As quatro garotas, pareciam não saber oque fazer. O local estava completamente cercado, pela polícia. Sehun saiu de uma das viaturas, colocando um colete a prova de balas. O detetive sábia que aquela abordagem poderia ser muito perigosa. Diferente do seu parceiro Kai, Sehun era mais esperto, e cauteloso.
- Quem foi que localizou as suspeitas? - Perguntou ele.
- Fui eu, senhor. - Disse o guarda rodoviário se aproximando.
- Você tem certeza, de que são elas? - Perguntou Sehun.
- As garotas tem as mesmas características, das jovens fugitivas. Eu decidi não fazer a abordagem sozinho, eu então chamei reforços. - Disse o guarda Jackson.
- Você fez bem, as suspeitas são muito perigosas. - Disse Sehun.
Todos os policiais que estavam presentes no local, tomaram as suas posições, esperando pelas ordens do detetive. Sehun pegou um mega fone, se aproximando da entrada da lanchonete.
- O local está completamente cercado, não tem como vocês fugirem. Se entreguem e saiam, com as mãos para cima. Eu prometo que ninguém sairá ferido. - Disse Sehun, no mega fone. O rapaz torcia, para que as garotas saíssem, pois não queria ter que invadir o local.
Enquanto isso, dentro da lanchonete. Os funcionários e clientes, que estavam no estabelecimento, pareciam não estar entendendo, oque estava acontecendo.
- Droga, droga, droga! - Dizia Lisa, sem parar.
- Fica calma! - Pediu Jisoo, nervosa.
- Nós estamos cercadas, não tem para onde fugir. - Disse Lisa.
Os funcionários e os clientes, que estavam na lanchonete, começaram a sair um por um, com as mãos para cima. As quatro garotas, foram as únicas, que permaneceram no local.
- Verifiquem todas as pessoas, que estão saindo! - Ordenou Sehun.
O detetive ficou nervoso, ao perceber que as garotas, haviam permanecido no local.
- Coloquem os atiradores de elite, em suas posições! - Pediu ele, torcendo para não ter que chegar ao extremo.
Rosé sábia que aquele detetive, era muito mais esperto, do que o outro que ela havia matado. Jennie estava ao lado da mais nova, observando todo o movimento do lado de fora.
- Se afastem dos vidros! Os atiradores de elite, podem tentar nós acertar. - Disse ela.
- Eu não tenho medo de morrer, séria até um alivio para mim. - Disse Rosé, com um olhar distante.
- Isso não tem graça! Eu não suportaria te perder. - Disse Jennie.
- Para eles vocês são as minhas cúmplices, e isso não é nada bom. - Disse Rosé, parecendo que estava pensando em algo.
A loira saiu de onde estava, entrando na cozinha da lanchonete.
- Para onde ela está indo? - Perguntou Lisa, confusa.
Não demorou muito, para que a garota retornasse, segurando uma faca, em uma das suas mãos.
- Oque você vai fazer com isso!? - Perguntou Jisoo.
- Vocês vão ter que fingirem, que são minhas reféns, e que eu estou as obrigando, a fugir comigo. - Disse Rosé.
As outras garotas pareciam não estar entendendo nada, do estranho plano da loira.
- Prontas? - Perguntou Rosé.
As jovens então, balançaram as suas cabeças em afirmação. Rosé acertou o rosto de Lisa, derrubando a mais nova no chão. As outras olhavam para a loira, sem entender a sua atitude.
- Oque você pensa que está fazendo!? - Disse Jisoo.
- Apenas entre no personagem. - Disse Rosé, segurando a mais velha, colocando a faca em seu pescoço.
A loira aproximou a garota, dos vidros da lanchonete, a expondo. Uma multidão de curiosos, já havia se formado, no lando de fora. A maioria filmava tudo, com os seus celulares. Rosé apertou a faca com força, contra o pescoço de Jisoo. Todos filmavam aquela cena, assustados com oque estava acontecendo. Sehun entendeu na hora, qual era a intenção da garota.
- Ela está querendo inocentar as amigas, colocando elas como vítimas. - Sussurrou o detetive.
As pessoas estavam postando fotos, e videos, daquela cena. Aquilo com certeza, iria servir como provas, em um possível julgamento. Jennie ajudou Lisa, a se levantar do chão. A mais nova tinha sangue, em seus lábios.
- Finja que está com medo de mim. - Pediu Rosé.
- Mas eu estou com medo de você. - Disse Lisa.
