handporn.net
História Antes Maegor do que Aenys- OC Targaryen - A terceira cabeça do dragão - História escrita por Eos-phros - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Antes Maegor do que Aenys- OC Targaryen >
  3. A terceira cabeça do dragão

História Antes Maegor do que Aenys- OC Targaryen - A terceira cabeça do dragão


Escrita por: Eos-phros

Notas do Autor


Olha só qm consertou a história e fez uns reparos! Eu !

Capítulo 1 - A terceira cabeça do dragão


Fanfic / Fanfiction Antes Maegor do que Aenys- OC Targaryen - A terceira cabeça do dragão

- A Dança dos Dragões -


Naerys Targaryen, a Valente, como ficou conhecida pelas escrituras e canções que se estenderam e cruzaram o reino durante o passar dos anos. Mas, para os apoiadores do Rei Aegon II, como ficaram conhecidos como 'Os Verdes', A amante, A Puta de Rhaenyra ou, como o reino a chamou por um breve período, Maegor com Tetas.


A Princesa Naerys Targaryen foi a terceira criança do casamento do príncipe Baelon Targaryen, o príncipe da primavera, e sua amada irmã-esposa, princesa Alyssa Targaryen. 

Em seu nascimento, no dia vinte e oito da nona lua do ano oitenta e três depois da conquista, a princesa se mostrou um bebê robusto, quase tão escandaloso quanto Daemon foi ao nascer. Portadora de cabelos tão prateados que quase pareciam transparentes em sua cabeça de ralos fios na cor ouro branco e olhos liláses grandes e desconfiados. Após uma quinzena de seu nascimento, assim como foi com os jovens príncipes, Alyssa Targaryen amarrou a filha ao peito e subiu aos céus em Meleys, acompanhada dos dois filhos mais velhos e o marido, Daemon amarrado no peito de Baelon e Viserys agarrado a cintura da mãe e na frente do pai.


Dizem que o pequeno príncipe Viserys Targaryen chorou ao ver a irmãzinha, já o príncipe Daemon, se chorou, foi de ódio ou desgosto, pois é dito que o menino caçula torceu os lábios ao ver o rostinho enrugado da irmã recém nascida. 


A princesa Naerys, a primeira filha menina do Príncipe da Primavera e de sua princesa Alyssa, foi recebida com júbilo pelos pais, visto que desejavam arduamente uma menina agora que tinham seus dois meninos Targaryen. 

Sua mãe, Alyssa Targaryen, declarou que a menina era o rosto do pai, com cabelos do tio e nariz dela. E realmente era, até certa parte de sua vida pelo menos. Mas é sabido que a aparência da princesa mudou drásticamente quando os anos se passaram, porém, será visto mais na frente, por enquanto, focaremos no relacionamento da princesa com seus dois irmãos mais velhos após a morte de sua mãe e seu irmão mais novo, o pequeno Aegon.


Haviam apenas dois anos de diferença entre o príncipe Daemon e a princesa Naerys, isso contribuiu para que o destino juntasse os irmãos Targaryen. Eram como um só, assim como o príncipe Baelon perseguia seu irmão mais velho, o príncipe Aemon, e o mesmo também era perseguido pela princesa Alyssa nos anos de criança, Daemon era perseguido por sua adorável sombra minúscula e magricela, Naerys. 


Enquanto criança, a princesa Naerys cresceu como uma menina tímida, sempre se escondendo atrás dos ombros do príncipe Viserys e, quando não, estava agarrada as mãozinhas do príncipe Daemon, mas jamais tão assustada quanto Daella um dia fora. Sua timidez não impedia Naerys de escapulir durante a madrugada com os dois irmãos mais velhos e, segundo relatos e algumas conclusões dos cozinheiros da Fortaleza Vermelha, roubar doces que estariam guardados para o dia seguinte. As três crianças, juntas, eram a maior alegria e terror de Baelon Targaryen desde que sua amada dama de cabelos dourados o deixara. 


Naerys demonstrava grande amor por animais, dona de um gatinho de pelagem negra e profundos olhos dourados, chamado Balerion, em homenagem ao Terror Negro; por histórias e canções que seu irmão Viserys lhe contava, normalmente quando a pequena estava sem sono, chegando a dormir encolhida nos braços do garoto quando este lhe recitava suas canções favoritas e acariciava a testa e cabelos da princesa. Um cuidado que Naerys parecia ter esquecido conforme os anos se passavam. Assim como ela parecia ter se esquecido da infância feliz que teve ao lado dos irmãos e primos, era de se falar que os anos a amarguraram.


