Castiel Novak
Estávamos saindo do evento quando a nossa mesa ficou quase vazia por causa do jantar, ia demorar um pouco e decidimos que era melhor partir em retirada, nos despedimos dos nossos irmãos e da Charlie, pedimos para desejarem uma boa noite e um adeus aos outros por nós e fomos para o estacionamento, a noite estava ficando cada vez mais fria, abotoei o paletó, Dean me abraçou de lado e caminhamos juntos abraçados.
- Com frio meu amor? Ele perguntou.
- Um pouco. Eu disse e ele beijou meu rosto.
- Não se preocupe, vamos para casa em breve. Ele disse e eu observei ele. –Você precisa comer, quer passar em algum lugar para jantar? Ele perguntou e eu pensei um pouco.
- Sim. Eu disse e ele pensou.
- Algum pedido especifico? Ele perguntou e eu neguei. – Acho que sei o lugar perfeito para um jantar. Ele disse sorrindo para mim.
Entramos no carro, Dean dirigia tranquilamente, ele não ligou o rádio, só o aquecedor, tirei o paletó e ele me observou.
- Melhor? Ele perguntou.
- Muito, obrigado. Eu disse e ele sorriu pegando a minha mão.
- Gosta de comida mexicana? Ele perguntou e eu sorri.
- Sim. Eu disse e ele sorriu.
- Conheço o melhor restaurante mexicano de Chicago, fica próximo ao Lincoln Park e você vai amar. Ele disse e eu sorri.
- Ótimo, vamos para lá então. Eu disse e ele sorriu olhando o transito e fazendo uma curva.
Chegamos a um restaurante de esquina, tinha algumas paredes de vidro e conseguimos ver que estava cheio, coloquei meu paletó, Dean estacionou o impala em uma vaga na frente do restaurante, saímos do carro, ele pegou a minha mão e entrelaçou nossos dedos, olhei para ele que tinha um sorriso no rosto, entramos no restaurante e a atendente veio nos receber.
- Oi Penny. Dean disse e a moça sorriu.
- Winchester, que bom te ver. Ela disse e me observou. - Este deve ser o seu namorado.
- Sim, esse é o Castiel. Ele disse sorrindo.
- Como você sabe? Eu perguntei.
- Dean fez uma reserva para o irmão dele a alguns dias e disse que traria o namorado em breve. Ela disse e eu sorri.
- Tem algum lugar disponível hoje? Dean perguntou.
- Bem, pelo livro de reservas não, mas sempre temos um espaço para clientes frequentes. Ela disse olhando o livro. – Se quiser esperar no bar enquanto preparo a mesa de vocês. Ela disse e Dean me olhou.
- O que acha meu anjo? Ele perguntou e eu concordei.
- Podemos sim, estou precisando mesmo de uma bebida. Eu disse e Dean sorriu.
Penny nos levou até o bar, todos conheciam Dean, alguns vieram cumprimenta-lo, outros apenas sorriam e acenavam, sentamos no balcão do bar e pedimos duas cervejas.
- Todo mundo te conhece aqui. Eu disse impressionado.
- Acho que sim. Ele disse e eu observei. – Ah, você quer saber o motivo? Ele perguntou.
- Sim! Eu disse como se fosse obvio e ele riu.
- Eu comecei a frequentar quando me mudei, Charlie que me trouxe aqui é o favorito dela. Ele disse e pensou um pouco. - Alguns meses depois de entrar para os bombeiros, houve um início de incêndio elétrico aqui na frente, causado por uma falha no sistema de postes da rua, a ação rápida impediu que os prédios e também o restaurante pegasse fogo.
- Então você ganhou mais fãs. Eu disse e ele riu.
- Não diria que são fãs, talvez conhecidos e até amigos. Ele disse dando um gole na sua cerveja e me observou. - Sempre que preciso de uma reserva de última hora, posso ligar aqui e eles arrumam uma mesa para mim.
- É bem legal. Eu disse observando o restaurante e bebendo a minha cerveja.
- Que bom que gostou. Ele disse e Penny veio até nós.
- Sua mesa está pronta, me acompanhem. Ela disse e nós seguimos.
Sentamos em uma mesa afasta das outras, Penny anotou nossos pedidos e Dean sugeriu as enchilhadas de frango, fizemos as escolhas, observei o local um pouco distraído, Dean pegou a minha mão e eu observei seu rosto preocupado.
- Pode me dizer o que está te incomodando anjo? Ele perguntou e eu suspirei.
- Hoje é o aniversário do meu irmão. Eu disse e ele arqueou a sobrancelha.
- Gabe? Ele perguntou e eu neguei.
- Miguel. Eu disse e ele pareceu entender alguma coisa.
- Sentindo falta dele? Eu perguntei.
- Sim, mas não é só falta. Eu disse e ele me observou sério. - Também sinto culpa.
- Porque? Ele perguntou.
- É uma história longa. Eu disse e ele acariciou minha mão.
- Temos a noite toda. Ele disse e eu assenti.
- Tudo bem, mas entenda que eu era um pouco ingênuo na época. Eu disse e Dean me observou paciente. - Foi durante o meu quarto ano de medicina, Gabe e eu estudávamos na Universidade de Minnesota, o Miguel tinha largado a nossa universidade para se mudar para Nova York, porque conseguiu uma bolsa de estudos e ia finalmente cursar arquitetura como ele queria, foi a primeira vez que ele veio para casa acompanhado, o nome do amigo dele era Aaron estudava administração e relações internacionais na mesma faculdade. Eu disse a palavra amigo fazendo aspas com as mãos. – Era a véspera de um feriado e eles iam ficar por vários dias, porque teriam a próxima semana livre após as provas, meu irmão mais velho estava muito empolgado com a visita, passamos muito tempo longe e estava sendo uma semana ótima, ele me contou sobre a universidade, sobre como Nova York era agitada e em como ele estava feliz lá, me contou sobre os amigos e sobre estar tendo um lance com o Aaron, fiquei feliz por ele, mas achava aquele cara meio estranho.
- Porque? Dean perguntou.
- Ele me encarava demais, desde o momento que chegamos em casa e encontramos eles lá. Eu disse pensando sobre tudo. - Ele passou a tentar forçar um tipo de intimidade que não tínhamos, não me sentia bem perto dele, porque ele sempre estava tentando me abraçar ou me segurar, sempre queria sentar entre mim e o Miguel, por algum motivo não gostava nada dele e passei a semana toda tentando não ficar perto dele, mas não adiantou muito.
- Ele tentou alguma coisa com você? Dean perguntou sério.
- Sim e foi isso que fez meu irmão ir embora para sempre. Eu disse e Dean ficou me observando. – Nos primeiros dias ele meio que me seguia dizendo que ia me ajudar com alguma coisa, enquanto estávamos sozinhos ele puxava os assuntos mais estranhos, sobre como era crescer em Mineápolis, se era tão pacato quando parecia, se saímos muito juntos, se as pessoas vinham muito na nossa casa, porque eu não bebia, se sabia das preferências do meu irmão por homens, se eu e Gabe também éramos assim.
- Ele estava tentando saber se teria a chance de ter algo com você. Ele disse um pouco pensativo.
