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História Aquele Dia - Noite de Chuva - História escrita por si_nara - Spirit Fanfics e Histórias
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História Aquele Dia - Noite de Chuva


Escrita por: si_nara

Notas do Autor


Lembrando mais uma vez que eu não sei exatamente como funciona o processo de gravação de uma cena :)
Boa leitura.

Capítulo 5 - Noite de Chuva



Amora

Desde que eu soube que a Giovanna foi traída pelo marido, coloquei na minha cabeça que seria o cupido dela e do Nero. Como boa amiga dos dois, sei que os dois formam um belo casal. Eles se dão superbem, e agora que o Nero tá sozinho e a Giovanna está quase, eu preciso dar um empurrãozinho pra eles se juntarem de vez.

Implorei para que deixassem eu fazer as cenas aqui, disse que valeria a pena o resultado, mas, na verdade, foi só para Gio e o Nero terem um tempinho juntos. Deu tudo certo por enquanto, agora só preciso da boa vontade dos dois pro meu plano funcionar.

Depois de muitas indiretas da minha parte e muito constrangimento da parte deles, juntamos nossas coisas e voltamos para o casarão. Chegando lá, encontramos meu assistente do lado de fora, parecia estar nervoso.

– Onde está o resto da equipe? – pergunto.

– Uma van já chegou, falta uma, deu um problema no motor... – fala enquanto rói a unha - ...sei lá, mas já concertaram e daqui uns 15 minutinhos eles chegam.

– Ok... Calma... vamos esperar.

* * *

Passados 20 minutos, eles chegam, e rapidamente nos preparamos para filmar.

– Vamos pessoal, o tempo tá fechando, temos que fazer isso logo! – grito enquanto cada um toma sua posição.

– Gravando! – grito.

– Sabia que tu ia adorar esse lugar, é lindo não é? – fala Atena.

– É sim, só não mais que você, meu amor – diz Romero a puxando para um beijo.

– Peraí, amor? Você disse amor? – diz Atena.

– Sim, eu disse. Você é meu amor, pô – beija-a novamente.

– Não acredito que tamo aqui junto de novo, parece até um sonho. – Eles se beijam apaixonadamente por um bom tempo.

– Corta! – grito. – Não ficou muito bom o final, tem que ser mais apaixonado. Vocês podem repetir a parte do beijo?

– Ok! – fala Nero, enquanto Giovanna me fuzila com o olhar. Acho que ela já entendeu o recado.

– Gravando! – grito novamente.

– Não acredito que tamo aqui junto de novo, parece até um sonho. – Eles se beijam de novo, mas dessa vez com muito mais fogo, mais desejo e por muito mais tempo. Me sinto péssima por fazer isso, mas um dia eles vão me agradecer... espero.

– Corta! – grito. E nesse momento começa uma chuva fina. – Vamos entrar, pessoal, o restante vai ser gravada lá dentro.

– Não dá pra continuar gravando, vai dar pra ouvir o barulho da chuva na cena, vai ficar estranho, tem que parecer um dia ensolarado – meu ajudante fala.

– É verdade... vamos esperar a chuva passar. – digo.

Todos entram e se dispersam. Enquanto alguns foram preparar um lanche, alguns subiram para o quarto, já eu e Giovanna nos sentamos sozinhas à mesa da sala.

– O que você tá tentando fazer? – diz brava.

– Como assim?

– Não se faz de desentendida, não. Você fica dando essas indiretas, você tá deixando eu e o Nero envergonhados.

– Olha só, o Nero tá sozinho, você tá... hum...

– Traída – ela me completa brava.

– Eu não ia dizer isso. – Olho em volta pra ver se não há ninguém nos ouvindo. – Mas vocês são tão amigos...

– E?

– E vocês podem formar um casal. Eu tenho certeza que o Nero gosta de você.

– Você disse algo do que eu te contei pra ele? Ele tá me olhando de um jeito estranho, parece que sabe de alguma coisa... – ela fala baixinho, quase cochichando.

– Nunca pensei! Ah, então quer dizer que ele tá afim de você mesmo – começo a rir.

– Amora, eu vou te matar! – Faz um gesto com a mão, como se estivesse enforcando alguém. Eu sei que ela não está brava comigo de verdade, só está tensa com tudo o que está acontecendo, então dou uma risadinha meio idiota e ela revira os olhos.

Nero

Preparo um sanduíche para mim, Amora e Giovanna, e ao levar até a mesa, elas param de falar imediatamente. Ok, é muito estranho, mas talvez seja essas conversa íntimas entre mulheres.

– Será que para de chover hoje? Já são quase 19 horas... – digo, puxando assunto.

– Sei lá, vamos ter que deixar a gravação pra amanhã, de todo jeito já tá quase escurecendo...

– Aqui, trouxe pra vocês – digo colocando um prato na frente de cada uma.

– Obrigada – diz Giovanna que parece incomodada com algo. – Mas estou sem fome, vou subir para descansar. – Levanta-se bruscamente. – Com licença... – Sobe as escadas em direção ao quarto.

– O que deu nela?

– Umas coisas aí...

– Era sobre isso que vocês estavam conversando quando eu cheguei?

–... – Amora olha para os lados fingindo não entender minha pergunta.

– Vou lá ver o que ela tem. – Subo as escadas apressado e bato na porta do quarto de Giovanna.

– Gio, o que foi? Abre aí.

– Só estou cansada, vou dormir.

– É mentira, você que não quer me contar. Abre aí, vai!?

– Tá. – Ouço ela destrancando a porta. – Entra. – Percebo que seu rosto está vermelho de tanto chorar.

–...

–... – Nos olhamos sem nenhum dos dois saber o que dizer, então, de súbito, ela me abraça apertado. Ficamos assim por alguns segundos, mas eu queria que esse tempo nunca acabasse. Ao nos soltarmos, ela me puxa pela mão até sua cama.

– Senta aí – ela diz. Eu obedeço e me sento do lado da cama.

– Bom... – ela gagueja. – a Amora já sabe de tudo... é que nem é nada tão importante, só estou chateada...

– Você tem estado tão estranha comigo, eu te fiz alguma coisa? Quero dizer, eu tenho esse meu jeito, você me conhece, mas eu nunca quis te magoar...

– Não foi nada com você – fala olhando para o chão.

–...

– Foi meu marido... ele me traiu. – Ela caminha pelo quarto e se senta do outro lado da cama de forma tensa.

–...

– Ele admitiu a minha cara que me traiu, nem se sentiu envergonhado pela minha descoberta.

Depois do que ela me diz, arrasto-me pela cama para abraçá-la, eu sinto que ela espera por isso. Ela encosta a cabeça no meu peito e se aconchega. Tudo o que ela precisa é se sentir protegida e eu quero protegê-la. Ficamos assim por muito tempo, até ela quase adormecer, e, quando decido que está na hora de ir pro meu quarto, começo a me levantar.

– Onde você vai? – ela pergunta sonolenta.

– Pro meu quarto – digo, e nessa hora um relâmpago cai lá fora iluminando o quarto. Nos olhamos assustados, e timidamente ela diz:

– Fica aqui... comigo – fala como uma criança manhosa, e eu nem ouso ver malícia em suas palavras.

– Claro! – Apago o abajur e continuo sentado na cabeceira da cama, enquanto ela se ajeita me abraçando. O som da chuva lá fora se mistura com o som de sua respiração se acalmando. Sei que ela está adormecendo, e sem pensar duas vezes, dou um beijo leve em sua testa. Ela sorri.



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