Seulgi queria socar sua cabeça na parede. Às oito horas da noite de um sábado, ela havia acabado de se lembrar da festa da qual Seungwan havia dito no dia anterior. Consequentemente, também se lembrou que aceitou aquele convite.
Mas a mulher se desesperou no mesmo momento em que lembrou, tudo porque faz décadas que ela não vai às compras. Em seu relacionamento com Miyoung, era bem raro elas comparecerem em festas ou eventos especiais.
E talvez aquele tenha sido um problema muito grande: Seulgi se esqueceu de como é socializar com outras pessoas aglomeradas.
Mas já que havia dado sua palavra à Seungwan, então seria melhor arranjar algo de última hora. Rapidamente começou a fuçar em seu guarda-roupa, à procura de algo decente, mas nada lhe agradou imediatamente. Olhava o relógio repetidamente e então divagava outra vez naquele monte de roupas.
Por fim, Seulgi optou por usar uma calça jeans simples, junto de um suéter branco. De todos os seus sapatos, um converse foi o que mais lhe atraiu. Se fosse um baile de gala, ela nem mesmo sairia de casa, mas como provavelmente é uma festa onde pessoas irão se embebedar loucamente, ir vestida daquela forma não incomodou nenhum pouco a monolítica.
O próximo passo era escovar bem seus dentes e usar um perfume que fosse agradável e não tão chamativo. Pronto, Seulgi já poderia considerar perfeita para ir à tal festa com Seungwan e Joohyun.
Oh, não! Joohyun também estaria lá com elas e Seulgi definitivamente não sabia como agir perto daquela mulher depois do que acontecera no dia anterior. Bom, ela esperava que nada mais estranho acontecesse.
Alguns minutos depois, a campainha de seu apartamento tocou, revelando ser Seungwan. A loira estava muito bonita também, mostrando sua excelência numa calça pantacourt preta, junto de um cropped branco com alças finas, deixando um pouco seu decote à mostra.
Então, Seungwan estava querendo chamar a atenção de alguém? Seulgi quase que babou com aquela visão.
— Ei, Seul! — a vizinha a abraçou assim que a viu. — Como você está charmosa!
— Você tá sendo modesta, Wannie. — Seulgi corou.
— Não estou, não, boba. — apertou o nariz da garota. — Podemos ir? A Hyun já está lá.
— Claro. Vamos. — Seulgi fechou a porta do apartamento e ofereceu seu braço para que a menor pudesse enganchar-se nela.
As duas caminharam até o elevador e de lá partiram para o andar de cima, onde ficava o apartamento de Sooyoung. Enquanto conversavam, de longe era possível ouvir a música um tanto alta e o barulho das pessoas se divertindo no espaço. Seulgi ficou surpresa com o tanto de pessoas que se aglomeravam ali. Mas logo ela notou que o apartamento era um duplex, visivelmente Sooyoung era uma mulher podre de rica.
Seungwan arrastou Seulgi até onde não havia tanta multidão e retirou duas bebidas para elas.
— Você conhece todo mundo aqui? — a Kang indagou para sua vizinha.
— Não. A Sooyoung conhece. — a Son respondeu simplista, dando uma bela golada de sua batida alcoólica.
— E de onde você conhece essa Sooyoung?
— Ela é uma amiga mais próxima de Joohyun do que minha. Mas desde que me mudei para cá, Sooyoung me corteja desesperadamente.
— Hm, e você nunca demonstrou interesse? — Seulgi se escorou no balcão para ouvir melhor sua companheira de festa.
— Não gosto muito da conduta dela, sabe? A Sooyoung é o tipo de pessoa que adora exibir o dinheiro que tem, só entra em círculos de pessoas que se aproveitam dela... isso não é para mim.
A monolítica acenou com a cabeça e resolveu curtir sua bebida também. Seu olhar rodeava toda a festa, mas que na verdade procurava por apenas uma pessoa.
— Wannie! — no entanto, sua busca vou interrompida por uma voz desconhecida por ela.
— E aí está ela. — Seungwan apontou para a figura de uma mulher alta que vinha na direção das duas.
Sooyoung não era de se ignorar, até porque a mesma tem sua beleza notável, tanto corporal como facial. Seu vestido vermelho brilhante apenas enfatizava muito esses pontos.
— Eu realmente pensei que você não viria, linda. — Sooyoung chegou dando um abraço possessivo na loira.
— Bom, eu vim, certo? — ela disse ironicamente.
