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História As Fadas de 2013 - 007 - História escrita por chiibis - Spirit Fanfics e Histórias
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História As Fadas de 2013 - 007


Escrita por: chiibis

Notas do Autor


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Capítulo 7 - 007


“Você é melhor do que o pessoal que tem feito aulas desde pequeno.” Donghyuk comentou, enquanto os dois andavam pelo corredor à caminho da próxima aula.

“Nem sou.” Youngjae sentiu seu rosto envermelhar com vergonha, “Eu devo ser um dos piores da sala.”

“Se você é o pior, então o melhor da sala não deve existir.” Donghyuk riu e Youngjae sentiu seu rosto queimar.

“Eu queria poder passar mais tempo aqui tocando, mas eu tenho que trabalhar, então acabo ensaiando bem menos do que o resto da sala.”

“Eu sei como é. A maioria do pessoal tem condições financeiras suficiente para não precisarem trabalhar.” Donghyuk era um desses. Sua família era financeiramente estável e ele podia manter um padrão de vida alto, embora sua mãe fosse a única que trabalhasse, já que seu pai havia falecido quando ele era uma criança.

“Mas não desanima. Você é naturalmente talentoso, e são poucos os que nascem assim.” Donghyuk comentou animado e Youngjae se perguntou como alguém podia ser tão amigável e sinceramente amável.

 

++

 

Youngjae passou a tarde do sábado estudando no seu quarto, ele logo teria um teste importante e considerando o tempo que ele passava cuidando do jardim, ele precisava usar quase o fim de semana todo para garantir que seus estudos ficassem em dia.

Enquanto isso, dentro de outro quarto, Jaebum andava impaciente de um lado para o outro, tentando pensar em uma forma de ver Youngjae. Já que o garoto não tinha aparecido no Jardim por ser seu dia de folga.

Jaebum não entendia o por que ele precisava ver o outro rapaz, mas ele sentia seu coração gritando em saudades. Não saudades do tipo que ele sentia dos seus pais, aquela era uma saudade diferente, era saudades de alguém que ele conhecia a quase dois meses apenas. Talvez o nome não fosse saudades, talvez fosse necessidade. Necessidade de ver Youngjae e saber que ele estava bem...e respirando.

Jaebum checou seu celular em busca das horas e encontrou 15:45. A ansiedade tomando conta do seu corpo, o fazendo ficar mais irritado.

Após uma hora impaciente, andando pelo quarto e checando o celular a cada 5 minutos, Jaebum se pegou pensando em algo que a muito tempo ele não fazia ou questionava se devia, talvez ele pudesse sair de dentro da mansão e ir até a casa do senhor Choi, dando uma desculpa qualquer para ver o garoto, mas então sua mente o alertou de que aquela era uma péssima ideia.

“Por que eu estou pensando tanto nele?” Jaebum finalmente se questionou em voz alta, se jogando em cima da cama e encarou o teto.

Por alguns segundos, sua mente tentou encontrar uma resposta aceitável do por que sua mente estava preenchida com as imagens do novo garoto, mas nenhuma resposta o fez entender o que estava acontecendo.

Três batidas na porta ecoaram pelo quarto e Jaebum sabendo quem era, não se deu ao trabalho de levantar da cama e apenas falou em voz alta para a outra pessoa entrar.

“Senhor, seu lanche.” A moça avisou, colocando a bandeja em cima da mesa de centro e esperando ser dispensada por Jaebum.

Ao invés de se mandar a moça sair do quarto como de costume, Jaebum perguntou em voz alta ainda encarando o teto.

“Jimin, como chama a coisa que faz as pessoas pensarem em outras quase que o tempo todo e faz o coração acelerar tanto ao ponto de parecer que a pessoa está tendo um infarto?” Jaebum perguntou soando calmo e sincero, algo completamente divergente da sua personalidade usual.

