Anne
Hoje é segunda. O final de semana passou tão rápido... hoje verei Gilbert Blythe. Não estou pronta para encaralo, não houve nada demais entre nós mas, me sinto ansiosa. Bom, hora de levantar.
- Bom dia minha adorável cerejeira. O dia está lindo... um otimo dia para se ler um romance não trágico desta vez.
Arrumo minha cama e coloco um vestido tom de pêssego. Ruivas não podem nunca sonhar em usar um vestido desta cor, mas como o Mettews comprou para mim com muito carinho, não posso não usar. Ele tem mangas longas e, uma renda muito linda no rodado do vestido. Um belo traje, uma pena a modelo não ser a mais apropriada para a vestimenta. Bom, agora ajeitarei mei cabelo. Sempre faço o mesmo penteado desde que me lembre. Acho que irei deixar ele solto hoje... eu sei, um vestido pêssego com esta cor de cabelo... Mas não sei, algo em mim está me encorajando a usá-lo assim. Ele está ondulado devido as tranças. Agora estou pronta. Só restara a bota para calçar.
- Bom dia Marilla. Bom dia Mettews. Como estão? Eu estou bem, fisicamente, mas não emocionalmente. O fim de semana se passara tão rápido, não acham? Hoje já tenho que ir a escola
- Mas não é você, quem sempre deseja que o final de semana se passe rápido para ir a escola? O que lhe fez mudar de ideia?
- Só queria descansar mais
- Está muito preguiçosa - diz Marilla se sentando à mesa e começamos a tomar o café
- Você quase não comentou sobre o baile Anne. Se divertiu? - diz Mettews
- Foi uma festa adorável. A decoração estava maravilhosa. Mas fiquei mesmo extasiada com os aperitivos
- Não dançou com nenhum menino ? - diz o senhor muito desconfortável com a própria pergunta
- NÃO!
- E Jerry? - perguntou Marilla
- Estava dançando com outras moças
- Não entendi. Não iam ser a companhia um do outro?
- Jerry estava mais feliz com uma das moças ali presentes
- Um... certo. Ande menina, ficará atrasada
Ah sim. Obrigada pelo café Marilla. Até mais tarde, amo vocês!
Gilbert
Hoje verei Anne. O final de semana demorou tanto para passar... senti saudades dela. Acho que levarei alguns biscoitos para ela comer na hora do lanche. Quando estava saindo do meu quarto, indo para a cozinha. Vi o armário velho onde meu pai guardava coisas de minha falecida mãe. Lembro de uma fita azul de cetim que havia ali guardado, dentro de uma pequena caixa, com mais coisas para cabelo. Abro o armário e pego a fita. Tão macia, faz me lembrar de Anne, como ela estava aquela noite. Guardo no bolso da minha calça e vou pegar os biscoito
...
Chegando na escola, encontro Billy Andrews, junto às companhias de Muddy e Antônio. Há um garoto, não me lembro de tê-lo visto por aqui.
- Oi Gilbert - diz Muddy
- Bom dia - digo para todos
- Oi - diz Billy, fingo não o escutar e me viro para o garoto novo
- Ah, desculpe. Sou Gilbert... nunca o vi
- Sou novo por aqui, por isto. Me chamo Jonh Gillys
- Gillys? É parente de Ruby?
- Sim, ela é minha prima. Meu pai faleceu uns meses atrás, as coisas ficaram estranhas em minha casa, meio solitário. Minha mãe e eu viemos morar com meu tio e minha tia. São muito generosos.
- Ah sim. Bom, seja bem vindo então a Avonlia e a escola
- Obrigada - O loiro de olhos azuis agradece com um sorriso
- Por nada - O Sr. Philips bate o sino, e todos os alunos vão para a classe - vamos todos? - os meninos e eu vamos juntos em direção a sala.
Chegando lá, penduro meu casaco e vou logo me sentar. Na verdade, quero é ver se Anne já está aqui. Ela ainda não está. Está atrasada.
- Bom di... - o Sr. Philips é interrompido por alguém que chega em desparada dentro da sala. E esse alguém é... - SHIRLEY! É ASSIM QUE UMA GAROTA DEVE SE COMPORTAR? OLHE OS MODOS, E AINDA POR CIMA ATRASADA!
- Desculpe. Eu...
- Anne! Falei para me esperar - O francês chega logo atrás de Anne
- Bernard! O que está havendo? Há mais alguém lá fora?
- Não senhor - diz o francês que logo entende o que acaba de se passar
- Tudo bem. Deixarei está vez se passar. Tamanha falta de educação e responsabilidade. Que isto não se repita, sim?
- Sim senhor - confirma Anne. Ela passa por mim e nem me olha. Se senta ao lado de Diana, a cumprimenta. Parece não notar minha presença no ambiente.
Anne
Ah, que bom que o Sr. Philips não me deixou de castigo. Acho que ele foi um tanto exagerado, mas tudo bem. O perdoarei. Passo pelo corredor da sala e me sento ao lado de Diana. Tento ignorar a presença de Gilbert, acho que não estou fazendo isso tão bem...
- Este é o novo colega de turma de vocês, Jonh Gillys. Enfim, Gillys você terá tempo de conhecer todos durante a hora do lanche. Sente-se ao lado de Muddy - Muddy levanta a mão para que Jonh possa o ver e se sentar. Espera, Gillys? Deve ser parente de Ruby.
...
Finalmente, hora do lanche. Estou faminta! Quando todos estão saindo da classe, Gilbert me puxa pelo braço e diz:
- Tome aqui, Anne. Trouxe para você.
