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História Amor de Maroto - Insegurança - História escrita por helenaprett - Spirit Fanfics e Histórias
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História Amor de Maroto - Insegurança


Escrita por: helenaprett

Notas do Autor


Na primeira parte do capítulo, eu coloquei como pdv da Carol pra que desse para ver as coisas acontecendo com a visão dela. Foi a 1a vez que eu escrevi em primeira pessoa, então nao esperem muita coisa dessa parte. Mas eu juro que me esforcei!
O resto está em terceira pessoa, como todos os outros capítulos.
Eu dei uma acelerada nos acontecimentos, pq se eu continuasse no tempo normal o baile nunca chegaria.

Boa leitura

Capítulo 13 - Insegurança


Capítulo 13 - Insegurança

PDV - Carol

Tranquei a porta atrás de mim e puxei Remo para perto, selando meus lábios nos dele. Estávamos no banheiro dos monitores, um banheiro para o qual eu nunca tive acesso, já que não sou monitora. Pensei em fechar a porta com um feitiço, mas não lembro-me muito bem de qual deveria usar - a situação não me permite raciocinar direito - então apenas passo a chave, pois mesmo que alguém saiba a senha não conseguirá entrar.

Remo me pressiona contra a parede ao lado da porta, me beijando. Eu, obviamente, não recuso, passando uma de minhas mãos em seus macios cabelos cor de areia. Ele segura firmemente minha cintura, me fazendo querer puxá-lo mais ainda para mim. Meus esforços para conter-me foram todos em vão, tanto que no próximo segundo eu já desabotoei os três primeiros botões de sua camisa branca, sem separar nossas bocas, que se beijam ferozmente. A camisa cai no chão me permitindo olhar e passar os dedos em seu tórax definido, que me atrai cada vez mais. Remo tira minha blusa de dentro da saia e eu não o impeço, apenas me separo dele alguns instantes para que ele possa tirá-la por cima de minha cabeça, revelando meu sutiã rendado rosa chá. Ele sobe um pouco minha saia e acaricia minha bunda, me atiçando. Não sei para onde minha blusa foi parar, mas no momento essa é uma das minhas últimas preocupações, em que a principal é meu corpo. Eu nunca tinha me revelado tanto para algum garoto como eu estava me revelando agora para ele. Eu sei que Remo é meu namorado e que já me viu de bikini, mas isso é totalmente diferente. Mesmo estando um pouco receosa sobre meu físico, me entrego a ele, deixando que ele abra o zíper da saia na lateral do meu quadril e a puxe para baixo lentamente. Logo já estou apenas de roupas íntimas, com meus cabelos loiros cobrindo meus ombros. Minhas sapatilhas também se perderam no caminho até esta parte do banheiro, assim como os sapatos e o cinto de Remo. Me afasto com muito esforço, pois preciso deixar minha roupa em um lugar só, para não ter problema em encontrá-la depois. Quando estou prestes a colocar a minha saia em um banco, Remo se aproxima de mim por trás, beijando meu pescoço. Paro o que estou fazendo, me concentrando apenas na sensação de seus longos dedos passeando pelas minhas costas semi-despidas, que, por fim, chegam ao fecho de meu sutiã, abrindo-o sem demora. Deixo a peça de roupa cair aos meus pés, não me virando. Estava com vergonha de me virar. Minha calcinha também sai de meu corpo. Eu estava completamente nua na frente de meu namorado. Essa ideia me deixava em pânico, mas ao mesmo tempo me deixava com cada vez mais vontade de ir além, para o desconhecido.

Sem mexer meu corpo, viro a cabeça e o vejo sorrindo para mim. Eu sorrio de volta, corando. Remo vem para perto de mim e me segura gentilmente pela cintura, fazendo com que sua boca passasse pela minha nuca e minhas orelhas, até ele me dar um selinho. Cubro os seios com os dois braços e me viro para ele, correspondendo seu beijo. De pouco em pouco, vou perdendo a vergonha, o puxando com uma de minhas mãos, com a outra ainda na frente de mim. Então, uns três minutos depois, deposito a outra mão na lateral de seu corpo, colando o meu junto ao dele contra um pilar. Caminhamos dois passos e entramos na grande banheira. A água está morna, me arrepiando, assim como as mãos de Remo me arrepiam ao passarem pelo meu corpo. Estamos com nossos corpos colados quase completamente imersos na água, apenas nossos ombros e cabeça para fora.

