Shen adentrou a passos firmes no tatame inimigo vulgo “Ordem das Sombras”. Ele e o dono daquele lugar, Zed, eram rivais não somente nas acirradas competições de luta do país, mas também não se batiam desde o colegial quando o de cabelos prateados roubou a namorada do de cabelos castanhos... e dentre outras coisas. O problema era que haviam sido criados juntos pelo pai de Shen. Então, eram praticamente irmãos.
— Zed! — Chamou firme — Precisamos conversar!
— Olá para você também, irmão. — O homem retrucou tranquilamente depois de pedir licença para o seu centrado grupo de alunos.
— Não vem com esse papo de irmão! Você já me traiu várias vezes e agora vem roubar a minha energia?!
— Eu não sei do que você está falando. — Cruzou os seus braços.
— Não sabe do gato de energia ou do fato de você ter ficado com a minha namorada do colegial?! — Relembrou em ressentimentos.
Zed esboçou um sorriso cínico.
— Soube que ela teve um filho fora do casamento atual. Vai por mim, eu te livrei de uma bomba.
Shen bufou enquanto fechava as suas mãos. Suspirou depois de canalizar aquela raiva que tinha do outro japonês; focou-se no motivo que havia se prestado a pisar naquele local.
— Retire os cabos que você instalou na minha academia e pague a minha conta de luz desses dois meses que você usufruiu — Intimou.
— Olha, Shen, eu faria isso se realmente estivesse usando a sua energia, mas... eu não estou. — Retrucou.
Encararam-se em silêncio por longos segundos até Zed perceber a presença de uma garota entrando em seu estabelecimento.
— O que a filha do Tahno está fazendo aqui?
— Akali, falei para esperar lá fora. — Shen disse por cima do ombro.
— E perder a diversão?! Não mesmo, tiozão. Vai, briguem. — Instigou.
E percebendo aquelas visitas ilustres no dojô da Ordem das Sombras, um garoto da idade de Akali se aproximou com um sorriso confiante estampado na face. Era Kayn, um jovem turco órfão criado por Zed, que fez questão de se colocar cara-a-cara com a afilhada de Shen. Estava sem camisa, mostrando o seu tronco magro e definido. Também era visível uma grande marca de uma queimadura antiga em seu braço esquerdo.
— E aí, meu amor! Veio me visitar? — Questionou passando a mão em sua mecha azul que contrastava com os seus longos cabelos negros presos em uma trança.
— Lá vem — A japonesa bufou entediada — Ainda não te deram uma camisa, garoto?
— O que é bonito tem que ser mostrado... Que nem o seu belo rosto. — Completou levando sua mão para tocar na face de Akali.
A garota deu um tapa rápido antes que ele pudesse alcançar o seu rosto. Kayn riu. Ela sempre fazia isso; e ele ainda tentava...
— Sabe, eu consegui o console da última geração — Ele sabia que a garota gostava de games assim como ele — Tá lá no meu quarto... — Apontou para uma das portas no fundo do estabelecimento — Você pode ir lá quando quiser, Kali.
A Jhomen revirou os seus olhos. Viu que Shen ainda estava de bate-boca com Zed. “Aff, eles só vão ficar de papo ao invés da ação de verdade? Puff... Frouxos!”, concluía entediando-se mais ainda. Voltou-se novamente para Kayn e propôs:
— Eu quero ir agora. — Afirmou para o turco.
O garoto arregalou os seus olhos. Finalmente uma menina iria entrar em seu quarto... e era logo a sua paixonite de infância. Assentiu rápido em resposta e então os dois jovens aproveitaram a distração dos adultos para se dirigirem ao quarto dos fundos.
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Já desnudos, trocavam quentes carícias.
— Por que não voltou ontem a noite, meu amor? — Comentava ofegante enquanto marcava aquele delicado pescoço — Fiquei só na saudade...
