*Flashback on*
Eu não estava mais conseguindo sentir o meu corpo. Senti uma tontura e minha visão ficando escura.
- Você conseguiu – o Beck falou antes de eu fechar os olhos.
*Jade off*
*Pov Beck*
A Jade havia fechado os olhos.
- Jade? – a chamei, mas ela não respondeu – Jade? – a chamei novamente enquanto balançava seu braço.
- Ela desmaiou? – a Sam perguntou olhando para a Jade – Ela está muito pálida.
- E fria também – completei. Coloquei o dedo no pulso dela – A pulsação dela tá fraca. Ela precisa ir pro hospital urgentemente.
- A cidade está logo a frente. Estou indo o mais rápido que posso – a Tori falou.
Eu peguei a bebê de volta em meus braços. Fiquei olhando pra Jade enquanto segurava a mão dela.
- Aguenta firme meu amor. Nós já perdemos um ao outro uma vez, mas agora eu não posso perder você... Não de novo, não assim.
*Flashback off*
*Pov Jade*
Abri lentamente os meus olhos. Eu estava numa cama hospitalar, em um quarto de hospital. Olhei em volta e não vi ninguém. Eu me sentei na cama com cuidado para tentar levantar, mas bem na hora a Tori entrou no quarto. Ela arregalou os olhos e deu um sorriso.
- Você acordou!
- Cadê o Beck? – perguntei confusa. Será que foi apenas um sonho? Meu coração disparou.
- O Beck saiu – franzi o cenho – Ele precisava de cuidados, então ele foi pro hotel tomar um banho e comer. E ele também vai aproveitar e trazer a Cat. A Sam foi junto pro hotel para comer.
- Eu preciso ver o Beck.
- Vou mandar mensagem avisando que você acordou.
- Cadê minha bebê?
- Ela tá na maternidade. Os médicos falaram que ela tem que ficar lá em observação.
- Ela tá bem? – a Tori ficou alguns segundos em silêncio.
- Está, mas assim como todo bebê prematuro, ela corre riscos – eu senti meu coração apertar.
Eu fiquei alguns minutos olhando para o teto até que o Beck finalmente chegou com a Cat e a Sam. O Beck havia cortado o cabelo, para o mesmo comprimento de antes.
- Jade! – a Cat veio me abraçar. Ela estava mais sorridente do que nunca – Obrigada por trazer o Beck de volta – eu sorri.
- Nós ficamos preocupados quando você desmaiou – a Sam contou.
O Beck veio até mim e beijou minha testa.
- Eu quero ficar sozinha com o Beck agora – pedi. Elas nos deram licença saindo do quarto.
Abracei o Beck bem apertado.
- Assim você vai me esmagar – ele falou entre risos.
- Desculpa, eu tava com tanta saudade!
- Eu também amor – ele me deu um selinho – Você está sentindo alguma dor?
- Só um pouco.
- Você já sabe qual vai ser o nome da bebê? – fiquei pensativa.
- O que você acha de Laura? – ele sorriu.
- É um nome lindo! Eu amei – sorri de volta – Ainda não caiu a ficha pra mim de que eu sou pai.
- Entendo. Eu não deveria ter falado pra não usar a camisinha. Como eu estava tomando os anticoncepcionais achei que estaria tudo bem. O meu ciclo deve ter mudado ou...– fui interrompida.
- Jade! – ele pegou minha mão – Você não tem culpa de nada, simplesmente aconteceu. Não vale a pena ficar pensando nisso. Eu não estou dizendo que não estou feliz, só é tudo muito novo.
- Entendo.
- As meninas me contaram basicamente tudo o que aconteceu enquanto eu estive fora – ele me olhou preocupado.
- O importante é que você está aqui – toquei o braço dele, acariciando. Ele olhou para o meu braço e franziu o cenho.
- Jade, o que é isso? – ele perguntou pegando meu pulso e olhando para a cicatriz.
