As garotas esperavam no hotel, em seus quartos, por noticias de Rosé. Jennie e Lisa, estavam em silêncio desde de que, haviam chegado da delegacia. A mais velha, não gostava daquela situação. Ela temia que a mais nova estivesse com raiva dela, pelo oque ela havia feito.
- Eu posso ser impulsiva, mas nunca faria nada para machucar a Rosé. - Disse Jennie.
Lisa olhou para a outra garota, com um olhar de julgamento.
- Então, por que fez aquilo com ela? - Perguntou a tailandesa.
- Eu estava magoada, e com muita raiva. Eu me sentia traída pela a Rosé, eu achei que ela estava me enganando. - Disse a mais velha, se justificando.
- Isso não é motivo, para fazer oque você fez. - Disse Lisa.
- Eu sei, estou me sentindo, uma pessoa horrível. - Disse Jennie, derramando algumas lágrimas.
Lisa se sentiu culpada, por ter feito a outra chorar.
- Me desculpe. - Disse ela, abraçando a morena.
- Eu me sinto um lixo, pelo oque fiz. Eu deveria ter conversado com ela, assim como a Jisoo havia sugerido. Nós duas teríamos resolvido esse mal entendido, e tudo téria ficado bem. - Disse Jennie, chorando nós ombros da mais nova.
Enquanto isso, no outro quarto. Jisoo estava andando, de um lado para o outro, ansiosa a espera de noticias. A garota estava com muita raiva de Jennie. Ela ainda não acreditava, que a outra garota, havia feito algo tão baixo, e cruel. Nessa hora Rosé deveria estar, em algum lugar daquele túnel, encolhida em um canto chorando. O coração da mais velha ficava apertado, só de imaginar aquela cena.
Jisoo se sentia culpada, pois ela havia prometido a outra, que iria cuidar dela. A cabeça da mais velha girava, era uma mistura de sentimentos, que a sufocava. Jisoo se sentou na cama, segurando as lágrimas para não chorar. Ela sentia que precisava, se manter calma.
Enquanto isso, o delegado que recebeu as garotas na delegacia, havia sido chamado para o local das buscas. Parecia que a equipe de resgate, havia encontrado algo importante. O lugar estava interditado, ninguém poderia passar sem permissão. O delegado chegou ao local, se dirigindo diretamente, ao chefe dos bombeiros.
- Então, qual é a novidade? - Perguntou ele.
- Nós entramos nós túneis, e encontramos algo. Decidimos não mexer no local, até a sua chegada. - Disse o chefe dos bombeiros.
- Me leve até lá. - Pediu o delegado.
O chefe dos bombeiros, entregou ao homem uma lanterna. Eles então, adentraram o túnel, na companhia de mais dois bombeiros. Os homens caminharam pelos corredores do túnel, por um bom tempo.
- Era isso oque eu queria mostrar ao senhor. - Disse o bombeiro, iluminando o chão.
Haviam pegadas, e um pouco mais a frente, havia um aparelho celular, jogado no chão.
- A garota deveria estar tentando achar a saída, mas estava sem querer entrando mais, para dentro do túnel. - Disse o bombeiro.
- Por que alguém deixaria para trás, o seu celular? - Questionou o delegado.
- Talvez ela entrou em pânico, e acabou derrubando o aparelho sem querer. - Disse o bombeiro.
- Talvez ela estivesse fugindo de alguém e acabou perdendo o celular na fuga. - Disse o delegado.
- A garota poderia estar sob o efeito de bebidas, ou até mesmo de drogas. O senhor sabe como são, essas festas clandestinas. - Disse o bombeiro.
- Ela pode ter sido só imprudente, e acabou se perdendo. Não é o primeiro caso de turista, que se perdeu nesses túneis. - Disse o delegado.
O homem olhou ao seu redor, usando a lanterna, para iluminar o local. O lugar era extremamente escuro, e frio.
- Quanto tempo a garota aguentaria perdida aqui? - Perguntou ele.
- As temperaturas aqui a noite, caiem drasticamente. Um, dois, três dias no máximo, talvez até menos. Dependerá também, até onde ela foi. Quanto mais para dentro, mais frio é a temperatura do local. - Disse o bombeiro.
O delegado soltou um longo suspiro. O homem recolheu o celular de Rosé, o levando como prova.
- Intensifique as buscas, precisamos encontrar a garota com vida. - Disse ele.
O delegado queria sair daquele lugar, o mais rápido possível. A sensação de castrofobia, era horrível. Ele tinha pena só de imaginar a jovem perdida alí, sozinha no escuro. Os bombeiros continuaram, com as buscas. Eles não poderiam perde tempo, pois cada minuto era importante.
Enquanto isso, no hotel. Jennie e Lisa, permaneciam no quarto, a espera de alguma notícia. A mais nova consolava a outra, que ainda estava abraçada a ela.
- Você e a Jisoo, precisão conversar. - Disse Lisa.
- Não acho que ela queira, me ouvir agora. - Disse Jennie.
- Ela está com raiva, mas logo isso irá passar. - Disse Lisa.