- Mais ou menos isso, só que eu não percebi o quanto tudo aquilo era esquisito, falei com o Gabe e ele disse que achava o Aaron estranho também, mas que logo iria embora, Miguel se impressionaria com outro cara bonito e ele estaria longe de nós. Eu disse pensando no quanto Gabe se odiava por isso. – Era o penúltimo dia, estava triste por meu irmão partir, mas no fundo muito feliz por me livrar daquela situação. Eu disse e um nó se formou no meu estomago. – Era o aniversário do Miguel, fomos para uma balada num sábado à noite, ele queria comemorar com os amigos e os primos, tinha algo estranho no meu refrigerante, descobrimos depois que eram drogas e álcool, não sei bem o que ele colocou no meu copo, me lembro de poucas coisas daquela noite, mas tenho a certeza de ir para o banheiro vomitar, estava sozinho com dor de cabeça, me sentia meio tonto, Aaron foi atrás de mim, me agarrou a força, me beijou, eu disse não várias vezes, empurrei ele, não consegui impedir, quando ele estava tentando puxar a minha calça, escutei a voz do meu irmão, o Aaron puxou os botões da camiseta dele e me puxou para a parede. Eu disse sentindo que poderia vomitar naquele momento.
- E depois? Dean perguntou parecendo nervoso.
- Miguel viu a cena que ele armou, ficou furioso, nós brigamos, disse que era armação, que ele estava cego de ciúmes, ele me deu um soco, caí no chão, ele me pegou pela gola da camisa e me deu mais alguns, tentei me soltar dele, não iria machucar meu irmão, não iria bater nele nunca, antes que ele pudesse me bater mais, Gabriel veio correndo com os gritos, empurrou o Miguel, separou a briga e disse que arrebentaria a cara dele se não parasse agora, eles discutiram, Miguel foi embora dizendo que nunca mais queria ver nós dois. Eu disse me sentindo triste. – Bruce e Steve também estavam lá, Gabe pediu alguém para chamar eles, os três me levaram para casa, foi o primeiro lugar que fomos após a briga, contamos o que aconteceu para os nossos pais, Miguel já havia pegado parte das coisas dele e ido embora, me levaram para o hospital com medo do que pudesse acontecer, ninguém sabia exatamente o que tinha naquele copo e todos ficaram muito tensos, os policiais chegaram lá poucos minutos depois, tinha vários hematomas no meu corpo, não só os que o Miguel causou infelizmente. Eu disse pensando sobre como meu corpo ficou marcado por semanas. - Não quis registrar aquilo com a polícia, estava tudo confuso e caótico demais naquele momento e também não queria envolver o meu irmão em uma encrenca daquelas, porém pedi uma restrição judicial contra o Aaron um tempo depois. Eu disse pensativo. – Aquilo acabou com a minha vida, ninguém acreditava em mim, meus pais, Gabe, meus primos e meus tios foram os únicos a confiar na minha palavra, tive que mudar de universidade, o cara que eu namorava na época terminou comigo dois dias depois, alguns amigos dele souberam da briga, ele disse que se eu era capaz de trair meu irmão, poderia trair ele também. Eu disse me sentindo horrível. - Miguel não visita os meus pais a quatro anos e nós não nos falamos mais.
- E acha que é sua culpa? Dean perguntou e eu assenti.
- Eu deveria ter sido mais esperto, prestado atenção nos sinais ou quem sabe ter falado com o meu irmão. Eu disse pensativo.
- Ele iria escutar? Dean perguntou.
- Não sei, mas talvez não estaríamos nessa confusão toda. Eu disse sério.
- Ou tivesse acontecido algo pior. Dean disse sério.
- Não importa agora, o que realmente importa é que os meus pais nunca mais viram ele e a culpa é toda minha. Eu disse tentando não chorar. – Pensei que quando viesse para cá, deixaria o caminho livre, ele poderia ir visitar os meus pais, mas ele não foi mesmo sabendo que estou longe. Eu disse suspirando e abaixando a cabeça.
- Cas. Dean levantou meu rosto e me fez olhar para ele. - Meu amor, não é sua culpa, você foi vítima da situação, não o culpado. Ele disse acariciando meu rosto.
- Mesmo assim, ainda sinto que poderia ter feito algo para mudar isso. Eu disse pensativo. - Faz quatro anos hoje e eu não me sinto melhor.
- Vamos dar um jeito nisso, nós dois. Ele disse com um sorriso fraco.
- Obrigado, mas acho que não tem jeito. Eu disse retribuindo o sorrido.
- Tem sim, sempre tem um jeito. Ele disse com esperança. - Não posso prometer que seu irmão vai voltar ou que posso consertar o passado. Ele disse sério olhando no fundo dos meus olhos. - Mas posso prometer ficar ao seu lado e tentar curar cada pedacinho do seu coração que está quebrado. Ele disse fazendo meu coração se aquecer.
- Ah Dean. Eu disse tentando não chorar, mas sentindo meus olhos se enchendo de lágrimas.
- Está chorando, eu te deixei pior? Ele perguntou preocupado.
- Não, só... Eu disse tentando parar de chorar e falhando. – Foi muito bonito o que você disse, desculpe. Eu disse tentando enxugar as lagrimas, ele se levantou e me abraçou.
- Está tudo bem, estou com você. Ele disse em meu ouvido e eu abracei ele até me sentir melhor. - Está melhor? Ele perguntou quando eu parei de chorar.
- Sim, desculpe. Eu disse baixinho e ele negou.
- É uma promessa, eu nunca quebro promessas. Ele disse e eu sorri.
- Obrigado, por fazer eu me sentir melhor. Eu disse sentindo meu coração um pouco aliviado.
- Pode sempre contar comigo para essa missão. Ele disse, me aproximei e beijei ele.
Dean Winchester
Quando Castiel me chamou para sair do baile, fiquei extremamente feliz, não que estivesse sendo um evento ruim, só que ter a atenção dele toda voltada para mim era muito melhor. Nós entramos no carro, ele sugeriu irmos para sua casa, segui suas instruções, observei seu sorriso quando concordei em dormir em sua casa, parecia estar bem melhor depois de me contar tudo sobre a briga. Quando entramos no apartamento, Cas fechou a porta, se virou para mim e senti as mãos dele me empurrando contra a parede da sala, seus lábios encontraram os meus em um beijo bem mais profundo que todos os que trocamos essa noite, as mãos dele ainda me pressionavam contra a parede me fazendo ficar completamente rendido, seus dedos desceram lentamente para os botões do meu paletó, ele abriu todos, deslizando suas mãos pela minha camisa, sua boca passou da minha boca para o meu rosto e depois desceu para o meu pescoço, tentando morder o pouco de pele que não foi coberto pela camisa.
- Cas. Eu disse ofegante e ele me observou.
- Desculpa, quer que eu pare? Ele perguntou baixo.
- Não, quero que continue. Eu disse acariciando seu rosto. – Só estou pensando que o Gabe pode chegar mais cedo e seria melhor estarmos no seu quarto. Eu disse e ele sorriu.
- Tudo bem, então vamos. Ele disse pegando minha mão e me levando para o corredor.
Entramos no segundo quarto, ele ligou as luzes, não era tão pequeno quanto eu imaginava e estava muito organizado, ele fechou a porta, me virei, observei ele tirar o seu paletó e tentar desfazer o nó da gravata.