- Elas não te falaram sobre isso? – perguntei confusa.
- Isso o que? O que aconteceu? – eu fiquei cabisbaixa e puxei meu braço de volta.
- Foi quando eu recebi a notícia que você tinha morrido – eu não conseguia olhar para os olhos dele – Eu fiquei muito mal... Sem chão.
- Jade, o que foi que você fez? – ele sussurrou friamente.
- Eu não consegui – encarei os olhos dele enquanto os meus se inundaram de lágrimas – Parecia que o ar havia parado de entrar em meus pulmões e meu coração se esmagado.
- Amor...
- Eu tentei acabar com tudo. Eu queria que toda a dor desaparecesse – ele me abraçou enquanto as lágrimas caiam dos meus olhos – Estava doendo muito! Desculpa.
- Não precisa pedir desculpas – ele segurou meu rosto com as duas mãos – Eu fico feliz que você esteja viva – ele me beijou mais uma vez – O importante é que isso já passou, certo?
- Sim. Está tudo bem agora – eu sorri pra ele.
- Sabe, quando eu cheguei lá no bunker eu senti uma sensação horrível! De algum modo eu sabia que você não estava bem. Minha mãe e o Conan realmente fizeram isso para acabar com a gente.
- E eles não conseguiram, porque nosso amor é mais forte. Não importa o que aconteça, ele nunca irá morrer. Eu fiquei com tanto medo de ficarmos separados pra sempre.
- Nem mesmo um deserto inteiro poderia me separar de você – ele afirmou – Meu amor por ti viajava milhas e milhas em meio as madrugada, apenas para ir de encontro com teu coração.
- Em cada sonho que eu tive, te senti. Me pergunto se estou sonhando agora que você finalmente está aqui ao meu lado. Se estou dentro de mais um de meus sonhos, eu jamais quero sair. Eu-lhe imploro! Não me deixe acordar, pois sem você, é difícil respirar. Me acorrente aqui para que eu não possa ser levada dessa quimera– o Beck me abraçou enquanto eu chorava.
- Não é um sonho – o Beck beija o topo da minha cabeça – Nós dois finalmente nos encontramos, ou melhor, você me encontrou! – eu ri e olhei nos olhos dele – Eu não vou há lugar algum e nem você – o Beck diz apertando minha mão – Nós nunca mais vamos ficar separados um do outro meu amor, nunca mais!
- Promete? – perguntei com lágrimas nos olhos e a mão um pouco gelada.
- Prometo! – o Beck afirma acariciando minha mão com o polegar – Nunca mais iremos enfrentar esse inferno novamente – Meus olhos começaram a derramar lágrimas novamente, e os do Beck fizeram o mesmo. Ele voltou a me abraçar apertado.
- Eu fiquei com tanto medo...– sussurrei antes de soluçar – Achei que eu tinha te perdido pra sempre. Eu... Não quero passar por isso de novo.
- Você não vai, eu prometo! – ele enxugou as lágrimas caídas no meu rosto, mas as dele também não paravam – A polícia vai encontrar minha mãe e ela vai ser presa. E o Conan...– virei os olhos – Ele vai pagar por tudo o que ele fez e por tudo o que ele te causou.
- Por tudo o que ele nos causou – corrigi.
- Todo esse pesadelo finalmente acabou amor – nós sorrimos.
- Sim... Finalmente. Não foi fácil.
- Eu lamento que você tenha passado por tanta coisa para conseguir me encontrar. Me desculpa, eu...– ela franziu o cenho.
- Desculpa? – virei os olhos – Fala sério! Eu faria tudo de novo. Valeu a pena. O mais importante é que eu consegui te encontrar, finalmente. Não importa o quão difícil foi – o Beck sorriu sem graça e com mais lágrimas nos olhos.
- Eu te amo! Muito, muito, muito!
- Eu também te amo! Muito! – o Beck me beijou.
