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História Amor e doses de psicopatias - Desatino - História escrita por BigBarda - Spirit Fanfics e Histórias
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História Amor e doses de psicopatias - Desatino


Escrita por: BigBarda

Notas do Autor


Oswald sobrevive devido uma jovem amantes das plantas e Eddie se vê mais sozinho do que nunca, o que o obriga ir em busca de afogar as magoas na noite de Gotham.

Capítulo 2 - Desatino


Fanfic / Fanfiction Amor e doses de psicopatias - Desatino

A sensação de paralisia angustiava Oswald. A dor abaixo do seu peito dominava seu corpo e a sensação de afogamento era absurdamente apavorante. Sentia-se morrendo, iria morrer sozinho por ter se entregado como um idiota, se sacrificou pelo erro mais antigo e estúpido de todos, o amor.

A angústia desesperada e a sensação de morte o fez emergir do fundo da água que o consumia. Oswald acordou em sobressalto sugando o ar a sua volta por instinto e se deparou com uma mulher ruiva a sua frente.

- Achei que você não iria acordar. Como se sente? – A ruiva borrifava água nas samambaias que caiam como uma grande cortina.

Oswald estava mais pálido do que o habitual, ele ficou sentado na cama com sua desconfiança natural ao observar a mulher a sua frente, desviou o olhar alguns instantes para observar o quarto cercado de plantas por todos os lados.

- Quem é você? Nós nos conhecemos?

- Meu nome é Ivy Papper, te encontrei no porto, acho que você nadou até a margem e desmaiou. Eu te salvei. – Ivy sorriu - Não precisa agradecer.

- A quanto tempo eu estou dormindo?

- A semanas. Foi tão chato ficar sozinha com você dormindo o tempo todo.

Oswald sentiu uma pontada no peito, levou a mão no ferimento a bala e seus olhos se perderam em um ponto qualquer por alguns instantes. Percebeu que tinha sobrevivido ao Edward Nygma, um sorriso assustador começou a surgir em seu rosto, fazendo Ivy se afastar ao ver a transformação no rosto de Oswald.

- O que foi? Você está bem?

- Lembrei que tenho que matar alguém.

Os sentimentos de raiva e felicidade se misturaram em seu coração apaixonado pelo homem que tentou mata-lo. Seu sorriso se desfez lentamente, seus lábios e olhos tremeram de ódio de si mesmo por não controlar seus sentimentos. Oswald apertou os lábios e suspirou com os olhos fechados, tentando afastar a raiva de autoflagelo.

O sentimento de carinho e amor continuavam tão forte mesmo depois do tiro, a imagem de Eddie olhando-o nos olhos uma última vez, não permitia que o amor fosse descartado no rio com o seu corpo tinha sido. Ele apertou a lençol da cama e tentando se levantar, mas seu corpo volta para cama devido a dor intensa.

-Hey! Você ainda está muito machucado. Precisa descansar. – Ivy diz sentando ao seu lado

- Eu... Eu preciso voltar para Gotham.

- Calma aí, você não vai a lugar algum enquanto não estiver plenamente curado.

Oswald respirou fundo e sentiu a dor do ferimento, mas não demonstrou a ivy, ele viu que tinha uma Tv no quarto e pediu para liga-la, ela entregou o controle a ele. Oswald passou insistentemente entre os canais, até encontrar o noticiário, queria saber o que estava acontecendo em Gotham na sua ausência, o que acabou por ser algo extremamente desagradável.

Pinguim descobriu que o seu cargo estava nas mãos do antigo prefeito, que a cidade tinha ficado louca com um culto ao Coringa, mas nada o deixou mais transtornado do que ver uma noticia sobre Ed na Tv.

Ivy tentou ser prestativa, estava feliz por ter alguém para conversar e queria agrada-lo, mas ele estava fixo na TV.

- Você gostaria de um pouco de ar fres...

- CALE A BOCA!! – Gritou sem piscar e aumentou o volume da Tv, o noticiário informava que Edward Nygma o assessor do antigo prefeito tinha enlouquecido, que era responsável pelos assassinatos das mentes mais brilhante da faculdade d

e Gotham, cientistas, artistas, escritores, filósofos todos mortos em um jogo insano de charadas, além de um ataque no DP de Gotham e na convenção de mestres de xadrez.

Oswald ficou com a boca aberta, impressionado com a quantidade de crimes que Nygma tinha realizado em sua ausência, não esperava que Ed fosse tão bem-sucedido sozinho. Sempre achou que ele teria uma crise nervosa na tentativa de elaborar um crime perfeito.