— E eu fico feliz! — a mais alta expressou, logo olhando para a figura ao lado da Son. — Temos uma novata aqui?
— Oi... — Seulgi acenou timidamente.
— Ah, Sooyoung, esta é Seulgi, minha nova vizinha.
— Seulgi! Como vai? — a mulher não perdeu tempo em abraçá-la também. — Não seja tímida, ok? Todos estamos aqui para nos divertir. Fique à vontade!
— Obrigada. — a monolítica acenou.
— Onde está a Hyun? — Seungwan perguntou um tanto preocupada.
— Joohyun? Aquela safada está se dando muito bem com o Minhyuk.
Automaticamente, o olhar de Seulgi seguiu onde o dedo indicador de Sooyoung apontava, encontrando a mulher citada dançando colocada com o tal Minhyuk. O pior de tudo era o que rapaz colocava suas mãos descaradamente em sua cintura, ameaçando tocar seus montes traseiros também.
Seulgi não sabia porque, mas sentiu um certo incômodo ao ver aquela cena.
— Aish, eu não acredito... — a loira revirou os olhos em descontentamento.
— Não seja picareta, Wannie! Deixe Hyun se divertindo e vamos fazer o mesmo! — a mais alta começou a puxar Seungwan para dançar.
— O que- Sooyoung, eu não quero deixar Seulgi sozinha! — ela protestou.
— Sua vizinha não vai ficar sozinha, meu bem. Na verdade, logo ela estará muito bem acompanhada.
E Sooyoung não estava errada, porque não bastaram quinze segundos que ela ficou sozinha e uma garota se aproximou.
— Posso me juntar a você?
Seulgi se virou para a dona da voz suave e feminina. Era uma moça muito bonita, com uma aparência puritana. Era quase impossível acreditar que ela estaria frequentando uma festa dessas.
— Claro. — a monolítica acenou gentilmente.
— Que bom, porque eu tenho reparado em você desde que entrou por aquela porta. — e foi aí que o flerte começou.
Em meio a conversa, Seulgi descobriu que seu nome era Sujeong, ela tem formação em artes cênicas e também canta nas horas vagas. Mais informações foram dadas, mas todas elas eram irrelevantes para a Kang, a qual nem se mostrava tão interessada naquele papo introdutório.
Sujeong, por sua vez, notando que Seulgi desviava sua atenção de relance, resolveu agir de maneira mais ousada a puxando para a espécie de pista de dança que havia no apartamento de Sooyoung. A Kang estava tão inerte, que apenas seguiu sua nova companhia, sem nem saber o que fazer. Quando elas se apertaram um pouco em meio a multidão, Sujeong colocou seus braços em volta do pescoço da mais alta e conduziu conforme que tocava na festa.
Mas aquilo não impediu Seulgi de olhar para o lado e avistar Joohyun muito bem envolvida com aquele rapaz atirado. Observar sua vizinha se divertindo parecia ser uma espécie de fissura da Kang, algo que esta não sentia orgulho em ter. Joohyun estava tão bela naquele vestido curto azul, que ela mesma gostaria de ter suas mãos grudadas naquela cintura acentuada. Sua vontade acabou refletindo para com Sujeong, quem sentiu aos mãos de Seulgi se apossarem de sua cintura.
E a garota certamente aprovou aquela atitude.
Uma série de atitudes vieram a seguir, como o fato de Seulgi ter de fato se incorporando numa dançarina professional de balada, além disso, ela resolveu ousar suas mãos em torno do corpo da menor. Uma situação um pouco quente para uma mulher que acabou de sair de um relacionamento, mas a Kang pouco se importava se haveriam julgamentos alheios, apenas focou em mostrar para um certo alguém que também estava muito bem acompanhada.
Por último, a única coisa que faltava era finalmente um contato mais íntimo, o qual Sujeong tomou iniciativa. A mesma puxou Seulgi pela nuca e a beijou de maneira afobada, pressionando seus lábios e deixando sua língua invadir a boca do monolítica. O beijo foi correspondido com muita dificuldade, e no fundo era possível sentir um leve gosto de licor misturado.
Uma verdadeira loucura.
Seungwan, quem dançava com Sooyoung, reparava em como Seulgi conseguiu fisgar uma garota em poucos minutos.
— Está vendo, minha linda? Eu falei que a Seulgi logo conseguiria pegar alguém da festa, e foi uma mulher ainda! — Sooyoung vangloriou.
— Céus... — todavia, Seungwan já não via tanta vantagem assim.