“Depende.” A garota respondeu, tentando não soar tão surpresa pela calma com que seu patrão estava se dirigindo a ela.

“Depende do que?” Jaebum sentou na cama, olhando para o outro lado do quarto onde Jimin estava.

“Depende da relação dessas pessoas. Pode ser medo, pode ser saudades e pode ser…” Jimin deu uma pausa, não sabendo como explicar aquilo de verdade.

“Ou pode ser amor.” Ela finalmente concluiu.

Jaebum cogitou a resposta da moça, tentando encontrar semelhanças no seu caso.

Medo definitivamente não era, afinal o outro garoto não poderia lhe ferir mais do que ele já estava ferido. Ou talvez pudesse?

Saudades talvez não fosse a melhor definição, ele sentia saudades dos seus pais, não de um garoto que ele mal conhecia. Ou talvez sentisse?

Amor? essa era fácil. Aquilo que ele estava sentindo definitivamente não era amor. Ou talvez fosse?

A ideia de que Youngjae tinha tanto poder sobre suas próprias emoções, irritou Jaebum instantaneamente, o fazendo descontar sua fúria na empregada que mal entendia o que estava acontecendo na sua mente.

“Sai Jimin, SAI!!!” Jaebum gritou e Jimin saiu do quarto sem mais

Jaebum deixou o peso do seu corpo cair de volta no colchão, sentindo um leve desconforto quando seu pescoço estralou com o choque.

'Não pode ser…’ Jaebum não conseguia pronunciar o termo amor, nem mesmo nos seus pensamentos.

Durante sua adolescência, Jaebum tinha um único propósito: entrar na faculdade de medicina e se tornar um médico renomado assim como seu pai, então se envolver romanticamente com alguém era o último dos seus pensamentos naquela época.

Quando ele entrou na universidade, a pressão que ele mesmo havia colocado em cima dos seus ombros começou a consumir sua vida e ao invés de aproveitar os bons anos de faculdade, junto dos amigos e se divertindo, foi ignorado durante todo o tempo, logo ele nunca chegou a se relacionar com alguém de verdade, ao menos não romanticamente.

Em seguida veio o acidente e Jaebum se culpava o suficiente para não se relacionar com ninguém - de nenhuma forma -, se afastando dos seus poucos amigos e se isolando completamente do resto do mundo.

A única definição de amor que ele conhecia era: as que seus pais lhe ensinou durante a vida e as que ele sentia em retorno, embora fosse o pior para demonstrar aquele sentimento.

Talvez fosse loucura assumir que aquilo era amor, talvez ele estivesse enlouquecendo no final das contas e esse sentimento desconhecido fosse efeito de algum mal funcionamento no seu cérebro.

Jaebum alcançou seu celular em cima do travesseiro ao lado e discou seu número de emergência.

“Marca uma consulta com um neurologista.” Jaebum ordenou, sem ao menos dizer “oi” ou “bom dia, como você está?”.

'O que foi dessa vez?’ Jackson respondeu irritado do outro lado da linha, mas Jaebum ignorou o tom rude do advogado.

“Eu estou tendo surtos estranhos, meu coração acelera sem motivos e meu humor está uma montanha russa.” Jaebum contou, como se Jackson fosse o doutor.

'Não sabe mesmo os motivos, ou melhor, o motivo?’ Jaebum percebeu o sarcasmo na voz do outro, mas novamente se deixou ignorar.

“Não. Não sei Jackson, se eu soubesse eu não estaria tão desesperado.” Jaebum confessou frustrado.

'Você tem tomado os remédios certo?’

Jaebum havia começado a tomar remédios para controle de humor e alguns outros logo após o acidente, á principio ele se negava a tomar a medicação, mas o Senhor Wang o obrigou a tomar dizendo que se ele não fizesse, ele iria tirar o direito de Jaebum de receber sua herança e como na época o advogado era seu representante legal e tutor, logo ele tinha controle sobre aquilo e então não havia nada que Jaebum pudesse fazer a não ser aceitar e tomar os remédios.