- Já vou logo avisando que você e a bebê vão ir morar comigo – eu ri.
- Mas é claro! Vai ser muito bom.
- Vamos ser praticamente casados, só faltaria no papel.
- Não... Já tivemos essa conversa. Eu não quero me casar, pelo menos não por agora – ele forçou um sorriso e assentiu.
- Tudo bem amor, eu entendo.
Eu percebi que isso chateou ele, mas eu realmente não quero isso agora. Ele é amor da minha vida e quero passar o resto dos meus dias com ele, mas a ideia de casamento me assusta.
Nós dois ficamos conversando, colocamos os assuntos em dia. O Beck me contou tudo o que ele passou lá naquele bunker e eu fiquei me sentindo mal com isso. Depois chamamos as meninas de volta para o quarto e conversamos mais. Fui surpreendida quando vi meu pai, a Chloe e minha mãe segurando um bebê na porta. Eles haviam viajado pra cá só para me ver.
- Jay!! – a Chloe veio correndo me abraçar.
- Eu esqueci de avisar que seus pais iriam vir – o Beck falou.
- Eles nem estavam falando mais comigo – dei de ombros.
- Nós tivemos motivos pra isso – meu pai falou e eu virei os olhos – Você tinha simplesmente ido embora.
- Mas agora nós entendemos tudo o que você fez – minha mãe falou.
- Tanto faz!
- A gente vai lá pra fora – a Tori avisou indo com a Cat e a Sam. O Beck estava saindo também mas meu pai o impediu.
- Você fica, Oliver – meu pai falou sério e eu percebi o Beck engolindo seco. Ele veio pra perto de mim com medo e eu quase ri.
- Chloe vai lá com a Cat – minha mãe pediu.
- Eu não quero! Eu quero ficar aqui com a Jade.
- É rapidinho. Nós precisamos ter uma conversa de adulto aqui – ela cruzou os braços.
- Tá bom – ela ficou emburrada e saiu batendo o pé.
- Beck, eu estou tão feliz que você esteja bem – minha mãe abraçou ele.
- Eu também – meu pai falou um pouco seco.
- Obrigada! – ele falou um pouco sem graça.
- Jade, você quer segurar seu irmão? – ela perguntou e eu fiquei um pouco pensativa mas no fim peguei ele nos braços – O nome dele é Steven.
- Ele é a cara do papai – falei acariciando a bochecha dele enquanto ele dormia.
- Vocês já decidiram o nome da bebê? – meu pai perguntou, mais uma vez friamente.
- Laura – o Beck contou.
- Que nome lindo! Não vejo a hora poder segurar ela – minha mãe falou sorridente.
- Seguinte, agora vamos falar sério – meu pai disse com a voz firme – O que vocês dois vão fazer daqui pra frente? Beck, você já sabe como vai sustentar esse bebê? Você vai assumir que é o pai? Vocês vão se casar?
- Ei! – minha mãe interrompeu – Vai com calma amor.
- Amor? Tem apelidinho agora? – perguntei.
- Eu e a sua mãe estamos namorando – eu fiquei boquiaberta.
- Eu nunca achei que o que vocês tinham iria virar algo sério.
- Nós nos amamos – minha mãe deu de ombros – Mesmo depois de todos esses anos, seu pai continua sendo o meu grande amor.
- Mas vocês brigam toda hora.
- Estamos trabalhando nisso. Começamos a fazer terapia de casal.
- Entendi.
- Oliver, responda as perguntas – meu pai exigiu.
- É claro que eu vou assumir que sou o pai. A Jade e a bebê vão vir morar comigo. Eu vou ir atrás de um emprego pra trabalhar depois da aula. Ano que vêm eu pretendo voltar pra Hollywood Arts de onde eu parei e espero que a Jade venha comigo. Nem ela e nem a bebê vão passar por alguma necessidade, eu dou a minha palavra! – até eu fiquei surpresa com as palavras dele – Nós não pretendemos casar, ainda.