O temperamento do dragão e do fogo que ele emanava corria forte em suas veias conforme Naerys se desenvolvia.

' O temperamento da mãe ', Baelon dizia e, em seguida, ria, passando a mão na cabeça da filha, que portava manchas roxas pelas canelas finas e pálidas, com um galho de madeira em mãos que fingia ser uma espada.

O príncipe Baelon, seu pai, admirou a determinação de sua garotinha em, um dia, portar sua própria espada e travar suas próprias batalhas.


" Um dia vou voar em meu dragão e queimar os rebeldes!", declarou certa vez a pequena princesa ao ouvir parte de algum assunto que seu tio Aemon e seu pai estavam tratando. Ambos riram da fala cheia de indignação e determinação da princesa e Baelon bagunçou seus cabelos, dizendo:


" Primeiro, minha 'doce' menina, o seu dragão tem que chocar. E, quando você subir ao céus com ele, apenas certifique-se de não queimar inocentes.", as palavras de seu pai se fixaram na cabeça da pequena princesa, que assim que terminou de ouví-las, assentiu como uma verdadeira guerreira ao receber suas ordens. Mas seu ovo de dragão nunca eclodiu. 


Naerys, agora aos dez anos de idade, quase se recusava à ter lições com sua septa, falando de como a mulher era 'uma velha rabujenta' e ' prefiro estudar com aquela ratazana gigante do castelo do que com ela. A ratazana eu não tenho nojo de colocar a mão, ao contrário da septa que tem verrugas naquele queixo feio. Tenho receio de respirar perto dela e pegar aquelas coisas nojentas na cara. ' , Baelon não soube o que dizer, mas sabe-se que o comportamento da menina teve que ser repreendido várias vezes, principalmente quando palavras de baixo calão escapuliam de seus lábios rosados e cruéis, estes escudos da língua afiada que guardava dentro da boca. 

Dizem que, após a morte do príncipe Aemon, um ano antes, quando Naerys tinha nove anos, a pequena princesa 'Nys', como Daemon a chamava desde que era um bebê, sendo Nys o jeito que consguia chamá-la uma vez que tinha dois anos, passou a ser uma criança decepcionante para alguns, quebrada para outros, mas estranha para a maioria. 


' Ela é uma criança - O Rei Jaehaerys acalmou o filho, mas sua voz sábia ainda era carregada de tristeza- Está compreendendo o quê é a morte.


E como ela compreenderia perfeitamente. A princesa passou da fase de crer nos deuses, mais por conta de sua septa que a fazia ler A Estrela de Sete Pontas durante sua infância, à culpar os deuses por lhes tirar sua mãe, seu tio, a tia Daella, até a tia Daenerys, quem nunca conheceu, para, finalmente, ser tão indiferente a ponto de declarar 'Não existem'


'Suas preces não serão ouvidas por estátuas de pedra ou o que seja a porra que usaram para esculpir essas coisas' - Um dia Naerys explodira com a septã- Se existem, são cruéis. Tiraram tudo de minha avó, estão tirando seus filhos um a um, tiraram a mulher que meu pai amou e me impediram de crescer com uma mãe. 


Dizem que a princesa teria sido punida pelas palavras que se seguiram, impedida de jantar naquela noite. Mas jantou. O príncipe Daemon, agora com catorze anos, lhe trouxe metade de seu jantar, se esquivando dos guardas e invadindo o quarto de sua irmãzinha. 


Como dito anteriormente, Daemon e Naerys eram tão próximos quanto Aemon era de Baelon. Seguindo este padrão até mesmo nos treinamentos do pátio, onde foi concedido um lugar a princesa para se juntar aos jovens cavaleiros em treinamento.

Daemon era o mais forte, e isso era claro à todos, astuto e obstinado. Naerys era veloz e se esquivava tão facilmente, mas tão brutalmente, que Daemon temia que um dia a irmã quebraria a coluna e ficasse aleijada.