— Tive que resolver uma coisa — Era verdade, havia recebido uma ligação enquanto estava na pizzaria com Quinn na noite anterior — Mas agora eu estou aqui, mein schartz.
Ela soltava fortes suspiros enquanto a boca do rapaz atreveu-se a descer pelas curvas daquele belo corpo. Os lábios masculinos alcançaram a vulva da jovem, arrancando um rouco gemido da menor. Katarina agarrou as madeixas castanhas curtas do amado em uma tentativa de incentivá-lo a permanecer com a língua em seus lábios íntimos femininos. Como adorava o toque daquele rapaz... E ele adorava tocá-la.
O forte atleta puxou o pequeno corpo de encontro ao seu para que se colassem, levantando-a para que a mesma enlaçasse suas pernas naquele definido tronco.
Guiou a garota até que ela encostasse as suas costas contra a parede. Ele podia sentir o calor da intimidade dela perto de seu órgão masculino já desperto — bem desperto.
Beijavam-se intensamente e ele alternava o toque quente de seus lábios nos dela e em seu pescoço, arrancando gemidos roucos da garota. Chegou a descer até os mamilos eriçados da mesma e os estimulou alternadamente com a sua boca enquanto ela arranhava o dorso bem marcado do jovem.
Ah, como ela estava molhada... Bem molhadinha. Então, ainda de pé, Garen ousou penetrá-la. Arfaram juntos com aquele íntimo contato já bem conhecido entre eles. O viril pênis acomodou-se naquele canal quente e úmido que tanto amava...
Suas línguas voltaram a se saborear enquanto ambos movimentavam as suas pélvis em uma tentativa de se conectarem ainda mais... Porém, mais conectados que aquilo era praticamente impossível.
Garen levou Katarina e a deitou na espaçosa cama, debruçando-se sobre o pequeno corpo debaixo de si. A diferença de tamanho deles era enorme, e mesmo assim encaixavam-se perfeitamente toda vez que se desejavam. O rapaz separou ainda mais as pernas da ruiva para poder voltar a penetrá-la, agora com mais vigor... mais potência... ah, como ela amava aquela pegada bruta do francês; assim como também adorava quando ele era carinhoso mesmo que com os seus grandes músculos.
— Mais... vai, mein schartz. — Pedia em gemidos enquanto o pênis escorregava por toda a sua vagina.
Ficaram um bom tempo naquele ritmo frenético. Ambos tinham muita energia para canalizar naquela íntima conexão. E quando finalmente Katarina gemeu mais profundamente e em seguida relaxou os seus músculos, ele entendeu que ela havia terminado.
— Ah... — Um gemido baixo e rouco do rapaz anunciou a chegada de seu líquido esbranquiçado que se perdeu dentro do corpo da jovem sob si.
Ofegantes, encaravam-se. Sorriam satisfeitos com o que acabaram de fazer juntos.
— Eu te amo.
— Também te amo, mein schartz.
Selaram mais uma vez os seus lábios e ela se aninhou no quente e grande corpo que se acomodou ao seu lado na cama.
Estava tudo tão calmo... tudo tão perfeito...
Até que o alarme de Katarina soou.
— Merda... esqueci que vai ter jogo hoje. — Falou desativando o ruído irritante vindo de seu celular. Logo voltou-se a aninhar o seu corpo no do namorado — Ah, foda-se... eu não vou jogar mesmo, né. — Deu de ombros.
— Por que tem tanta certeza disso, amor?
— Ela me disse no parque. E como eu perdi a aposta, ficou difícil de contestar.
— Mas você me disse que se comportou direitinho ontem e ela até te agradeceu no final da noite. — Beijou a testa dela — Ela vai se lembrar dessa ajuda, meu bem. Vai por mim.
— É bom mesmo. — Afirmou. — Mas independente disso, agora eu quero estar somente com você. — Relatou estreitando um abraço no largo tronco do rapaz.