- Você realmente ama a minha filha?
- Com todo o meu coração e alma.
- Viu, eu falei. Os dois se amam – minha mãe falou com os olhos brilhantes – Jade, o seu pai só está com medo de você se machucar. Ele não quer que você sofra – bufei.
- Eu também não quero isso Sr. West – o Beck avisou – Quero que a Jade seja a mulher mais feliz do mundo.
- Vou te dar um voto de confiança. Bem-vindo a família, Oliver – meu pai falou para o Beck. Os dois deram um aperto de mão e se abraçaram.
Dois dias depois eu fui liberada do hospital, mas a bebê continuava internada. Meus pais já viajaram de volta com a Chloe. A Cat, Tori e Sam preferiram esperar por nós.
- Você tem que ir pro hotel amor – o Beck estava tentando me convencer a deixar o hospital.
- Eu não posso! Tenho que ficar aqui caso aconteça algo com a bebê – estávamos olhando ela na incubadora.
- Eles estão cuidando bem dela aqui. Se acontecer alguma coisa eles vão nos avisar.
- Mas olha só como ela é pequenininha e frágil.
- Nós vamos agora e voltamos de manhã, o que acha? – fiquei pensativa.
- Não sei... Não quero ficar longe dela.
- Jade, você precisa descansar – ele me deu um abraço por trás e colocou o rosto ao lado do meu – Aqui tem muito barulho, você não vai conseguir dormir – respirei fundo.
- Está bem – me virei de frente pra ele – Mas promete que vai ser bem cedinho que nós vamos voltar?
- Prometo! – eu olhei pra bebê de novo e fui embora com o Beck.
Saímos do hospital e pegamos um táxi. A noite estava fria. Eu fiquei abraçada com o Beck enquanto olhávamos para a vista através da janela.
- Você tá com fome? – ele perguntou e eu neguei com a cabeça – Mas você não comeu nada o dia todo.
- Eu não quero – falei cansada.
Ficamos em silêncio até chegar no hotel. Eu aluguei o quarto do lado do das meninas somente pra mim e pro Beck. Meu pai ainda não descobriu que tô usando o cartão dele.
- Você não quer dar um oi pras meninas? – eu neguei com a cabeça.
- Tô cansada – falei entrando no quarto. Joguei a bolsa no chão e me joguei na cama.
- Você está triste?
- Não, eu só tô cansada.
O Beck se sentou do meu lado e fez carinho no meu cabelo.
- Me empresta o seu celular? – ele pediu.
- Pra quê?
- Quero pedir alguma coisa pra comer. Tô com fome – entreguei meu celular.
Ele fez o pedido e em 15 minutos chegou.
- Quer pizza? – ele ofereceu trazendo a caixa pra perto de mim. Eu neguei com a cabeça.
- Jay, você precisa comer – ele colocou a caixa em cima da cama. Eu olhei com desânimo. Ele pegou uma fatia da pizza levou até a minha boca – Pega, pelo menos uma fatia – eu sorri. Eu estava com tanta saudade dele cuidando de mim. É muito bom ter ele de volta. Eu peguei a fatia e dei uma mordida – Gostou?
- Gostei. Eu tô muito feliz por você estar de volta.
- Eu também meu amor – ele me deu um selinho e depois pegou uma fatia de pizza.
- Você deve ter sentido muita falta de comer coisas gostosas lá.
- Você nem imagina! Mas principalmente de uma em específico – ele sorriu com malícia pra mim e eu ri.
- Beck!! Não comece – falei entre risos – Eu não posso... Por mais que eu queira mais que tudo.
- Eu sei Jay, relaxa. Eu também quero muito, mas tá tudo bem.
- São quarenta dias sem poder ter relação sexual. Será que a gente já não passou tempo o suficiente distantes? – ele me abraçou.