- Obrigada por ficar do meu lado, me apoiando. Não sei oque séria de mim, sem você. - Disse Jennie.
Lisa sentiu o seu coração disparar, ao ouvir aquelas palavras. Ela sábia que não era o momento, mais apropriado para aquilo. Mas a jovem acabou não resistindo, e beijando a outra.
Jennie se deixou levar, pelo beijo da mais nova. Ela não sábia explicar, mas a presença da tailandesa, a deixava mais calma. As duas garotas, estavam envolvidas naquele momento, quando alguém bateu na porta. Rapidamente as duas interromperam o beijo, se recompondo.
- Quem é? - Perguntou Jennie.
- Sou eu, Sophie. O delegado ligou dando noticias, sobre a sua amiga. - Disse ela.
No mesmo instante, Jennie e Lisa, correram para fora do quarto. As duas jovens pareciam estar, muito ansiosas pelas noticias.
- Então, nós conte logo oque o delegado disse. - Pediu Jennie, com urgência.
- Os bombeiros estavam procurando pela sua amiga, e acabaram encontrando o celular dela, dentro do túnel. Mas infelizmente eles ainda não a encontraram. As buscas irão continuar, mas as chances de encontrarem ela com vida, diminuem a cada hora. - Disse Sophie.
Jennie levou as suas mãos a cabeça, em desespero. Agora a jovem tinha a confirmação, de que a outra, ainda estava dentro daquele túnel.
- Eu vou ligar para a família dela. Eles precisam saber oque está acontecendo, com a filha deles. - Disse Lisa, pegando o seu celular.
- Eu vou dar essa notícia, a Jisoo. - Disse Jennie.
Enquanto isso, a mais velha estava no outro quarto, quando ouviu alguém bater na porta.
- Eu trago noticias. - Disse Jennie, que viu a porta ser aberta rapidamente.
- Eles encontraram a Rosé!? - Perguntou Jisoo.
Jennie parecia estar com dificuldades, para dar aquela noticia. Ela temia a reação da mais velha.
- Vamos, fala logo! - Pediu Jisoo.
- A Chae ainda está perdida no túnel. Os bombeiros estão fazendo as buscas, mas a cada hora que passa, a situação fica mais complicada. - Disse Jennie.
Jisoo não sábia como reagir. A jovem apenas se agachou no chão, e desabou a chorar.
- A culpa foi minha, eu deveria ter cuidado dela. - Disse a mais velha, em prantos.
Jennie não sábia, como consolar a outra garota. Ela então ficou alí, parada sem reação.
Enquanto isso, Lisa havia comunicado toda a situação, a família de Rosé, que viajou para Paris, para acompanhar as buscas. Haviam se passado três dias, mas os bombeiros, não haviam encontrado a garota. As buscas continuaram até que, um grave acidente, acabou interrompendo com o trabalho, do grupo de resgate. Um dos corredores do túnel acabou desabando, matando dois bombeiros. Eles se recusavam a entrar no local, alegando que a estrutura do túnel estava comprometida.
Depois de um mês, o chefe dos bombeiros, declarou que as buscas, haviam sido encerradas. Ele disse que as redes de túneis, tinham mais de 300 quilômetros, e que séria quase impossível, encontrar alguém alí. O chefe dos bombeiros também alegou, que nem um ser humano, conseguiria sobreviver mais de três dias, em uma situação como aquela.
Todos já haviam, perdido as esperanças. A única pessoa que ainda insistia no caso, era Jisoo. Que todos os dias, ía até a delegacia, cobrar uma atitude do delegado. Infelizmente, o visto de turista da garota havia expirado, e ela se viu obrigada a voltar para a Coréia.
Uma cerimônia simbólica foi feita, em homenagem a Rosé. Todos os amigos, e familiares da jovem, estavam presentes. Jennie, Lisa e Jisoo, também compareceram a cerimônia. A mais velha, havia ficado longe, das outras duas garotas. Ela não queria ter mais contanto, com as amigas. Jisoo passou toda a cerimônia, encarando Jennie com ódio. Ela culpava a outra garota, por tudo oque havia acontecido a Rosé.
Na faculdade, Jisoo também havia mudado de dormitório. Ela não queria ter contado nem um, com Jennie. A mais velha fazia questão de ignorar a outra garota, toda vez que elas se encontravam, nos corredores da faculdade. Jisoo se sentia culpada, por tudo. Ela acabou desenvolvendo uma forte depressão, se afastando de todos os seus amigos. Jennie havia terminado o seu namoro com Mino. A garota sentia raiva, e nojo, do rapaz, pois ele havia sido o pivô, de toda a confusão. Lisa havia ficado perdida sem rumo. As suas duas amigas agora, agiam de uma maneira estranha. Jennie tentava superar a culpa, ignorando oque aconteceu na viagem. Enquanto Jisoo, se isolava cada vez mais. Lisa então, se sentia sozinha, tendo que superar o seu luto. Assim a amizade das garotas, havia sido modificada completamente, pela tragédia que havia ocorrido em Paris.
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