Os músculos de seu rosto contraíram levemente e um sorriso quase imperceptível no canto direito de sua boca, sentia raiva e ao mesmo tempo orgulhoso pelo sucesso de Eddie. As sobrancelhas serram ao ver uma imagem de Eddie em um terno verde esmeralda e um chapéu Coco, era uma roupa chamativa, mas que estranhamente combinava com Nygma.

- Que chapéu ridículo. – Ivy comenta fazendo uma careta.

A foto de Eddie como procurado estava no noticiário quando a repórter anunciou o nome do mais novo Inimigo de Gotham como: O Charada.

- O Charada? Mas o que?!... – Pinguim repete em voz baixa o nome do seu mais novo inimigo. – Preciso encontra-lo.

- O quê? Você conhece esse maluco? – Ivy pergunta se virando para Pinguim.

- Foi ele que atirou em mim, por isso preciso voltar para Gotham... Para mata-lo. – Diz serrando os dentes.

- O que aconteceu para ele atirar em você?

Oswald ficou em silêncio por alguns instantes perdido em seus sentimentos que fazia o seu coração acelerar.

- Eu me apaixonei.

As luzes vermelhas se moviam no ambiente pouco iluminado, um som de música eletrônica se misturava em meio as conversas e na movimentação de homens de todas as idades. Em uma mesa na a parede com sofá, um homem alto de cabelos ao natural, levemente cacheados, observava por cima de seus óculos de grau o ambiente agitado.

Eddie estava vestido formalmente com uma camisa xadrez verde escura de manga curta, calça marrom café, suas mãos descansavam sob a mesa e seus dedos se moviam nervosamente de vez em quando. Seu coquetel verde brilhava a sua frente e seus lábios se moviam como se estivesse em uma conversa de sussurros. Uma conversa interna com senhorita Kringle.

- Não estou nervoso.

“Claro que esta, eu sinto. Lembre-se que você está lindo, não tem com o que se preocupar.” – Eddie sorriu para si com comentário positivo sobre sua aparência.

Nygma odiava estar em lugares lotados, pois sempre significa que teria que interagir com alguém, não que ele não quisesse, mas sua habilidade de interação sempre se demonstrou ineficiente. Durante as conversas sempre dizia algo que ninguém entendia, devido o teor científico ou lógico, nem mesmo suas piadas em forma de charada o salvava.

Sua inteligência nunca causou admiração, somente estranheza, ele odiava massa de macacos ignorantes que não conseguiam se comunicar com ele. Eddie os odiava porque eles se achavam superior, como os agentes do GCPD macacos de músculos, gananciosos, bandidos de fardas que se escondiam atrás de seus distintivos.

A sensação de solidão e de mente inquieta tomou conta de sua mente, fazia semanas que Nygma não interagia com ninguém real, estava se sentindo profundamente sozinho. A escolha de um bar gay, foi uma escolha consciente de exorcizar um de seus demônios emocionais... Oswald. Eddie estava apostando suas fichas que seu alter ego iria ajuda-lo nessa tarefa maldita sociabilidade.

“Homens?! Você nunca me falou sobre esse seu lado” – Eddie conseguia visualizar a senhorita Kringle sentada ao seu lado e ele corou.

- Você não teria gostado.

“Infelizmente não tivemos tanto tempo para nos conhecer... Talvez eu tivesse gostado.” – Eddie virou o rosto para o vazio ao seu lado, mas ele conseguia ver a senhorita Kringle arrumar os óculos com um pequeno sorriso tímido e ele retribui o sorriso com a mesma timidez.

- Nashton??

Os olhos castanhos escuros piscaram rápidos ao ouvir seu antigo sobrenome, fazendo a Kristen desaparecer. Eddie olhou para o homem loiro de corpo atlético, de jeans e camisa branca apertada em pé ao lado de sua mesa.

- Você é o Edward Nashton? Do colégio John DePaul?

Eddie ficou inquieto ao ouvir seu antigo sobrenome, ele tinha trocado o sobrenome Nashton por Nygma quando chegou em Gotham, ninguém sabia sua relação com os Nashton. Se sentiu inseguro, observou o homem sentar ao seu lado sem ser convidado, o que fez Eddie se afastar um pouco do sofá para manter seu espaço pessoal.

- Você se lembra de mim? Estudamos juntos, sou o David Paker.

- Sim! Eu lembro de todos do colégio. – Eddie diz, enquanto mede o homem com o olhar, ele engole um pouco de saliva ao sentir a garganta seca devido o nervosismo e seus olhos se mantiveram fixos no conhecido. Uma insegurança adolescente começou a crescer dentro de Eddie, até que sua própria voz em sua mente começou a aconselha-lo.

