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História Arco-íris-se - História escrita por Neotype - Spirit Fanfics e Histórias
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História Arco-íris-se


Escrita por: Neotype e DrWriter

Fanfic / Fanfiction Arco-íris-se
Sinopse:
Ser LGBTQIA+ em um mundo preconceituoso significa lutar todos os dias para ter o direito de existir. Essa é a história de como Dong Sicheng, um jovem queer, ajudou muitos alunos a terem voz e confiança para construírem seu lugar no mundo. É sobre se aceitar como é, fazer amizades saudáveis e combater as injustiças.

“Nós não somos uma fase. Não somos erros. Nós somos as diferentes formas de amar ao próximo e a nós mesmos. Nós somos todas as cores, corpos e sexualidades. Somos a Liberdade, a Gratidão, a Beleza, a Ternura, a Quentura dos corpos, a Imensidão do mundo e o Amor. Somos tudo isso e muito Mais."
Iniciado
Atualizada
Idioma Português
Visualizações 272
Favoritos 107
Comentários 6
Listas de leitura 51
Palavras 10.142
Concluído Sim
Categorias Neo Culture Technology (NCT, NCT 127, NCT U, NCT Dream, WayV, NCT DoJaeJung, NCT New Team)
Personagens Hendery, Kun, Lucas, Ten, Winwin, Xiaojun, Yangyang
Tags Ace, Aro, Arromântico, Assexual, Assexualidade, Bissexualidade, Gay, Genderfluid, Gênero Fluido, Homossexualidade, Lésbica, LGBT, LGBTQIAPN+, Não-binário, Neotype, Pan, Pansexualidade, Queer, Transgênero

NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 16 ANOS
Gêneros: Drama / Tragédia, Ficção, Gay / Yaoi, LGBTQIAPN+, Policial, Universo Alternativo
Avisos: Bissexualidade, Homossexualidade, Insinuação de sexo, Linguagem Imprópria, Violência
Aviso legal
Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma ficção. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, feita apenas de fã para fã sem o objetivo de difamar ou violar as imagens dos artistas.

Lista de Capítulos

Capítulo
Palavras
1
Pois heróis também levantam bandeiras LGBTQIA
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Comentários em Destaque

Usuário: wiwitty
Usuário
HI GENTE COMO ESTÃO VOCÊS OLÁ

Meu Deus, família, nunca duvidei que iria chegar nessa história. Estou de olho nela desde o início do desafio comentarista da vida, vulgo #VroomVroomNeotype maior e melhor, mas não sei o que aconteceu e eu sempre acabava deixando essa história para depois. O caso é que eu sinto no fundo do meu pâncreas que eu vou amar ela de paixão, então acho que enfiei na cabeça que essa é a última que eu deveria ler para fechar o meu ciclo de comentários com chave de ouro. Isso faz sentido? Tenho quase certeza de que não, mas é o que tem para hoje e é isso ae.

Vamos primeiro falar dessa capa. Ah, essa capa! Obra de arte inestimável. Monalisa do meu da Vinci, delírio dos meus sonhos, insônia das minhas noites e pizza da minha fome. Sério, é a perfeição em forma de arte. Quando a vi, fiquei apaixonada pela beleza dela. Claro, eu adoro tudo que lembre a comunidade LGBTQIA+, mas essa capa extrapolou todos os limites do divino e ressignificou o termo, sinceramente. Em suma, chutou o balde e agora não tem mais como pegar de volta de tão longe que esse troço foi.

Então, depois de boiolar pela capa, eu fui morrer de amores pela sinopse. Ó céus, o Sicheng é personagem principal, gratidão. Ai eu soltei um berro porque o menino é QUEER. Mano, eu fui a LOUCURA quando li isso, pois é raríssimo achar histórias que toquem nessa estrelinha brilhante! Geralmente tudo gira em torno de bi-gay-lésbicas e, no máximo, pelo menos pelo que eu consegui ler e ter acesso, assexuais. Acho que essa vai ser realmente a primeira fanfic que toca no termo queer que eu achei e vou ler. Surto, berro e grito, ô, glória!

