***
Uma aldeia de pescadores afastada o bastante para nem o sinal de celular funcionar direito, o ômega caminhava tranquilo com os livros nos braços e a bolsa a tira colo, a roupa confortável não marcava o corpo deixando assim a pequena barriguinha livre.
- Bom dia professor Park.
- Bom dia, Hyuna - a garota sorriu ao se aproximar do Park.
- Posso ajudar? - ela esticou as mãos e decidida já pegou os livros - são muitos.
Hyuna olhava para as capas com admiração e certa curiosidade, aquela era uma aldeia simples e o fato do professor ao seu lado vir dar aulas ali, já tinha sido a alegria da jovem omega, e o Park sempre lhes trazia mais coisas que as convencionais.
- São para aula de hoje - o professor respondeu ao olhar curioso da aluna.
A escola era pequena e apesar disso acomodava as crianças e adolescentes muito bem, o ruivo dava aula em dois turnos para suprir a falta de professores.
Os alunos já estavam em seus lugares quando Jimin entrou na sala.
- Bom dia classe.
- Bom dia professor Park - foi a resposta animada da turma.
...
Os dias corriam amenos, e o Park já estava com quatro meses de gestação, sua barriga não dava pra ser notada o que permitiu ao ruivo usar grande parte de suas roupas ou quase todas, estava parado na frente do espelho encarando os botões abertos da calça jeans.
- É meu bebê essa não vai dar. - Pegou um moletom e sorriu quando esse ficou largo e confortável. - Ótimo. Vamos ver o doutor agora.
***
Jeon andava de um lado para o outro furioso.
- Como não acha um ômega! - Socou a mesa - ele não tem família como pode sumir assim?!
- Jeon, o fato dele não ter família atrapalha e muito meu trabalho - o detetive estava sentado olhando a foto do ruivo sobre a mesa.
- O reitor não sabe dele? - Sentou na cadeira atrás da mesa escura de madeira. - Ache ele nem que tenha que ir até o inferno!
- Certo, assim que tiver novidades aviso - o rapaz alto e sério fez o caminho até a porta.
- Namjoon, obrigado. - o alfa disse um pouco mais calmo.
- Vou achar ele, pode ter certeza.
O kim era um amigo leal e o único em quem Jungkook confiava.
...
Alguns dias antes...
Jungkook encontrou a casa com todas as luzes apagadas e sem nenhum sinal de Jimin, o carro do ruivo estava na garagem, porém nada indicava que ele estivesse ali ou que sequer tivesse voltado naquela tarde.
- Jimin, está em casa? - Chamou enquanto subia para o segundo andar no quarto do casal estava tudo no lugar, exceto pelo envelope sobre a penteadeira com a caligrafia bonita do ômega.
~Para meu querido Jeon
Você é o amor da minha vida, ao seu lado encontrei muito mais que felicidade, encontrei a família que nunca tive. Quero que saiba que o amor que sinto por você nunca mudou, apenas cresceu ao longo dos anos.
Sinto que tenha que ser dessa maneira, porém a muito nosso casamento está passando por dificuldades e antes que reste apenas lembranças ruins, decidi partir.
Espero que me perdoe, algum dia por não ter correspondido a suas expectativas, confesso que tentei.
Adeus meu querido Jungkook. ~
As palavras escritas na folha bateram com violência contra o alfa, ele que nunca perdeu nada, tudo o que desejava conseguia, os olhos correram pelo cômodo nada estava diferente tudo parecia igual, foi até o closet e algumas roupas do ruivo tinham sumido.
- Que brincadeira é essa Jeon Jimin! - Ligou para o celular do esposo e ouviu o aparelho tocar no quarto junto com os papeis do divórcio que foram rasgados no mesmo instante.
....
- Namjoon, sou eu.
- Oi Jungkook, a que devo a honra da sua ligação? - Disse com graça mais o silêncio na linha o fez repensar - O que aconteceu?
- Jimin sumiu. - As palavras rasgaram a garganta como agulhas - eu preciso acha-lo.
- Sumiu? Certo estou indo, não faça nada.
O kim era detetive particular e o único amigo do Jeon, era raro Jungkook pedir ajuda e menos ainda relacionado ao esposo.
Jungkook tinha um ciúme doentio e não deixava ninguém se aproximar de Jimin, porém agora o ruivo estava sumido e um medo percorreu a mente do Kim. E se o amigo tivesse feito algo com o ômega?
...
Dias atuais....
Jungkook socou a mesa com força, o porta retrato com a foto do casal sorridente caiu quebrando o vidro.
- Olha o que você me faz fazer Jimin- pegou a foto do meio dos cacos, um pequeno corte no indicador foi feito pelo vidro, tocou na imagem do ruivo sorridente deixando uma mancha vermelha - Onde você está?
Sua voz soou baixa não estava furioso nem com a irritação comum, foi mais pesaroso cheio de tristeza.
- Coração onde você está?...
***
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