Garen não só se alegrou ao ouvir aquelas palavras, mas as sentiu. Agora era ele quem estreitava um aconchegante abraço em volta dela. Inalou mais uma vez o aroma já tão conhecido daquela pele suave antes de sugerir algo...
— Round dois?
— Com certeza. — Concordou levando os seus macios lábios até os do amado.
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— Shen? Tem algo em que eu possa ajudar? — A mulher de cabelos prateados perguntou firme roubando a atenção do seu, digamos, cunhado.
O homem de cabelos castanhos fitou a esposa de Zed. A presença dela sempre o arrepiava e não era para menos. Era uma mulher séria quando tinha que ser e sua postura era intimidadora mesmo sem fazer nada. E a barriga dela estava maior desde a última vez que se viram, dois meses atrás...
— Não, eu não vim estressá-la, Syndra. Só quero entender uma situação incômoda com a minha conta de energia. E o que tudo indica, os cabos clandestinos chegam até aqui.
— Eu resolvo, querida. — Zed pediu.
Ela o fitou em seriedade como se não precisasse da preocupação do esposo. Afinal, queria resolver logo aquilo. E ele entendeu que era melhor se calar então.
— Se a gente tivesse mesmo usando a sua energia, a nossa conta de luz estaria menor, não acha?! — A mulher falava se direcionando à mesa da recepção. Buscou as faturas atuais que tinha e mostrou para o cunhado.
Shen, apesar de confuso, ficou sem graça. Não queria estar pisando naquele lugar, ainda mais sem bons argumentos. “Mas a amiga da Kali tinha certeza de que vinha daqui...”, analisava pensativo consigo mesmo. Logo, suspirou derrotado.
— Desculpa o incômodo. — Comentou envergonhado. — Principalmente a vocês. — Finalizou o olhar sobre Syndra e o pequenino em seu ventre.
Já em retirada, Shen sentiu que se estava esquecendo de algo... Pôde ouvir desde a porta de entrada Syndra comentar algo para o seu esposo.
— Zed, o Kayn levou uma garota para o quarto. — Relatou tranquilamente após lembrar daquele detalhe. — E ele estava de novo sem camisa.
— Uma garota?! — Shen arregalou os olhos; havia se esquecido totalmente de sua afilhada.
Os homens japoneses correram até a porta fechada do quarto de Kayn.
— Saiam daí agora! — Disseram juntos.
Nada.
Bateram fortemente na porta que chegou a tremer.
Nada ainda.
Eles se entreolharam já se preparando para derrubar aquela madeira, mas Syndra gritou de longe percebendo a futura burrice daqueles dois.
— Já tentaram pela maçaneta?!
Por sorte, deram ouvidos à mulher. A porta estava destrancada. Ufa, essa foi quase.
Lá estavam aqueles dois pervertidozinhos... jogando videogame?! E cada um usava grandes fones de ouvido; por isso não ouviram nada do lado de fora.
Zed puxou a tomada do console, chamando a atenção enraivecida daqueles jovens.
— Qual é, imbecil! Eu estava ganhando! — Akali vociferou.
— Vamos embora, Akali. — Shen falou sério e a garota bufou devolvendo o controle do videogame a Kayn.
Levantou-se e foi em direção a saída na frente do padrinho. Shen parou ao lado de seu rival.
— Mantenha o seu garoto longe da minha garota. — Falou entredentes para Zed.
O homem de cabelos prateados só assentiu cansado. E então finalmente o seu antigo amigo se retirou dali.
Zed pegou o garoto pelo ombro ainda no quarto.
— Eu não quero você de gracinha com a filha da Mayym. — Comentou firme.
— Mas fomos feitos um para o outro. — Sorriu travesso.
— Engraçadinho. — Rebateu sério finalmente soltando o deltoide do rapaz — Vá estudar, moleque! E vista uma camisa!