- A gente consegue esperar mais um pouco amor. Seu corpo precisa se recuperar – ele beijou minha testa.
- Que droga! – dei outra mordida na minha pizza. Mas então lembrei de uma coisa. Dei um sorriso e me levantei da cama indo até a minha mala – Amor, olha só isso – peguei meu caderno e entreguei pra ele.
- O que é isso?
- Eu escrevi uma peça – falei toda orgulhosa de mim. Ele deu um sorriso e colocou a fatia da pizza de lado.
- Que incrível!! – ele abriu o caderno – "Desejos do poço". É tipo um trocadilho com Poço dos desejos? – eu afirmei – Sobre o que é?
- É sobre uma garota que cai em um poço e se afoga nas próprias lágrimas – ele me olha confuso – Mas no final ela é salva.
- Uau! Isso parece muito profundo.
- É... Eu me expressei nela – fiquei cabisbaixa – Eu quero muito que alguém banque a minha peça para ela ser montada. O meu pai não iria bancar, por mais que ele tenha mudado de certa forma.
- Se eu tivesse dinheiro o suficiente eu bancava.
- Tudo bem – dei um pequeno sorriso.
- Por que você não tenta no teatro da Hollywood Arts? Você podia falar com o Sikowitz.
- Boa ideia! Vou fazer isso quando voltarmos.
- Eu estou muito ansioso para assisti-la.
Ficamos conversando, depois assistimos um filme de suspense agarradinhos e por fim dormimos de conchinha. É tão bom sentir o abraço e o cheiro dele novamente.
Meu pai já está resolvendo o problema da mãe do Beck e do Conan com os advogados. A polícia já começou a procurar por eles dois.
Já havia se passado 1 mês e nós ainda estávamos lá. Faltava uma semana pra bebê ser liberada do hospital. Nós íamos todos os dia no hospital ver ela. Eu e o Beck ficávamos grudados o tempo todo, só nos separavamos pra ir no banheiro. A gente ficava de carícias o dia todinho.
Estávamos jantando em um restaurante eu, o Beck, a Cat, a Tori e a Sam. Ficamos conversando sobre assuntos aleatórios e rindo.
- Eu vou ir morar com a Sam em um apartamento – a Cat contou.
- A casa vai ficar toda pra vocês – a Sam completou.
- Ah, obrigada gente. Mas vocês não precisam sair agora se não quiserem – o Beck falou.
- Eu não quero ficar lá não, ficar ouvindo choro de bebê – a loira falou e nós rimos – Vocês estão achando que vão conseguir dormir? – eu e o Beck nos olhamos seriamente – Boa sorte pra vocês! Já fui babá de alguns bebês.
- Nós vamos conseguir – ele falou dando um aperto na minha perna, algo que me fez sentir uma onda de calor.
Continuamos conversando. Deslizei minha mão pela coxa do Beck por de baixo da mesa como quem não quer nada. Ele me olhou no mesmo instante com um olhar confuso e então eu dei um sorriso pra ele. Quando ele voltou a falar subi um pouco mais minha mão e apertei a coxa dele fazendo ele quase se engasgar.
- Tá tudo bem? – a Tori perguntou quando ele começou a tossir.
- Toma, bebe água amor – dei a taça com água pra ele e ele bebeu.
- Obrigado – a tosse dele estava passando e então eu dei mais um apertão.
Fui subindo cada vez mais a minha mão até chegar onde eu queria. O restaurante estava levemente cheio. Nossa mesa ficava no canto, o meu assento e o do Beck ficava contra parede. Não tinha como ninguém ver nada.