“Nós não somos uma fase. Não somos erros. Nós somos as diferentes formas de amar ao próximo e a nós mesmos. Nós somos todas as cores, corpos e sexualidades. Somos a Liberdade, a Gratidão, a Beleza, a Ternura, a Quentura dos corpos, a Imensidão do mundo e o Amor. Somos tudo isso e muito Mais." Sim sIm SiM SIM SIM SIM SIM SIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMMMMMMM!!!!!

Certo, li ali nas notas iniciais que o ser divino, alado e etéreo que escreveu a preciosidade dessa história ficou em hiatus por um longo período. Anjo, você ficou em hiatus para revolucionar a literatura com essa fanfic, não foi? Tô sabendo. Não tenho ideia dos motivos para esse hiatus, mas espero que você e sua vida estejam bem agora que você decidiu voltar e agradeço demais por esse conto que eu sei que é maravilhoso.

Começo a ler esse conto já dizendo que heróis são aqueles que lutam diariamente para tornar nossas realidades melhores, de algum modo. Ou lutam por um mundo mais justo (oi professores que não desistem de nos ensinar algo), mais livre (insira a comunidade que luta por todas as formas de amor, corpos, cores e sexualidades aqui) e por aí vai, sabe. Sempre ficava brisando olhando para os super heróis dos quadrinhos, tipo o Super Homem, por exemplo. Achava bizarro ele “salvar o mundo” de uma ameaça externa do além e não ajudar as pessoas no que realmente importa, tipo combatera fome com a influência que ele tem. Enfim, pontos de vistas, eu acho, não sei mais.

“Essa é uma história de heróis comuns do século XXI” EU LITERALMENTE TREMI COM ESSA FRASE AQUI, MANO! Eu senti o poder dela, ó céus. Me fez lembrar que há muitos heróis e heroínas por ai, lutando todos os dias, mas que muitas vezes passar despercebidos aos nossos olhos, mesmo mudando o mundo e melhorando o dia de alguma pessoas todos os dias. EU TÔ QUASE CHORANDO.

Mesmo sendo um herói, Winwin ainda é humano, então não foi nenhuma surpresa vê-lo encolhido em sua cama, questionando a si mesmo sobre tudo e nada ao mesmo tempo, precisando de um pouquinho de ajuda do Lucas para conseguir um pouco de ânimo para levantar e enfrentar o dia que nascia. PORÉM, eu pensei que o dia que ele viria a enfrentar seria um dai cheio de provas, não um dia em que três infelizes homofóbicos espancavam um menino cujo nome ainda desconheço. Sim, eu tive vontade de chorar. Não sei se foi pelo menino encolhido e apanhando de três brutamontes covardes, não sei se foi pela homofobia sofrida, não sei se foi por ainda existir a crença burra de que batendo você conserta alguma coisa ou pessoa. Como que uma pessoa estaria quebrada? E como que uma pessoa seria “concertada” por meio de agressões, quando as agressões sim a quebram? Pelo amor, eu quero muito chorar sim.

Ten. O menino que apanhou foi o Ten. Tudo pelo simples motivo dele ter beijado um garoto. Espancado por um beijo. O pior nessa situação toda é que os agressores pensam que estão certos, a vítima que sofre e a homofobia estrutural continua. Por isso, achei sensacional a tática do Winwin de intervir sem o diretor, e manter os agressores na mão dele. Pode ser útil, afinal, e ainda impedem eles de encostar novamente no Chitta. Não é perfeito, eu sei, mas acho que já é alguma coisa.

Sicheng salvador da pátria por ter conseguido ajudar o Hendery. Nossa, meu coração ficou muito apertado quando foi narrado que o garoto, o Hendery, estava sendo arrastado para a quadra. Cara, não gosto nem de imaginar o que teria acontecido com ele ali se o Winwin não houvesse aparecido e conseguido o fazer correr junto consigo. E como o Huang disse, o mundo, infelizmente é injusto. Acho que é justamente por isso que não podemos deixar de tentar muda-lo.