Kayn se retirou de seu próprio quarto fingindo que não havia ouvido nada vindo do homem que o criou desde criança. Zed respirou fundo se aproximando de sua parceira que organizava tranquilamente os papeis sobre a bancada da recepção.
— Já não bastou aquele casal de jovens rebeldes vandalizar o muro do lado de fora na semana passada — suspirou profundamente — ...agora mais esse problema com o Shen. — Buscou os olhos violetas de sua amada — Eu só queria um lugar mais tranquilo para o nosso bebê.
— Vai por mim, aqui ainda é bem tranquilo. — Ela sorriu de volta para o marido, tentando acalmá-lo.
Zed acariciou o ventre já bem aparente de cinco meses da esposa.
— Eu tenho que me encontrar com a Irelia na reunião do bairro. — Syndra comentou esperando talvez uma reação negativa vindo de seu marido.
Zed sabia que Irelia era a ex-namorada de sua esposa. E sim, isso o incomodava. Porém, não tinha nada a temer, certo?! Afinal, ele era o marido e tinham um bebê a caminho...
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— O que deu em você para ficar sozinha em um quarto com aquele moleque?! — Shen dava sermões na mais nova que só exalava o ar fortemente em resposta.
— Relaxa, velhote. Enquanto você distraía aquele imbecil, eu fui investigar. Agora eu sei para onde está indo a sua conta de luz. — Sorriu convencida.
Shen arqueou uma sobrancelha... o que será que a sua afilhada estava tentando lhe dizer?
— Foi o Kayn. — Concluiu — Ele desviou a energia para poder jogar videogame sem o Zed encher o saco dele. E vai por mim, esse novo console consume que é uma beleza, ainda mais porque ele está alugando por hora para os amigos jogarem. Ou seja, ele está ganhando dinheiro em cima da sua conta de luz, velhote.
— E o que devo fazer a respeito disso?! — Perguntou ainda confuso. Não poderia brigar com um moleque de menor, e queria evitar ao máximo ter que pedir algo a Zed.
— Eu vou dar um jeito. — Respondeu pensativa. Logo, abriu outro sorriso — Viu como somos uma bela equipe?! Rá! Agora licença, tenho uma partida para ganhar hoje.
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O vestuário feminino encontrava-se em silêncio, apesar das duas garotas ali presente. Como capitãs de suas respectivas equipes, elas geralmente chegavam primeiro que as suas companheiras antes de uma partida. Miss Fortune remexia os seus pertences em seu armário enquanto Quinn calçava suas meias sentada em um dos bancos do local. De relance, ela observava a porto-riquenha a poucos metros de distância que não havia dado uma palavra desde que pisara no lugar, mesmo percebendo a presença da belga.
— Agora foi você quem não respondeu as minhas últimas mensagens... — Puxou assunto. Claro que Quinn não estava cobrando isso de Sarah, mas queria ter algo para poder quebrar aquele silêncio raro e sem um bom motivo entre elas.
— Eu estava ocupada. — Comentou curtamente sem se dar o trabalho de olhá-la nos olhos.
— Olha, Sar... digo, Fortune... — corrigiu-se. Já estava ficando confusa de qual nome da caribenha usar — Desculpa ter parado de te responder, é que realmente tive que estudar naquele dia.
— Eu não me importo que estude. Acho até fofo, na verdade. — Fechou a porta de seu armário do vestiário e finalmente fitou o rosto da belga — Mas não dava para fazer isso sozinha ou com pelo menos outra pessoa ao invés da inimiga das minhas amigas?!
— É complicado... — Suspirou — ...ela é a namorada do meu amigo e ela sabe físi...
— Co-como é?! — Interrompeu confusa... Será que havia escutado direito? — Namorada do seu amigo? O seu amigo grandão e gostoso?!
Quinn assentiu imaginando que ela estava se referindo a Garen. Logo Fortune abriu um sorriso e riu desarmando a postura de badgirl que estava fazendo para a jogadora.