“Aham.”

Jaebum…” Jackson começou, exasperando do outro lado da linha.

Eu vou marcar o médico, mas eu posso te garantir que não tem nada de errado com a sua cabeça. Eu vou ai amanhã a tarde e te explico melhor, ok?’ A principio Jaebum não entendeu como Jackson seria capaz de explicar o que estava acontecendo com o seu corpo, já que ele era advogado e não médico, mas mesmo assim Jaebum concordou e finalizou a ligação.

 

++

 

Era 23:10h e Jaebum sabia que não havia mais nenhum empregado acordado para preparar algo para ele comer. Jia e Jimin havia preparado o jantar, mas Jaebum se recusava a levantar da cama, ainda refletindo sobre o que poderia estar causando uma bagunça na sua mente, e agora, horas depois do jantar ter sido servido e Jaebum não ter comido nada, seu estômago estava gritando por algo pra comer.

Acordar alguma das empregadas era desumano, então Jaebum decidiu ir até a cozinha procurar por algo fácil de preparar ou algo pra esquentar no microondas, assim seu estômago iria agradecer.

Quando você tem pouco, fica fácil decidir o que escolher, mas quando você tem muito, é quase que impossível decidir. A quantidade de opções de comida que Jaebum encontrou na cozinha era enorme, ele preferia que seus empregados apenas o chamasse pra comer, assim ele não precisava escolher, mas agora não era o caso, já que o horário do jantar já havia passado e Jia já tivesse guardado o resto dos alimentos na geladeira.

Jaebum decidiu esquentar um copo de leite e comer alguns biscoitos que ficavam em alguns potes de vidro, ao lado do microondas.

Quando o apito do microondas deu sinal de que o leite estava quente, Jaebum ouviu a porta da cozinha abrir e para sua surpresa, não era um dos seus empregados antigos.

“Desculpa, eu pensei que não tinha ninguém aqui.” Youngjae se desculpou, ficando em choque por alguns segundos, não sabendo se devia sair do cômodo ou ficar ali parado.

Jaebum sentiu seu coração acelerar e as batidas ecoando no seu tímpano. Youngjae era a última pessoa que ele esperava encontrar naquela hora dentro da sua casa, considerando que a casa onde o garoto morava ficava na parte de fora da mansão.

Jaebum permaneceu em silêncio, não encontrando palavras que pudessem descrever o que ele realmente desejava naquele momento.

“Eu deveria ir. Desculpa.”

Youngjae estava a ponto de sair pela porta, quando ouviu Jaebum balbuciar.

“Não…”

Jaebum estava de costas para Youngjae, encarando a porta aberta do microondas, enquanto Youngjae estava parado entre a porta de saída do cômodo.

Os dois não sabiam o que dizer e o silêncio começou a ficar sufocante.

Jaebum havia passado todo o dia esperando encontrar o garoto ou observá-lo pela janela, e agora que o garoto estava ali, a poucos metros dele, ele não conseguia pensar em algo que o permitisse fazer aquilo pelo qual ele esperou durante o dia todo.

“Você precisa de algo?” Jaebum perguntou, mesmo sabendo que o garoto só estava ali por que precisava de algo.

“Acabou o leite em casa e o pai disse que eu podia vir buscar aqui, já que sempre acaba estragando.” Youngjae respondeu para as costas do outro.

Jaebum permanecia imóvel, sabendo que se ele virasse de frente para Youngjae, ele iria enxergar suas cicatrizes e provavelmente iria correr pra longe assustado.

Jaebum não queria sofrer aquela rejeição.

Ainda com as costas para o garoto, Jaebum começou a se afastar da frente do microondas e ir para o outro lado da cozinha, mantendo seu rosto virado ao oposto de Youngjae.