- Posso? Eu perguntei olhando para a sua gravata e ele assentiu.
Me aproximei dele, beijei sua testa, acariciei seu rosto descendo as mãos para a gravata, desfiz o nó, deixando ela cair nos pés dele, beijei seu rosto enquanto desabotoava o colete, ele tirou o colete, suas mãos foram para o meu pescoço, ele desfez o nó soltando a gravata, ele sorriu e começou outro beijo, podia sentir seu perfume me inebriando. As mãos dele deslizaram pelo meu corpo na direção do tórax, ajudei ele a tirar o meu paletó, senti quando seu corpo me empurrou para a cama, caí de costas no colchão macio, Castiel me olhou preocupado, comecei a rir, seu rosto suavizou e ele riu também.
- Desculpa, não tenho noção de força. Ele disse ainda em pé e eu sorri.
- Tudo bem, eu também não tenho. Eu disse puxando ele pela camisa para um beijo.
Me ajeitei um pouco na cama, abrindo as pernas para ele ficar entre elas, Cas ajoelhou no colchão, apoiou seu corpo com as mãos e começou um beijo mais intenso, sua língua pediu passagem, abri a boca permitindo que ele explorasse, minhas mãos agarraram sua cintura puxando ele para mais perto, ele colocou seu corpo no meu, as mãos dele começaram a desabotoar a minha camisa rapidamente, seus lábios passaram para a parte sensível no meu pescoço, chupando e mordendo a pele exposta me fazendo segurar um gemido baixo. Os olhos azuis me observavam, suas pupilas estavam dilatas e tinha um brilho diferente no seu olhar, nunca tinha visto antes, mas era muito bom e fazia meu coração acelerar. Ele desceu seus beijos pelos meus ombros, traçando um caminho direto para o meu abdômen, segurei os fios negros de seu cabelo quando ele começou a tirar o meu cinto e ele levantou o rosto.
- Quero sentir você, Cas. Eu disse e ele me observou surpreso. - Sentir sua pele encostada na minha. Eu disse e ele assentiu.
Ele levantou, ficando de joelhos, me sentei na sua frente e começamos a tirar todas as peças, jogamos as roupas para fora da cama, observei o corpo forte e definido dele, não estava muito diferente da última vez, parecia até melhor, meus dedos passaram pelo seu ombro, desceram para o seu peitoral explorando o corpo quente dele, seus os olhos observaram os movimentos da minha mão, subi novamente para seu rosto fazendo ele olhar para mim, nossos olhos se encontraram e os lábios também, suas mãos me empurraram de volta para a cama.
Castiel Novak
As mãos de Dean me puxaram para mais perto, senti ele apertando a minha cintura com força me fazendo arfar, desci os beijos para o seu pescoço, mordi levemente perto da jugular, ele respirou fundo, seu corpo quente embaixo de mim, minhas mãos desceram lentamente explorando a pele bronzeada e parando na sua cintura, observei os olhos verdes, estavam escuros, seus lábios abertos e sua respiração tentando normalizar, minha mão direita deslizou para o membro dele, seus olhos se fixaram em mim, ele assentiu percebendo que eu estava esperando a permissão. Deslizei as mãos lentamente fazendo movimento de vai e vem, minha boca descendo pelo peitoral, passei a língua pelo mamilo dele, escutando ele soltar um suspiro, ergui os olhos, ele estava mordendo o lábio inferior, comecei a chupar lentamente, o loiro tentava conter os gemidos, cada vez que minha língua passava por seu corpo, ele fechava os olhos e arfava. Quando percebi que já tinha torturado ele o suficiente, desci mais um pouco cessando os movimentos com a mão, segurei a base, olhei fixamente para ele, passei a língua pela glande e escutei ele soltar um gemido baixo, passei a língua por toda a extensão e comecei a chupar ele lentamente.
- Cas... Ele gemeu e mordeu os lábios. - Mais... Rápido...
Voltei um pouco, chupando apenas a glande, quando ele gemeu meu nome, voltei para a extensão mais rápido, ele puxou meu cabelo com força controlando os movimentos, jogou a cabeça para trás e suspirou.
- Eu não consigo mais... Antes que ele pudesse terminar, senti o corpo dele tremer, os primeiros jatos quentes na minha boca, me afastei, estimulando ele com a mão até ele terminar.
Dean estava respirando com dificuldade, seus olhos fixos em mim, ele sentou na cama, levantou meu queixo e me puxou para um beijo, era caótico, necessitado e excitante, o cheiro de perfume com suor era uma combinação maravilhosa, suas mãos me puxaram para o seu colo, quando pensei em parar o beijo para respirar, ele virou me deitando na cama, sua boca desceu para o meu pescoço chupando com vontade, então sua mão desceu para o meu membro excitado, ele massageou a glande me fazendo soltar um gemido, desceu para a extensão em movimentos de vai e vem, seus lábios se alternavam entre meu pescoço, a parte sensível atrás da orelha e meus lábios. Quando estava quase chegando lá, ele começou a me chupar, soltei um gemido alto quando ele chupou com mais força, minhas pernas tremeram, eu gozei rindo um pouco. Ele deitou ao meu lado parecendo cansado, mas estava sorrindo. Me puxou para ficarmos de frente um para o outro, acariciou meu rosto e me beijou com calma.
- Você sempre ri quando goza. Ele disse após o beijo e eu me senti um pouco envergonhado. – É encantador. Ele disse em meu ouvido e eu sorri.
- Obrigado? Eu disse um pouco confuso e ele riu.
- De nada. Ele disse me abraçando.
- Banho ou uma segunda rodada? Eu perguntei e ele me observou.
- Calma aí, talvez eu precise de alguns minutos. Ele disse e eu ri.
- Tudo bem, está tarde, podemos só tomar um banho. Eu disse e ele me observou com um bico.
- Depende de uma coisa. Ele disse pensativo.
- Do que? Eu perguntei sem entender.
- Posso te agarrar durante o banho? Ele perguntou e eu ri.
Gabriel Novak
Cheguei em casa quase 3h da manhã, Sam estava comigo, tiramos os sapatos para não fazer barulho, abri a porta lentamente, coloquei a cabeça para dentro observando a sala, o Winchester do meio fez o mesmo movimento, tentamos não rir daquela situação, não tinha sinal dos nossos irmãos, mas sabíamos que estavam lá. Entramos cuidadosamente, fechei a porta, fomos na direção do meu quarto, tiramos aquelas roupas, tomamos banho e deitamos na minha cama.
- Está cansado? Sam sussurrou me abraçando por trás.
- Não e você? Eu perguntei baixo.
- Mais ou menos. Ele disse e eu sorri. – Acha mesmo que Dean e Cassie estão aqui? Ele perguntou num sussurro.
- Tenho certeza que estão. Eu disse baixo me virando para encarar ele. – Porque? Eu perguntei.
- Nada. Ele disse olhando a porta.
- Sammy. Eu sussurrei e ele me encarou. - Não, por favor.
- Talvez fosse melhor, tem outro quarto. Ele disse e eu tentei não ficar chateado.
- São nossos irmãos que estão no quarto ao lado. Eu disse e ele deu de ombros.
- E daí? Ele perguntou.
- Não tem motivo para fugir do meu quarto. Eu disse e ele suspirou.
- Mas ainda não me sinto bem com isso. Ele disse.