Cansada de ter de prender os cabelos longos e prateados, que agora caíam até a fina e esbelta cintura da princesa de pele pálida, Naerys os cortou centímetros abaixo do queixo, dando a impressão de torná-los ainda mais brancos do que já eram e criando certas ondulações nas pontas que enfeitavam-lhe o rosto de traços jovens e delicados. Entretanto, ela insistia em deixar uma expressão dura como pedra se fazer presente.


Com o atingir da adolescência, Naerys foi descrita como bela, muito bela. Dona de uma beleza valiriana de tirar o fôlego e fazer cair de amores qualquer cavaleiro, com olhos encantadores e grandes, do mais puro lilás, como cavernas lotadas de reluzentes ametistas; pele tão pálida como a luz da lua, macia e fria ao toque, segundo um cavaleiro da casa Rogers, quem tivera o prazer de tocar suas bochechas certa vez, quando dançara com a jovem e lhe consertara os cabelos. Suas madeixas fortemente prateadas e que cheiravam a flores silvestres; lábios tão beijáveis que, de acordo rumores da época, encantaram sua dama de companhia, uma lady da casa Whent, a quem era dita como a 'favorita' da princesa, mas não antes de encantarem Jaemie de Lys, um cavaleiro perto de sua idade, que portava cabelos louro prateados, olhos de um profundo verde e rosto longo, porém de traços delicados. 

A estrutura corporal da princesa nunca mudou, continuava magra e de porte médio, mas agora contava com seios pequenos e também firmes.

Em questão de seu rosto, era e sempre foi de um harmonioso formato oval, lábios carnudos, tão bem desenhados que pareciam até moldados por mãos divinas, da própria Donzela, de queixo fino, dando-lhe uma aparência doce por cima da personalidade confusa e intrigante da princesa; sobrancelhas finas que nunca precisaram de qualquer intervenção, se curvavam tão lindamente quanto seus olhos poderiam parecer maiores quando queria algo de alguém. O lilás convencia o mais duro dos corações. 


Mas seus olhos não foram liláses para sempre. Somente por um breve período antes que, em um árduo treinamento com o irmão, onde ambos os príncipes perderam o controle e o público soltara gritos de choque, medo ou divertido, Naerys, que se jogara na direção do irmão ao perder a espada, foi acertada por um murro no olho vindo de Daemon. Tornando a situação ainda pior, o príncipe usava armadura de placas e a manopla dura, negra e com relevos feitos para parecer uma barriga ou pescoço de um dragão, acertou seu olho o esquerdo. O público, entre eles, lordes, aias, servos e servas, outros soldados, em treinamento ou já com lugares especiais, até mesmo Jaemie estava lá aquele dia, pôde ouvir o alto e em bom som Cronch que a manopla da armadura fez ao atingir toda uma extensão do rosto da princesa Naerys, que só fez cambalear para trás e, aparentemente, a encheu com mais fogo do que antes para tentar derrubar seu irmão, fazendo aquele duelo violento demais para irmão e irmã se estender até que estivessem ambos suando, rolando no chão como animais selvagens e se enforcando. 


Sor Harrold quem interviu, ordenou aos irmãos irritadiços e cegos pela briga que parassem com a loucura antes que se matassem. Por incrível que pareça, não se odiavam. Mas a memória daquela briga que começara sem motivo e terminara com a caçula mancando até a sala do meistre, sendo ajudada por Jaemie que a segurava pelos ombros e pelo príncipe Targaryen, segurando a cintura da irmã e que, segundo os observadores, os quais nunca concordavam, a olhava com pesar, outros disseram que a olhava com raiva faíscosa, tristeza e, por fim, um disse que nem sequer olhava para a caçula.


Naerys não abrira o olho esquerdo desde o momento em que o garoto loiro de Lys a puxou para cima pela mão e a colocou em seus ombros e, ao entrar cambaleante na sala do Meistre, este que deixou escrito em seus relatos que: Assustei-me ao ver o estado deplorável e digno de pena da jovem princesa Naerys. Suspeitei, com temor, ter sido uma briga de rua caso ela tenha fugido outra vez das redondezas da Fortaleza Vermelha e ido para as ruas movimentadas de Porto Real, ter sido assaltada ou pior, violentada pela forma que mancava. Mas então, vejo o príncipe Daemon se esgueirar para a minha sala logo que a dupla entrou, estava com uma espada de treino na mão e os lábios cortados torcidos em dor e descontentamento. 