“Pode pegar.” Jaebum respondeu, encostando no balcão de mármore que havia bem ao meio dola cozinha e ficava de costas para onde o microondas estava.

Youngjae pegou uma xícara, colocando o leite e devolvendo o recipiente dentro da geladeira, não se aproximando de onde Jaebum estava anteriormente.

“Eu já vou indo.” Youngjae disse segundos depois, e Jaebum percebeu que ele não havia esquentado o leite, o que daria mais tempo para os dois ficarem no mesmo lugar.

Jaebum queria se virar e impedir que o outro saísse, mas seu corpo simplesmente não se movia, e já que seu corpo não respondia, Jaebum deixou sua voz soar mais alto.

“Não!”

Youngjae ficou confuso, olhando para as costas do rapaz e segurando sua xícara de leite com as duas mãos.

“Não?” Youngjae exclamou.

Jaebum ficou sem resposta novamente, seu cérebro tentando fazer o máximo para surgir com alguma pergunta que fizesse Youngjae ficar.

“Você não vai esquentar seu leite? Está tarde, não é bom tomar líquidos gelados à noite.” Jaebum se lembrou de quando sua mãe lhe levava leite quente antes de colocá-lo para dormir quando ele era pequeno.

Youngjae sorriu silenciosamente devido a preocupação do outro, e se Jaebum pudesse ver aquele sorriso, com certeza sua noite estaria ganha.

“Eu esquento em casa.” Youngjae respondeu com a voz abafada pelo sorriso, mas Jaebum não podia ter certeza se ele realmente estava sorrindo.

“Não, pode esquentar aqui…” Jaebum deu uma pausa, não querendo terminar seu pensamento em voz alta.

“Eu posso sair se você preferir.” Ele formalizou.

Youngjae não respondeu e andou em direção ao local onde ficava o microondas. Jaebum podia ouvir seus passos e seu corpo ficou gelado de repente, suas mãos com suor em volta da sua própria xícara de leite, que no momento já estava morna e com nata formado no topo do líquido.

Os dois ficaram em silêncio, o único som que se ouvia dentro do cômodo era do prato de microondas rodando e seus corações ecoando nos seus ouvidos.

Youngjae se sentia ansioso perto do rapaz, mas ele culpava a relação de superioridade que Jaebum possuía sobre ele, além do fato de que o rapaz jamais o permitiu ver seu rosto.

Youngjae havia perguntado para seu pai o motivo pelo qual Jaebum não saia de casa, não citando o fato de que ele já o tivera encontrado dentro da mansão, a resposta do homem foi que Jaebum tinha fobia de pessoas depois do acidente dos seus pais e que Youngjae não devia se preocupar com o rapaz, já que ele estava ali para trabalhar e estudar. Youngjae podia ter ficado chateado com a resposta de seu pai, mas ele entendia que cada um tinha suas próprias fobias para lidar e então deixou o assunto morrer.

Enquanto Jaebum travava uma luta mental em um lado do cômodo, Youngjae encarava os ombros largos do rapaz de costas para ele, sabendo que ele jamais viraria e o encontraria encarando seu corpo.

O apito do microondas despertou Youngjae e Jaebum xingou em seu cérebro, sabendo que aquilo significava que o outro iria ir embora nos próximos segundos.

Youngjae esperou que Jaebum dissesse algo e que talvez eles pudessem conversar mais, mas o silêncio era tudo que existia entre eles.

“Boa noite.” Youngjae quebrou o silêncio.

Jaebum ouviu os passos do outro se afastando e antes que ele chegasse na porta, sua boca agiu primeiro.

“Como estão suas aulas?”

Os dois foram pegos de surpresa, embora Jaebum tivesse feito a pergunta, ele não pensou que houvesse coragem suficiente para fazê lo, até que o fez.

