e fui cantarolando algumas notas da música que eu escutava em meus fones, até perceber que já estava na frente da escola. Subo as escadas, uma por uma, suspirando por saber que teria que repetir aquele ato pelo resto do ano. Assim que entro, vou direto para a minha sala. 

Desde que me mudei para Seul e entrei nessa adorável escola a alguns anos atrás, sempre foi de conhecimento geral que cada um tem o seu lugar específico na sala, e inclusive o meu sempre foi o mesmo por todos esses anos. Mas quando entro ali, sinto meu sangue ferver ao notar ele sentado em minha carteira. 

Mas que merda, o que ele estava fazendo sentado ali?

Jung Hoseok sempre soube muito bem que aquele era o meu lugar. Não só ele, e sim a sala a sala inteira. Mas como ele sempre amou me irritar desde quando nos conhecemos, ele incrivelmente sempre consegue. 

Minhas desavenças por ele não surgiram por simplesmente uma cadeira. E apesar dos acontecidos, e de suas piadas idiotas, de algum modo sua felicidade me irrita. Qual é, quem é tão feliz assim todos os dias?

Ainda lembro do arrependimento de quando nos vimos pela primeira vez.

 

Flashback on 

 

Era o meu primeiro ano do colegial. Como estava na hora do intervalo, fui em direção ao refeitório para pegar minha refeição de hoje. Eu estava na fila, quando Hoseok veio em minha direção rindo alto com seus amigos e esbarrou em mim, derrubando todo o molho de seu rámen em meu moletom. Fico parada por alguns segundos olhando para a grande mancha veremlha, enquanto respiro fundo para não me irritar. Todo o refeitório que antes estavam conversando em voz alta, ficaram quietos, nos encarando. Conseguia escutar algumas risadas sobre a situação. 

- Meu Deus, me desculpe! Eu não estava prestando atenção e... - ele dá um passo em minha direção com um papel na mão para tentar limpar, mas eu rapidamente me afasto.

- Não precisa encostar em mim - o olho nos olhos, totalmente nervosa. Ele engole em seco, voltando ao seu lugar de antes - presta atenção por onde anda - digo rude e saio em direção ao banheiro. Se eu pudesse, com certeza mataria esse garoto. Afinal, além de ter estragado meu moletom favorito, ainda fui motivo de piadas pelo resto do ano.

 

Flashback off

 

Desde lá, sempre que Hoseok estava em algo, eu o evitava na certa. Sua felicidade para mim era uma definição de desatentamento, e eu não queria que mais algum moletom meu fosse sua vítima novamente. 

Paro em frente a carteira com a pior cara que conseguia demonstrar meu descontentamento. Ele levanta a cabeça com um leve sorriso no rosto, como se já imaginasse a minha reação, o que consegue me irritar mais ainda. Reviro os olhos e cruzo os braços.

- Meu lugar - falo brevemente. Ele espreme os lábios, evitando um riso, e pede desculpas baixinho enquanto se levanta, indo para a cadeira atrás da minha que era seu lugar habitual. 

Me sento ali, bufando. Me arrumo, vendo mais alguns alunos entrarem e em seguida a professora de química adentra a sala. Todos nos falamos bom dia em uníssono, e ela sorri. 

- Bom dia, queridos - diz enquanto continua com um sorriso no rosto - espero que as férias de vocês tenha sido ótimas. Sei que alguns de vocês não se dão bem com a minha matéria, e sei também que temos alguns alunos novos por aqui. Por isso, eu vou propor hoje um trabalho em dupla para que comecem o ano bem e se conheçam melhor - consigo ouvir algumas reclamações, enquanto alguns alunos começam a conversar animados para escolher a dupla, mas a professora logo corta todos pedindo silêncio - mas eu que escolherei a dupla.

Suspiros são ouvidos. Trabalho em dupla no primeiro dia de aula? Que chatice, sério. Eu poderia muito bem fazer sozinha. Na verdade, eu sempre faço tudo sozinha. 

Ela se senta na cadeira, passando a folhear seu caderno. 

- Bom, eu irei sortear os nomes primeiro e depois explicarei o conteúdo do trabalho e o prazo de entrega - mais uma vez sorri, e assim começa a dizer alguns nomes enquanto as primeiras duplas foram formadas.

Muitas pessoas se deram bem, e muitas outras não tanto. Eu realmente só torcia para cair com alguém que pudesse ser uma dupla boa, e que não se intrometesse no trabalho para que eu pudesse fazer sozinha e só colocasse seu nome no final. 

- Yang Mi e - ela abre outro papelzinho e eu espremo os lábios, levemente nervosa - Jung Hoseok. 

Todos da sala, sabendo que eu e Hoseok não nos dávamos bem, ficaram quietos, e o clima de tensão de instaura no ar. 

Ouço a risada baixa do garoto, que se aproxima e sussurra contra a minha nuca:

- Esse trabalho vai ser interessante - era uma distância perigosa, conseguia sentir sua respiração ali. Me afasto rapidamente, tentando disfarçar o fato que a aproximação havia mexido comigo, o que me faz ficar brava comigo mesma por ter deixado o garoto fazer isso e ter causado aquilo em mim.

- Professora, será que eu posso trocar de dupla? - digo com a mão levantada para chamar sua atenção e a olhando praticamente implorando para que meu pedido fosse acatado. 

- Me desculpe querida, nenhuma dupla poderá ser trocada - finjo um sorriso, mas logo emburro a cara enquanto deixo meus braços caírem sobre a mesa e deito meu rosto ali. 

Era só o que me faltava ter que aguentar Hoseok por sei lá quanto tempo me enchendo o saco!

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Eu sei que disse que atualizaria a fanfic sexta e demorei anos rsrs
Me desculpem! Prometo que logo atualizarei de novo.
Obrigada pela leitura e desculpe qualquer erro!


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