— Eu amo você - ele me diz, com sua voz terna.

— Eu amo você - respondo, beijando-o de um jeito que nunca beijei. Ele me corresponde sem demora, me envolvendo em seus braços, sem nenhum plano futuro de querer me soltar tão cedo.

——

— Mas você não se arrependeu de nada? - Anna perguntou a Carol, tentando decifrar a amiga, sem sucesso.

— Não - respondeu rapidamente. - Eu o amo, não tenho dúvida disso. Se fosse para ser com alguém, eu gostaria de que fosse sempre com ele. Nós não discutimos frequentemente. Aliás, não me lembro de algum dia ter tido uma briga com Remo, o que me faz feliz ao seu lado.

Lily ainda estava atônita. Nunca teve essa experiência, mas de qualquer jeito ainda achava que não tinha certeza do que queria. Ela amava Tiago, disso não tinha dúvida, mas às vezes ela se questionava das intenções de seu namorado. Quer dizer, ele tinha mudado, mas mesmo assim. E se ele não tivesse mudado a ponto de apoiá-la sempre e continuar ao seu lado? Ela tinha medo que depois que isso acontecesse ele fizesse o que sempre fazia com as meninas que ele ficava no passado: beijava e depois descartava.

— O que foi, Lil? - Carol perguntou ao ver que ela não estava com a melhor das expressões estampadas no rosto.

— Você acha que o Tiago me ama? - indagou. - Eu sei que ele sempre fala isso e tudo mais, mas eu tenho cá minhas dúvidas de vez em quando…

— Lílian Evans! - Anna a chamou a atenção, indignada. - Você é idiota ou o quê? É óbvio que ele te ama! Está estampado na testa dele. Você não tem porque duvidar dele. Eu também me sentia assim por causa do Sirius, mas quando parei pra pensar eu tinha sido a única menina que ele já tinha levado a um encontro, mesmo não sendo todo arrumadinho como o de Remo e da Carolzinha, mas de qualquer maneira foi um encontro. Ele especificou como um.

A ruiva mordeu o canto do lábio inferior, pensando nas possibilidades. Ela precisava falar com Tiago.

— Já volto - ela declarou, saindo do dormitório. As amigas não entenderam, mas de qualquer jeito não a perguntaram nada.

Lily saiu de seu dormitório e foi para a Sala Comunal, onde esperava encontrar seu namorado. Quando desceu as escadas se deparou com vários rostos conhecidos, mas nenhum deles era de Tiago. “Onde que ele estaria no sábado de noite?” se perguntou, olhando o cômodo à sua volta. Rumou para as escadas novamente, subindo-as, e entrou na ala dos dormitórios masculinos, procurando a porta certa. Quando a encontrou, bateu três vezes e esperou. Sirius a abriu, com os cabelos amassados e com cara de sono.

— Lílian? - questionou, esperando por uma explicação.

— Hmm… O Tiago está aí? - disse, um tanto envergonhada. Sirius entra e faz um sinal para que ela entre junto. Não se lembrava de ter alguma vez entrado no dormitório dos meninos com todos eles acordados dentro. Logo o viu, conversando com Remo e Pedrinho, em um canto, Remo ainda com seus cabelos molhados, assim como os de Carol ao chegar. Seu coração começou a bater forte, como sempre fazia quando via Tiago. Era uma resposta imediata diante de sua imagem desde que começaram a namorar.

— A ruivinha deseja falar com você, Pontas, e eu desejo dormir - Sirius declarou, se jogando em sua cama e fechando as cortinas.

— Lily? - ele a olhou, sem entender. Não era todo dia que sua namorada aparecia sem razão para vê-lo.

— Eu preciso falar com você - ela explica, um tanto insegura. - Mas não tem problema se você estiver ocupado, posso falar sobre isso depois - ela fez a menção de virar-se para sair pela porta, quando o maroto se levantou, arrumando os cabelos e colocando os óculos no lugar.

— Eu já vou, calma aí - ele declarou entrando no banheiro em seguida. Quando saiu parecia que estava mais vivo. Provavelmente tinha escovado os dentes, lavado o rosto e arrumado o cabelo. Típico.

Os dois saíram da ala masculina e da Sala Comunal, ficando ao lado do retrato da Mulher Gorda. A Torre da Grifinória agora estava cheia demais para conversarem.