Assim que auxiliei a princesa a se sentar e tratei seus ferimentos, seu corte fundo no ombro exposto e manchado pelo sangue seco e escuro, os esfolados no pescoço e, por fim, o pior de todos, que me segurei para não saltar para trás quando eu o vi, seu olho. Tamanho foi meu desespero ao desconfiar de uma cegueira da qual a princesa poderia estar sofrendo naquele exato momento, por conta de como ela olhava constantemente ao redor e respirava cada vez mais pesadamente. 

Com alívio, recebi a notícia de que a princesa Naerys enxergava, porém com certos borrões não tão terríveis mas que não a possibilitabam de olhar para a claridade do céu ou luz de velas sem que sua cabeça doesse. Sua pupila parecia dilatada, mas isso não era a maior mudança, o olho havia clareado, digo melhor, mudou de cor, se tornou um azul tão claro que, novamente, pensei que ela ficaria cega.


Mas não ficou. A princesa Naerys não teve outras sequelas se desconsiderarmos o olho azul claro como um céu no inverno ou águas mais puras das lagoas ou nascentes de rios. Nem mesmo carregou mágoa de Daemon. A jovem moça se dedicou cada vez mais ao treinamento. Passava horas no pátio, fosse com Daemon, fosse com Jaemie de Lys, cavaleiros e escudeiros ou até bonecos preenchidos por palha. 

Que era um exímio talento o da princesa de ludibriar, cortar e avançar, todos sabiam, embora houvessem os que reprovavam a moça por esse comportamento e por estar indo contra seus deveres que seriam, no auge de seus anos após seu florescimento, procurar um marido, aprender a cuidar de um filho, e até fazer o básico como dar atenção à suas damas de companhia. Com exceção de Lady Whent.


Mas Naerys Targaryen, agora com quinze anos, não fez isso. Ela preferiu ir ao Fosso e domar um dragão, achar a fera com quem teria um elo tão forte que nem mesmo os homens, reis, deuses e o quer que a mente pudesse conceber os separaria. O ser que sentiria suas emoções, sofreria em sua morte e queimaria o mundo por ela.

E ela o encontrou. Na verdade, ela foi encontrada. 

Naerys entrou no Fosso, acompanhada pelo pai e pelos mestres de dragões. Fora cautelosa em se aproximar de qualquer que fosse a fera quando um soar das pesadas correntes presas as patas e pescoço do dragão chegasse aos ouvidos da princesa, chamando sua atenção para uma esplêndida dragão fêmea de escamas vermelho sangue, dois pares lutrosos chifres dourados, que brilhavam feito aço polido, posicionados no que seria a testa e o topo da cabeça da dragão; poços de ouro derretido com um laranja avermelhado como magma expelido por vulcões queimavam em seu par de olhos. Suas duas cristas laterais eram de um vermelho ainda mais escuro e seguia caminho do focinho, passando acima dos olhos pequenos mas ameaçadores, como de serpente, imitando um par de sobrancelhas, seguindo até suas costas e terminando na cauda tão comprida quanto o pescoço. Em geral, era uma fera bem mais serpentina do que robusta, lembrando Meleys, A Rainha Vermelha, talvez mais do que lembrava Caraxes, apenas lembrando este último na forma da qual gritava e parecia ter um sorrisinho cruel. Seria tolo dizer que era um animal pequeno, pois não era. Foi o primeiro ovo a ser concedido por Vermithor e Asaprata, sendo até o qual foi cogitado para ser dado a amada princesa Daenerys quando esta estava prestes a morrer dos Arrepios, ainda era um ovo neste acontecimento, um ovo médio, de escamas douradas que seguiam vários tons de vermelho e ondas douradas em sua volta. Mas nunca foi nas mãos ou berço de qualquer criança, sendo reivindicada, anos após seu ovo eclodir, quando quase adulta, pela princesa Naerys e nomeada, orgulhosamente, Eospheros, o Fantasma Escarlate, pois não fazia som algum durante o voo, tinha as patas traseiras leves demais, até mesmo para seu tamanho, que ultrapassava o dragão Caraxes e seu pescoço alongado. Nem sequer o bater de seu par de asas particularmente enormes causava um som muito chamativo. Mas certamente homens, animais e até árvores voando chamaria uma certa atenção e denunciaria a posição do dragão. Embora isso não fosse algo essencialmente péssimo, afinal, era uma consequência, mas a rapidez com que Eospheros voava era de tirar o fôlego, e realmente tirava.