“Acalme-se homem! Você tem uma grande oportunidade aqui.”

- Você lembra do dia em que eu sumi com todos os livros da senhorita Wrigth de literatura?

- Sim! Foi uma grosseria. – Eddie repondeu rápido em tom sério.

- Foi divertido, todo mundo adorou. – Ele cutuca o ombro de Eddie de forma descontraída.

- Eu não! – As respostas de Eddie estavam saindo secas e sem emoção, suas mãos estavam suandas como na adolescência, sentiu raiva de Paker ao lembrar do caso da senhorita Wrigth, mas no fundo queria realmente interagir e conversar, mas estava sendo um fiasco.

“Você é um idiota, vai estragar tudo com seu jeito esquisito, me deixa cuidar disso” – A voz em sua cabeça o repreende.

- Não! – Eddie diz para si mesmo.

- Não? Não o quê? – Paker franziu a testa.

- Na... Nada estava pensando alto. – Respondeu arrumando os óculos desajeitamente.

“Nossa... Não seja teimoso, você precisa de mim.” - Eddie balançou a cabeça algumas vezes, seus olhos piscaram como se estivesse arrumando o foco, soltou um suspiro e arrumou os ósculos calmamente.

- Cara, você está bem? – O home loiro diz ao estranhar a agitação repentina de Eddie.

- Sim, apenas uma pequena dor de cabeça. – Eddie desliza seu Drink na mesa até Paker.

- Oh... Obrigado, esse drink têm uma cor linda. – Ele bebe um pequeno gole e chupa os lábios devido o alto teor alcoólico. – Wow!! Isso é forte! Você deve ter uma grande tolerância ao álcool.

- Na verdade não tenho, mas acho que o sabor forte do absinto contrasta com sabor leve do xarope de maçã verde, junto ao toque cítrico picante do licor Cointreau, passei a receita para o barman prepara-lo para mim.

- Você que fez essa bebida?

- Sim, gosto de experimentar os sabores que um bar oferece, é como um laboratório. – Eddie degusta sua bebida sorrindo.

Paker franziu a testa e sorriu com a mudança repentina de Eddie, ele tinha gostado.

- Eu lembro que você sempre foi muito inteligente no colégio, era bem tímido, mas inteligente.

Eddie gostou de ouvir um elogio a sua inteligência, isso era algo que massageava seu ego, mesmo vindo de uma figura aparentemente sem muito destaque intelectual, mas não era na inteligência que Eddie estava focado, não hoje.

- Então... O que faz aqui? Nunca passou pela minha cabeça que você fosse gay.

- Não sou.

- Não?!?...

- Também me interesso por mulheres.

- Aaahh... Entendi.

Uma das mãos de Eddie aperta a coxa do homem, que estranha a ousadia inesperada do ex-colega nerd e antissocial da escola.

- Estou procurando alguém para conversar. – Eddie dá um sorriso que deixa Paker assustado e atraído ao mesmo tempo, ele observa Eddie deslizar novamente a bebida até ele.

Paker bebericou o líquido verde novamente olhando para o olhar fixo de Eddie sobre ele, não sabia ao certo o porquê, mas sentia Eddie estranhamente atraente. Devido ao teor alcoólico a conversa fluiu tranquilamente entre risadas e olhares, mas nenhum dos homens se atreveram ir mais além.

Ao saírem no clube, ambos caminharam na mesma direção aos seus carros estacionados a dois quarteirões do clube, caminharam um do lado do outro. Eddie estava com as mãos nos bolsos quando o homem loiro o arrastou para um beco escuro aos risos e encostou Eddie na parede para beija-lo. Não era exatamente o que Eddie tinha em mente, o ambiente contrastava com seu jeito de bom moço.

Os beijos ficaram acalorados por parte de Paker, que sorria em meio aos beijos tímidos do amigo nerd, o álcool o tinha deixado quente e desinibido, o que não era o caso de Eddie, que soube controlar bebida, pois queria ter controle sobre a situação da qual ele queria desfrutar.

- Você é tão cheiroso... – Paker diz ao beijar o pescoço e mordiscar o queixo de Eddie, que sorriu.

O homem loiro o pressionou na parede e suas mãos desceram no peitoral magro sobre a camisa e pararam ao segurar com força a fivela do cinto, Paker olhou para Eddie que continuava com um sorriso estranhamente malicioso.

- Nunca iria imaginar que um dia iria desejar você... – Paker escorregou até a fivela do cinto e começou a desfaze-lo, enquanto Eddie o observava.