— Aconteceu alguma coisa? - Tiago perguntou preocupado, pegando uma das mãos da ruiva.

— Não. Quer dizer, sim. Não, espera - ela não sabia o que estava pensando quando foi atrás dele. Não tinha o que falar. Quer dizer, tinha, mas mesmo assim. - É que… - ela fez uma pausa, mordendo seu lábio inferior. Ela ainda não o olhava nos olhos. - Tiago, você me ama? - perguntou afinal, o encarando. Sua expressão primeiro foi de susto, mas depois se transformou em uma confusa.

— Como assim, Lily?

— Eu quero saber se você me ama de verdade - disse novamente.

— Ainda não entendo o motivo da pergunta - ele falou.

— Só responda à pergunta - pediu calmamente.

— É óbvio que eu te amo - respondeu. - Agora, por que você me perguntou uma coisa tão evidente?

— Por nada - ela disse. - É só que… - ela suspirou. - É que… Às vezes, eu me pergunto se tudo o que você me diz é verdade. A principal coisa que eu sempre fico com um pé atrás é se você é honesto quando fala que me ama.

— O jeito que você está, insegura e tudo mais, tem alguma coisa relacionada com o que aconteceu entre o Remo e a Carol?

Lily demora para responder.

— Sim - admite, olhando para o chão. - Ela estava agora pouco me contando sobre o que aconteceu. É que ele ama tanto ela, eles são tão assim, que ficam repetindo isso e essas coisas, que eu parei pra pensar e vi que realmente não somos como eles, 100% apaixonados. Quer dizer, eu sou 100% apaixonada por você, mas…

Tiago puxa delicadamente seu queixo, fazendo seus olhares se encontrarem. Ele sorri ao ver seu rosto.

— Eu realmente não sou 100% apaixonado por você. Meu amor por você é muito mais que isso, Lírio - ele disse. - Eu amo tanto você que é impossível expressar apenas com palavras.

Tiago a puxa para perto, fazendo seus corpos se encostarem.

— Eu não sei de onde você tirou a ideia de qualquer outra coisa, mas pode ter certeza absoluta que eu amo você - ele disse.

Lily ficou sem resposta. Ao invés de falar algo, o beijou. Foi um beijo rápido, mas não pôde evitar. Agora tinha certeza. Ele era seu, e ela dele.

——

Quando Lily voltou ao seu dormitório encontrou as amigas fazendo suas máscaras para o Baile. Elas tinham comprado alguns materiais artísticos em Hogsmeade para confeccioná-las durante a semana. Anna estava segurando um potinho de purpurina em quanto Carol procurava os brilhos. O chão estava brilhante com purpurina e lantejoulas, com penas, pincéis, latinhas de tinta e pequenos potes de cola espalhados ao redor das duas.

— Ainda bem que você chegou - Anna disse. Suas mãos estavam pratas cintilantes. - Venha, pegue a sua máscara e comece a colar aqueles enfeites que você comprou antes que os mesmos também fiquem brilhantes.

— Lil, onde estão as penas? - Carol perguntou quando a ruiva se sentou. Lily apontou para o pé da cama. - Ah, obrigada.

Elas passaram quase a noite inteira no meio de cola, purpurina, lantejoulas e penas, até já terem quase que uma versão final, ainda faltavam alguns detalhes, mas estes elas fariam depois.

— Afinal, o que você foi falar com Tiago? - Anna pergunta, fechando a cola.

— Como assim? - Lily se fez de desentendida.

— Ah, não comece com encenação. Nós estávamos falando sobre namoro e essas coisas, aí você simplesmente sai do dormitório sem explicação nenhuma. É óbvio que você foi falar com ele.

Lily explica para as amigas, sem muitos detalhes. Elas se entreolham e encaram a ruiva.

— Você realmente pensou que ele não te amasse? - Carol perguntou, achando que ela estava ficando fora de si.

— Bem, sim. Mas agora estamos normais. Sem nenhum problema e tudo mais… É que eu pensei que ele me quisesse apenas por esse motivo.