- Não se sente bem em dormir comigo? Eu perguntei e ele negou.
- Não, não é isso. Ele disse e pensou um pouco.
- Pode me dizer o que é então? Eu perguntei.
- Não sei como explicar. Ele disse e eu tombei a cabeça para o lado.
- Tem medo do que vão pensar ou dizer? Eu perguntei e ele pareceu incomodado.
- Mais ou menos isso. Ele disse e eu acariciei seu rosto.
- Eles não vão se importar. Eu disse baixo e observei seus olhos. - Está seguro aqui, comigo. Eu disse levantando o seu rosto e ele assentiu não parecendo convencido ainda.
- Certo. Ele disse e suspirou.
- Não me faça ter que te amarrar a essa cama com minha gravata. Eu disse num tom provocador e ele tampou a boca para não rir.
- Gabe! Ele me reprendeu baixo.
- Tenho certeza que você ia adorar. Eu disse e ele segurou a risada.
- Aposto que o Dean pensou em fazer isso com o Castiel. Sam comentou me fazendo segurar a risada e eu neguei.
- Eu acho que é o contrário. Eu disse e Sam arqueou a sobrancelha. - Cassie seria mais capaz de fazer isso do que o Dean. Eu disse sério e Sam pareceu chocado.
- Se for verdade teremos que ajudar meu irmão pela manhã. Ele comentou num tom cômico.
- Provavelmente. Eu disse e ele riu baixinho.
- Estão silenciosos demais não acha? Sam perguntou quando parou de rir e eu concordei.
- Devem estar dormindo. Eu disse e ele assentiu.
- Deveríamos dormir também? Ele perguntou.
- Acho que sim, mas antes poderia me fazer dois favores? Eu perguntei e ele concordou. – Poderia me dar um beijo de boa noite e prometer não surtar por estar nessa cama? Eu perguntei, ele revirou os olhos com a última parte e me puxou para cima dele.
Sam me abraçou carinhosamente, depois me deu um beijo calmo, ele passou a mão pelos meus cabelos, quando nos separamos ele beijou minha testa, tentei sair de cima dele, mas ele não deixou, me aconchegou em seu peito, me abraçando com força, nós acabamos dormindo assim.
Dean Winchester
Acordei bem cedo, Castiel estava deitado de bruços em cima de mim, a noite passada foi maravilhosa, estávamos tão cansados que só trocamos os lençóis após a segunda rodada e tomamos um banho, passei as mãos pelos cabelos bagunçados dele, beijei seu rosto e suspirei. Observei o quarto silencioso, o sol ainda não estava surgindo, procurei por um relógio, tinha um despertador na cômoda, passava um pouco das 05:15 e eu poderia voltar a dormir, mas ver o moreno dormindo tão sereno em meus braços me deixava muito feliz e eu não queria perder nada. O tempo passou, senti meus olhos pesarem um pouco, abracei ele e voltei a dormir. Abri os olhos quando senti algo se mexendo em cima de mim, Castiel estava acordando, ele levantou o rosto esfregando os olhos, bocejou e olhou para mim.
- Bom dia. Ele disse sonolento.
- Bom dia. Eu disse me aproximando e beijando seu rosto. – Dormiu bem?
- Sim e você? Ele perguntou.
- Bem até demais. Eu disse e ele sorriu.
Castiel me abraçou afundando o rosto no meu pescoço, retribui o abraço e beijei sua testa, escutamos um barulho provavelmente vindo da cozinha, nos entreolhamos e resolvemos levantar. Procurei pela minha cueca no chão, Cas abriu o guarda roupa e pegou roupas limpas para nós dois, vestíamos quase o mesmo tamanho e isso facilitava bastante as coisas, nos vestimos e saímos do quarto. Sam e Gabe estavam preparando o café distraídos rindo de alguma coisa.
- Bom dia. Castiel disse assustando os dois e me fazendo rir.
- Porque sempre faz isso? Gabe perguntou.
- É mais divertido. Cas disse dando de ombros.
- Foi bom terem acordado, preciso que alguém busque as crianças, tenho que terminar a matéria até as 07:45 para ser publicada hoje ainda. Gabe disse e Castiel concordou.
- Pode deixar comigo, essa semana vou trabalhar no plantão da noite. Castiel disse e Gabe jogou as chaves do carro para ele.
- Vou com você. Eu disse, ele sorriu e entrelaçou nossos dedos.
Quando estávamos descendo no elevador Gabe mandou a localização para o meu celular, fomos para o estacionamento no subterrâneo, Castiel iria dirigir, era meio estranho sentar no banco do passageiro, mas era o carro dele e podia aproveitar a visão do moreno em sua rotina.
- Pode verificar se as cadeirinhas estão bem presas? Ele perguntou e eu assenti.
- Estão. Eu disse verificando e voltando a posição de antes.
- Obrigado. Ele disse sorrindo e olhando o retrovisor.
Quando chegamos na rua ele ligou o rádio estavam falando sobre a previsão do tempo e depois passaria as notícias sobre o transito de Chicago, instrui ele sobre que caminho pegar para evitarmos dois engarrafamentos e chegamos as 8h em ponto para pegar as crianças, descemos do carro, Cas bateu na porta, uma mulher gentil atendeu a porta e chamou as crianças que vieram correndo para abraçar o moreno. Observei a cena atentamente, sentindo um calor aquecer o meu peito, ver Castiel agindo como um pai cuidadoso naquela rotina calma era bom para um caralho, por um momento pensei que um dia poderia ser a minha vez, buscando nossos filhos, recebendo todo aquele carinho e podendo ter um pouco desses momentos. Meus pensamentos foram interrompidos pelas crianças que me viram e pareceram surpresas, ambas me cumprimentaram alegremente.
- Onde está o Gabe? Albert perguntou parecendo sonolento.
- Está preparando panquecas com o Sam. Castiel disse e as crianças se animaram. - Por isso viemos mais cedo, espero não estar incomodando Margareth. Ele disse para a mulher e ela sorriu.
- De forma alguma Castiel, vou buscar as coisas deles. A mulher gentil disse e Violeta foi para pegar as coisas.
Voltaram com duas mochilas, Violeta estava com a dela nas costas, peguei a mochila de Albert, a garota segurou a mão de Castiel e depois a minha, e Albert encostou a cabeça no ombro do moreno parecendo sonolento, voltamos para o carro e por um momento desejei que todos os dias no futuro fossem assim.
Miguel Novak
Acordei um pouco confuso, minha cabeça estava um pouco pesada, abri os olhos lentamente, estava um pouco claro demais, esfreguei os olhos e olhei ao redor tentando identificar onde estava. Levantei me sentando no sofá, estava na casa de Liam, não era a primeira vez que acordava ali, não seria a última muito provavelmente, minha cabeça está um pouco pesada, acho que bebi demais, senti o cheiro familiar, não sabia exatamente o que era, constatei que Liam não estava ali no momento. Levantei calmamente, indo para a cozinha pegar um copo de agua, encontrei Liam sem camisa parado na frente da geladeira, seu cabelo estava molhado e consegui reconhecer o cheiro familiar, era o shampoo dele,
- Bom dia. Eu disse tentando não reparar muito no homem que estava de costas para mim.
- Bom dia. Ele respondeu se virando. – Finalmente acordou. Ele disse e eu revirei os olhos.
