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História Amor e Intolerância - Lucissa - Hipocrisia - História escrita por Layla_Attwood - Spirit Fanfics e Histórias
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História Amor e Intolerância - Lucissa - Hipocrisia


Escrita por: Layla_Attwood

Notas do Autor


Amores me perdoem, mas não fui capaz de terminar a fic ainda esse ano. Janeirão tamo ai!
Desejo a todos vocês um feliz 2019, repleto de magia e amor, que foi o a nossa rainha JK
tentou nos passar em todos os livros 💖💖💖💖💖💖💖💖

Capítulo 18 - Hipocrisia


Fanfic / Fanfiction Amor e Intolerância - Lucissa - Hipocrisia

Antes de embarcar na plataforma na manhã seguinte, Narcisa tinha um nó na garganta imenso, mal conseguiu comer e não conseguia nem falar. Seus pais tomaram seu desespero apenas por medo de Bela fazer alguma maldade a ela, e a acolhiam dizendo que esse medo era irreal, pois eles acreditavam na versão da filha mais jovem. 
Narcisa tinha pavor que Belatriz estragasse a confiança que ela tinha dos pais, pois eles eram tudo para a garota. Ela tinha para si que, mesmo seus pais achando que estavam no patamar mais alto do mundo por serem bruxos, europeus, ricos e de sangue puro, eles não eram monstros. O esforço que fizeram para trazer Andrômeda de volta provava isso. Antes de ir para a plataforma ela entrou no quarto e chorou muito, sabendo que esse amor todo que ela recebia de seus pais iria acabar quando Belatriz soubesse a verdade e destruísse sua vida. 
Seus pais decidiram ir juntos com a ela até a estação, lá ela encontrou com Lúcio e ela se despediu deles com carinho. 
– Não deixe que façam comentários maldosos sobre você, nossa família ainda é de respeito – Disse seu pai. 
– Eu jamais permitiria que alguém fizesse algum comentário contra a honra de sua família, senhor – Disse Lúcio pomposo, Sygnus apertou a mão do rapaz com entusiasmo. 
Narcisa e Lúcio andaram em direção ao trem, ela estava mais desanimada do que nunca. 
– Ânimo Cissa, estou aqui com você – Disse o garoto de forma carinhosa. 
– Lúcio, ontem bela tentou me atacar. Queria ler minha mente. 
Lúcio ficou furioso, Narcisa narrou toda a história a ele, sua expressão ia de ódio para obstinação. 
– Deixe que eu cuidarei de Belatriz – Disse o garoto de forma astuta  
– Como Lúcio? Como você acha que vai convencê-la a não me perseguir? Ou de não ir atrás da verdade? Sabemos que ela está certa, não há como fugir. 
– Cissa, confie em mim. 
– Não faz sentido para... – Ia dizendo Narcisa, quando foi interrompida. 
– Ei! Lúcio! – Eram os rapazes do time de quadribol chamando o amigo.  
– Aguarde um instante, já venho ajudá-la a guardar as malas – Disse Lúcio se retirando. 
Narcisa ficou estressada por ter sido interrompida e trocada pelo time de quadribol, mas isso era algo pequeno demais para se preocupar. Resolveu caminhar para esquecer. 
Estava procurando uma cabine para guardar as malas na altura do último vagão do expresso Hogwarts, quando sentiu alguém puxando seus cabelos com força. 
– Você foi vista no casamento de Andrômeda, Cissa. Quando tempo achou que esconderia isso de mim? – Disse Belatriz sussurrando em seu ouvido. 
– Isso é mentira! – Disse ela apavorada – Me solte agora. 
– Eu vou destruir a sua vida – Disse Belatriz. 
– De onde você tirou que eu fui vista? – Disse ela apavorada, olhou para os lados e não havia ninguém nas redondezas do último vagão para socorrer.  
– Augusto Rockwood. Ele foi para no casamento por engano e disse ter visto você. Foi ele quem alertou Rodolfo sobre a fuga de Andrômeda... – Bela se calou inesperadamente, soltou os cabelos de Narcisa. A garota se desvencilhou dos braços da irmã com rapidez e se virou para ela. Lúcio segurava uma adaga bem na altura do pescoço de Belatriz, forçava a faca em sua garganta sem medo, lhe provocando um leve ferimento de onde já saiam gotículas de sangue. Um certo alívio surgiu no coração de Cissa, Lúcio chegara bem na hora para salvá-la. 
– Narcisa não poderia ter ido a esse casamento, pois estava na minha casa no dia. Não se lembra, Belatriz? Fui tomar chá com seus pais depois – Ele falava de uma forma tão segura enquanto cortava o pescoço da cunhada que nem parecia um momento tenso. Belatriz o olhava com desdém. 
– O que pode ter sido combinado por vocês dois – Disse ela tentando fazer um movimento para sacar a varinha, mas Lúcio pressionou a adaga com mais força. Agora um filete de sangue já escorria do pescoço de Belatriz para dentro de suas vestes. Ela não parecia ligar muito para a dor, mas não se atreveu a se mover novamente. 
– Cissa jamais soube dessa relação, eu não permitiria. 
– E quem é você Lúcio Malfoy? Um garoto que pode facilmente ser manipulado... 
– Talvez eu possa ser, mas o lorde das trevas não. 
Tanto Belatriz, quanto Narcisa arregalaram os olhos. 
– O que quer dizer? – perguntaram as irmãs ao mesmo tempo. 
Lúcio riu. 
– Qual o problema, Black? Talvez o Lorde das Trevas não tenha lhe dado tanto crédito... 
– Mas você não pode ser – Disse ela de olhos arregalados – O lorde das trevas jamais permitiria um garoto como você se juntar a nós. 
– Nós? – Disse Narcisa, sentindo o estômago descer tendo essa confirmação. Ninguém lhe deu atenção. 
– Ainda não – Disse ele orgulhosamente – Mas meus pais sim. Engraçado que você não saiba sobre eles, pensei que tivesse a confiança do... 
– O Lorde das Trevas me tem em alta estima! – Disse ela de forma aguda. 
– O lorde das trevas saberia na hora se eu estivesse mentindo sobre Cissa. As artes das trevas que meus pais estão me ensinando para servi-lo também me permitiriam saber se a minha namorada mentiria sobre algo tão sério.  
Pela primeira vez em dias Belatriz pareceu baixar um pouco a guarda. 
– Você tem certeza?  
– Absoluta – Respondeu ele seguramente, retirando a adaga do pescoço de Belatriz. 
– Cissa... – Disse ela respirando fundo – Espero que seja verdade. 
Inesperadamente Belatriz deu um abraço na irmã por menos de um segundo. Depois se retirou sem dizer mais nada. Narcisa viu a irmã ir embora sem saber o que fazer. 

