Charlotte estava distraída quando escutou algo cair no chão, levantou o olhar para Yami e tomou um susto ao ver o secretário paralisado extremanete palido e com algumas lágrimas no rosto. Levantou de uma vez e foi em sua direção.
- Yami ??! - O rapaz continuava imóvel, ela se abaixou para pegar o aparelho e tentar entender o que estava acontecendo. Escutou a mensagem e logo entendeu o motivo, começo a sacudir o moreno para o desperta do choque.
Yami aos poucos foi assimilando tudo até que sua ficha caiu.
- Eu preciso ir ver meu pai. - Encarou Charlotte que apenas deu um aceno positivo, o rapaz rapidamente puxou sua bolsa e correu até o elevador.
Apertou mais de uma vez no botão batendo o pé com a demora, olhou irritado enquanto tentava raciocinar direito, quando o elevador chegou ele rapidamente entrou e apertou o botão do seu andar. Ao chegar na ala administrativa procurou Jack habilmente com os olhos, quando finalmente o achou correu até onde o mesmo que o encarava não entendo o motivo do amigo estar ali.
- Preciso que me de carona até o hospital, o meu pai teve uma crise! - Jack apenas se levantou e os dois saíram para o estacionamento.
Jack dirigiu ignorando todas as regras de trânsito, Yami estava alheio a tudo começou a bater os pés impaciente com a demora parecia que não iam chegar nunca, tentou se acalmar um pouco contudo sua imaginação não permitiu tal ato. Quando finalmente chegou no local, depsediu- se as pressa do amigo e correu para dentro, o local estava bem vazio considerando que era sexta-feira algo bem raro pois era geralmente nesse dia em que a UTI lotava, caminhou até o recepcionista que o olhava com uma cara de tedio.
- Boa tarde, preciso de um informação! - O homem revirou os olhos e fez um gesto para o rapaz prosseguir, Yami preferiu não bater cabeça por isso foi direto ao ponto. - Em que quarto está o paciente Julius Novachrono ? - O rapaz o olhou do pés a cabeça com um olhar misterioso.
- Você é algo dele ? - Perguntou, enquanto procurava algo em uma gaveta de sua mesa.
- Filho ! - O rapaz desviou o olhar da gaveta e lançou um olhar crítico para o moreno.
- Ala B quarto 345. - Falou voltando sua atenção para seu celular.
Yami caminhou até o quarto bateu levemente na porta até escutar um "Entre", abriu e deu de cara com Marx ao lado de Julius que estava deitado com alguns curativos na testa. Correu em direção ao pai se jogando em seus braços e dando um forte abraço no mesmo, que deu um fraco sorriso enquanto tentava acalmar o mais jovem.
- Me desculpa, meu celular descarregou e eu não vi as mensagens...e...- Não conseguiu terminar a frase então apenas abraçou o pai aliviado pelo mesmo estar bem.
- Tudo...bem. - O mais velho ainda estava fraco devido a crise "Fraca". - Você... Não...-
- Senhor Julius, você não pode se esforça muito! - Marx repreendeu, enquanto puxava Yami para longe de Julius. - Yami precisamos conversa! - Olhou serio para moreno que concordou.
Ambos saíram do quarto, no corredor Marx buscava as palavras certas para conversa com Yami, enquanto isso o moreno ficou encostado na parede do corredor esperando a falar do azulado.
- Yami...- junto um pouco de coragem e tornou a falar. - Primeiro preciso que deixe comigo uma cópia da chave da casa...
- Porque ? - Perguntou curioso interrompendo a fala do baixinho, que soltou um suspiro de frustração por te sido interrompido.
- Por gentileza, deixe me terminar que no final irei explicar o motivo! - Falou firme para o moreno, que acenou positivo com a cabeça. - Como eu disse preciso que você me der uma cópia das chaves da casa, quando o senhor Julius teve a crise ainda era cedo em torno das 7:30 e pelo mesmo estar com falta de ar não teve forças para abrir a porta. Segundo quando for sair para o trabalho me avise ou peça para o senhor Julius me esperar na varanda onde se algo acontecer algum vizinho possa ver e ajudar e terceiro me deixe um telefone de emergência além do seu ou me de o número da sua empresa, em caso de crises mais graves.
- Poderia me explicar melhor a situação, estou um pouco confuso de como ocorreu a crise?
- De acordo com doutor, a crise começou por causa de um ataque de nervos. - Yami tombou a cabeça para o lado não entendendo direito, fazendo Marx revirar os olhos e pensar em uma forma mais fácil de explicar. - O senhor Julius passou uma situação que o deixou nervoso, nesse casos normalmente ficamos com a respiração acelerada o que faz nossos pulmões trabalharem dobrado para nós propor oxigênio e como seu pai possui bronquite o pulmão sofreu uma sobrecarga assim falhando no processo de oxigenação. - O azulado encarou o moreno que tinha os ombros caídos e com a boca curvada para baixo.