- Que horas são?? Eu perguntei e ele olhou o celular.
- Exatamente 06:43. Ele disse e eu comecei a ficar nervoso.
- Tá brincando?! Eu disse em choque e ele negou me mostrando o celular. – Puta merda, tenho uma reunião as 07:25! Eu disse completamente caótico e ele apenas sorriu.
- Qual o problema? Ele disse calmamente como se fosse apenas um café normal.
- Eu tenho exatos 42 minutos para ir em casa, tomar banho e correr para o trabalho! Eu disse caótico.
- Na verdade 41 minutos, não que eu esteja contando. Ele disse voltando a geladeira e eu me irritei.
- Acho que você não entendeu o problema. Eu disse cruzando os braços e observando ele se virar novamente para mim. – Precisaria de meia hora só para chegar em casa, se sair agora, estarei indo para o trabalho na hora do rush no centro de Manhattan, vou chegar no mínimo 28 minutos atrasado, sendo bem otimista! Eu disse irritado com a calmaria dele e ele suspirou.
- Tenho uma solução bem menos complicada. Ele disse pegando os ovos e colocando na bancada da cozinha.
- Você toma um banho no banheiro de hospedes enquanto eu preparo o café e eu te deixo no trabalho antes de ir para o meu. Ele disse simples e eu pensei um pouco.
- Não posso ir para uma reunião com essa roupa. Eu disse e ele riu.
- Só pegar uma das minhas, talvez fiquem um pouco grandes, mas ninguém vai perceber. Ele disse dando de ombros.
- Liam, não dá. Eu disse pensando sobre como seria chegar no trabalho com ele.
- Claro que dá, vai logo ou vamos nos atrasar. Ele disse olhando o relógio e eu pensei um pouco. – Você não quer ser demitido no dia depois do seu aniversário ou quer? Ele perguntou e eu suspirei.
- Okay, você tem razão. Eu disse e ele sorriu.
- Ótimo, vai tomar um banho, tem toalhas limpas no armário ao lado do banheiro. Ele disse e voltou a geladeira. – Vou deixar uma roupa para você no quarto de hospedes daqui a pouco. Ele disse sem olhar para mim, assenti silenciosamente e fui para o banheiro.
Embora não tenha sido o melhor planejamento, deu certo, 40 minutos depois estávamos na rua do meu trabalho, estava quase atrasado, mas iria direto para a reunião, Jenna havia me mandando 15 mensagens, não respondi nenhuma, liguei para a Daisy da recepção e pedi para ela avisa a Jenna que chegaria em cima da hora ou alguns minutos atrasado. Liam parou na porta com o Mustang, destravou as portas e olhou para mim.
- Chegamos a tempo. Ele disse com um ar orgulhoso e eu revirei os olhos.
- Espertinho. Eu resmunguei e ele riu.
- Boa sorte na sua reunião. Ele disse sorrindo para mim.
- Obrigado pela noite, pelo presente e também por me trazer aqui. Eu disse e ele assentiu calmamente.
- Foi um prazer. Ele disse e eu abracei ele rapidamente.
Quando percebi o que tinha feito saí quase que correndo para a empresa, entrei na recepção completamente caótico e Daisy arqueou a sobrancelha para mim.
- Bom dia, Novak. Ela disse e eu respondi secamente.
- Miguel, finalmente! Jenna disse atrás de mim. – A sra. Davies e o sr. Wilson estão esperando na sala de reuniões.
O nome do meu chefe fez meu estomago gelar, pensei que seria uma reunião só com a sra. Davies. Jenna observou meu cabelo e as roupas, ela parecia querer questionar alguma coisa, mas não disse nada, não tínhamos tempo para um interrogatório agora. Ambos ficamos em silencio no elevador, entrei na minha sala rapidamente pegando o projeto na terceira gaveta e o pendrive com a apresentação, quando estávamos entrando na sala de reuniões percebi que estava sem o meu celular, por alguns minutos tentei não entrar em pânico, entrei na sala de reuniões e cumprimentei as quatro pessoas presentes, entre eles estava o meu chefe, a senhora Davies e o filho mais velho, ao lado deles um rapaz que parecia ser o filho mais novo.
- Bom dia, a todos. Eu disse calmamente colocando o projeto na mesa onde estava o meu lugar vazio.
- Finalmente, sr. Novak. Meu chefe disse e eu pensei sobre os três minutos de atraso.
- Desculpem o atraso, o transito estava caótico. Eu disse e a sra. Davies me observou.
- Não vejo problema se o projeto estiver do jeito que pedi. Ela disse simples e eu assenti.
- Prometo que a senhora não vai se decepcionar sra. Davies. Jenna disse e eu respirei fundo tentando ao máximo me aclamar.
- Eu vou apresentar a previa do que fiz no projetor, assim terão uma visualização melhor do projeto. Eu disse ligando o computador da sala de reuniões.
Digitei o código de segurança do pendrive, organizei a apresentação rapidamente, liguei o projetor e comecei a mostrar o projeto da casa da sra. Davies, coloquei todos os elementos da arquitetura clássica inglesa da maneira que ela pediu, embora tenha colocado alguns elementos modernos no jardim. A cada slide, a sra. Davies sorria mais, sua parte favorita foi o jardim de inverno que projetei nos fundos da casa para não modificar a planta, ela fez um elogio sobre a maneira que foi colocado e meu chefe pareceu sério demais.
- E por último, mas não menos importante o escritório em anexo a sala de jantar. Eu disse e mostrei um espaço pequeno. – Adicionei alguns elementos mais modernos e funcionais, como a senhora disse que não precisaria ser muito grande, parte deste espaço foi reduzido para dar mais amplitude para sua sala de jantar e ter uma configuração melhor no ambiente. Eu disse e ela assentiu.
- Uma pergunta, onde vai ficar a porta? O rapaz mais jovem perguntou.
- Ela vai ser embutida. Eu disse passando dois slides e mostrando o painel onde a porta estaria.
- Como uma passagem secreta? Ele perguntou e eu assenti.
- Quase isso, tem uma maçaneta pequena. Eu disse mostrando a maçaneta escondida no painel.
- Inacreditável. Ele disse e eu tentei não sorrir.
- Parece adequado. O filho mais velho disse e observou a mãe.
- Eu discordo. Ela disse observando a sala de jantar. – Me parece perfeito. Ela disse sorrindo para mim.
- Obrigado, espero que a senhora aprove. Eu disse e ela sorriu.
- Mais que aprovado, quero que comecem imediatamente. Ela disse ao meu chefe e ele assentiu.
- Começaremos assim que a prefeitura aprovar o projeto, só precisávamos da confirmação da senhora. Ele disse e ela assentiu.
- Está aprovado. Ela disse e observou meu chefe. – Onde devo assinar? Ela perguntou e nosso chefe nos lançou um olhar.
Jenna e eu fomos dispensados quase que imediatamente, nós saímos da sala de reuniões aliviados, corri para a minha sala para ligar no escritório de Liam, tinha um recado da recepção em cima da minha mesa me pedindo para descer, suspirei, desci acompanhado por Jenna, ela estava querendo me dizer alguma coisa, quando chegamos demos de cara com Liam, minha amiga fez uma observação rápida vendo o cabelo dele ainda úmido e olhando para mim.