— Ah, essa eu tenho que falar para a Ahri... Quero só ver a cara dela. Rá! — Divertiu-se só de imaginar que a amiga ficaria no mínimo surpresa com aquela informação.
— Pois é... Estou perdoada então? — Questionou com um sorriso sem graça.
— Hum... — Sarah se pôs pensativa — Mais ou menos.
— O que faço para me perdoar por completo? — Quinn perguntou curiosa, torcendo para que houvesse uma solução para aquele bobo estranhamento entre elas.
— Só vou te perdoar totalmente quando eu finalmente conhecer... — Aproximou-se até que os seus lábios pairassem perto da entrada auditiva da jogadora — ...o seu quarto.
Ah, que belo arrepio tomou conta da europeia... Mais explícito que aquilo, era impossível! Miss Fortune queria transar com ela, o que já estava meio subentendido nas conversas virtuais que estavam tendo... Sem contar a inocente foto que a latina lhe havia enviado perguntando se ela havia ficado bem com o seu sutiã novo.
— E que tal conhecer o meu quarto hoje mais tarde? — Sugeriu baixo com os seus rostos ainda bem próximos um do outro.
Ambas exalavam desejo. Com certeza os seus hormônios da libido estavam sincronicamente nas alturas.
— Eu adoraria. — Finalizou se aproximando dos lábios rosados da jogadora...
Contudo, a presença abrupta de uma garota cortou totalmente o clima entre as mais velhas.
— E aí, capitã! Pronta para ganhar hoje comigo?! — Perguntou na maior naturalidade ao ver a presença de sua “líder”.
Akali estava agindo como se nada tivesse acontecido na primeira partida. Que garotinha cara-de-pau... As mais velhas pigarrearam ajeitando as suas posturas, mas era óbvio que a mais nova havia percebido aquele belo clima entre elas.
— Se for para você fazer novamente aquele showzinho, então não. Não estou pronta para ganhar contigo.
— Ah, qual é!
Sarah observava, com uma sobrancelha erguida, todo aquele papo de jogadoras que ela preferia não entender. Passaram minutos em debate enquanto a caribenha só alterava as suas fitadas entre as duas. “Elas não vão calar a boca? Ah, falando em boca... olha esses lábios rosadinhos da Quinn. Deu até vontade de morder”, pensava consigo mesma agora com a sua atenção voltada fixamente para os lábios da belga perto de si.
Akali continuava na defesa de seus argumentos contra a capitã do time.
— Mas é óbvio que elas vão me marcar! Elas percebem que eu sou a única ameaça desse time. — Virou-se para a porto-riquenha sentada com a coxa esquerda cruzando sobre a sua direita ao lado de Quinn. Parecia até que estava imaginando coisas... — Tem como pedir a sua namoradinha para ela me deixar jogar?!
Um crescente sorriso brotou na face de Miss Fortune. Namoradinha... Rá! Decidiu entrar na brincadeira.
— Ow! Vai, mi amor. — Direcionou-se a belga que já ficou ruborizada só com o tom carinhoso usado pela caribenha. — Ela tem personalidade, não dá para negar. Então seja legal e mais tarde eu te recompensarei. — Deu um beijo na bochecha da europeia.
Levantou-se do comprido banco em que estava e lançou uma piscadela para a belga, depois para a japonesa antes de deixar o vestiário.
— Onde arranjo uma dessas? — Akali perguntou admirada depois que a porto-riquenha partiu.
— Não arranja. Ela é única.
— Então vou roubá-la de você. Rá! — Riu enquanto a mais velha cruzava seus braços em reprovação — Estou brincando, capitã... Mas se ela quiser, eu não vou negar. Rá! — E saiu se divertindo com a sua própria ousadia.
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Em breve as Eagles entrariam em quadra para a segunda partida da temporada. Aqueciam-se enquanto as arquibancadas se preenchiam por torcedores de ambas as equipes.