Voltando para Seulgi, o beijo acontecia à todo vapor. Algumas pessoas que estavam em volta reparavam no quão quente elas estavas. O que essas pessoas não sabiam era que o contato era mais unilateral do que recíproco. Seulgi, em sua mente perversa, jamais imaginou que acabaria beijando uma garota que conheceu há uns trinta minutos. Tudo ali era obra de sua imaginação, que só conseguia fixar-se na imagem de Joohyun.
E por falar em Joohyun, a dita mulher também observou no beijo fumegante que Seulgi recebia de uma mulher que ela sequer conhecia. Em seu mente, ela só pensava numa única palavra:
"Uau"
— Deus! — não demorou muito para que a própria Seulgi afastasse Sujeong.
— Nossa, que boca gostosa você tem... — ela já estava agindo para beijá-la outra vez, no entanto, foi afastada pela mais alta. — O que foi?
— I-isso não deveria ter acontecido... caramba, eu to meio perdida...
— Calma, bebê... — Sujeong riu. — Que tal aproveitarmos bem a festa, hein?! — colocou seus braços sobre o ombro da monolítica.
"Senhor, eu sei que tu me sondas...", era o que Seulgi gritava em sua cabeça. Mais do que nunca, ela queria se bater por ter feito a estupidez de avançar tão rapidamente naquela pobre garota.
— A Seul parece estar desconfortável com aquela garota. — Seungwan comentava de longe.
— Deixa de bobagem, Wannie! Ela acabou de dar um beijo selvagem naquela garota! — a mais alta apontou.
— Pelo que eu vi, foi a outra que avançou.
— Você ficou reparando nisso? — era evidente o ciúmes de Sooyoung.
— Fiquei olhando para Seulgi porque ela é minha amiga e também nova por aqui. — a menor argumentou.
— Aish, Seungwan! Pelo que vi, Seulgi é bem grandinha e se deu muito bem aqui na festa! — um bico emburrado se formou em seus lábios.
— Isso não importa, Sooyoung! Estou vendo aqui agora que ela não está confortável com aquela garota!
Sooyoung bufou outra vez. — Por que você não esquece sua vizinha e foca só em mim, hein?!
— Porque eu me importo com minhas amigas e a Seulgi é uma delas, então faça algo para mudar isso! — a loira ordenou.
— O que quer que eu faça? — perguntou incrédula.
— Qualquer coisa, você é a dona dessa festa, Sooyoung!
Sooyoung jamais gostou de receber ordens, mas por Seungwan ela abriria várias exceções. Só que naquele momento talvez não fosse sua devoção falando por si, era o seu ciúmes gritante.
— Ei, pessoal! Que tal jogarmos verdade ou desafio? — a dona da festa gritou, recebendo a atenção de todos os seus convidados.
Não era bem isso que Seungwan esperava que a mulher fizesse, mas já era alguma coisa, até porque ela notou que Seulgi se aproveitou de toda a aglomeração que se formou em volta de Sooyoung para se livrar de Sujeong.
— Você já não está muito crescidinha para sugerir um jogo desses, Soo? — Joohyun disse sarcástica.
— Mas é claro que deixaremos isso bem mais interessante, minha cara Hyun. — Sooyoung exibiu um sorriso ladino e Seungwan temeu aquele sorriso.
— O que vai fazer, Sooyoung?
— Não se preocupe, Wannie... — deixou um beijo na bochecha da loira. — O jogo acontecerá da seguinte forma: teremos verdade ou desafio. Quem escolher desafio, terá que realizar qualquer desafio. Quem escolher verdade, vai ter que responder sim ou não. Mas para cada 'não', um shot de tequila será ingerido.
Todos vibraram pelas regras do jogo e rapidamente se acomodaram no centro da sala de estar. Seulgi estava receosa, ela não gostava da ideia de beber por não ter muita tolerância em álcool. Mas ao sentir sua mão sendo segurada por Seungwan, uma parte de si se tranquilizou. Então ela se permitiu ser puxada para a roda que havia se formado.
A monolítica logo de cara observou Joohyun se sentar bem em sua frente. Seu olhar se tornou recíproco pela mulher, quem sorriu de maneira diferente. O que aquele sorriso significava?
Uma garrafa vazia de whisky foi colocada no centro da roda, a qual tinha a função de indicar quais participantes iriam começar. Diversas pessoas estavam ali, pessoas que Seulgi nunca sequer viu em sua vida. Mas então tudo se iniciou com Sooyoung, quem girou a garrafa, parando num rapaz desconhecido.