- Você disse que a crise aconteceu 7:30, certo ? - O rapaz acenou positivo. - Se o papai não abriu a porta como você entrou ?
- Eu procurei uma janela aberta e por sorte a da cozinha estava.
- Como sabia que ele estava tendo a crise ?
- Eu cheguei um pouco mais cedo e bate na porta, depois de cinco minutos pensei que o senhor Julius ainda estivesse dormindo por isso considerei em esperar ele acorda contudo escutei o barulho de algo caindo e o resto você já sabe. - Yami suspirou e concordo.
- Só tem uma coisa que eu não estou entendo, a crise começou por causa de um ataque de nervos, o que casou esse ataque ? - Marx engoliu seco, desviou o olhar do moreno o que fez o mais alto estranhar tal atitude.- Marx ? - Chamou o jovem que olhou nervoso.
- E-eu não sei. - Forçou um sorriso.
- Marx, eu não quero que meu pai tinha essas crises novamente. - Pediu com a voz baixa.
- Olha, não conta para Julius que fui eu que disse. Quando vinheram avisar que ele podia receber visitas, fui imediatamente até ele, perguntei o motivo da crise ele tentou desconversa mas depois de muita insistência ele revelou a verdade... - A Voz do rapaz morreu tentou procurar as palavras certas para o que iria falar, Yami por outro lado tinha um olhar curioso. Depois de muito pensar concluiu que não havia forma de amenizar, então tomou fôlego e continuou. - Ele ficou nervoso, por sua causa....
Yami arregalou os olhos sua mente processou o que Marx havia lhe contado, quando sua ficha finalmente caiu ele sentiu a consciência pesar, Marx diante de tal silêncio se arrependeu amargamente por ter falado.
- Yami ? - Chamou um pouco nervoso.
- Marx você esta liberado por hoje, amanhã preciso que vá lá em casa as 8h eu vou no mercado com uma amiga e aproveito tiro logo as cópias da chaves. Claro, se for possível ? - O baixinho estranhou a mudança de assunto repentino mas dando em contas às circustancia aceitou em silêncio.
- Claro! Falando nisso se quiser levar o senhor Julius já pode, o medico só está vendo os exames provavelmente para da alta para ele. - O moreno concordou, Marx se pois a caminhar para buscar suas coisas e ir para casa.
- Marx ! - Yami o chamou fazendo o azulado virar e olhar para ele. - Eu prometo que não vou comentar isso com ele e...Obrigado por salvar a vida do meu pai. - Deu um pequeno sorriso.
- Obrigado Yami. - Voltou para seu caminho e aos poucos foi sumindo da visão do moreno.
Yami continuou ali escorado na parede, estava presos em seus pensamentos que insistia em lembrar do que Marx havia falado, pensou em voltar para dentro do quarto mas precisava se acalmar não queria piorar a situação do seu velho, sentou em umas das cadeiras do corredor e tentou por a cabeça em ordem, fechou os olhos em buscar de se acalmar " VOCÊ SO ME DA DESGOSTO!! " Abriu os olhos rapidamente com a lembrança passou as mãos pelos cabelos tentando reprimir as memórias.
Depois de alguns minutos teve força para entrar no cômodos novamente, Julius o olhava cansado e confuso.
- Cadê...O Marx ? - Perguntou arrastando um pouco a voz devido a fraqueza.
- Eu liberei ele. - O mais velho pensou em perguntar o motivo.
Mas antes que pudesse falar algo seu filho o abraçou com força, o loiro estava um pouco confuso da atitude, desde pequeno Yami sempre teve uma personalidade forte o que muitas vezes fazia ele ser uma pessoa bruta que não gostava de contatos físicos. Mas sendo pai apenas aproveitou o raro momento.
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Charlotte on
Depois que Yami saiu Charlotte ainda ficou processando o acontecimento, depois de alguns minutos voltou para o trabalho. Claro que sem o colega a tarde pareceu eterna, o ponteiro parecia que não andava e o silêncio incomodava, " Isso é ruim! Estou muito acustamada com a barulheira daquele brutamontes." Sorriu com o pensamento era incrível como a falta que o colega fazia, largou o trabalho um tempo e resolveu relaxar por alguns minutos.
Puxou seu celular é verificou algumas mensagens, procurou o contato de grey e enviou uma mensagem para a azulada que para sua surpresa respondeu rapidamente e uma conversa se iniciou, como estava com pouca demanda não viu problema em tirar um pouquinho do seu tempo para conversa com a nova amiga. Depois de alguns minutos de troca de mensagens grey anunciou que tinha uma demanda, suspirou já quase desligando seu celular quando uma mensagem foi enviada, observou curiosa o número desconhecido porem quando leu mensagem....
Continua....
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