História Angel With a Shotgun (malec) - There's nothing to be forgiven

Magnus e Alec levantaram e foram para a cozinha. Castiel estava lá, sentando no sofá parado e encarando as paredes. Alec arrumou sua camisa bagunçada e olhou para Castiel.

- Vocês sabem que eu tenho audição suficiente pra ouvir o que vocês estavam fazendo não é? - Disse ele, com seu típico sobretudo, os olhos azuis de Castiel encarando a parede. Magnus riu.

- Desculpe Cass... Foram 450 anos. - ele disse por fim. Alec riu.

Magnus e Alec estavam de mãos dadas e sorriam um para o outro. Castiel encarou Alec.

- Você estava tão diferente nessa vida. Tão frágil para um demônio - Disse o olhando.

- Eu senti isso também, quando acordei. Não parecia ser eu mesmo mas ao mesmo tempo... Era - Ele disse.

- E mesmo assim eu me apaixonei por você. - Magnus falou. Alec sorriu e beijou a bochecha de Magnus, fazendo-o ficar tímido.

- O que nós fazemos agora? - Disse Alec ficando sério, ele parecia ter autoridade, parecia ser chefe e parecia ser dono de todo céu e inferno. Magnus o olhou admirado. Magnus também tinha autoridade, porém era com os seus, com anjos e era uma autoridade respeitada, como se todos já deveriam saber que estavam ao seus pés. Alec tinha uma autoridade raivosa, ele não mostrava ela de cara, as pessoas não se curvaram para ele como faziam para Magnus, mas Alec fazia questão de mostrar que era o que eles deviam fazer. Alec demonstrava que tinha poder, Alec mostrava em provas. Magnus apenas tinha.

Castiel sorriu para os dois, o amor deles era lindo. Magnus era seu irmão, ele o ajudaria em tudo, nem que precisasse mover o inferno.

- Eu não sei... Uriel provavelmente já sabe sobre vocês. Lúcifer ainda está preso, então isso significa que teremos que lidar apenas com o céu. - Alec se encolheu. Lúcifer. Alec tinha horror desse nome. Após o que ele o fez fazer, o que ele teve que fazer com Magnus para aprisioná-lo. Foi terrível.

- Eu vou... eu vou... Eu já volto. - Alec tentou dizer as palavras. Ele olhou Magnus e algumas lágrimas caíram de seus olhos. Magnus entendeu. Ele provavelmente estaria como Alec, se ele tivesse sido obrigado a mata-lo Magnus também estaria destruído.

- Vá conversar com ele. Eu pensarei em algo. - Castiel disse. Levantando. 

- Onde você vai? - Perguntou Magnus.

- Falar com Balthazar, ele saberá o que fazer. Ele nos ajudará. - Castiel disse. Balthazar era seu melhor amigo, um anjo que Magnus gostava e confiava. Ele saberia o que fazer.

- Tome cuidado, okay? - Magnus pediu.

- Eu vou, irmão. - Disse Castiel e abraçou Magnus, saindo logo em seguida. Magnus respirou fundo e foi até o quarto.

- Alexander? - Magnus chamou. Alec estava sentado na cama, chorando. Magnus correu até ele e o abraçou. Alec abraçou Magnus de volta, chorando em seu peito. - Está tudo bem, amor. Eu estou aqui. Eu não morri, estou bem. Nós estamos bem.

Alec continuou chorando e Magnus soltou suas asas. Ele cobriu Alec com suas asas, as penas brancas cobrindo o corpo do namorado. Alec parou de chorar e olhou em volta, sentindo o calor das penas de Magnus em sua pele. Ele sorriu. Magnus sempre fazia isso quando queria o tranquilizar, mesmo Alec também tendo asas. Magnus abraçou Alec com seu braço e suas asas. Alec passou seus dedos levemente por toda a extensão das asas de Magnus, fazendo ele ter calafrios com o toque. 

- Eu tinha me esquecido o quanto elas são lindas. - Alec falou. Fazendo carinho nas asas de Magnus. Magnus sorriu, encarando Alec olhar suas asas com os olhos brilhando. Magnus queimaria o céu e deixaria o inferno congelado para ver aquele olhar de Alec, para que ele seja direcionado a ele. 

- Você me perdoa? - Alec perguntou. Sem olhar Magnus nos olhos ainda tocando suas asas.

- Não tem nada para ser perdoado. Mas se você insiste, sim, amor, eu te perdôo. - Alec sorriu e beijou Magnus. As asas de Magnus soltando Alec e pairando em volta de seu próprio corpo. Alec soltou suas asas também, criando um contraste perfeito. As asas negras de Alec com as brancas de Magnus. Os dois sorriram.