“As matérias que não tem prática eu sou o segundo melhor da turma.” Youngjae comentou, como se estivesse conversando com um amigo, como ele geralmente comentava com Donghyuk, embora Jaebum nunca pudesse ser.como seu amigo, afinal Jaebum era…Jaebum.

“E nas matérias que tem prática?” Jaebum perguntou e Youngjae deu uma pausa, se perguntando mentalmente como ele deveria responder aquilo, já que dependendo de como ele respondesse, Jaebum podia interpretar como indireta e ficar bravo.

“Os outros alunos tem piano em casa, ou eles podem ficar mais tempo no campus e usar os pianos de lá. Então eu estou no terceiro ou quarto lugar nas aulas práticas.” Youngjae respondeu sinceramente, mesmo que Donghyuk dissesse o quão bom ele era, Youngjae sabia que no fundo ele ainda estava atrás dos melhores.

Jaebum sentiu seu coração doer, o deixando ainda mais confuso do por que ele se sentir daquela forma por alguém que ele mal conhecia, afinal ele tinha um piano guardado e disponível para ser tocado pelo garoto, mas o fato de ter sido de sua mãe e fosse uma das coisas que mais o fazia lembrar dela, impedia Jaebum de aceitar que outra pessoa pudesse tocar o instrumento que só sua mãe havia tocado.

“Eu vou pra casa.” Youngjae avisou já que Jaebum não respondeu em seguida.

Jaebum queria poder permitir que o garoto tocasse o instrumento que fora de sua mãe, mas seu coração ainda não estava pronto.

 

++

 

Naquela noite, Jaebum não conseguiu dormir assim como em tantas outras, sua madrugada foi preenchida por ansiedade e antecipação, porém dessa vez o motivo era outro.

Youngjae ocupava cada espaço dos pensamentos do rapaz e se Jaebum pudesse ao menos entender o motivo daquilo, talvez sua ansiedade diminuísse.

Quando Jackson chegou na mansão naquela tarde, ele se deparou com um Jaebum agitado e com os olhos inchados e escuros em volta, olhando para a janela de vidro que dava para a estufa.

“Você comeu? Dormiu?”

Jaebum tirou a atenção da janela e virou-se para Jackson, não respondendo de imediato.

Jackson ficou esperando uma resposta, mas a aparência de Jaebum já a respondia.

“O que está perturbando sua mente?”

Jaebum buscou uma resposta plausível, mas só conseguiu responder um 'Não sei’ quase que em um sussurro.

“É o seu novo empregado?” Jackson não ficou de rodeios.

Jaebum não tinha mais por que esconder, talvez ter uma nova perspectiva do que poderia estar acontecendo com ele fosse melhor.

“Eu não sei por que isso está acontecendo. Eu só…” As palavras desapareceram da mente de Jaebum, e ele se jogou em cima da cama, Jackson assistindo todo o drama do outro.

“Você gosta dele?” Jackson foi ainda mais direto e Jaebum sentou na cama, o encarando com surpresa.

“Como eu poderia gostar dele? Ele é…”Jaebum deu uma pausa, antes de continuar. “Ele é um menino.”

Jackson sentou no sofá da cabeceira da cama.

“Jaebum, eu sou seu advogado e mesmo que você não aceite esse termo, nós também podemos ser considerados amigos.” Jackson elaborou e Jaebum se sentia tão perdido, que nem se deu ao trabalho de contestar.

“Nesses últimos três anos que eu passei mais tempo com você, do que qualquer outra pessoa, eu nunca te vi surtando assim. E você é ingênuo demais pra perceber que na verdade, você sente algo por esse tal garoto.” Jackson comentou e Jaebum ponderou suas palavras, confirmando seus medos.

“Você não entende. Ele é um garoto… Um garoto, Jackson.”

Jackson podia enxergar através das expressões do outro, a batalha mental que ele estava lutando dentro da sua cabeça.

“E desde quando é errado gostar de um garoto?”