— Tiago é meio idiota, mas não chega a tanto - Anna fala, encarando a amiga. - Ele sabe que você não é esse tipo de menina. Se ele está com você, é porque tem ama. Se ele estivesse apenas procurando por sexo, pode ter certeza que acharia uma vagabunda por aí, mas ele escolheu estar com você e permanecer, não te trocar por outra, como os marotos faziam. De vez em quando eu também me questiono sobre Sirius, mas ele pode arranjar coisa bem melhor que eu só estralando os dedos, então não faria muito sentido ele estar comigo só para passar tempo.

— Você tem razão - Lily fala. - Mas é que o Tiago já tentou duas vezes e sei lá…

— Lil, você não tem que fazer nada se você não quiser. Ele não pode e não vai te obrigar a nada - Carol diz.

A ruiva para e pensa. Elas tinham razão. Lily apenas deveria confiar mais em si mesma e em seu namorado.

——

— O Baile é no sábado, você vai ter que esperar até lá.

— Não é justo, Prett. E se eu não te reconhecer de máscara? - Sirius pergunta, tentando convencê-la de mostrar o vestido e a máscara que a morena usará no Baile. Os sete se encontraram depois do café da manhã nos jardins de Hogwarts.

— É óbvio que você vai. E não me venha com essa carinha de cachorro abandonada, pois nós dois sabemos que você é um cachorro, porém não abandonado.

— Deixa ele ver, Anna - Tiago pede, para que o amigo cale a boca. A menina apenas nega com a cabeça.

— Sem chance.

— Ela não vai deixar - Carol fala. - Desista da ideia, Sirius.

O maroto fica de cara emburrada, mas não por muito tempo, pois no segundo seguinte já está procurando a mão de Anna para segurá-la.

— Sirius - ela adverte, baixinho, puxando sua mão para si.

— Não tem ninguém por aqui, Anna - ele gesticula para o jardim que, além dos sete, só tem uma pessoa ou outra da Corvinal.

— Ok - ela concorda, deixando que a mão do maroto envolva a dela. Essa era a primeira ocasião em que eles demonstravam afeto um pelo o outro em público, mesmo que esse público fossem seus amigos e mais algumas pessoas de outra casa.

— Olha só - Tiago diz, apontando para as mãos dos dois. - Isso sim me surpreendeu - ele diz brincando. - Agora parece que vocês estão namorando de verdade.

Anna encara aquela fala como um desafio, e puxa com a mão vaga o namorado pela camiseta, o beijando na frente de todos. Sirius não a impede, a puxando para perto pela cintura. Para o azar de Anna, o treino de quadribol do time da Corvinal estava passando ao lado deles naquele momento.

— Anna? - ela, ao ouvir uma voz masculina, para se afastando de Sirius. Era uma garoto alto e loiro da Corvinal. Ele estava vestido nas vestes de quadribol do time de sua casa.

— Ah, oi - ela corou, desvencilhando sua mão da de Sirius. Se arrependeu instantaneamente de ter beijado o namorado em público, pois na sua frente estava Bruno Smith, um dos meninos que ela já tinha ficado uma época.

Sirius, ao ver a expressão de Anna, imediatamente ficou na defensiva, pegando a mão dela novamente. No Baile de Inverno ela tinha comentado que Bruno a chamara para ser seu par, mas que ela recusou. Ele, antes do baile, tinha flertado com ela algumas vezes também.

— Bruno, este é Sirius Black - ela os apresentou, como se ele já não soubesse quem Sirius era. - Sirius, esse é Bruno Smith.

— Então você é a da vez? - Bruno perguntou Anna.

— Como assim “a da vez”?

— A que Black resolveu ficar no momento. Você sabe, ele é pegador e daqui a pouco te descarta.

— Eu sou o namorado dela - Sirius diz, fechando a cara. - E eu não vou descartá-la, como você disse.

— Ok, você é quem sabe - Bruno fala, se voltando para a morena. - Mas se o que eu disse realmente acontecer, você sabe onde me encontrar - ele dá uma piscadela.

— Sai daqui - dessa vez quem fala é Tiago. - Ou nós quebramos a sua cara - disse sorrindo falsamente. Bruno resmunga algo e vai para longe, seguindo o time.

— Não precisa falar - Anna diz para Sirius, ao ver o olhar dele.

——

A semana se passou bem e, quando menos esperavam, já era sexta. Aliás, finalmente era sexta.