O detetive estava impressionado, com a inteligência da garota loira. Quem via aquilo de fora, achava realmente que a jovem, estava fazendo as outras garotas de reféns.
- Vão para os fundos da lanchonete. - Pediu Rosé, apontando a faca para as amigas.
As garotas obedeceram, indo para os fundos, e sumindo da visão do detetive.
- Fiquem atentos, esperem pelas minhas ordens. Nós iremos invadir o local. - Disse Sehun.
O rapaz se surpreendeu, ao ver as luzes da lanchonete, se apagarem por completo. Tudo agora estava escuro, não dava para ver nada, oque estava acontecendo lá dentro.
- Realmente esperta. - Disse Sehun, ao ver que provavelmente, Rosé havia desligado, a caixa de energia do lugar.
- Oque iremos fazer agora, detetive? - Perguntou um dos policiais.
- Vamos invadir. - Disse ele.
- Mas senhor, está tudo escuro. - Disse o policial.
- Não se preocupe, eu sei oque estou fazendo. - Disse Sehun.
O rapaz sacou a sua arma, se preparando para entrar.
- A tropa de choque vai na frente, abrindo passagem. - Ordenou ele.
Os policiais com os escudos blindados, foram na frente, escoltando os outros oficiais. Os homens derrubaram a porta de entrada, invadindo o local. Sehun ligou a sua lanterna, iluminando oque estava a sua frente. O salão da entrada estava completamente vazio.
- Se dividam em três grupos. Um ficará vigiando a saída do local, um irá até a cozinha, e o outra virar comigo. - Ordenou o rapaz.
Sehun avançou, adentrando a parte interior da lanchonete. O detetive procurou na dispensa, e aonde armazenavam os produtos do local. O rapaz dava cada passo, com muito cuidado. Ele havia presenciado o estado como Kai estava, quando foi encontrado morto. Sehun não queria ter, aquela mesmo destino.
O detetive procurava com calma por pistas, que levasse até as suspeitas. O rapaz caminhava por um longo corredor, quando ouviu um barulho de passos. Sehun se virou rapidamente para trás, flagrado um vulto correndo para a parte, aonde ficava o freezer. O rapaz seguiu a estranha figura, até o local. Sehun adentrou o grande freezer, aonde eram armazenadas as carnes. Haviam grandes pedaços bovinos, pendurados por ganchos. O lugar era muito frio, e tinha um clima sombrio. O rapaz se arrepiou, sentindo a presença de alguém no local.
- Foi assim que eu me senti, por seis meses... era tudo muito frio, e escuro. - Disse uma voz, assustando o detetive.
- Quem está aí!? - Perguntou ele, atento.
- Sou eu, a "amiga morta". - Respondeu a voz.
- Eu sei o seu nome, Rosé Park. - Disse Sehun.
- Que bom, eu então não irei precisar me apresentar. - Disse ela.
- Por que você está fazendo isso!? - Perguntou Sehun.
- Eu não tive escolha, o seu parceiro não era um homem bom. - Disse ela.
- Eu sei, nosso departamento já havia recebido várias denúncias contra ele, de má conduta polícia. Infelizmente o meu parceiro, não era alguém de confiança. - Disse Sehun, tentando localiza a garota, mas as carnes penduradas dificultavam o trabalho.
- Então, você entendi os meus motivos. - Disse Rosé.
- Mas você não só matou o Kai, como também assassinou o ex namorado, da sua amiga. - Disse Sehun, puxando conversa. O rapaz queria ganhar tempo, para encontrar a garota.
- Ele também era uma má pessoa. - Disse Rosé.
- Eu sinto informar, mas isso não servirá como desculpas, em um tribunal. - Disse o rapaz.
- Então, provavelmente eu serei julgada, e condenada, não é mesmo? - Disse a mais nova.
- Eu sinto muito. - Disse ele.
- E as minhas amigas? - Perguntou Rosé.
- Depois daquela encenação que você fez, elas provavelmente serão absorvidas. - Disse Sehun.
- Fico feliz em ouvir isso. - Disse a garota.
- Se entregue, e eu prometo que não irei atirar. Você sairá daqui, sem nem um arranhão. - Pediu Sehun.
- Você não entende, não é tão simples como parece. - Disse Rosé.
- Então, me explique. - Pediu o detetive.
Sehun tomou um susto, ao ver Rosé surgindo, em meio a escuridão. A garota loira se revelou, ficando parada de frente para o detetive.
- Não se mova! - Disse ele.