– Você sempre foi tão... “Estranho”. “Nashton o Bizarro”, era assim que chamávamos você, lembra? Achávamos que você fosse “Assexuado”. – Ele riu com a lembrança, balançando a cabeça achando graça – Quem diria que estávamos errados, por que convenhamos Eddie, você era muito “Esquisito”.

O sorriso de Eddie se desfez ao ouvir os comentários do homem levemente bêbedo, que apertava sua virilha sobre o tecido de suas calças.

- Sempre achei que você fosse “Maluco”, mas não o suficiente para estar em um beco com um homem entre suas pernas.

Eddie, não conseguia responder, as palavras dispararam um gatilho de ódio em sua mente, que viajou aos seus mais profundos pesadelos sociais e no inferno de sua adolescência. Sua mente foi invadida por lembranças do quanto tinha sido maltratado; caçoado pela sua aparência alta e magra; pela sua inteligência e por sua dificuldade de interação.

O jovem Eddie passou a vida inteira sendo excluído por garotos como Paker, para Eddie, adolescentes representavam figuras estúpidas, barulhentas, sem escrúpulos que amavam humilhar a todos e que cresciam para serem adultos horríveis.

- Pelo visto você têm uma grande surpresa para mim. – Paker diz mordendo os lábios ao começar a abrir o zíper a sua frente. Eddie levantou o rosto para cima sugando o ar frio da noite pelas narinas, em seguida levou uma das mãos ao bolso retirando um canivete, a outra mão acariciou os cabelos loiros suavemente e os segurou com firmeza antes da lamina entrar pelo ouvido do homem de joelhos.

Enquanto o corpo tremia fazendo a lâmina afundar ainda mais em seu cérebro, Eddie observou Oswald sorrindo na penumbra do beco e ele sorriu de volta.

 

Os pássaros cantavam na imensidão da área verde da mansão vazia dos Coobllepot. Eddie teve que ficar um tempo fora depois dos crimes cometidos pelo O Charada, os velhos funcionários e capangas sumiram após saber que Pinguim não retornaria, mas Eddie estava de volta a grande mansão. Agora ela era absurdamente silenciosa, não se ouvia os gritos enervados de Oswald e sua eternas reclamações pela casa.

A fumaça do chá preto subia deixando o aroma no ar, Nygma continuava vestido com a roupa de dormir, um short e uma camiseta branca, encontrava-se sentado na pequena mesa do lado de fora do seu quarto. O café da manhã tinha sido preparado com calma por Eddie, com ovos, torradas e geleia de damasco e pimenta feita ele por durante noite, após retornar do beco em que deixou o corpo sem vida de Paker e suas más lembranças da adolescência.

O jornal estava dobrado do outro lado da mesa junto com uma xícara de café quente com um toque de creme adoçado com duas pedras de açúcar e um parto de frutas picadas, Eddie não bebia café, mas o seu inconsciente não o permitia esquecer de servir o café de Oswald.

Enquanto a bebida esfriava a sua frente, Eddie observa fixamente o pequeno tabuleiro de xadrez no meio da mesa, inclinado para frente, com os cotovelos descansando na mesa e com queixo descansando em sua mãos. Eddie moveu uma peça de xadrez, fez uma careta duvidando da sua própria jogada, pegou uma torrada mordendo e lambendo o doce dos lábios, sem tirar os olhos para a próxima jogada.

“Nossa! Péssima jogada! Francamente você já foi melhor.”

Eddie soltou um grande suspiro e revirou os olhos ao notar que o silêncio da manhã tinha acabado. As manhãs eram os momentos mais tranquilos, ele conseguia manter sua mente em silêncio por algumas horas da manhã; sem vozes, charadas, resoluções de problemas e cálculos que nem existiam na realidade.

“Torre H 4, cheque mate seu estupido.”

Eddie nem se deu ao trabalho de mover as peças, sabia que ele tinha razão, pois era uma jogada primária. Odiava quando seu alter-ego era mais inteligente que ele. Nygma começou a arrumar as peças novamente no tabuleiro, para começar um novo jogo.

“Você poderia ter acordado com alguém hoje e talvez teria uma pessoa mais interessante para conversar, além de você mesmo.”

- Fique quieto. – falou sozinho, reclamando da voz em sua cabeça.

“Você já reparou que todas as pessoas que você deseja acabam mortas, você sempre foi péssimo em relacionamentos, nem com a minha ajuda você consegue alguém.”

Eddie tomou o seu chá, começando a se irritar.

“Se não fosse por mim, você ainda seria virgem.” – Eddie respirou fundo, sentindo um nó na garganta, devido a verdade que ele não queria admitir.

“Você é um homem adulto, se continuar agindo como um idiota ou matando todos e todas as pretendentes que eu consigo para você, vai morrer só com duas noites de sexo patético.”