— Ilhoon... — ela sorriu maléfica. — Verdade ou desafio?
O rapaz pareceu pensar bem em sua resposta e apesar de toda apreensão, ele falou: — Verdade.
— Certo. — a mulher assentiu. — Então... é verdade que já se masturbou numa praça pública?
Os outros fizeram uma cara de nojo e imediatamente encararam Ilhoon, quem engoliu seco com a pergunta tão direta.
— É verdade.
Seulgi arregalou seus olhos. Ela nunca havia participado de um jogo parecido e este em que se encontra é algo muito além do limite que determinara em toda sua vida.
A garrafa girou mais uma vez, mas parou em duas pessoas que ela também não conhecia, duas mulheres. A questionada escolheu desafio e o que ela tinha de fazer era...
— Te desafio a beijar três pessoas dessa festa de língua de uma só vez.
Era possível fazer isso? Bom, Seulgi descobriu que tudo é possível no momento em que a mulher simplesmente puxou dois homens e os três se beijaram ao mesmo tempo. Foi a coisa mais nojenta que ela viu.
Assim, a garrafa foi sendo girada, e Seulgi prestava a atenção em todos os desafios sendo feitos, as verdades sendo ditas e os shots sendo tomados. Aos poucos, as pessoas começavam a ficar bêbadas em sua volta, uma verdadeira loucura.
Até que a garrafa parou nela e em Sooyoung.
— Ora, ora... Seulgi... — Sooyoung mentalmente analisava uma possível oponente naquela roda. — Verdade ou desafio?
— Verdade. — sua resposta foi na lata, pois ela preferia mil vezes encarar uma dose de tequila do que qualquer desafio ordenado por aquela mulher.
— Ui, decidida. — ela riu. — É verdade que você fez uma orgia com dez mulheres em seu quarto?
Que pergunta era aquela? Ela nunca nem viu uma orgia acontecendo, menos ainda esteve presente em algo assim.
— Mas o que é isso, Sooyoung? — Seungwan a repreendeu.
— Calma, Wannie... se ela não quiser responder, é só beber o shot... — disse Sooyoung naturalmente. — E então, Seulgi, o que você nos diz?
— Obviamente que não! — a monolítica afirmou, já bebendo sua dose de tequila.
— Puxa, você é tão careta...
— Sooyoung! — novamente Seungwan a repreendeu.
Seulgi sentiu o líquido queimar sua garganta. Ela não estava afim de ficar bêbada naquela noite, por isso rezou o jogo inteiro para que a garrafa não parasse em si outra vez. Mas num determinado momento, a garrafa apontou para uma mulher desconhecida e Joohyun.
Oh, era Joohyun.
— Verdade ou desafio? — a tal moça perguntou.
— Verdade. — Joohyun respondeu rapidamente.
E ela escolheu verdade, tal como Seulgi.
— É verdade que você já beijou uma mulher?
Seulgi deixou com que sua audição ficasse aguçada. A monolítica estava curiosa sobre a resposta de sua vizinha. Sua mente automaticamente se recordou do momento em que elas ficaram tão próximas, à ponto de quase se beijarem.
Naquele momento, Joohyun poderia ser qualquer coisa, menos heterossexual.
E a mulher não parecia nem um pouco apreensiva por causa da pergunta. Na verdade, ela até sorriu. Sim, ela realmente sorriu. Joohyun olhou para todos da roda, até encarar diretamente Seulgi. Foi para a Kang que ela sorriu antes de ingerir uma dose gorda de tequila.
Joohyun não disse 'sim' ou 'não', ela apenas bebeu o shot debochadamente. E foi isso que deixou Seulgi intrigada.
E o jogo prosseguiu, com mais shots e desafios. Seulgi ainda não havia sido apontada pelo fato de terem várias pessoas naquela roda. Seungwan teve a sorte de não ser tirada ainda. No entanto, a garrafa parecia ter se viciado em Joohyun, que todas as vezes escolheu 'verdade' e bebeu tequila.
Seungwan via aos poucos sua amiga ficando bêbada e sua preocupação só se aumentava ainda mais.
Mas o estopim de tudo foi quando Minhyuk, o rapaz com quem Joohyun estava quase se comendo, tirou a própria no jogo.
— Verdade ou desafio, gata?
Gata. Seulgi praticamente rosnou por dentro por causa daquele apelido tão barato.