— É... Nem sinal da sua professora de física. — Sivir concluiu depois de analisar as garotas presentes ali.
— É uma pena porque eu ia dar uma chance a ela hoje. — Deu de ombros.
— Ow, que fofa! — A egípcia provocou e a belga limitou-se a só revirar os seus olhos em resposta.
Três das belas líderes de torcida passaram em fila por elas. Fortune, a primeira, lançou uma bela de uma secada para a capitã das Eagles; Ahri, a segunda, só esboçou um leve sorriso para as suas conhecidas; e a terceira em seguida, uma mexicana que o que tinha de baixinha tinha de formosa, fez jus à sua fama de chata ao praticamente impor algo às jogadoras:
— Vê se ganham dessa vez. É muito ruim ser líder de torcida de time que só perde. — Jogou esse comentário sem nem se importar com o que as ouvintes achariam dela.
É, e de todas as líderes de torcida, Qiyana com certeza era a pior.
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Katarina andava achando Lux muito quieta... ela não era assim. No mínimo ficava tagarelando por horas sobre assuntos entediantes para a ruiva; mas agora tudo andava tão calmo... Hora de investigar!
A Du Couteau adentrou ao quarto da mais nova depois de bater na porta e ninguém responder. Constatou que não havia ninguém lá... Observou o entorno organizado com decoração em tons de rosê. Era um belo quarto. Uma pintura de Joana D’Arc estava exposta na parede da escrivaninha branca ali encostada. “É sério mesmo, Lux?!”, pensou. A loira admirava a heroína histórica de sua terra.
Katarina teve a sua atenção chamada pelo caderninho rosa e ornamentado sobre aquela mesa de estudos: era o atual diário da mais nova. Então a ruiva decidiu que era hora de xeretar a vida da sua inocente cunhada.
Ali estava escrito até a data da menarca da garota. Katarina acelerou para passar rápido esses trechos de mudança corporal que a francesa fez questão de registrar. Folheou até a última página onde estaria escrito o relato mais recente da garota. A mais velha se pôs a ler e constatou que Lux estava... triste. A loira relatava em seu diário que achava que Valoran seria o divisor de águas em sua vida, onde encontraria novas amizades e pessoas que pensassem como ela, ou que pelo menos gostassem dela... Até agora estava enganada. Tudo que havia conseguido em menos de um mês naquele país e colégio foi a pior inimiga que uma caloura poderia ter: Ahri.
“...Eu sei que ela só quis me defender, querido diário, e quero deixar claro que a amo por isso, mas... a sua atitude impulsiva só piorou as coisas. Agora todos tentam se afastar de mim para não ficarem queimados com a indestrutível e perfeita Ahri. Bem, e com isso nem tenho muito mais para relatar, querido diário, já que eu estou indo para as aulas no modo automático desde então. E nem acredito que vou escrever isso, mas — e apesar de tudo — já estou começando a sentir saudades da minha cidade natal Marseille.
PS: O professor de ciências sociais é um gato hihi”.
Ignorando — mas não totalmente — a observação final feita pela francesa, Kat se pôs pensativa sobre si mesma... Será que ela era mesmo impulsiva? Talvez. Ou só encrenqueira? Ah, isso com certeza! Deu de ombros guardando o caderninho confidencial de sua cunhada no lugar de onde pegou. A sua cunhada poderia choramingar à vontade, porém a ruiva ainda achava que tinha feito o certo em defendê-la... Ainda assim, tentaria se redimir com a mais nova.
— Kat, o que faz no meu quarto? — Arqueou uma sobrancelha confusa ao ver a mais velha saindo de seu dormitório.
— Err... Estava procurando absorventes. — Mentiu.
— Ok... — Ignorando aquela resposta, a garota passou pela outra para poder deitar-se em sua cama com a maior má vontade.
Katarina observou cada pequeno movimento da loira que ainda fez questão de se cobrir com o edredom... mas nem estava fazendo frio! É, ela realmente não parecia bem.