Os "sortudos" que acompanhavam a princesa Naerys durante o voo, seja Lady Beverly Whent, seja Jaemie, ou até mesmo o príncipe Daemon, voltavam pálidos na suas primeiras vezes nas costas do dragão, seguidos da cavaleira, a quem Eospheros em pouco tempo havia desenvolvido um forte laço, como almas gêmeas. Dizem que o príncipe Daemon voltou gargalhando, embasbacado e com os cabelos prateados uma confusão. Lady Whent nunca mais subiu nas costas da fera escarlate e Jae demorou a compreender o que acontecera, mas, ao recuperar o fôlego, sempre que podia voava com sua valente e inquieta princesa nas costas de sua dragão. 


Como bem dito anteriormente, a princesa não pareceu guardar ressentimentos de seu irmão, Daemon. Pelo contrário, se tornaram muito próximos, tão próximos que era comum ver Naerys junto dele quando não estava voando em sua dragão ou fazendo companhia para Lady Aemma, que, a este ponto, já era sua cunhada e tinha dado a luz à sua primeira sobrinha, a princesa Rhaenyra Targaryen. Pouco se via a jovem princesa se esforçando por alguém, mas quando era em relação à sua sobrinha, Naerys dava até piruetas e poderia plantar bananeira para tirar uma das risadas gostosas de se ouvir da bebê de dois anos, que, desde o dia de seu nascimento, conquistou o coração ferido de sua tia. 


Uma vez, quando Baelon contou seus planos de casar a filha para a própria Naerys, a princesa rejeitou com veemência. Os planos consistiam em casar a menina, na sua primeira opção apresentada, mas certamente não a que o pai cogitara, com algum lorde das grandes casas. Esta opção foi rejeitada. Então ele citou as pequenas casas, que Naerys não havia sequer escutado falar e se amaldiçoou em silêncio por não prestar atenção nos ensinamentos de sua septã. Por fim, ele ofereceu sua ideia principal para Naerys, deixando a princesa visivelmente em dúvida. Daemon. 


É preciso dizer que os boatos que corriam pelo reino estragaram, ou melhor, terminaram de estragar a reputação da princesa. Mas somente na corte, pois a plebe amava Naerys, não era tão conhecida e vista com a mesma frequência que o príncipe Daemon, o Príncipe da Cidade, era visto, mas, quando fazia suas visitas, comprava de comerciantes locais, lhe oferecia sorrisos que ninguém da Fortaleza Vermelha já havia recebido da princesa. Até mesmo brincava com as crianças, as fazia rir. Entretanto, sua presença era mais comum em tavernas e bordéis. E então começamos os nossos boatos em que citaremos diversos que podem muito bem divergirem, pois, como gostaria de lembrar, o período da Dança dos Dragões, foi um período de boatos, dos quais sabemos apenas de narradores não confiáveis.


O primeiro contato com um bar ou bordel de Naerys Targaryen foi no auge de sua juventude, quando seu irmão do meio, o príncipe Daemon Targaryen, esgueirou-se com ela durante a madrugada e ambos podem ter sido vistos não somente bebendo juntos como também terem visitado um bordel em seguida.

Há quem diga que a princesa dormiu com alguma prostituta naquela noite, outros dizem que foi o príncipe Daemon quem a deflorou. Também há quem diga que foi o próprio Jaemie. E então temos os boatos mais sedentos e absurdos, porém venenosos, de que ambos os homens estavam junto da princesa na noite em que esta foi à casa dos prazeres e que, tanto o garoto de Lys quanto seu irmão a defloraram, Daemon sua donzelisse, enquanto Jaemia sua boca. Esta última hipótese foi levantada e confirmada por Cogumelo, mas nunca pela boca dos citados.


Não houveram ouvidos dos quais não escutavam esses relatos, e não haviam bocas as quais não os repassavam, até estes circularem a mesa do Pequeno Conselho. Até virem à Baelon.

Naerys, quando confrontada, não só por isso como também por uma nova proposta de casamento, deixou sua feição transparecer seu desprezo por uniões políticas e por pouco não cuspiu.