Gente, para, eu acho que essa é a melhor fanfic que eu já li. Só dela ter falado sobre queer eu já estava muito feliz, mas não, não parou por aí. Ela realmente fala sobre cada uma das inúmeras cores da bandeira LGBTQIA+ e suas vertentes, não deixando nenhuma para trás, eu estou encantada. Quando citaram que o Hendery é trans eu sorri imensamente, mas só quando foi fito que Yangyang está em um relacionamento super fofo com o Huang e o Dejun foi que minha fixa caiu. Estou encantada, sinceramente. Sei que não dá para ignorar toda a intolerância em que a escola, o mundo em si, está mergulhando quando se trata de amores fora dos padrões em que, vamos falar a verdade, ninguém realmente se encaixa, mas tudo o que eu consigo pensar é que, cara, eles são muito lindos e eu os admiro demais.

EU ESTOU DEVASTADA MEU DEUS! Céus, foi incrível o que eles fizeram, lutando pelo que acreditam e disseminando o que realmente significa ser um membro da comunidade, suas histórias, valores e desafios. Combatendo a ignorância com conhecimento e o medo com amor. Tem como ser mais bonito que isso? Não, eu realmente acho que não tem.

Não tenho mais nem o que dizer dessa história, pois ela foi um marco na minha vida e eu fui me apaixonando por ela a cada novo parágrafo, a cada nova frase. Ela abarca tudo e fiquei extremamente e imensamente feliz quando chamaram mulheres para falar sobre o assunto, não as excluindo de modo algum, como algumas vezes, infelizmente, acontece. Então foi ótimo ver que o termo diversidade foi levado muito a sério em todos os níveis e que todas as cores se fizeram vistas, ouvidas e respeitadas por não terem desistido de vibrar e colorir o mundo.

Termino aqui meu comentário boiolando imensamente e agradecendo tanto a autora por ter feito uma das histórias mais lindinhas e inclusivas que eu já li quanto a neotype, projeto maravilhoso com staff maravilhoso que nunca decepciona e que segue trabalhando no desafio vroom vrrom. Sério, é incrível ver que vocês não desistiram mesmo recebendo uma penca enorme de comentários, tendo de checar a timeline para ver os bônus diários e continuam dando atenção e amor não só para as pessoas que participam do projeto quanto aquelas que de longe o adoram.

Beijinhos e até mais, anjos!
Usuário: goldenlilie
Usuário
Olá, vamos ao meu comentário (mesmo tendo terminado de ler ontem eu só apareci para dizer algo hoje, me falta a vergonha na cara)!

Primeiramente, você comentou nas notas que esteve por um hiatus de escrita e estava preocupada com a identidade das suas histórias, mas para mim o que realmente mostra que você é uma escritora foi o compromisso que assumiu quando decidiu abordar grupos minoritários e foi atrás de informações para fazer tudo com o devido respeito e fidelidade a como são essas pessoas na vida real. Foram muitas bandeiras pra adotar, mas considerando as 10 mil palavras o seu trabalho foi realmente satisfatório.

Me identifico muito com o Sicheng, se me permite dizer. Apesar de só termos algo em comum (que é ser panrromântico), eu adorei como alguém do espectro "cinza" da sexualidade foi dado protagonismo e voz, de forma que ele se tornou inspiração e ajuda para outros estudantes. O medo de viver e ser quem é, apesar de aceitar as diferenças dos outros, também é uma coisa pela qual eu passei, porque quando me descobri assexual meu maior medo era que isso fosse mais um motivo para me rejeitarem novamente ao longo da vida. Já me disseram - alguém que na época eu pensava ser minha amiga - que eu era doente e precisava procurar um tratamento para isso, que não era normal. No fundo eu prefiro acreditar que as pessoas só não sabem mesmo sobre o que se trata, e prefiro não me abalar mais com essas situações. Mas isso que o Winwin fez, de acolher a pessoas e se arriscar por elas, é mesmo o que o torna o que você disse no começo: um herói da vida real.