- Chegue mais perto, olhe para mim. - Pediu Rosé.
Sehun se aproximou devagar, observando aquela figura fantasmagórica. A garota era tão pálida, que se destacava no escuro. O detetive apontou a sua lanterna, iluminando a garota. Com certeza aquela não era uma pessoa normal. As unhas da garota eram longas e afiadas, sua pele pálida e com as veias expostas. Mas o mais assustador de encarar, eram os seus olhos vermelhos, que brilhavam no escuro.
- Isso não é normal... - Disse Sehun, observando aquela estranha figura.
A garota abriu a boca, em um estranho sorriso, deixando expostos os seus assustadores dentes caninos. Rosé não aparentava estar bem. Parecia que o detetive, não estava lidando com algo humano.
- Oque houve com você? - Perguntou Sehun, encarando a garota com um certo receio e espanto.
- Foi as catacumbas, eu acabei contraindo algum tipo de doença, enquanto fiquei perdida naqueles túneis. - Disse Rosé.
- Você precisa de um médico urgentemente. Eu posso ajudar, se você se entregar. - Disse Sehun.
- Eles não vão entender, oque eu tenho. Os médicos irão me dessecar, e depois me expor em formou, para todos verem. - Disse Rosé.
- Não pense dessa forma, apenas se entregue. - Pediu Sehun.
- Se for para eu morrer, prefiro morrer agora. O detetive pode atirar, a hora que quiser. A morte séria uma libertação para mim. - Disse Rosé, se aproximando.
- Não se mova! - Disse Sehun, nervoso.
A garota não obedeceu, se aproximando do rapaz. Rosé estava parada, a poucos centímetros do detetive. A arma do rapaz estava apontada, para o seu coração.
- Apenas puxe o gatilho. - Pediu ela.
- Se entregue. - Pediu Sehun.
- Atire, eu quero morrer. - Pediu Rosé, com um olhar suplicante.
Sehun abaixou devagar, a sua arma. O rapaz conseguia enxergar a dor, que estava estampada, no rosto da garota.
- Você deveria ter procurado por ajuda. - Disse ele.
- Você acha mesmo, que eles iriam me ajudar? - Perguntou Rosé.
A conversa acabou sendo bruscamente interrompida, por um grupo de policiais, que entraram no local.
- Senhor, se abaixe! - Gritou um dos homens, começando a atirar.
Sehun se jogou no chão, para não ser atingido. O detetive pode ver, quando Rosé soltou um horrível grunhido. O rapaz arregalou os seus olhos, ao ver a garota escalando o teto.
- Que porcaria é essa! - Disse um dos policias, se horrorizando com a cena, de filme de terror.
Rosé escapou, saindo as pressas do local, deixando os oficiais sem entenderem, oque havia acontecido. Sehun ainda se encontrava no chão, sem conseguir acreditar, no que havia acabado de presenciar. O rapaz se considerava uma pessoa cética, nem religião ele tinha. Ele só acreditava naquilo oque ele via, mas estava difícil compreender tudo aquilo.
- Senhor, você está bem? - Perguntou um dos policiais.
- Sim eu estou, mas poderia não estar. Quem foi que teve a ideia, de sair por aí atirando!? Vocês poderiam ter matado alguém. - Disse Sehun, nervoso.
O detetive saiu as pressas do freezer, tentando não perder Rosé de vista. O rapaz olhou ao redor, vendo que a garota havia conseguido fugir.
Enquanto isso, Rosé havia saído por umas das janelas do banheiro. O plano da garota, parecia ter dado certo. Ela havia distraído os policiais, para que as suas amigas, tivessem tempo de fugir, e roubar um carro. A jovem caminhou até uma rua próxima, se deparando com um fusca velho.
- Chae! - Chamou Jennie, abrindo a porta do carro. A loira correu, entrando no velho veiculo.
- Vocês poderiam ter roubado, um carro melhor. - Disse ela.
- Foi o único, que nós conseguimos arrombar. - Disse Lisa, fazendo um biquinho. A mais nova estava espremida, no banco de trás, junto com Jisoo.
- Você está bem? - Perguntou Jisoo.
- Sim. - Disse Rosé.
- Para onde nós iremos agora? - Perguntou Jennie.
- Eu acho que tenho um lugar. Eu só espero, que a pessoa nós receba. - Disse Jisoo.
Jennie deu a partida no velho fusca, tirando o veiculo daquele lugar. As garotas só queriam ir para bem longe da polícia, e do detetive.
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