Apertei o pau dele que já estava ficando duro. Ele me olhou querendo me matar e eu só pude rir. Ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou:
"Amor, você está me deixando louco! Ainda não completou quarenta dias"
Eu sorri e sussurrei no ouvido dele:
"Eu não posso, mas você sim. Eu quero brincar com você"
Abaixei o zíper dele devagar pra não fazer barulho e desabotoei. Coloquei a mão dentro da cueca dele e puxei o pau dele pra fora, tudo debaixo da toalha. Fechei a mão em torno do pau dele e fiz movimentos de cima pra baixo bem devagar. Eu sei que ele prefere rápido mas se eu fizer isso podem acabar percebendo.
- Meninas, vamos no banheiro comigo? – a Tori perguntou e a Cat e a Sam assentiram.
- Ah, não, valeu. Vou ficar aqui mesmo – falei.
Elas saíram da mesa para ir ao banheiro. Eu coloquei a colher de sobremesa na beira da mesa e fiz ela cair como se fosse um acidente. Eu me agachei para pegar a colher, mas só usei como desculpa para entrar em baixo da mesa. Fiquei de frente pro Beck, peguei o pau dele e levei até a boca. Chupei a ponta e depois coloquei tudo na boca. Eu estava agradecida pela toalha da mesa ser até o chão. As mãos do Beck voaram para trás da minha cabeça. Ele pegou no meu cabelo e guiou meus movimentos. Eu estava com tanta saudade de sentir o pau dele na minha boca. Ele tirou as mãos do meu cabelo.
- Amor? – ele me chamou mas eu só estava interessada em fazer uma coisa – Jade! Elas estão voltando – ele sussurrou e eu parei o que estava fazendo.
Voltei para a cadeira e coloquei a colher na mesa. Novamente o Beck me olhou com um olhar mortal. Eu deslizei de volta a minha mão até o pau dele mas fui impedida por ele que pegou o meu pulso e tirou de seu colo. Franzi o cenho. Ele se aproximou do meu ouvido e disse:
"Chega! Isso não vai rolar aqui. Depois a gente continua isso" Ele falou sério e eu fiquei emburrada.
- O que aconteceu? – a Sam perguntou assim que elas se sentaram – Vocês brigaram?
- Não, a gente tá bem – o Beck falou.
- Então por que a Jade tá brava? – a Cat perguntou me olhando.
- Eu quero ir embora – falei seca. O Beck me olhou incomodado.
- Ah, mas e a sobremesa? – a loira perguntou.
- Não quero.
- Jade, para. Vamos esperar a sobremesas – o Beck pediu.
- Não quero! Eu quero ir embora – falei sem paciência – ele me encarou.
- Tá! – ele disse friamente e em seguida pedindo a conta da nossa parte.
Nós saímos de lá calados. O Beck parece estar bravo comigo. Pedimos um táxi até o hotel. Quando chegamos, fomos pegar o elevador. Não tínhamos trocado uma palavra sequer.
- Beck? – chamei ele, mas ele não me deu atenção – Você tá bravo comigo?
- Por que? – ele me olhou – Só por que você ficou emburrada igual uma criança porque não teve o que quis e ficou chata querendo vir embora? Não, não tô.
- Ninguém teria visto nada, você que foi chato.
- Jade, aquilo é um lugar público – dei de ombros.
- E daí? Essa é a graça – ele viro os olhos.
Saímos do elevador e fomos para o quarto.
- Talvez essa seja a graça pra você, mas pra mim nem tanto.
- Eu achei que você gostasse também – fechei a porta atrás de mim.
- Não gosto muito.
- Me desculpa?
- Vem cá – ele me chamou pro colo. Caminhei até ele e me sentei – Tá tudo bem – ele beijou minha bochecha – Eu é que tô meio estressado.
- Será que agora eu posso ter o que eu quero? – perguntei mordendo o lábio.
- Não – franzi o cenho – Você ficou chata querendo vir embora logo só por isso, então agora não vai ter.
- Mas...
- Não.
- Você também quer. Eu posso te provocar até você deixar.
- Pode me provocar o quanto quiser, eu já me decidi – cruzei os braços.