“Desde quando as pessoas são criadas sendo ensinadas a gostarem do sexo oposto.” Jaebum se defendeu, mesmo que agora tendo dito em voz alta, aquela era a pior desculpa que ele poderia ter dado.

“Você sabe que isso que você disse é estúpido e eu nem preciso te corrigir né?” Jackson perguntou e Jaebum concordou com a cabeça.

“Gostar de alguém é uma benção. Não importa quem seja a pessoa, seu sexo, religião, cor da pele, deficiência…”Jackson deu uma pausa ao dizer a última palavra, sabendo que Jaebum iria refletir mais sobre ela.

“Você já mostrou seu rosto pra ele?”

Jaebum abaixou a cabeça, e balançou em negação, levando uma de suas mãos até suas cicatrizes.

“Você pretende?”

Jaebum não havia refletido sobre isso, ele sabia que não queria que Youngjae o visse daquela forma, mas não tinha cogitado a ideia de algum dia permitir que o garoto o visse com suas cicatrizes.

“Não sei.”

“Ok…” Jackson respondeu baixo e se perguntou mentalmente se ele devia largar a carreira de advocacia para terapeuta.

“E se ele não sentir o mesmo? E se ele pensar que por eu ser homem…?” Jaebum mal conseguia terminar a frase, pois no momento em que ele dizia aquelas coisas em voz alta, soavam reais e isso o assustava.

“Não tem como você saber sem tentar.”

Jaebum encarou seu advogado, esperando que ele fosse dizer mais alguma coisa, mas aparentemente aquilo era tudo.

 

++

 

Jackson disse que iria embora após mais algumas horas conversando com Jaebum, os dois não só conversaram sobre como o rapaz se sentia e o que pretendia fazer, como também conversaram sobre a situação do hospital e as decisões que Jaebum iria ter que tomar eventualmente.

Quando tivera dado tempo de Jackson sair da mansão, Jaebum recebeu uma nova mensagem.

 

De: Wang Jackson

‘Finalmente conhecendo a Bela.’

 

Jaebum ficou confuso por alguns segundos, até entender o que o advogado queria dizer com aquilo, e logo se jogou pra fora da cama, correndo para a janela de vidro que dava visão para a estufa. Mas não havia ninguém lá.

Ele correu pelos corredores, indo em direção a sala de estudos, mas assim como na outra janela, não havia ninguém do lado de fora.

Jaebum saiu do cômodo, indo de volta para seu quarto, discando o celular de Jackson, que aparentemente havia sido desligado, muito provavelmente para impedir que Jaebum surtasse com ele.

Assim que Jaebum passou por um dos corredores que fazia cruzamento com a escada principal, ele ouviu uma risadas vindo do andar de baixo, algo que não era ouvido desde que seus pais tinham falecido.

“Eu preciso de um novo advogado pra me defender do assassinato do meu atual advogado.” Jaebum comentou em voz alta ao avistar Jackson e Youngjae rindo no final da escada.

Youngjae trazia livros nos braços e Jaebum assumiu que ele estivesse indo para a biblioteca.

Após alguns minutos conversando sobre algo que Jaebum não fazia ideia do que poderia ser e muito menos como os dois conseguiam conversar como se já se conhecessem, Youngjae finalmente voltou a subir as escadas, indo em direção ao seu destino.


Notas Finais


CRIANÇAS LINDAS, desculpem a demora): eu voltei para casa e não senti vontade de escrever mais, mas surpreendentemente esse capítulo ficou enorme haha
Comentem aqui o que acharam ou no twitter :33 se acharem ruim comentarem usando o nome da fic, coloquem #AsFadas2jae ou algo parecido e dai eu acabo encontrando vocês :3
Obrigado a vocês que lêem minhas fics e leitores fantasmas apareçam pfvo haha
Sistema Grego 2 eu tenho o cap novo começado, preciso só de coragem pra continuar :3 sejam pacientes :3


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