Eu estava nervoso porque eu não sabia lutar, só o Saihara me protegia dos valentões da escola e agora ele está anestesiado e não consegue se mecher, ouvi os passos ficarem mais próximos e escutei meu nome ser chamado por uma voz familiar mas eu só esperei e então a parte da minha visão que tive veio: os caçadores tinham tochas em suas mãos e armas, e para piorar, minha mãe estava lá segurando a mão de meu irmão e estava do lado do meu pai que ao nos achar diz:
- Finalmente achamos vocês, pensei que estariam desaparecidos por que não gritaram pedindo ajuda?
- Irmãozão!- Ryo correu até mim e me abraçou e eu reteibui mas depois ele pergunta- O que está atrás de você irmãozão?
- Filho graças a Deus!- minha mãe corre ate mim e me abraça- Nunca mais suma desse jeito você me ent... Aaaaaaahhhhh!
Minha mãe empurrou eu e Ryo para trás dela revelando Shuichi em sua forma de lobisomem e os caçadores ao ve-lo ficaram espantados e assustados:
- Que é essa coisa?!- ela perguntou assustada
- Mãe calma tá tudo bem ele não vai machucar ninguém!- tentei tranquiliza-la- Ele está do nosso lado.
- Kokichi o que é essa coisa?- ela perguntou aflita
- Não chame o Shuichi de coisa mãe.
- Shuichi?! Esse aí deitado no chão com uma aparência estranha é o Shuichi?
- Impossível, ele parece uma aberração- disse meu pai
- Cala a boca- disse Maki olhando para ele com desprezo e se colocando na frente do lobo de olhos amarelos- Não chegue perto dele.
- Quem você pensa que é para me dar ordens mocinha?
- Ela é minha amiga- eu disse o enfrentando e ficando na frente do Shuichi- E amigos protegem seus amigos.
- Isso não é conto de fadas crianças- disse meu pai se colocando na nossa frente- Saiam da frente agora para que possamos acabar com essa criatura horrível.
- Já vi que não tenho escolha.
Tirei o apito de meu pescoço e o assoprei, não havia feito nenhum som e os caçadores começaram a rir de mim até que escutam o barulho de correria vindo pelos lados e então chegou Rantaro e Kaito já metendo o medo nos caçadores e correndo em disparada na direção deles alguns fogem apavorados e a monoria fica para lutar contra essas enormes criaturas.
Os caçadores não tinham chance, os lobisomens eram mais mais fortes, ágeis e ferozes, enquanto Maki também lutava contra os caçadores eu estava mais concentrado em achar uma brecha para atirar com a bala de prata no coração deles, mas estava um pan-demônio do caramba que eu não conseguia distinguir onde estava os lobisomens, até eu escutei:
- SOCORRO! SOCORRO!
- RYO! MÃE!
Fui correndo na direção deles e os vi encurralados em uma árvore com Rantaro se aproximando devagar deles a ponto de querer saltar mas eu fui mãos rápido e o empurrei no chão mas a arma caiu da minha cintura e fiquei rolando no chão com o lobo de olhos verdes em cima de mim. Em um momento inesperado ele consegue me prender e diz:
- Hehehe você é meu agora Kokichi...- ele abre sua boca e se aproximou do meu pescoço.
- Me solta Rantaro! Me solte! Me sol...
- Ai coisa feia!- grita minha mãe chamando a atenção da criatura que levou um tronco de árvore na cabeça tão forte que ele voou para longe de mim- Fica longe do meu filho seu lobisomen mau educado!
- Irmãozão, a arma!- grita Ryo chutando a mesma para a minha direção.
Eu vi a figura do lobisomem de cabelo verde se levantar e olhar para nós com um olhar irritado, não era para menos pois mamãe havia feito um machucado enorme em sua cabeça e quando ele veio a milhão e tentou pular em cima de nós de novo eu atirei na direção de seu coração:
*BANG*
Rantaro caiu no chão sem demonstrar resistência, os olhos dele se fecharam e seus últimos movimentos foram a sua respiração. Eu me senti horrível mas... eu tive que fazer isso para proteger minha família, faltava agora dois lobisomens, minha mãe me olha com um olhar preocupado:
- Querido...
- Subam na árvore e não desçam até eu mandar
- Mas... Irmãozão...
- Kaito é muito forte, se não o mais forte deles, não quero vocês perto dele ou correndo o risco de morrerem para ele, então por favor, confiem em mim.