Sabe... minha mãe costuma dizer que anjos são pessoas que as vezes nem esperamos que façam parte da nossa vida, quem alguns são como seres divinos que vem de repente e nos salvam sem nem ter ideia da magnitude do que estão fazendo. Se há pessoas como nosso Win lá fora, elas com certezas são anjos também.

Preciso comentar (e isso não passa, oh god) sobre como o Lucas é simplesmente um amor compreensivo, receptivo e muito amoroso com o amigo. O fato de ele conhecer o Dong bem ao ponto de saber que ele precisava se aceitar para viver bem, mas nunca tê-lo forçado ou pressionado no seu processo, mostra como ele é alguém precioso que deve ser mantido por perto. E a liberdade, despreocupação e leveza com que ele leva a própria sexualidade é invejável. O mundo seria tão melhor se as pessoas não se punissem ou fossem punidas pelos seus desejos saudáveis...

A vontade de revolução que eles tiveram, as iniciativas e conversa com o diretor também me deixaram mesmo orgulhosa dos personagens, porque - apesar de eu não ter coragem para tomar certas lideranças - pessoas assim são admiráveis. Mas de tudo, realmente, o que mais me tocou foi o momento em que pediram transferência do Hendery para o dormitório apropriado e ele perguntou se o diretor achava que ele estava seguro ali. E céus, isso me lembrou uma moça que conheci na escola (ela estudava na parte do ensino superior) e do dia em que ela pediu para entrar no meu alojamento para tomar um banho. Aparentemente nenhuma menina havia deixado porque ela era trans, mas tudo que eu fiz foi oferecer um sorriso e aceitar. Quando duas das minhas colegas voltaram, perguntaram porque havia um homem no alojamento, e eu fiquei tão chocada com a falta de compreensão delas que só consegui responder "não tem homem nenhum aqui, ela é uma mulher". Eu nunca vou me esquecer da felicidade da moça quando saiu limpinha, cheirosa e sorrindo do meu alojamento.

Queria te agradecer por ter compartilhado a história, por ter voltado a escrever e ter tido tanto esforço, dedicação e coragem para finalizar o que planejava. Desculpa os pequenos detalhes que não comentei, os personagens sobre os quais não me aprofundei, mas saiba que você fez mesmo um ótimo trabalho. Que tenhamos mais pessoas comprometidas a abarcar mais sexualidades além do trio hetero-homo-bi nas histórias, dar protagonismo a personagens que são como essas pessoas, e que você continue querendo ser uma delas ^^

É isso. Mais uma vez obrigada por ter escrito <3
#VroomVroomNeotype
Usuário: Chiclette_Rosa
Usuário
Uau. Certo, eu tenho muito a comentar sobre essa história. Muito mesmo.

A começar pelo começo (essa frase ficou estranha), vamos falar sobre essa frase: “Essa é a história de heróis comuns do século XXI.” Cara, você consegue perceber o impacto que ela tem? Ela é simplesmente perfeita. Esta temporada do Neotype, ao que me lembro, retrata sobre heróis. As histórias trouxeram os mais diversos personagens com suas características diferentes, superpoderes e outras habilidades fantasiosas; exceto esta. E, de qualquer forma, há algo muito especial sobre essa fanfic. O fato de ela tratar sobre heróis, mas sem necessitar de ideias fantásticas e fugas da realidade é absurdamente incrível. Essa história traz a ideia de que não é necessário uma capa colorida e a habilidade de voar para mudar o mundo e salvar pessoas, basta querer fazer a diferença.

Isso é perfeito.