Os sete agora estavam jantando no Salão Principal, reclamando do tanto de lições de casa que os professores passaram. Depois de comer, Carol e Remo foram conversar um pouco nos jardins e Lily e Tiago foram para a biblioteca, pois a ruiva tinha que pegar um livro e ele iria acompanhá-la. Pedrinho fora dormir, já que não tinha com quem passar o tempo. Anna e Sirius resolveram ficar conversando, já que durante a semana quase nunca tinham tempo para fazer isso.

— Mas o que ele queria dizer com aquilo? - Sirius perguntou.

— Você sabe o que ele quis dizer. Eu já te falei que nós ficamos uma época há muito tempo atrás. Só isso - Anna fala. Sirius estava se referindo a Bruno Smith, que recentemente tinha falado com Anna quando ela beijou Sirius em público. - Ele só estava com ciúmes, é isso.

— E por que ele estaria com ciúmes?

— Por que ele me pediu em namoro, mas eu não aceitei - ela declarou. - Eu disse que não queria namorar ninguém e agora…

— E agora você está namorando comigo - ele conclui a frase. - Por quê?

— Por que o quê?

— Por quê você está namorando comigo? - Sirius a pergunta, já que ela disse a Bruno que ao queria namorar ninguém.

— Porque eu gosto de você, de estar com você - ela responde. - Eu não gostava de Bruno dessa maneira e nunca vou. Ele não era como você.

Sirius não respondeu. Ele sabia que Anna e o corvinal tinham ficado juntos por muito tempo, e se Anna resolveu não namorá-lo, é porque ele não significava muita coisa para ela.

Sirius a puxou para perto e a beijou. Não se importava se estavam no meio de um corredor movimentado, ele apenas queria que ela fosse sua.

— Sirius… - ela o chamou, mas o mesmo calou-a com outro beijo, que se transformou em vários outros longos e intensos. O casal podia ouvir as pessoas passando atrás deles, mas não se importavam, apenas curtiam o momento. Os passos foram diminuindo conforme o tempo passava, até que raramente podiam ouvir pessoas andando pelo corredor do sétimo andar.

— Sirius - ela o afastou. - Estamos no meio de um corredor - disse.

— Quem se importa? - respondeu, a beijando novamente.

— O horário de retornar aos dormitórios já deve ter passado há muito tempo - ela fala, mantendo fortemente as duas mãos no peitoral de Sirius, o afastando.

Antes que ele pudesse respondê-la, os dois ouviram um miado.

— Madame Norra - Sirius diz. - Filch está perto - ele informa a namorada. - Venha - ele a puxa, correndo um pouco. Logo, ele para em frente a uma parede.

— Sirius, não é por nada, mas não é hora de olhar para uma parede - ela implica.

Segundos depois uma porta se materializa na frente dos dois.

— Entre.

Anna entra pela porta e Sirius vai depois dela, fechando-a atrás de si.

——

— Onde você esteve onde de noite, Anna? Não me lembro de tê-la visto antes de ir dormir - Carol diz no sábado de manhã quando as três acordam.

— Eu tive que me esconder com Sirius, pois já estava muito tarde e o Filch apareceu. Nós ficamos um tempo escondidos e só voltei mais tarde - ela explica. Não estava falando nenhuma mentira.

— Sorte que vocês não foram pegos - Lily comenta, penteando os cabelos ruivos.

— Bem, mas isso não importa mais - Anna diz. - Aliás, o Baile é hoje - fala animadamente.

— Nossa, é verdade! Tinha até me esquecido… - Carol fala. - Precisamos nos arrumar!

— Calma, ainda são oito da manhã - Lily declara, ao olhar o relógio. - Podemos nos arrumar depois do almoço. Não precisamos ter tanta pressa assim.

As duas amigas concordam com ela, rumando para o Salão Principal para tomar café da manhã. No caminho encontram seus respectivos namorados que estão indo para o mesmo local que elas.

— Bom dia - Remo deseja a Carol, lhe dando um selinho, como fazia todas as manhãs.

— Bom dia, Lírio - Tiago diz, dando pegando na mão de Lily e lhe dando um beijo na testa.

— Bom dia, Prett - Sirius diz, a beijando calorosamente no meio do corredor que estava bastante movimentado.

— Poxa, agora sim eu estou surpreso - Tiago fala, ao ver que o casal está se beijando na frente de todos, uma coisa que só tinham feito uma vez e tinha sido um beijo curto no outro dia, com uma plateia bem menor. - O que Almofadinhas te deu para você deixar ele te beijar, Anna?

