21:58
Torre Eiffel nunca é tão linda quando é vista pelos seus olhos. Seu brilho de iluminar tudo em volta para que, casais, crianças, parentes, amigos e amigas e animais possam se encontrar é gratificante. Olhando toda aquela movimentação das ruas, suspirei e um calafrio percorreu todo o meu corpo, sentindo a brisa gostosa e gelada. Era de se esperar de sentir frio entre as minhas pernas quando se estava apenas com um moletom de Namjoon, quente e largo, batendo apenas no meio dos meus joelhos. Quando? Quando a minha vida havia ficado tão de pernas pro ar? Talvez na noite em que ajudei Namjoon, ou na noite em que descobri que carregava dois pares de chifres na cabeça, ou depois do beijo. Ah, droga!
- Boneca?
Arregalei meus olhos e me virei de vez, encarando Namjoon com o coração acelerado. Seus cabelos estavam bagunçados, seus olhos estavam muchinhos e pequeninhos. A coisa mais fofa. Mas fofa só da cabeça pra baixo, quando notei que Namjoon estava nu!
- Namjoon! Tampa isso! - Ri de nervoso, me aproximando dele e tentando esconder aquilo...Tipo, aquilo!
- O quê? - Perguntou manhoso, passando sua mão em um de seus olhinhos. Porra, véi. A pessoa consegue ser fofa e gostosa ao mesmo tempo!
- Essa cegonha aí, Namjoon! - Alertei apontando para seu membro descoberto, enquanto Namjoon ria alto e descontroladamente.
- Que cegonha, doida? - Se fazendo de sonso, pra cima de mim!
- Aish, Namjoon! - Revirei os olhos e me aproximei dele, abraçando seu corpo quentinho na intenção de tampar o seu íntimo.
- Amor! - Namjoon, praticamente, gritou meu nome e apertou meus braços, fazendo com que eu o olhasse rapidamente.
- O que foi?!
- Ali não é o Lay?!
Foi inevitável não arregalar os olhos e me virar imediatamente de frente para a grade da varanda. Meus olhos percorreram por tudo e por todos, não encontrando o Lay.
- Cadê?!
- Ali! - Namjoon apontou impaciente.
Olhei em direção aonde Namjoon apontava e meus olhos se arregalaram ainda mais - se é que é possível. Minhas mãos apertavam a grade fria com força, ainda desacreditada do que estava vendo.
Era Lay, Nayeong e uma criança. Uma criança! Lay estava com o ser pequeno no colo, enquanto Nayeong fazia carinho nos fios negros na suposta filha.
- Eu não estou acreditando... - Sussurrei.
- É ele mesmo?
- Sim, Namjoon! - Suspirei - Eles estavam esse tempo todo aqui! E estão com uma filha!
- Não deveríamos estar preocupados com isso, deveríamos?
- Não, Namjoonie. Eu só estou... Pasma!
Senti a cabeça de Namjoon deitar em meu ombro enquanto seus braços rodeavam e apertavam meu corpo com leveza. Ter visto Nayeong gargalhar foi tudo pra mim. Depois de anos tentando ajudá-la o que mais me tocou foi sua gargalhada sincera. Bom... Era gratificante vê-los sorrir daquele jeito, e eu os apreciava, sem mágoas.
- Espero que eles sejam felizes... - Sorri orgulhosa.
- Eles vão ser, meu bem. - Namjoon respondeu ainda com sua cabeça em meu ombro - Mas eu ainda sinto vontade de socar a cara dele.
Gargalhei com a confissão de Namjoon, tirando minhas mãos da grade e pondo em cima das suas. Namjoon apenas riu soprado, depositando um beijinho em meu pescoço.
- Vamos pra dentro, amor. Tá frio pra caralho aqui fora.
Assenti e juntei nossas mãos, entrelaçando nossos dedos. Olhei apenas uma última vez para trás, com um sorriso grande no rosto. Nayeong estava feliz, e ter sido mãe com certeza foi a coisa mais graciosa que lhe aconteceu. Me dói saber que a última vez que nos separamos de vez, foi com ameças. E a vontade de ir lá vê-la e abraça-la era grande, mas a ansiedade era maior.
- Vamos, baby. Vai ficar tudo bem, eu tenho certeza de que hoje ela sente arrependimento do que fez. - Namjoon ditou simplista, pondo-se em minha frente e colocando suas mãos em meu rosto.
- E se ela ainda sente raiva de mim?
- Azar o dela, meu amor. Você fez o que pôde e ainda foi apunhalada pelas costas. Saiba que eu me orgulho muito de você se preocupando com ela, mesmo depois de tudo. - Sorriu - Ou melhor dizendo, deles.
- Sim...
- Agora vamos voltar a dormir?
- Vamos. - Sorri.
09:27 • _________ Soo
Segunda-Feira
Soltei um pequeno e manhoso grunhido, me remexendo na grande cama. Meus olhos se abriram lentamente, se acostumando com a claridade que batia bem de frente com o nosso rosto.
- Merda... - Xinguei e olhei para o lado, vendo o controle das cortinas em cima do criado-mudo.
Pequei o pequeno objeto e cliquei em qualquer botão, até algum deles fecharem as cortinas lentamente. Suspirei e pus o controle em seu lugar novamente, fechando meus olhos logo em seguida. Eu sentia um certo peso em meu corpo, e o barulho de um certo alguém roncar. Namjoon. Porra, o cara não sabia roncar baixo?
- Namjoon... - Balancei seu corpo e em resposta, ouvi apenas um grunhido rouco - Namjoonie!
- Hum? - Abriu levemente os olhos, esfregando-os com as mãos logo em seguida - O que foi, princesa?
- Seu ronco! - Cruzei os braços fazendo biquinho, enquanto Namjoon gargalhava e se jogava novamente na cama - Não é engraçado, poxa!
- Tá, tá. Depois eu dou um jeito nisso... - Fechou seus olhos novamente - Agora deita aqui de novo, vai.
Soltei um sorriso e descruzei meus braços, redendo-me aos encantos de Namjoon. Nossos corpos se abraçaram novamente, fazendo com que eu sentisse seu calor de novo. Fechei meus olhos acomodando minha cabeça em seu peitoral, sorrindo e dizendo tais palavras:
- Eu te amo...
12:34
Pequenas burrifadas de perfume em meu pescoço, e eu já estava pronta. Sorri em orgulho e me olhei em frente ao espelho, admirando-me da cabeça aos pés. Em meus pés haviam tênis esportivos brancos, mais acima tinha uma mini saia jeans amarela e, uma cropped branca tomara que caia, com a estampa de mini limões. Meu cabelo estava solto, nada de maquiagem - apenas um rímel -, brincos e um relógio dourado.
Apenas uma palavra: gata!...
Logo a porta da suíte do quarto foi aberta, revelando um Namjoon maravilhosamente gato. Seu olhar logo direcionou-se para mim, soltando um sorriso safado.
- Gostou? - Perguntei me virando em direção ao mais velho, este que assentiu com a cabeça enquanto se aproximava de mim.
- Demais... - Sussurrou perto do meu ouvido, enquanto suas mãos passeavam pelas curvas da minha cintura - Mas você fica mais linda sem elas...
- Paqueras depois, Nam... - Arfei com o selar que ele depositou no pescoço e na leve apertada na cintura - Minha barriga pede por comida agora.
- E que tal você ser minha sobremesa depois? - Riu sacana, tirando seus fios de cabelo na frente dos olhos.
- Não é uma má idéia... - Sorri.
...
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