É lindo ver como esses garotos, que, à primeira vista, parecem não ter nada de especial, conseguiram fazer a diferença dessa forma. Existem quase 8 bilhões de pessoas no mundo, e cada uma delas enfrenta seus problemas e situações ruins da vida. E todos nós temos a chance de sermos heróis, todos nós podemos fazer a diferença. E eu amo como essa história retrata isso. Não é necessário viver em uma realidade onde plantas falam e canetas andam para mudar o mundo, assim como Dong Sicheng e seus amigos fizeram nessa história.

Agora vamos por partes.

No momento em que Winwin encontra os três garotos batendo em Chittaphon, já fica clara toda a homofobia que será tratada ao longo da história. E há um momento em especial nessa parte que me chamou a atenção. Quando Ten questiona a Sicheng o porquê de ele ter o ajudado, e aquilo foi realmente impactante. Esse trecho mostra um pouco sobre como é difícil estar sozinho no mundo, e pior ainda, não ter ninguém para te apoiar, te ajudar em momentos difíceis. O que mais dói nessa cena é saber que o Chittaphon estava tão acostumado com todos o tratando mal simplesmente por ser diferente que se surpreendeu ao ver Winwin lhe ajudando. E isso é muito triste, porque, infelizmente, é a realidade de muitas pessoas.

“Ninguém pode te julgar por querer sua própria felicidade.” O quão real essa frase é chega a ser quase difícil de expressar com palavras. Eu, como uma jovem que faz parte da comunidade LGBTQIA+, posso dizer que, de fato, não é nada fácil. Sempre vai ter alguém que vai vir falar merda e tentar nos invalidar, simplesmente porque fazer mal aos outros deixa essas pessoas felizes. Mas não há nada de errado conosco, nada mesmo. Há algo de errado em quem acha que é crime amar alguém que foge dos padrões impostos pela sociedade, ou simplesmente amar alguém do mesmo gênero. E por que é errado? Onde diz que é crime ser feliz? Não há um sequer motivo plausível para que isso seja justificado e, de fato, todos têm o direito de quererem suas próprias felicidades.

E, então, quando chega a parte em que o Hendery aparece, outra bandeira é abordada. Eu confesso que essa foi a minha parte preferida, porque foi realmente uma surpresa ver um personagem trans. É bem difícil ver em fanfics autores trazerem personagens trans, e eu simplesmente amei isso (mesmo que eu já soubesse que provavelmente essa fic teria algum personagem trans aksjadajd). E o Hendery é o meu personagem favorito dessa história, eu simplesmente amei ele. Só os primeiros parágrafos em que ele e o Sicheng conversam na enfermaria me conquistaram completamente. Eu sou suspeita de falar porque o Hendery é um dos meus utts, mas, de verdade, o personagem dele é apaixonante e cativante. Eu amo ele. Meu melhor amigo é trans e eu tenho acompanhado de perto toda a transição dele, tudo o que ele tem passado, todas as dificuldades que ele enfrenta e vai enfrentar e eu o admiro muito, então ver a bandeira dele ser representada de forma tão bonita nessa fanfic realmente me emocionou.

Logo depois, chega a parte em que o Yangyang e o Xiaojun são vítimas. Essa parte mexeu bastante comigo, porque mesmo que eu nunca tenha estado em um relacionamento poliamoroso, eu costumo escrever com trisais, e eu adoro essa experiência. É muito divertido trabalhar com essa dinâmica, além de trazer mais diversidade, e me abalou bastante relembrar o quanto as pessoas ainda fecham a cabeça quando esse é o assunto a ser tratado. Por um lado, eu fiquei muito feliz de ver eles como um trisal (não só porque eu shippo muito eles três, mas também porque é maravilhoso ver essa inclusão).

“Isso é um convite para uma revolução? Se você estiver disposto a liderar, então eu estou disposto a me juntar.” AAAH, o berro que eu dei nessa parte KSKSASJ. Eu simplesmente amei que eles iam mesmo começar uma revolução, indo lutar pelos seus direitos. Isso me inspirou, me comoveu. É bonito de ver, e faz a gente querer lutar também. O sentimento é muito bom, faz eu me sentir capaz, me faz ter vontade de, quando eu puder, lutar pela minha causa. Obrigada por me inspirar (e, possivelmente, inspirar a outros).