Eles eram comensais da morte. Os dois. 
A garota sentiu sua pressão arterial cair como se ela mesma caísse no chão. Apoiou uma das mãos no trem, mas nesse momento o primeiro apito para partirem soou pela estação. 
– Cissa vamos entrar – Disse Lúcio pegando a mão da garota. Ela tentou andar, mas percebeu que estava tonta demais para isso. Ele a segurou pela cintura e a colocou dentro do trem com cuidado. Encontrou uma cabine vazia e enfiou a namorada dentro. Narcisa sentou-se e fechou os olhos, respirou muito fundo diversas vezes, sua visão estava embaçada, estava se esforçando para não desmaiar. 
– Cissa, diz alguma coisa pelo amor de Deus – Pediu o garoto. Ela abriu os olhos, ele estava bem diante dela muito mais branco que o normal. 
– Onde você arranjou essa adaga? – Perguntou ela com nó na garganta, não sabia dizer nem a si mesma porque essa pergunta foi a primeira a vir aos seus lábios. 
– Sempre ando com ela para me defender – Disse ele confuso, não espera por essa pergunta. 
Narcisa calou-se novamente, olhou pela janela do expresso Hogwarts que agora ia se descolando da plataforma em direção a escola. Ela não conseguia encarar Lúcio nos olhos. 
– Cissa, fui hipócrita esse tempo todo. Fiquei magoado quando você me escondeu a história do casamento da sua irmã com o sangue ruim, mas na verdade era eu quem escondia uma coisa muito pior de você. 
– Então é verdade? Você vai mesmo se tornar um Comensal da morte? Seus pais, aquelas pessoas maravilhosas que conheci são comensais também?  
– É verdade Cissa. 
Ela sentiu a pressão cair novamente, por um breve e inocente momento alimentou esperanças que fosse tudo enrolação de Lúcio para evitar o ataque de Belatriz, mas não. 
Ela não conseguia falar nada, Lúcio sentou ao seu lado e a abraçou. Ela não queria o abraço dele, mas não teve forças para se desvencilhar. Enquanto Lúcio tentava acalmá-la alisando seus cabelos, ela refletiu por um bom tempo até chegar à conclusão que ela não seria capaz de suportar estar ao lado de um Comensal da Morte. Ela podia ter sangue puro, queria seguir os princípios de sua família, mas não seria capaz de estar com alguém que queria a morte dos demais. Isso ela não seria capaz de aguentar. Fechou os olhos, tentou conter as lágrimas, mas não foi capaz, tomou fôlego e disse: 
– Lúcio, não podemos ficar juntos. 
Ele chocou-se. Era perceptível em seus olhos que ele esperava uma briga ou uma desavença, mas nunca um término. 
– Cissa, acho que você precisa de mais tempo para digerir toda essa situação, mais tempo do que eu esperava... 
– Não, Lúcio – Disse ela contendo o soluço – Todas as semanas nos jornais, trouxas mortos e torturados, ataques de lobisomens em crianças, desaparecimentos. Como você espera que eu seja feliz sabendo que você está envolvido nisso tudo?  
– Cissa, não é assim – Disse ele desesperado, abraçou a garota com toda força que pode – Eu posso desistir se você quiser, eu faria isso por você. 
– Não seja ridículo! Não existe maneira de voltar atrás, você sabe disso! É para a vida toda.  
Lúcio apertou o abraço nela, tentou beijá-la, mas ela não quis. 
– Cissa, o que existe entre nós é raro. Não deixe isso morrer.  
– Não posso Lúcio. Simplesmente não posso. 
Ela se desvencilhou dele e saiu da cabine correndo.

Era o fim.



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