Anna mostrou a língua para Tiago, pegando na mão do namorado. Os seis então entram no Salão.

— Hoje é o dia do baile - Lily lembra os meninos, tomando um gole de suco de abóbora.

— Ah, quase me esqueci - Tiago fala. - Ainda bem que você me lembrou.

— Eu supus que vocês iriam se esquecer.

— Que horas encontramos vocês na Sala Comunal? - Remo pergunta, referindo-se a como tinham feito da última vez.

— Na verdade, - Anna começa a falar. - dessa vez nós decidimos que vamos encontrar vocês dentro do Baile. Quer dizer, vocês vão nos achar no meio das pessoas.

— Vamos ter que achar vocês no escuro, com máscaras? - Tiago perguntou, como se fosse uma piada. Lily assentiu e lhe deu um selinho ao ver a cara emburrada do maroto.

— Bem, se vocês nos dão licença, precisamos dar alguns retoques nas máscaras e nos arrumar - Anna diz, puxando as amigas consigo de volta para o dormitório, deixando os marotos com cara de indignados.

Ao entrarem no quarto, as meninas terminaram de arrumar suas máscaras, dando os últimos toques com purpurina e cola. Depois do almoço, elas resolveram tomar banho, para arrumar os cabelos depois.

Depois das duas já terem saído do banho estarem com os cabelos enrolados em toalhas, Carol e Anna conversavam, esperando que Lily saia do banho. Nisso a morena teve vontade de pintar as unhas da amiga, que estavam sem esmalte.

— Eu não sei onde eu coloquei os meus - Carol declara, ao revirar seu malão.

— Tudo bem, eu pinto com esse aqui - Anna diz ao ver um dos seus.

Quando já tinha esmaltado uma das mãos de Carol, a loira encontra o seu esmalte, mas deixa para lá. Carol, depois de já estar com as mãos prontas, pinta as de Anna com o seu esmalte que acabou de achar.

— Eu acho que usei o shampoo errado - Anna declara, ao se olhar no espelho. Seus cabelos estão com um tom avermelhado. - Lil, acho que usei o seu - conclui, ao olhar a cor de seus cachos.

— E eu acho que usei o seu - Lily diz, ao tirar a toalha e ver que os seus cabelos, antes vermelhos, estavam quase castanho escuros. Carol foi a última a tirar a toalha da cabeça, pois tinha quase certeza que tinha usado o shampoo errado.

— Que surpresa, estou morena - Carol declara. Como seus cabelos são naturalmente loiros eles pegam cor muito facilmente. As meninas sempre usaram produtos que realçavam a cor do cabelo, por isso tinham alterado a cor uma da outra.

— Não temos tempo para lavar de novo e mesmo que o fizéssemos, demoraria para desbotar - Lily diz. - E eu gostei de mudar uma vez na vida a cor do meu cabelo. Sempre tive a cabeça vermelha, é legal estar morena.

— Aliás, quem liga? Só vamos ficar assim por uma semana no máximo - Anna declara, secando seus cachos com a toalha.

— Ok, então vamos nos arrumar ou não ficamos prontas antes das oito - Carol diz, procurando seus brincos.

As grifinórias se ajudam a secar uma o cabelo da outra e Anna cacheia o cabelo das amigas, que gostaram do que a morena fez nos cabelos de Carol quando ela foi para o encontro com Remo. No final de todo esse processo, as três estão maquiadas e com os cabelos cacheados. Cada uma delas usa o presente que seu respectivo namorado lhe deu no natal, que tinham tirado para o banho. Carol pega em cima de sua cama o relicário de prata em formato de coração que tem dentro um pequeno coração com uma pedra de zircônia e uma foto animada dos dois no Baile de Inverno. Anna encontra sua pulseira com dois prismas e um berloque de vidro de murano branco, se lembrando da linda explicação que Sirius - ainda como seu amigo - lhe deu sobre cada elemento do presente. Lily pega sua pulseira delicada com a libélula e um olho grego e põe no pulso, se lembrando de Tiago. Depois disso, elas põe brincos, vestem seus vestidos e calçam seus sapatos.

— Já são oito e dez - Carol declara, ao passar mais uma camada de rímel.

— Vamos? - Anna perguntou, apressando as amigas. Com essa pergunta as três rumaram para o Salão Principal, sem nem imaginar o que a noite prometia.



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