— Lux, se apronte. Vamos passear. — Chamou.
— Eu não quero sair, Kat. — Falou com a voz abafada pelas grossas cobertas.
— Não é uma opção. — Puxou aquele espesso tecido de cima da mais nova que bufou em resposta — Vem, prometo que vai ser divertido. Pegar um solzinho e tal... você está precisando.
Ainda deitada, a garota emburrada analisou a mais velha de cima a baixo.
— Nós estamos. — Rebateu contrariada.
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Abriu o teto do conversível deixando o vento bater contra as madeixas ruivas e loiras. Lux ria; estava adorando aquela adrenalina produzida pela velocidade do carro misturada à forte brisa que tocava o seu rosto. Sentiu-se viva. Nunca que seu irmão dirigiria naquela velocidade ainda mais com ela dentro do carro. Aumentou o som ainda mais. Olhou para a sua cunhada que conduzia o veículo a alta velocidade e estava adorando aquela sensação de prazer tanto quanto ela... Ah, que bela injeção de dopamina os seus organismos liberaram.
— Curtindo aí?! — Katarina perguntou em voz alta para que a outra pudesse a ouvir.
— Oui! Muito! — Levantou os seus braços para os céus em animação.
A mais velha riu da empolgação da loira. Era bom vê-la sorrindo de novo. Contudo, logo a sua atenção foi tomada por uma inocente criaturinha pequena atravessando a estrada...
— Um esquilo! — Lux gritou rápido.
E em milissegundos as pupilas de ambas se dilataram.
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O clima estava quente. Não, não... Na verdade, estava pegando fogo!
A boca de Quinn estava envolvendo o mamilo esquerdo da caribenha. Fortune arfava se deliciando com aquele quente toque proporcionado pela cavidade bocal da europeia. Ah, finalmente estavam se pegando depois de várias investidas subentendidas... Sarah realmente havia achado que ia ser mais fácil — sempre era — mas dessa vez ela se enganou.
Terminaram de se despir — tinham pressa — e Quinn se direcionou à intimidade úmida da líder de torcida. Ali, saboreou a garota que tanto desejava enquanto uma mão apalpava um dos fartos seios e a outra pousava no clítoris da ruiva para estimulá-lo suavemente... Por um momento até se perguntou internamente se não estava só delirando, mas aquele sabor e gemidos eram reais demais para não ser verdade.
Mas então, o seu celular tocou.
— No, não para agora... — Sarah pediu sentindo a língua de Quinn hesitar. — Se for importante, a pessoa liga de novo.
A belga concordou voltando a sentir o delicioso sabor da porto-riquenha.
O celular voltou a tocar.
E logo em seguida, várias notificações rápidas em sua caixa de mensagens.
O celular precisava ser atendido, mulher!
— Desculpa, de verdade... deixa-me só ver se é algo importante. — Afastou-se da outra para poder alcançar o seu escandaloso aparelho eletrônico sobre a mesa de estudos.
A ruiva bufou pendendo a sua cabeça para trás, encostando-a no travesseiro. “Mierda!”, exalou baixo.
— Garen? O que hou... Quê?! Onde? — Seus orbes âmbares estavam arregalados e sua respiração se descompassou a cada palavra dita do outro lado da ligação. — Se acalma, eu estou indo.
Virou-se um pouco nervosa para a líder de torcida. “La puta madre”, Sarah resmungou em frustração ao perceber que a diversão ia ficar para depois. É, realmente não estava sendo fácil.
Felizmente a de cabelos castanhos não precisou dizer nada; a ruiva havia entendido, apesar de decepcionada, a aparente urgência da situação.
— Vai, depois a gente se fala. — Incentivou recolhendo as suas vestimentas espalhadas pelo quarto, entregando as que eram de Quinn a ela.
A europeia agradeceu a compreensão enquanto vestia-se rápido. Desejou que o pior não tivesse acontecido.
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