- Não. - afirmou, ríspida. - Não fui feita para isto. 


Baelon, já na mesa do Pequeno Conselho, teve de se manter firme ao ouvir das palavras da filha caçula. Pois eram paralelas as de sua amada Alyssa. Você foi feito para batalhas e eu para isto, Baelon relembrou a fala de sua amada ao leito, morrendo sangrando e com febre, doente após um parto difícil. Talvez o príncipe pudesse visualizar sua filha no lugar de Alyssa, por isso sua expressão se tornou dolorida naquela hora.


- Não devo me casar. Não vou. - A princesa pareceu fazer uma súplica em sua dura afirmação. - Não quero o mesmo destino que minha mãe teve e não vou morrer em uma cama de sangue. Vou morrer protegendo ela.- Baelon pôde observar para onde a filha olhou. Para a porta do quarto de Aemma, onde a senhora Arryn se encontrava em companhia de sua menina, Nyra, a forma que Naerys a chamava. A princesa segurou as mãos do pai e, com a voz quebrada, lhe pediu. - Por favor, pai. Não posso fazer isso. Quero lutar, vou dar minha vida por ela.


O coração do príncipe doeu e ele afirmou em alto e bom som, Naerys, é uma guerreira. Minha menina voará para campos de batalha assim como eu o fiz, assim como Aemon o fez.


- E Aemon está morto.- O Rei Jaehaerys cortou, secamente, entretanto, sua voz frágil e cansada após anos de governo paracia fraquejar.


Baelon suspirou, mas não desistiu, bateu o pé e defendeu a causa de sua amada filha. Naerys, mesmo 'livre', até que temporariamente, de seus deveres como mulher, não foi feita cavaleira. Porém, isso não a incomodou. Ela não precisava disso, só precisava de uma espada e um dragão, o resto cairia em suas mãos, como tudo sempre caiu.


Mas o acontecimento de dois anos após este dia caiu em suas costas, com certeza lhe quebrando de todas as formas possíveis. A morte do príncipe Baelon, seu amado e heroico pai. A quem Naerys demonstrava tanta afeição, mais do que demonstrava para os irmãos, mais que demonstrava para a própria Lady Aemma e sua filha.

Naerys ficou reclusa em seus aposentos por semanas, em muitos dos dias até se recusava a comer, só melhorando de fato quando Aemma Arryn bateu em sua porta, com sua bebê no colo.


Ela sente sua falta, querida.- Afirmou a senhora de Arryn. A bebê Rhaenyra agitou os bracinhos para passar para o colo da tia e Aemma dispensou a ama de leite. 


Desde então, não sabemos o que ocorreu atrás das portas fechadas, só que as duas mulheres ganharam um intenso sentimento de carinho uma pela outra. Segundo falas e observações " bem feitas", era um relacionamento próximo demais, e há muito se sabia da fama da princesa Targaryen de se envolver com mulheres, fossem prostitutas ou mulheres nobres, embora não descartasse homens. Mas as mulheres eram as mais doces, segundo ela. 


Os eventos que se sucederam a seguir, como o Grande Conselho e a coroação de seu irmão o rei Viserys I Targaryen, só serviram para romper a afeição que tinha por seu irmão mais velho. Que em certo e doce tempo foi o jovem rapaz que lhe escupia dragões e cavalos, lhe contava histórias e recitava cantigas e canções, que lhe mostrava sua réplica de Valiria e encorajava o seu alto valiriano.

Mas, independente de sua carranca para Viserys, seus comentários atravessados para Sor Otto Hightower, seus escárnios para o Pequeno Conselho e desprezo pela família do novo Mão, a princesa Naerys jamais afastou Aemma e Rhaenyra. 


Sabia que as amava, e todos sabiam que ela as amava. Mas nunca tiveram prova tão forte quanto a que receberam, que digna de canções de amor, eróticas ou românticas, heroicas ou vilanescas, a Dança do Dragões. 


Notas Finais


------


Pessoal, perdão a demora e perdão a quem leu o essa história antes e estava esperando um novo capítulo. Gostaria de afirmar que estou refazendo e também introduzindo melhor a Naerys para vocês. Durante muitas vezes ela vai ser um personagem cinza de fato, mas com certa inclinação para uma vilã e uma safado, filha da puta e ordinária, mas ela é um amor, juro. Paz.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...