- Liam. Eu disse e ele se levantou.
- Esqueceu o celular no carro. Ele disse tirando o meu celular do bolso e me fazendo corar.
- Eu ia te ligar agora sobre isso. Eu disse aliviado e ele riu.
- Notei assim que saiu. Ele disse me entregando o celular.
- Obrigado, você me salvou hoje. Eu disse e ele sorriu.
- Sem problemas... Ele respirou fundo e continuou. – Sempre que precisar, você sabe. Ele disse um pouco sem graça e eu assenti.
- Obrigado mesmo. Eu disse baixo e ele sorriu.
- De nada. Ele olhou o relógio da recepção. – Preciso ir, agora quem está atrasado sou eu. Ele disse e eu ri.
- Certo, até depois? Eu perguntei e ele assentiu.
- Até breve Miguel. Ele disse e saiu.
Jenna me encarou com um sorrisinho, revirei os olhos, ignorei ela e voltei para a minha sala, claro que ela foi atrás de mim. Me joguei na minha cadeira podendo finalmente respirar e fazer uma pausa de 5 minutos, puxei a terceira gaveta, peguei um remédio para a dor de cabeça que começava, engoli sem água e suspirei observando a cara de julgamento da minha amiga.
- Não olhe para mim assim. Eu disse e ela apenas sorriu.
- Assim como? Ela perguntou.
- Com essa cara de que está me condenando a próxima fogueira. Eu disse e ela riu.
- Não estou, só estou curiosa. Ela disse e eu encostei na cadeira. – Dormiu com ele? Ela perguntou sem nenhum decoro.
- Não, dormi na casa dele. Eu disse tentando não pensar nisso. – É diferente.
- Hrum, sei. Ela disse com os braços cruzados. – Muito gentil ele te trazer aqui.
- Está sendo legal com ele? Eu perguntei em um tom irônico.
- Não. Ela disse em um tom sério. – Só fico feliz que mais alguém cuide de você.
- Está cansada de cuidar de mim? Eu perguntei e ela arregalou os olhos. – Podemos desfazer nossa amizade quando quiser. Eu disse com um semblante neutro.
- Claro que não. Ela disse levemente irritada e eu ri. – Você é um cretino. Ela disse rindo quando percebeu que eu estava jogando com ela.
Daisy bateu na porta da minha sala com alguns projetos na mão, ela nunca fazia isso, sempre mandava um dos outros secretários fazer esse trabalho, respirei fundo tentando me manter sério quando ela entrou.
- Os projetos da sétima avenida. Ela disse me entregando os arquivos e eu assenti.
- Obrigado. Eu disse e ignorei ela.
Comecei a ler a primeira parte do projeto, não era o meu projeto, não entendi porque estavam me entregando essa coisa desleixada e mal-acabada, Jenna raspou a garganta me fazendo levantar o rosto do projeto, observei ela, seus olhos foram para o lado e observei que Daisy ainda estava na sala na frente da minha mesa.
- Precisa de mais alguma coisa srta. Evans? Eu perguntei e ela sorriu.
- Bem, já que perguntou Miguel. Ela disse em um tom adocicado que fazia meu estomago se contorcer, não tínhamos intimidade para ela me chamar pelo meu primeiro nome. – Você bem que podia me apresentar seu amigo. Ela disse, observei ela e depois Jenna completamente confuso.
- Que amigo? Eu perguntei sem entender.
- Você sabe, aquele moreno alto e gostoso, que te deixou aqui em um carrão vermelho e trouxe seu celular. Ela disse simples. – Ele é bem bonito e parece ser bem rico também, do jeito que eu gosto. Eu senti meu sangue ferver um pouco.
Ela estava realmente falando de Liam como se ele fosse um cheque que ela pudesse destacar e passar por aí.
- Ah desculpe. Eu disse largando os arquivos na mesa e tentando ponderar minha voz. – Ele não se interessa por loiras oxigenadas que só estão interessadas no cartão de credito dele! Eu disse quase educadamente e ela arregalou os olhos para mim.
- O que disse? Ela perguntou confusa.
- Você escutou! Eu disse sério. – Deveria se preocupar mais em cumprir seu trabalho e menos em vigiar a vida dos outros, este projeto é do Alex e não meu. Eu disse e ela foi dizer alguma coisa, mas eu a interrompi. – Eu fui claro o suficiente ou você, ainda precisa que eu diga para sair da minha sala?! Eu disse ficando em pé, me sentia realmente irado, ela ficou pálida com meu tom, pegou o arquivo e se retirou batendo os saltos com força no chão.
Olhei para Jenna, ela estava imóvel, apenas observando em silêncio, voltei a me sentar bufando de irritação.
- Dá para acreditar nisso? Eu perguntei.
- Na sua crise de ciúmes?! Ela perguntou.
- O que?! Eu perguntei.
- Você escutou. Ela disse calmamente.
- Não estou com ciúmes! Eu disse e ela riu.
- Está sim, seu rosto parece um pimentão vermelho. Ela disse rindo e eu bufei.
- Não é o que está pesando. Eu cruzei os braços.
- Tá bom, não vou te deixar mais possesso do que já está. Ela disse com as mãos para cima em rendição.
Jenna conhecia meu temperamento melhor do que ninguém sabia que uma provocação a mais e eu estaria explodindo de raiva, então se manteve quieta apenas observando.
- O que foi?! Eu perguntei tentando pensar de forma sensata.
- Nada, só estou pensando.
- No que? Eu perguntei.
- Que está jogando um jogo perigoso para você. Ela disse e eu arqueei a sobrancelha. – Não pode sentir ciúmes do que não é seu, Miguel.
Resolvi não responder, Jenna ficou um tempo esperando os arquivos certos virem para a minha mesa, afinal o projeto também era de responsabilidade dela, Madson a nova estagiaria, bateu esperando que eu pedisse para ela entrar, trouxe os arquivos certos com um sorriso educado e os modos agradáveis de sempre.
Liam Conway
Cheguei ao meu escritório um pouco atrasado, estava com uma leve dor de cabeça se formando, tinha passado a noite com Miguel e não me sentia bem pelo que houve no bar na noite anterior. Ao entrar a minha secretaria disse que havia uma visita em meu escritório, observei um pouco confuso, ninguém vinha na minha empresa de surpresa, andei até a porta e abri, observei uma pessoa sentada na minha cadeira com um jornal nas mãos lendo atentamente, meus olhos repousaram no anel e reconheci imediatamente a pessoa, quando fechei a porta tentando fazer o mínimo de barulho a pessoa abaixou o jornal me fazendo sorrir.
- Bom dia, Liam. Meu sorriso aumentou ao ouvir a voz de minha mãe.
- Bom dia, sra. Conway. Eu disse e ela sorriu para mim. – A que devo a honra de uma visita tão ilustre em meu pequeno escritório. Eu disse me aproximando, peguei sua mão e beijei delicadamente.
- Vim me certificar de que o meu querido filho tem um tempo em sua agenda para sua querida mãe. Ela disse com um tom que me fez balançar a cabeça e rir.
- Sabe muito bem que sempre terei um tempo reservado a você. Eu disse e ela escondeu o sorriso.
- Não é isso que ouvi dizer. Ela disse me fazendo arquear a sobrancelha.