Agora deixemos um breve comentário sobre o Lucas e outro sobre o Lucas e o Ten: primeiro de tudo, é simplesmente adorável a relação do Lucas com o Sicheng. Sério mesmo, me deixou com corações nos olhos ver o Lucas preocupado e cuidando do Winwin (especialmente na parte em que ele se assume para o Lucas). E, segundo de tudo, mais uma vez, fiquei feliz com a representatividade com o Chittaphon. Eu sou uma pessoa que ainda está se descobrindo, e, atualmente, me considero uma pessoa aro. Ver o Ten ser retratado como uma pessoa aro também me deixou com o coração quentinho. E fora que eu achei uma graça o Lucas gostando do Ten e mesmo assim respeitando a sexualidade dele, não forçando ele a nada. Foi muito legal de ler.

Seguindo adiante, a fanfic passa a tratar sobre a mudança de dormitório do Hendery. Essa foi outra parte que me tocou muito, porque, de fato, é extremamente necessário que as pessoas comecem a tomar cuidado com as identificações de gênero, de forma que todos possam se sentir seguros e à vontade em determinados ambientes. O banheiro unissex é um exemplo, porque todo mundo pode usar, independentemente da cor da pele, da identificação de gênero, da sexualidade e afins. Eu adorei ver o Sicheng indo lá lutar pelo amigo, porque mostra um carinho muito admirável por parte dele. Eu achei muito foda, sério. Eu faria o mesmo pelo meu melhor amigo e, novamente, me emocionei muito com essa parte.

(Adendo: achei maravilhoso que o diretor, no fim, deixou o Hendery mudar para o dormitório masculino.)

E então entramos na parte em que eles convencem o diretor a deixá-los fazer um movimento a favor dos LGBTQIA+. O que falar dessa parte? Eu simplesmente amei, cara, fiquei emocionada de verdade. Tive que fazer várias pausas para respirar bem fundo ou eu ia acabar chorando muito. Foi muito bom ver eles se preparando com todo o cuidado para a palestra. E eu achei perfeito que eles estivessem tão dedicados àquilo, realmente querendo fazer a diferença [insira aqui um emoji chorando]. O jeitinho que eles fizeram tudo de coração, para lutar por uma causa maior, me encantou.

Bem, aí chegamos à parte da palestra em si. Oh céus, que coisa mais linda! “Somos a Liberdade, a Gratidão, a Beleza, a Ternura, a Quentura dos corpos, a Imensidão do mundo e o Amor. Somos tudo isso e muito Mais.” Eu te juro, chorei nessa parte. Eu me senti completamente maravilhada por essas palavras, porque 1: eu quero me sentir livre para ser quem eu sou; 2: sou extremamente grata por ser gentil comigo mesma e aceitar o meu tempo, e, acima de tudo, aceitar a mim mesma do jeito que eu sou; 3: eu sei me amar e saber enxergar a minha própria beleza; 4: carrego comigo um carinho muito grande por todos aqueles com quem me importo; 5: me sinto confortável com a minha sexualidade e aceito que eu sinto atração pelas pessoas que eu sinto; 6: sei que existem milhões de pessoas no mundo que são como eu e que elas não estão sozinhas nessa imensidão que é o nosso mundo e 7: eu amo as pessoas que eu amo e ponto final, nada e nem ninguém vai mudar a forma em que eu me sinto e o jeito que eu sou, porque eu sou assim e muito mais. Essa história me fez perceber tudo isso, cara, e eu me sinto em êxtase. E, na parte em que cada um fala um pouco sobre a sua bandeira, eu fiquei muito emotiva. Foi muito lindo. Eu me senti conectada, como se eu estivesse ali, ouvindo tudo o que eles estavam dizendo. Foi surreal.