- Ah, obrigada... - estou com vergonha - O que é? - olho para os olhos verdes do Moreno a minha frente e ele olha dentro dos meus olhos
- Biscoitos - ele sorri e coloca a mão atrás da cabeça, como sempre faz. Me olha de cima a baixo - acho que você vai gostar, sabe...
- Ah, sim. Tenho certeza de que sim - sorrio já entendendo o porquê. Foi o que comemos em sua casa
- Eu também ten...
- Anne! Ah, olá Gilbert - chega Diana - estava lhe procurando. Estamos esperando você. Vamos?
- Ah... sim, vamos - dou um leve sorriso para Gilbert e ele o retribui com um sorriso e uma piscadinha de olho
...
O assunto entre de hoje era : como Gilbert estava bonito na noite do baile e, como o primo de Ruby era belo. Devo admitir que o garoto é atraente, mas nada demais. Não me chama atenção. A aula do Sr. Philips fora bastante produtiva. Ganhei outra vez no concurso de soletragem. Pensei que perderia para o garoto novo, ele é bastante inteligente. Mas, fiquei em primeiro, em seguida Gilbert e o novato logo atrás. Um bom oponente ouso dizer. Enfim chega a hora de ir para casa. Jerry não irá me acompanhar hoje, acompanhará Diana. Arriscado? Sim, e muito. Se fico com raiva por ir sozinha? Não. Sei que ele está se arriscando por quem gosta e, Diana estáem boas mãos.
Vejo Andrews se aproximando. Ando mais rápido para não ter que falar com ele. Muddy o para, para conversar com ele. Ando bem rápido. Já estou no caminho da floresta indo para casa, percebo alguém vindo atrás de mim. Será Jerry? Não. Jerry estaria cantando suas insuportáveis músicas em francês, pulando de alegria, vindo rapidamente me contar como foi com Diana. Será... oh não! Billy? Ando mais rápido e a pessoa acelera seu passo também. Até que chama pelo meu nome e, a voz não é de Jerry, e muito menos de Billy. É a voz do Gilbert! Meu coração dispara. Minhas pernas tremem. Não gosto disto.
- Oi Anne. Foi difícil alcança-la - ele se abaixa um pouco para recurar o ar
- Oi - digo quase gaguejando
- E os biscoitos?
- Estavam deliciosos
- Ah, que bom. Temi estarem já molengos.
- Não - digo. Ele sorri, e pega algo no bolso da calça
- Anne, eu...
- Não posso me casar agora com você! Vamos esperar mais um pouco! - digo desengonçada, imprudente, impulsiva, nervosa!
- O que? - ele começa a dar gargalhadas e mostra uma fita azul de cetim e eu fico agora, absolutamente vermelha - Quero te dar isso. Mas... bom saber Anne
- Ah... Estou envergonhada - digo olhando para minhas pernas, que tremem. - ESPERA, BOM SABER!? - logo percebo o que ele disse, mas o que quer dizer com isso? Ah, que vergonha. Anne sua tola. Ah, o que farei? Onde esconderei minha cara estúpida?
Gilbert está me encarando. Estou ficando ansiosa. Muito ansiosa. Ele pega a fita e diz:
- Posso? - e faço que sim com a cabeça
Ele é habilidoso. Faz um rabo de cavalo em mim, deixando um pouco de cabelo na frente do meu rosto - pronto. Uma pena você não poder vê-la agora, está linda - ele sorri e faz um carinho no meu cabelo que ficou solto na parte da frente do rosto
- Obrigada...
- O que achou da fita?
- Eu gostei... amei. Gosto de azul
- Combina com seus olhos - ele toca com um de seus dedos meu nariz e começa a rir
- Do que está rindo?
- De, nada... - ele coloca a mão sobre sua boca, obviamente tentando segurar as gargalhadas
- Ah, não. Ficou horrível, certo?
- Não! Não desmanche! Está linda é sério. Você, só me faz rir. Claro, no bom sentido Anne.
- Um...
- Anne?
- Sim? - agora ouço as próprias batidas do meu coração. Ele me encara.
- Ah Anne! - ele volta seu olhar para o céu e depois para mim. Ele joga seu material no chão, mas sem grosseria. E segura meus braços. Deixo cair meus materiais também - Você. Não sei. Eu... Você me deixa, ansioso Anne. - ele olha no fundo dos meus olhos e depois disfarçadamente para meus lábios
- O que quer dizer ?
- Eu penso demais em você - ele me solta e recolhe o seu material e pega um papel - Por favor ... poderia ler está carta quando estiver sozinha no seu quarto? - ele me entrega e recolhe meu material
- Leio sim. Obrigada - agradeço a boa educação que teve em pegar meus materiais. Ele me encara outra vez e fala
- Obrigada você. Anne, leia com carinho. Por favor. Vá com Deus. Não poderei acompanha-la até em casa. Perdão
- Não, tudo bem.
- Então, tchau Anne.
- Tchau Gilbert... - aceno para ele. Ele sai de perto de mim. Fico o encarando. Até que ele se vira e, me vê olhando para ele, esperando ele sumir na vista. Ele volta e me dá um beijo na bochecha e sai
- Até amanhã! - ele grita andando de costas, de frnete para mim e acenando, com um sorriso de orelha a orelha.
- Até amanhã Gilbert! - digo bem alto
- Até então, Anne de Green Gabes!
- Até!
- Até!
-Tchau então
- Tchau - ele joga um beijo para mim. AI MEU DEUS!
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