- E o que a senhora ouviu por aí? Eu perguntei e ela me olhou séria.
- Que a agenda do meu filho do meio anda completamente cheia, muitos compromissos, principalmente durante o brunch e o chá da tarde. Ela disse com certa sutileza. – Vim averiguar a situação por mim mesma, já que tais compromissos inclusive me impediram de recebe-lo em minha casa para passar um tempo comigo.
Seu olhar demonstrava um misto de curiosidade e certeza, ela sabia onde eu estava, ela sabia com quem eu estava, ela sabia de tudo e eu não teria como escapar.
- Peço perdão, talvez tenha me ausentado demais nas últimas semanas. Eu disse e ela me observou esperando uma retratação melhor. – Devo convida-la para um chá ou um almoço em minha residência como forma de compensar meus erros. Eu disse e ela sorriu.
- Acho muito agradável. Ela disse em um tom doce o que significava que estava perdoado, mas seu olhar curioso permanecia.
- Tenho certeza que a senhora não está aqui única e exclusivamente para me convidar a um brunch. Eu disse cruzando os braços e ela sorriu.
- Como sempre perspicaz. Ela disse se ajeitando na cadeira e voltando seu olhar sério para mim. – Sente-se, por favor. Ela disse oferecendo a cadeira a sua frente.
- Parece bem sério. Eu disse ainda em pé e ela continuou me observando.
- Acredito que seja mesmo. Ela me mostrou o jornal em cima da mesa.
Peguei o jornal, não era dos mais famosos, olhei a primeira página, não tinha nada de muito interessante, algo sobre energias renováveis, virei a pagina tinha uma foto minha, a manchete em letras garrafais dizia:
Herdeiro do império do petróleo, Liam H. Conway é visto trocando socos em um bar famoso de Nova York!
Li a manchete, observei as outras linhas, não tinha o motivo da briga e também não citou o nome de Miguel o que era um alivio.
- Fui informada que você se meteu em uma briga, antes de ler os jornais, os tabloides e claro as revistas de fofoca. Ela disse e eu observei ela.
- As notícias realmente voam por Nova York. Eu disse me sentando e colocando o jornal na mesa.
- Quando você preside uma grande empresa as informações chegam bem mais rápido. Eu assenti e ela continuou me olhando. – Quer me contar o que aconteceu?
- Bem, se sabe que me envolvi em uma briga, deve saber todos os pormenores e com toda a certeza sabe o motivo. Eu disse e ela arqueou a sobrancelha.
- O motivo pareceu muito improvável, por isso estou aqui. Ela disse sutilmente, suspirei e sorri.
- Eu briguei por causa do Miguel. Eu disse sério e ela assentiu.
- Eu sei, mas quero saber o real motivo. Ela disse, observei ela pensativo, incapaz de dizer o real motivo abaixei a cabeça. – Liam Hunter Conway, você não é assim, nunca se rende à fúria ou ao ódio. Ela disse séria. – Sabe que violência só gera mais violência.
- Eu sei, sinto muito. Eu disse baixo e sem levantar o olhar.
- Seu pai e eu não criamos você para sair batendo em pessoas, não pagamos aulas de boxe para isso. Ela disse e eu continuei em silencio. – Olhe para mim e me diga o que aconteceu de tão grave para você sair aos socos em um bar ontem à noite?
- É complicado. Eu disse observando ela cabisbaixo.
- Diga o que aconteceu e me permita decidir isso. Ela disse e eu respirei fundo.
- Tudo bem, mas ele não pode saber disso. Ela assentiu e eu continuei. – Estava no bar e um dos amigos do Aaron me abordou, me perguntou umas coisas sobre o Miguel... Eu mordi os lábios nervosamente sem saber o que dizer exatamente.
- Que tipo de coisas? Ela perguntou.
- Coisas muito pessoais e intimas. Eu disse e ela arqueou a sobrancelha. – Não tenho coragem de dizer para você o que ele me disse, então por favor não pergunte. Eu disse e ela assentiu. - Esperei ele me contar mais, todo o plano dele e dos amigos. Eu disse e ela me observou curiosa.
- Qual era o plano? Ela perguntou.
- Eles queriam usar o Miguel, como se ele fosse... Eu me calei tentando engolir a raiva. - Me chamaram para participar. Eu disse e ela me observou parecendo estar em choque.
- O que você disse? Ela perguntou.
- Nada, apenas deixei ele falar, queria saber o que exatamente iam fazer para poder impedir, ele começou a contar sobre um vídeo íntimo e muito comprometedor. Eu disse e ela continuou perplexa. – Ele me mostrou o vídeo, não dá para ver exatamente o que está acontecendo, mas mostra o rosto do Miguel.
- O Aaron tem algum envolvimento com isso? Ela perguntou e eu hesitei. – Liam, o seu irmão tem algum envolvimento com isso?! Ela perguntou após o meu longo silencio.
- Sim. Eu disse com a voz firme. - Quando vi o vídeo, percebi que foi o meu irmão que gravou e o amigo dele confirmou que tinha vindo dele. Minha mãe me observou parecendo exasperada. – Quando eu entendi todas as intenções sujas e as insinuações, eu... Eu parei de falar observando sua expressão. – Eu perdi a cabeça, sei que não deveria... Eu tentei dizer. – Me desculpe.
- Você tentou defender o Miguel e não há nada de errado nisso. Ela disse com uma expressão serena e encostou na cadeira.
- Mãe. Eu disse quando vi a expressão mudar, parecia decepcionada. – Mamãe. Eu chamei e ela balançou a cabeça em negação.
- Não acredito que o Aaron foi capaz disso. Ela disse o que me fez revirar os olhos. – Não faça isso. Ela me repreendeu.
- Desculpe. Eu disse baixo e suspirei.
- E como o Miguel está com tudo isso? Ela perguntou.
- Ele não sabe de nada, estava no banheiro quando aconteceu, ele me viu socar o cara, mas acha que foi por outro motivo. Eu disse e ela riu.
- Pelo que me disseram foi bem mais que um soco, você nocauteou um cara no bar. Ela disse e eu abaixei a cabeça. – Teve seus motivos, precisava defender um amigo.
- Não quero que ele saiba, não vou deixar ele descobrir isso. Eu disse sério.
- Faz bem, Miguel não merece isso. Ela disse e eu assenti.
- Não mesmo, ele é decoroso demais para se envolver em algo assim. Eu disse e ela me observou curiosa.
- Decoroso? Ela perguntou e eu observei ela. – Acho que tem outros adjetivos melhores. Ela disse e eu assenti.
- Sim. Eu disse calmamente e pensei um pouco. – Poderia dizer que ele é muito divertido, inteligente, consegue ser gentil quando quer e com toda a certeza foi bem educado pelos pais. Eu disse tentando encontrar as palavras que mais definiam ele. – Ele é muito sincero, as vezes mais do que o necessário. Eu disse tentando não rir. – Ele é adorável. Disse com sinceridade e ela me observou.
- Adorável, bem melhor que decoroso. Ela disse pensativa.
- Acredito que seja. Eu disse tentando parecer neutro e ela me observou.
- Quero que venha jantar comigo daqui duas semanas, no domingo. Ela disse sorrindo. – Mas tenho um pedido a fazer.
- Pode fazer. Eu disse tentando me manter sério.