Eles me obedeceram e subiram na árvore e ficaram por lá enquanto eu fui ajudara a Maki e os caçadores a segurar aquela criatura que se gabava de sua força bruta e de seu poder quando vi a cena pensei logo que ia ser mais complicado atirar nele; os caçadores formavam um círculo ao seu redor e Harukawa segurava um bastão de madeira. O lobisomem roxo só brincou com os caçadores, eu vi que seu alvo era a minha amiga que tentava ao máximo permanecer de pé e tentando ganhar tempo para mim.
Mas eu vi algo mais impressionante; quando Momota deu mole ela deu uma rasteira nele e abraçou suas costas o derrubando no chão, era minha deixa, eu corri até onde ela estava o agarrando e sem olhar atirei no peito do lobisomen roxo:
*BANG*
O som ecoou, infelizmente, Shuichi era o próximo que eu ia atirar mas eu ouvi algo que o lobisomem ainda não estava moro e me disse rindo:
- kehe... V-você me der-rotou...m-melhor ir... antes que aquele cas-çador... o mate...
Agora ele havia fechado os olhos e sua respiração parou, e então eu me toquei; deixamos Shuichi sozinho! Olhei para Maki e corremos para a árvore onde deixamos o nosso amigo lá mas quando chegamos não havia ninguém ali e meu coração começou a bater em desespero e olhei para todos os lados procurando sinal dele e do meu pai até eu ouvir um grito:
- Cain! Cain! AAAAAAUUUUUU!
- SHUICHI! NAO PARA DE GRITAR EU TO CHEGANDO!
Gritei para ele e corremos na direção de onde poderia estar ele, eu não podia deixar meu pai mata-lo ao mesmo tempo que eu não queria matar ele e as lágrimas eu segurava para não caírem nesse momento. Corremos até uma clareira e lá estava o meu pai com as roupas em trapos segurando uma tocha e uma arma de fogo enquanto Saihara tentava se manter de pé todo machucado e seus olhos reduziam em fúria, meu pai deu um golpe no lobisomem que o deixou no chão e pisou em suas costas apontando sua arma para a cabeça dele:
- Acabou aberração... quem sabe talvez se você se render eu faça uma exposição sobre você e...
- DEIXA ELE EM PAZ!
Corri em direção ao meu pai puto da vida e me joguei em cima dele o derrubando e saindo de cima de Shuichi, a gente ficou em uma batalha de chão por um tempo mas ele era muito mais forte que eu e o mesmo me deu um soco no olho e perdi a guarda e em seguida Maki tentou impedi-lo mas levou um soco do mesmo também e me segurou pela gola da minha fantasia e me jogou para o lado me fazendo bater de costas em uma árvore:
- ARG! Aiaiai!- gritei de dor mas tentei permanecer de pé mesmo todo machucado.
- Você cresceu filho... mas não é forte o sugiciente- ele apontou a arma para mim- Desculpe, não posso deixar você ficar no meu caminho...
- Não... vou permitir... que você... mate meu amigo...- eu fiquei de pé encostando meu corpo no tronco da árvore- Nem que eu tenha que morrer... eu vou... proteger... que eu gosto...
- Belas palavras- ele puxa a parte de cima da arma- Nos vemos no inferno filho.
Eu fechei os olhos, não esperava mais nada vindo dali e o disparo da arma de meu pai veio, mas eu não senti nada:
*BANG*
Mas ao abrir meus olhos eu congelei; Shuichi estava na minha frente e depois caiu no chão e vi o buraco de bala na lateral de sua barriga, ele havia se sacrificado para me salvar... eu me abaixei e o segurei em meus braços:
- Shuichi! Shuichi não fecha o olho!... Pelo amor de Deus fica aqui!- eu segurei sua "pata" e depous sua cabeça enquanto ele olhava para mim e não parecia com dor- Por que?... Por que Shui...?
- S-Só você pode... me matar... com a bala... de prata...
- Que cena linda mas eu ainda tenho cinco balas a minha disposição- ele diz sem receio e puxa a parte de cima da bala novamente- Agora sim você não vai ficar no meu...
- AI DESGRAÇADO!- a voz vinha de trás dele e minha mão da um golpe na lateral da cabeça do meu pai que cai no chão desacordado, e não satisfeita, ela ainda PISOU nas partes intimas dele que doeu até em mim- ISSO E POR TER QUASE MATADO MEU FILHO!