— Desafio... — ela disse com a voz embargada.
Seulgi e Seungwan ficaram ainda mais apreensivas com a escolha da mais velha.
— Então eu desafio você a fazer um striptease aqui.
Oh, não, ele não havia dito aquilo! Seulgi queria explodir a cara daquele rapaz. O pior de tudo foi que Joohyun estava tão bêbada, que nem mesmo se importou com o desafio proposto, ela se levantou naturalmente para ficar de pé na roda. Seungwan sabia que sua amiga jamais aquilo sóbria, mas estando bêbada era uma outra história.
As duas perceberam que era hora de agir no momento em que vindo Joohyun ameaçando descer a alça de seu vestido para expor seu bojo para todos da festa.
— Ok, já chega. — Seungwan interrompeu o pequeno show de sua amiga, escutando diversos resmungos de outras pessoas, mas ela não se importou. — Seul, me ajuda a tirá-la daqui.
— Claro. — Seulgi se desfez de seu suéter para ficar somente com a camiseta que veio usando por baixo. Com aquela peça, ela cobriu o torço de Joohyun e a puxou para longe.
— Ei, o que está fazendo? — Joohyun, por sua vez, se encontrava perdida, ou melhor, muito bêbada.
— Vamos embora, Hyun! — Seungwan ditou brava.
Na hora, Sooyoung percebeu a situação e correu atrás da garota. — Wannie, espera!
— É melhor você me deixar em paz, Sooyoung! A sua festa idiota já fez demais pela Joohyun!
— Por favor, me desculpa. — ela segurou o braço da loira.
Seulgi de repente parou de andar com Joohyun, notando que Seungwan havia parado também. No entanto, sentindo o corpo de sua vizinha ficar mole, ela não quis esperar pela outra mulher.
— Wannie, eu vou levar a Joohyun embora, ok?
Seungwan não escutou o que sua vizinha disse pela barulho da festa, juntando também a voz de Sooyoung. Por isso, ela agiu por si só e carregou Joohyun no colo até o seu próprio apartamento. Não sabia se era uma decisão correta, mas não deixaria uma mulher caindo de bêbada totalmente desolada, ainda mais a mercê de babacas como aqueles que estavam na festa.
Depois de digitar a senha, Seulgi não teve tanta dificuldade em levá-la até seu quarto. Ela retirou seus saltos é a deixou confortavelmente sobre sua cama. Estava quase saindo do cômodo, quando sentiu seu braço sendo agarrado pela mulher quase adormecida.
— Onde eu estou? — ela perguntou embargadamente.
— No meu apartamento, Joohyun. — Seulgi respondeu com clareza, se sentando na beirada da cama.
— Hm... então é você, vizinha? — um sorriso safado invadiu seu rosto. Seulgi estranhou o gesto.
— Sim, sou... mas não se preocupe, já estou saindo...
— Não, não saia, não... — o aperto em seu abraço se intensificou.
— Você precisa dormir, Joohyun...
— Bom, talvez eu precise... mas você não concorda que com essa roupa, é meio desconfortável para mim?
O rosto da monolítica começou a ficar quente. — O que está sugerindo?
— Tire o meu vestido, vizinha... eu sei que você quer... — ela começou a acariciar o braço da mais alta com seus dedos.
— Joohyun...
— Vem cá, vem... — aqueles dedos subiram para o ombro de Seulgi, a puxando para mais perto. — Por que está tão tímida agora? Não estava tímida quando beijou aquela... aquela... oh, eu não sei o nome daquela vadia...
Então Joohyun também viu seu beijo com Sujeong? Oh, Seulgi, realmente sentia que iria morrer a qualquer momento.
— Olha, eu acho que você está cansada...
— Shhh! — tapou seus lábios com o indicador. — Só me diz se você gostou do beijo que deu nela...
— O-oi?
— Gostou? — Joohyun a pressionou. Ela realmente estava bêbada.
— Joohyun...
— Era o mesmo beijo que você iria dar em mim ontem?
Seulgi paralisou.
— Me responda, Seul... — seu tom embargado exigia.
— E-eu não sei...
Então Joohyun sorriu com preguiça. — Você mente muito mal, vizinha... — ela fechou seus olhos e aos poucos sua respiração foi ficando mais estável, indicando que seu sono havia chegado de vez.
A monolítica agradeceu por ela finalmente ter adormecido, porque assim poderia surtar em paz.
E mais uma vez ela teria de dormir no sofá.
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