- Quero que Miguel esteja com você. Ela disse delicadamente e eu arqueei a sobrancelha. – É um convite para os dois e não aceito um não como resposta, principalmente de você. Ela disse a última parte em um tom sério e eu a observei curioso.
- Entendi, não tenho escolha. Eu disse e ela riu.
- Não senhor. Ela disse e eu ri.
- Tudo bem, mas não sei se o Miguel vai concordar. Eu disse e ela pensou.
- Sua irmã está voltando, talvez isso o convença. Ela disse e eu pensei no quanto ele gostava de Eloise. – Claro que só deve menciona-la se não conseguir vencer pelo seu charme. Ela disse me deixando vermelho.
- Mãe! Eu a repreendi e ela se levantou sorridente.
- Não estou mentindo. Ela disse e eu levantei para me despedir dela. – O fato de estar com as bochechas coradas, só confirma minha teoria, meu querido filho. Ela disse me fazendo cruzar os braços, se aproximou, acariciou meu rosto e se ergueu nos saltos para me dar um beijo na bochecha. – Te vejo no jantar, meu pequeno príncipe. Ela disse e eu sorri.
- Sim, senhora. Eu disse e abracei ela para me despedir.
Acompanhei minha mãe até o carro, ela foi embora e eu voltei para o meu escritório, tinha acabado de me sentar quando a minha secretaria bateu na porta, pedi para que ela entrasse, ela trouxe alguns catálogos das novas tintas que pedi no sábado de manhã e me lembrou da reunião daqui a alguns minutos. Foi uma conversa bem tranquila, falei com a equipe de arquitetos sobre tudo que queria ver, também convoquei os empreiteiros para discutir prazos e passei horas dizendo a Sra. Spencer sobre organizar a minha agenda para acompanhar todas as obras, ela era uma boa secretaria, porém as vezes a idade a deixava relapsa, ela riu quando disse que estava preocupado com a obra na Forest Ave e me deixou animado quando falou que o meu primeiro compromisso na próxima hora era no meu projeto favorito. Peguei meu celular indo para o meu escritório, peguei uma pasta azul com o nome centro de idosos Bronx, abracei alegremente e fui saindo para o meu carro. Meu celular vibrou quando entrei no carro e me surpreendi com as mensagens que estavam nele.
Nicole (Nick)
- Oi Liam! Tudo bem? Queria saber se vai estar em Nova York nos próximos dias. Me responde assim que vir, okay? Saudades! (Há 10 minutos)
Eloise
- Chego em duas semanas, não sei se a mamãe avisou (14:28, 26 de março)
- Como está o clima aí? Preciso me preparar para alguma surpresa como chuva e frio?? (14:28, 26 de março)
- Você é um irmão frustrante demais, nem se dignou a me responder, não vou te perdoar nunca! (agora)
Miguel
Digitando...
Observei o digitando por algum tempo, por algum motivo me senti um pouco ansioso, torci para que fossem boas notícias, a tela do celular escureceu, o som de notificação me fez prender a respiração, apertei o botão e ele desbloqueou, abri a conversa com Miguel primeiro.
Mensagens On
- Liam, só estou passando aqui para agradecer por hoje. Não precisava me trazer aqui tão cedo e muito menos esperar para me devolver o celular, foi muito gentil da sua parte. De verdade, obrigado!
- Sem problemas, como eu disse mais cedo, precisando estou aqui.
- Okay, preciso ir. Jenna está no meu pé hoje.
Mensagens Off
Me sentia um pouco chateado, não que quisesse atrapalhar ele, mas a Jenna sempre aparecia quando estávamos tendo uma conversa, parece até que ela sabia a hora exata que trocaríamos mensagens. Respirei fundo, ignorei aquele incomodo estranho, pensando em como o dia estava sendo bom, respondi as outras mensagens, liguei o carro, coloquei uma música qualquer e saí.
Miguel Novak
Chamei Liam para jantar comigo, queria agradecer pelo presente e também por ter me ajudado pela manhã, estava um pouco nervoso no restaurante, pensando que ele não viesse, pedi mais uma taça de vinho, me ajeitei na cadeira e limpei o suor da palma das mãos, estava com essa sensação estranha desde ontem. Uma mão tocou meu ombro, me virei e sorri ao ver os olhos de avelã me fitando, me levantei para recebe-lo e ele me abraçou, ele se sentou de frente para mim hoje. O garçom trouxe o cardápio, fizemos nosso pedido e ele me perguntou sobre a reunião de ontem.
- Foi boa, aprovaram meu projeto. Eu disse e ele sorriu.
- Não esperava menos, você é talentoso. Ele disse bebendo um pouco do vinho que chegou para ele, tentei desviar os olhos apenas dizendo um obrigado.
Alguns minutos depois nossos pratos chegaram e eu agradeci por não ter mais aquele clima estranho entre nós.
- Tem uma novidade. Ele disse chamando a minha atenção.
- Fala logo então. Eu disse e ele riu.
- Minha mãe esteve no meu escritório. Ele sorrindo. – Ela fez um convite para jantar com ela daqui duas semanas, no domingo. Ele disse e eu o observei surpreso.
- Sério, parece bom. Eu disse e ele concordou.
- Você também foi convidado. Ele disse me deixando um pouco nervoso.
- É muito gentil, mas eu não sei se posso. Eu disse depois de um tempo e ele pareceu confuso.
- Porque não? Ele perguntou.
- Tenho umas coisas para fazer. Eu disse sério.
- Sério? Já escutei essa desculpa antes, Miguel. Ele disse e eu suspirei.
- Tudo bem, Liam. Eu disse empurrando o prato. -Eu só não sei se conseguiria ficar confortável na casa da sua mãe. Disse em um tom sério.
- Miguel, a minha mãe te adora. Ele disse e eu me encolhi na cadeira.
- E se o seu irmão aparecer. Eu disse pensativo e ele pareceu ficar um pouco magoado.
- Você não é convidado dele. Ele disse firme e eu o observei perplexo. - Foi convidado pela dona da casa, se ele aparecer e você quiser ir embora, nós vamos embora. Ele disse simples.
- Não quero que entre nessa briga. Eu disse tenso.
- É tarde demais para me dizer isso. Ele disse e ei suspirei.
- Não é para tomar partido, Liam. Eu disse e ele me olhou sério.
- Eu já tomei e estou com você, Miguel. Ele disse sério. - Eloise vai estar lá e ela também ama você. Ele disse sorrindo e eu olhei para baixo.
- Não sei se é uma boa ideia. Murmurei e ele peguei sua mão, senti um calor percorrer o meu corpo.
- Por favor, vai ser o primeiro jantar de família sem meu pai. Ele confessou, apertou minha mão me fazendo olhar para ele. - Não quero ir sozinho. Ele disse sinceramente.
-Tudo bem, eu vou. Eu disse e ele me observou. - Por você e só por você. Eu disse e ele sorriu olhando nossas mãos.
Liam passou um tempo assim comigo, quando percebi que nossas mãos ainda estavam juntas, soltei a mão dele, peguei o garfo parecendo interessando no meu jantar e não no calor que estava subindo para o meu rosto, puxei um assunto sobre o trabalho, voltamos a conversar e no final confirmamos que o próximo jogo de sábado seria na minha casa.
To be continued...
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