- Você tá fazendo de novo, só porque não está tendo o que quer.
- Não tô nem aí! – falei me levantando do colo dele – Eu vou dormir agora, não quero saber de mais nada também – peguei meu pijama e fui pro banheiro me trocar.
Mesmo estando um pouquinho brava eu dormi abraçada com ele naquela noite.
Uma semana depois estávamos dentro do táxi à caminho do hospital para buscar a bebê. Eu estava muito nervosa com tudo isso. O que eu tô fazendo? E se eu não conseguir ser boa mãe? Eu não sei cuidar nem de mim mesma, imagina de um bebê. Chegamos no hospital e fomos para a maternidade. Eu estava ansiosa, minha respiração estava descontrolada e acho que o Beck percebeu isso. Ele colocou a mão no meu ombro.
- Vai dar tudo certo – ele beijou minha testa.
- Nós estamos ferrados. É literalmente uma vida que tá nas nossas mãos. Se ela morrer a culpa vai ser nossa.
- Amor, a gente vá conseguir – ele falou entre risos.
A enfermeira pegou a bebê com cuidado, caminhou até nós e me entregou ela.
- Ela se parece com você – o Beck falou olhando nós duas.
- Um pouco – eu fiz carinho na bochecha macia dela enquanto ela dormia.
A enfermeira nos passou algumas instruções e depois fomos embora. Foi só entrarmos no Táxi que a bebê começou a berrar. Eu fiquei desesperada sem saber o que fazer, olhei pro Beck e ele estava do mesmo jeito que eu.
- Ela deve estar com fome – ele falou e eu fiquei um pouco desnorteada – Tenta dar leite pra ela.
- Tá bom! – falei sem paciência. Aquele choro mais o Beck falando no meu ouvido já estava me incomodando – Eu nunca fiz isso antes, vou tentar.
Eu olhei para o motorista através do espelho e ele estava prestando atenção na estrada. Puxei minha blusa e meu sutiã pra cima. Peguei meu peito e levei até a boca da bebê, ela automaticamente começou a fazer a sucção. Eu suspirei aliviada.
- Você mandou muito bem.
- Não fazem nem dez minutos que estamos sozinhos com ela e eu já estou pedindo socorro – falei jogando a cabeça pra trás. O Beck riu do meu desespero e eu olhei brava pra ele.
Chegando no hotel, dei a bebê pro Beck fazer ela arrotar. Eu terminei de arrumar minha malas enquanto isso já que vamos voltar para Los Angeles amanhã. Quando a bebê dormiu o Beck colocou ela no berço que compramos. Ele veio e sentou do meu lado na cama.
Me estiquei para dar um beijo no pescoço dele.
- Por que nós não vamos tomar um banho, juntos? – sugeri com um sorriso travesso.
- Hoje completa quarenta semanas – ele se lembrou.
- Exatamente! – me levantei da cama para pegar minha toalha e algumas roupas. Também peguei um pacote de camisinha que comprei por precaução.
- Mas e se a bebê acordar? – ele se levantou para fazer o mesmo.
- Ela não vai. A enfermeira falou que bebês dormem bastante. Essa é a hora perfeita!
Entramos no banheiro e o Beck fechou a porta. Desesperada, eu fui até ele e o joguei contra a porta. Ele encarou meus lábios antes de atacá-los. Segurei o cabelo dele enquanto ele puxava minha cintura para o mais perto possível. Puxei a camisa dele e joguei no chão. Ele pegou minha blusa e tirou do meu corpo também. Me cobri um pouco porque eu fiquei com vergonha.
- O que foi? – o Beck perguntou preocupado.
- É que... Meu corpo tá diferente – ele me fitou. Eu olhei pro lado.
- Jade, você está gostosa pra caralho assim como sempre esteve. Não é porque o seu corpo mudou que isso também vai mudar.