- Sabe o que eu quero fazer? - Falou Alec. Olhando o céu pela janela. - Voar. Com você. Como nós fazíamos.

Magnus sorriu. Ele pegou Alec pela mão. Era perigoso? Demais. Principalmente se eles forem vistos por anjos, eles poderiam pegá-los a qualquer momento. Magnus ignorou o perigo e voou pela janela, olhando para trás e vendo Alec fazer o mesmo.

Os dois voaram para longe, para cima das nuvens. Alec riu alto e fez voltas e curvas pelo céu, Magnus fez o mesmo, os dois ficando sempre lado a lado.

Os dois fizeram voltas e riram alto sentindo o vento balançar seus corações. Após muito tempo voando, fazendo voltas ou apenas sentindo o vendo gelado tocar suas peles e ficarem de mãos dadas, ou se beijando enquanto suas asas balançavam atrás de seus corpos, Magnus e Alec desceram. Rindo alto e felizes, como se nada no mundo estivesse errado, como se tudo que eles quiserem eles iriam ter.

Os dois se jogaram na cama e Magnus se inclinou para frente, colocando seu corpo em cima do de Alec e o beijando, com paixão. Alec retribuiu colocando as mãos na cintura de Magnus e sorrindo entre o beijo.

- Nós vamos ficar bem - Ele disse afirmativo. - Não sei como. Mas vamos.

Alec sorriu. Ele acreditava nele. Não tinha motivos para desconfiar de Magnus. Alec sempre confiou nele. Alec estava preso em Magnus, ele fazia Alec se apaixonar todos os dias por ele, sempre, voltando e voltando para os seus toques.

Magnus era a única coisa que Alec precisava, como um demônio, Alec não costumava acreditar em amor. Para ele, emoções não são nada além de distrações. Depois de Magnus, tudo que ele queria era continuar sentindo. Alec nunca foi um bom mocinho, Magnus sabia isso desde o início. Se ele era um anjo caído ele teria que ter feito algo de errado. Alec seguiu Lúcifer para o inferno, Alec serviu Lúcifer por milhares de anos. Alec coletava almas, todos os tipos de almas, inocentes e culpadas. Ele as levava para o inferno e lá as torturava.

Alec antigamente era conhecido como o demônio mais cruel dos servidores de Lúcifer, Alec não tinha piedade, não tinha medo e muito menos emoções. Alec deu tanto problema para o céu que Miguel mandou Uriel liderar um grupo de anjos para caçarem Alec e o matarem. Uriel não cuidou da missão pessoalmente, ele deixou Magnus liderar.

No meio de tanta confusão, de tanta guerra, Balthazar criou um feitiço que levaria Alec para longe, o levaria para um mundo alternativo, onde não havia magia, onde Alec não seria um demônio, seria humano e sofreria sem seus poderes. Mas o feitiço deu errado e mais de 500 soldados do céu foram enviados com ele, incluindo Magnus. Nessa outra dimensão, todos os anjos continuaram a caçar Alec, ainda mais sabendo que ele estava mortal. Magnus aproveitou a oportunidade para trabalhar sozinho.

Ele caçou Alec e o encontrou. Não conseguiu mata-lo. Ele teve piedade, algo que Alec nunca havia visto. Magnus disse que não o mataria sem ordens diretamente do céu. Não saberia o que aconteceria se matasse um demônio, agora mortal e sem asas, em um mundo sem magia.

Alec resolveu fazer um trato. Eles se uniram para voltar para o seu mundo. No entanto, os dois se uniram mais do que deviam. Magnus foi o primeiro a se apaixonar por Alec, ele sentiu algo por ele no momento em que o viu, esse foi um dos motivos por não ter o  matado. Magnus escondeu seus sentimentos de Alec, achou que o que estava sentindo era por causa estava sendo humano, mas Alec se apaixonou por ele também. Os dois não conseguiam mais resistir ao sentimento.

Eles se entregaram um para o outro. Com medo e achando ser errado, mas se entregaram. E a partir do momento em que se beijaram, o mundo deles se tornou colorido. Após o primeiro beijo, nenhum dos dois foi capaz de deixar o outro. E após voltarem para o seu mundo real, o sentimento continuou o mesmo, e até hoje, 455 anos depois, eles estavam apaixonados.

- Eu acredito em você - Disse Alec após um tempo. - Eu acredito que ficaremos bem.

Magnus sorriu e o beijou. Beijar Alec era vicioso e ele nunca iria querer parar. Alec sorriu.

- Promete que iremos ficar juntos para sempre? - Magnus pediu. Alec o olhou. Ele era tão apaixonado por aquele anjo.

- Eu prometo.