- Ai... doeu- disse Maki acordando e se levantando chão sacudindo a terra de suas roupas e depois correu até mim- Kokichi, você está todo machucado!
- Maki... o Saihara... ele tá morrendo! E eu não atirei nele!
- Então atire, a hora é agora!
- E- eu não consigo... não quero atirar nele...- eu digo segurando o choro- Será que... podemos fazer só um funeral a céu aberto pelo menos?
- Tem um campo de margaridas aqui perto- falou meu irmãozinho que vinha de maneira triste- Eu peguei alguns troncos para transportar eles, não eram tão meus afinal.
- Obrigado Ryo...
Disse enquanto arrumavamos as coisas, alguns caçadores que ficaram nso ajudaram a colocar os três lobisomens em seus troncos e levá-los até o campo de margaridas e também vi as montanhas por onde o sol entraria. Assim que chegamos vi margaridas quase infinitas junto com outras flores e colocamos as madeiras lado a lado, Shuichi estava no meio olhando para mim que segurava a arma vom a última bala, segurei meu choro porque eu não queria ver mais aquela visão de seus olhos nublados, mas ele diz em sussurro:
- Posso... fazer meu... último pedido?
- Maki... ele pode fazer o último pedido?
- Seja breve, o sol vai nascer daqui a pouco...- ela diz em seu tom neutro.
- O que quer...?
- Cante... cante para mim... a música que... você cantava no primário... por favor...
Fiquei em silêncio, coloquei a cabeça do meu amigo em meu colo e no meu braço fazendo cafune em suas orelhas e cabelo, respirei fundo e tentei cantar a canção alegremente enquanto me lembrava de sua melodia no violão:
[Kokichi]
Chora, chora noite minha
Que a cantiga vem sozinha
Teu medo diz que tá perdido
Teus olhos não veem a saída
Se esconde e repouse menino
Durma nessa madeira antiga
A Lua brilha em tua trilha
Enquanto o Sol adormecia
Eu o via balançando a cabeça no ritmo e sorrindo enquanto uma lágrima caiu de seus olhos nebulosas quase mortos mas ele aguentava com força, e eu me segurava para não chorar diante daquela situação e todos me viam também e ficavam calados, retomei minha compostura e continuei me forçando a ficar cantando alegre:
[Kokichi]
Agora tu é o rei dos bichos da floresta
Lobos, ursos juntos fazendo a festa
Micos vem trazendo essas frutas frescas
Agora tu é a rei da mata e a porra toda
Esquilos fazem de galho tua coroa
Tu fica lindo junto as raposas
De repente eu não aguentei mais e comecei a lacrimejar e meu coração bater mãos rápido enquanto eu gerava a arma e apontava para o coração dele, Maki se juntou a mim e me deu um pouco de força:
[Kokichi]
Cadê você doce menino?
Por que não dá sinal e grita?
[Kokichi e Maki]
Sirenes tocam nesse dia
Teu corpo na terra enraiza
Teus cachos continuam lindos
Teu corpo delicado e frio
Trancado nesse lugarzinho
E a chave se perdeu com os bichos
*BANG*
Puxamos o gatilho sem olhar para o rosto dele, pude notar que Shuichi não mais se movia, não sentia mais sua respiração e sua pele ficou um tanto fria e quando abri o olho vi seu estado; o lobisomem de cabelo preto havai vários machucados e sangue no rosto e em vários lugares de seu corpo tinha feridas leves e profundas, em seu peito e ma lateral de sua barriga haviam buracos de bala, uma mão repousava em sua barriga e a outra no chão e sua expressão... estava sorrindo com os olhos já não vivos.
Tranquei meus dentes e fechei os olhos dele e consequentemente aquele sorriso que nunca mais iria ver, eu olhei para a minha amiga com os olhos úmidos e ela estava se segurando também e acenou positivo com a cabeça, enterrei minha cabeça na outra parte do peito de Shumai e agareu sua blusa com força e minhas mãos estavam com seu sangue e gritei com a dor ignorando todos ao meu redor:
- SAIHARA-CHAAAAAAAN!... buaaaaaahahaha! Saihara-chaaaaaaaaa! Me perdoa! Me perdoa!
Chorei igual a um bebê que havia perdido sua chupeta, eu queria morrer também, eu continuei gritando seu nome e pedindo apelo, eu só sentia dor e amargura inundando meu peito enquanto osol nascia entre os morros.
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