- Foram três. – Respondeu a si mesmo, se atrapalhando com a torrada e a geleia, devido ao constrangimento de sua própria intimidade.

“Sua performance foi ridícula.”

- Cale a boca! – Eddie apoia os cotovelos na mesa, apertando a cabeça com as mãos em ambos os lados. A pior coisa que existia do seu alter-ego, era o fato dele se achar melhor em tudo.

“Deveria ter me chamado, tenho certeza que elas teriam se divertido muito mais.”

- Nunca! Você iria machuca-las.

“As mulheres gostam de homens dominadores... Alguns homens também, não é mesmo Eddie?” - A risada de deboche de sua mente ganha vida ao sair dos lábios de Eddie, mas é interrompida repentinamente ao voltar ao controle de seus atos.

- É muito cedo para você me atormentar desse jeito. – Cutucando a própria cabeça obsessa e apertando os olhos.

“Olhe para você, assassinou pessoas, roubou banco, explodiu lugares, torturou pessoas, se exibiu na tv, fez seus joguinhos de perguntas com a polícia, matou o seu melhor amigo e se tornou O Charada. Tudo para ficar sozinho... Sozinho conversando com suas paranoias diariamente. Assuma Eddie, nada mudou na sua vida, você continua sozinho como o nerd esquisito de sempre.”

Os olhos de Nygma começaram a ficar úmidos de raiva pela perversidade da realidade que ele montou para si mesmo, estava mais sozinho do que nunca. Se não tivesse matado o agente Tom Dougherty nada disso teria acontecido, provavelmente estaria no GCPD, poderia ao menos ver e trocar palavras com a senhorita Kringle, estava completamente sozinho e não sabia o que fazer.

“Eddie. Acalma-se eu estou aqui.” – Ele ouve a voz suave da senhorita Kringle.

- Não Kristen! Você não está!

“Eddie... Você é inteligente, você sempre soube resolver problemas.”

- Não! Eu não sei! Eu nunca soube! Se não você estaria aqui de verdade, não na minha maldita cabeça!

As lágrimas descem e Eddie abaixa o rosto entre os braços escondendo sua fraqueza da senhorita Kringle, mesmo sabendo que ela não estava realmente ao seu lado, chorar na frente de Kristen era a última coisa que ele queria fazer.

- Por que você demorou tanto para me dar uma chance? Se você tivesse me dado uma oportunidade eu não precisava ter matado o seu namorado violento. Como você pôde me achar louco por ter te protegido?

Eddie balançou a cabeças entre os braços em negativo, inconformado com tudo que tinha ocorrido em seu breve relacionamento com a senhorita Kringle, era absurdamente injusto, ela não ter compreendido o assassinato de Dougherty.

- O que você queria que fizesse? Que o denunciasse por ele bater em você? Nós vivíamos dentro do DP de Gotham, você sabia que existe um pacto de silêncio entre os policias, nenhuma lei iria te proteger... Eu não podia viver vendo você sendo machucada.

- E por que Isabella tinha que parecer com você? Se ela não parecesse com você eu jamais teria me aproximado dela e Oswald... Oswald estaria aqui comigo. – Eddie bate na mesa fazendo as peças de xadrez tombarem no tabuleiro.

- Eu odeio ter te amado tanto. Por que você não some?

“Por que você não quer... Ainda não.”

Os braços imaginários se envolvem para um abraço reconfortante, ele sente o rosto da ruiva encostar em seu obro e a lembrança de seu perfume enche sua mente o acalmando.

“Querido, você não está sozinho... Sou um pássaro ferido pelas pedradas do destino, que deixou uma alma em desatino, mas sou a cura das feridas e da sua aflição. Quem Eu Sou? -Os lábios de Eddie tremem devido o nó na garganta.

“Não tenha medo de responder.”- As mãos da senhorita Kringle acaricia sua bochecha para acalma-lo.

“Abra os olhos meu menino doce”

Eddie abriu os olhos lentamente e encontrou um pássaro Alvéola branco, comendo as frutas que estavam ao lado da xícara de Oswald. Ele ficou observando o pássaro, sua respiração ficou irregular ao sentir uma emoção particular ao perceber que ele tinha apenas ferido Oswald. 

- Meu pequeno pássaro. – Eddie sorriu.


Notas Finais


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Aproveite para compartilhar e indiciar a fic para os fãs de Gotham e Dc.
Aproveito para convidal@s a ler as minhas duas outras Fics LGBTs:
- Apaixonada pela Destruidora de Mundos (Supergirl)
- Nossa vidas em Madson Avenue (filme Carol)

Até mais.


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