Eu acho que não consigo expressar tudo o que essa fanfic foi pra mim. Ela foi perfeita, e, definitivamente, se tornou uma das minhas favoritas. As emoções que eu senti lendo ela foram absurdamente incríveis, e eu só tenho a te agradecer por isso, sério. Foi uma experiência e tanto.

Confesso que me arrependo de não ter lido ela antes por pura preguiça, mas, hoje (ou no caso, ontem), quando eu vi você comentando sobre ela no grupo de escritores do Neotype, eu me lembrei, e decidi vir ler. E disso eu não me arrependo nem um pouco, porque foi maravilhoso. Sem exageros. A princípio, o tamanho dela assusta um pouco por ser meio longa, mas ela fluiu muito bem enquanto eu lia. Nem parecia ter mais de 10 mil palavras.

E eu concordo com você, acho que esse tema devia mesmo ser mais abordado. Acho até que o seu ponto é muito bem elaborado quando você diz que algumas bandeiras têm pouca visibilidade, especialmente no mundo das fanfics. Acho que seria muito legal se a gente começasse a trazer mais representatividade para a nossa escrita e com certeza vou tentar fazer isso. E, felizmente, hoje as pessoas têm discutido muito sobre esse tema e ele tem sido muito abordado. Eu acho incrível que estejamos evoluindo, mesmo que aos poucos, para nos tornarmos uma sociedade mais aberta ao diferente e menos presa ao senso comum.

Só tenho elogios quanto à sua escrita, porque ela foi maravilhosa. O jeito que você descreveu tudo, cada detalhe, me prendeu, e isso é muito bom. A sua escrita é envolvente, é detalhada, traz emoção e descreve perfeitamente as cenas e reações dos personagens, trazendo sensações ao leitor que são inexplicáveis. Tudo foi perfeito.

E eu tenho uma história engraçada com essa fanfic (cheguei a comentar no grupo do Neotype, inclusive auhsuahs), que foi quando a minha mãe viu a capa dessa fic e quase descobriu que eu sou da comunidade LGBTQIA+. Foi muito desesperador na hora, porque eu ainda não estava pronta para sair do armário aushaud. Não que eu esteja agora, mas pelo menos estou um pouco mais confiante e pensativa, graças a essa fic. Fora que a pessoa que fez a capa dessa fanfic (eita as fofocas) também foi uma parte um pouco cômica da minha vida, mas de um jeito não tão bom. Enfim, fatos irrelevantes mas curiosos que eu decidi compartilhar.

Essa fanfic foi perfeita, já disse isso? Sério, ela foi tudo e mais um pouco. Ainda tô em choque com o impacto que ela teve em mim, me fazendo perceber algumas coisas que eu não tinha reparado antes. Foi lindo o levantamento de temas e a abordagem de certos assuntos, e eu achei muito bonito da sua parte, mesmo. Foi uma honra poder ler essa obra.

Então, do fundo do meu coração, eu gostaria de te agradecer por ter escrito essa obra. Ela merece muito reconhecimento, saiba disso, e eu estou completamente apaixonada por cada detalhezinho dela. Volto a bater naquela tecla lá do começo de que não é preciso muito para ser um herói, porque essa fanfic ensina isso (e muito mais). Eu nunca vou esquecer essa história, tudo o que ela significa e representa, as barreiras que ela abre para certos assuntos e o quanto ela é simplesmente tudo.

Não existem palavras o suficiente para expressar tudo o que eu gostaria de dizer sobre essa história, então fica aqui o meu humilde e singelo obrigada por tudo. Já te admiro mais do que você possa imaginar.

Bem, foi isso, se você conseguiu chegar até o final desse monstrinho muito obrigada AKSJSJSAK. E desculpa pelo tamanho do comentário, ele teve que ser minimamente do tamanho de tudo o que eu senti lendo essa história.

Enfim, agora sim chegamos ao fim, um beijão e um grande abraço <3
#VroomVroomNeotype