Ele beijou minha boca, meu pescoço, o vale entre meus seios até chegar na minha barriga, onde ele beijou cada estria minha que, até então eu odiava. Ele me faz sentir amada e sentir que eu posso amar cada vez mais a mim mesma.
- Você é o amor da minha vida Jade West – ele falou antes de beijar a minha coxa.
- E você o da minha, Beck Oliver – ele ficou em pé novamente e me deu outro beijo, um mais intenso dessa vez.
Desabotoei a calça dele e ele terminou de tirar junto com a cueca. Tirei o meu sutiã e minha calcinha.
- Seus peitos estão enormes – ele encarou os dois.
- Estão mesmo – eu ri.
Peguei a mão dele e o puxei para dentro do box. Liguei o chuveiro e ele me beijou enquanto as gotas de água morna escorriam pelo nosso corpo. Passei minhas mãos pelas costas dele e deixei alguns arranhões. Ele se ajoelhou na minha frente e colocou uma perna minha sob o ombro dele.
- Você não faz ideia do quanto eu senti falta disso – ele falou antes de mergulhar a boca na minha boceta. Me segurei para não gemer alto.
Meu corpo se arrepiou. Me apoiei na parede com uma mão e com a outra pressionei a cabeça do Beck contra a minha boceta.
- Aawwnn
Senti a língua dele brincando com o meu clitóris. Ele apertou minha bunda enquanto aumentava a velocidade. Eu gemi mais alto.
- Shh! – ele falou – Assim vai acordar a bebê, geme mais baixo amor – ele voltou a me chupar gostoso.
Mordi meu lábio para me conter. O Beck se levantou e eu beijei ele, sentindo meu próprio gosto na língua dele. Ele deslizava a mão pelo meu corpo para me tocar por inteiro. Peguei o pau dele e acariciei antes dele colocar a camisinha. Ele me virou de costas, posicionou o pau na minha entrada e começou a empurrar devagar. Fechei os olhos com a sensação do pau dele deslizando pra dentro. Apoiei as mãos no box quando ele começou a estocar.
- Awwnn – gemi o mais baixo que pude.
Nossas respirações estavam ofegantes. Eu consegui ouvir ele gemendo baixinho no meu ouvido. Ele segurou meus peitos e apertou.
- Cuidado! – falei chamando a atenção dele – Não aperta, eles estão sensíveis e pode sair leite.
- Desculpa baby – ele beijou meu ombro.
Ele voltou a me penetrar com força e cada vez mais rápido. E gemia o nome dele enquanto sentia meu orgasmo se aproximando. Eu podia sentir que ele estava próximo também. Senti minhas pernas ficando cada vez mais fracas.
- Beck...– sussurrei. Ele percebeu e me segurou – Anww
Eu não conseguia manter meus olhos aberto. Parecia que o mundo a minha volta tinha desaparecido. Minhas pernas estavam tremendo muito. Senti um líquido escorrendo entre as minhas pernas. O Beck continuou mais um pouco até ele gozar também. Minha respiração estava pesada e a dele também.
- Uau! – falei me virando pra ele quando ele saiu de dentro de mim.
Eu quase caí mas ele me segurou.
- Cuidado – ele falou rindo me aproximando do corpo dele.
- São minhas pernas que estão fracas – falei enquanto queria fechar meus olhos pra dormir.
- Você parece chapada – ele tirou meu cabelo molhado do rosto.
- É a melhor sensação do mundo – sussurrei com um sorriso.
Terminamos de tomar banho e depois nos vestimos. Assim que saímos do banheiro eu fui direto pra cama e me joguei. Fechei meus olhos.
- Tomara que a gente consiga dormir antes da bebê acordar – o Beck falou enquanto se deitava ao meu lado.
- Uhum – murmurei.
Sempre dá sono depois de um orgasmo. Se tem jeito melhor de dormir eu não tô sabendo. Eu peguei no sono em segundos.
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