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História Ascensão Ackerman - Alianças - História escrita por Enix - Spirit Fanfics e Histórias
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História Ascensão Ackerman - Alianças


Escrita por: Enix

Capítulo 5 - Alianças


Fanfic / Fanfiction Ascensão Ackerman - Alianças

 

Mikasa mal pode colocar em prática a desculpa do banheiro que fatalmente o Capitão Levi mandou alguém chamá-la para retornar a sua sala novamente. Ela saiu resmungando algumas vezes, mas não teve opção, a não ser o retorno. 

Refez todo o percurso até parar novamente parar na sala dele. Mikasa sentou-se confortavelmente na cadeira olhando para ele, que agora bebericava uma xícara de chá preto pacientemente. 

–Sua punição está apenas começando.  –Levi passou seus dedos frios na porcelana. Eren recebeu a punição dele, agora era a vez de Mikasa. –Ainda vai pagar pelo tapa na cara. 

–Mas você foi pervertido. – Mikasa ajeitou a jaqueta sobre o seu corpo se lembrando da mão dele no lugar errado. 

–Não foi porque eu quis isso, você me derrubou. –Ele suspirou após degustar o sabor da bebida que tanto lhe acalmava. Jamais em toda a sua vida cometeu esse tipo de coisa, e nunca levou uma queda como aquela. –Não me olhe com essa cara, eu não sou um pervertido. 

–E quem garante? –Mikasa questionou cruzando os braços abaixo dos seios, desafiando sua honestidade. 

–Eu garanto. 

–Sua palavra não tem garantia. –Mikasa refutou. 

–Gosto quando duvidam de mim. 

–Porque?

–Porque geralmente eu provo o contrário. –Ele se encostou na mesa. –Mas é a verdade. Se eu tivesse algum interesse imoral em você, eu estaria beijando você agora intensamente. 

Mikasa se emudeceu toda brabinha, mas existia um detalhe importante que não percebeu. Ficou sem jeito. Era complicado imaginar que o Capitão Levi tomaria tamanha atitude, se ele assim quisesse. Ele sempre foi tão distante, chato, grosseiro, ameaçador, e na maior parte do tempo indiferente e imperturbável. Pensava que a opinião dele sobre romances, ou qualquer assunto desse tipo era tratado com escárnio por ele. Isto era o que Mikasa pensava, mas não sabia a verdade ao certo. 

–Eu ainda duvido. –Mikasa retrucou outra vez, ainda não convencida. Mas em parte, queria contrariá-lo apenas para tirá-lo do sério. 

Levi deixou a sua xícara em cima da mesa, e caminhou até Mikasa. Colocou a mão no pescoço dela, debaixo dos cabelos, causando uma reação instantânea de choque na pele de Mikasa. Ele segurou nas madeixas negras, obtendo total controle da cabeça. Ela paralisou e se espantou com falta de ar repentina, devido ao nervosismo do que poderia acontecer, e por não conseguir reagir. Seu coração bateu tão aceleradamente que poderia ser capaz de escapar para fora, mas Levi se aproximou do seu rosto delicado, e disse: –Eu poderia beijar você agora mesmo, mas não vou. –Ele soltou os fios de cabelos dela, que escorregou por entre seus dedos grossos. Se levantou virando de costas, retomando a sua xícara de chá. –Agora reflita sobre o que aconteceu hoje fora das muralhas, e me diga o que aprendeu com isso. 

Mikasa passou as mãos debaixo dos seus cabelos. Ele estava tão perto e mesmo assim não o fez. Ficou muito confusa com isso. Ele não tinha interesse nela? Isso embaçou um pouco sua visão mental. Porque ele não teria? Agora, Mikasa começou a se perguntar o motivo do Capitão Levi não ter interesse nela de outra forma, quando pensava que ele teria, se não apresentou nenhuma resistência em se casar com ela.  

Levi voltou para a sua mesa pegando uma caixa de arquivos cheio de pastas amarelas, e começou a separar alguns papéis para o comandante Erwin aguardando que Mikasa dissesse algo que ele gostaria de ouvir. Sabia que ela estava procurando qualquer motivo para entrar em pé de guerra com ele, mas não daria essa oportunidade a ela. 

“tampinha” ele escutou um resmungo de Mikasa. 

–O que você disse pirralha insolente? –Ele levantou suas vistas, encarando seriamente. 

–Eu não disse nada, Capitão. Eu estava refletindo!

–Humm…! –Ele semicerrou os olhos desconfiado, mas voltou sua atenção às pastas por não ter compreendido o resmungo, e se concentrou em seu trabalho. –Reflita calada se quiser que eu seja bonzinho com você, ou aumentarei a sua punição. 

–Porque sempre me chama de insolente? 

–Não era para você refletir quieta?

–Eu quero saber. 

–Porque você age como uma insolente. –Ele diz. 

– E se eu não fosse insolente?

–Eu teria que chamar você de outra coisa. –Ele pensou. Raramente se referia às pessoas pelo nome, geralmente era com alguns apelidos impertinentes. 

–Do que você me chamaria? 

–Tsc, perguntas demais. 

–Eu quero saber. 

–Vai ficar na curiosidade. 

Mikasa contraiu o seu corpo. Porque ele era assim? Muito privado sobre o que existia dentro dele. Admitiu que ficou com certa curiosidade. Gostaria de saber se ele era capaz de tratar alguém com carinho. Se existia outra pessoa debaixo daquele jeitão bruto dele. Queria descobrir, se, ela agisse diferente, Levi a trataria de outro jeito, ou se o problema era com ele mesmo, e não com as pessoas ao redor. Talvez estivesse querendo demais, porém se Levi parasse de lhe insultar com o "insolente" seria uma forma de tratamento diferente perante a ela. Mas não deveria esperar grande coisa. Levi sempre era feroz nas palavras, e nas suas atitudes. Como esperar um romance vindo de alguém como ele? 

Insultava quem quer que fosse, ameaçava, e ainda tratava de forma agressiva. Chegou a presenciar algumas vezes o Capitão Levi dando alguns chutes na bunda do Eren para ele se mexer durante o serviço. Ele sempre foi assim, em todos os momentos. Esse era o jeito dele, completamente oposto de alguém amoroso.  

Desviou o foco das palavras não ditas, e passou longas horas pensando no ocorrido daquele dia em meio aos titãs, observando Levi sentar-se na cadeira, lendo algumas daquelas pastas e separando as que ele queria. Provavelmente estava puto porque pessoas morreram, e ela não tirava a razão dele. 

Mikasa refez a cena novamente na sua cabeça, voltando no tempo desde que saiu da muralha Maria que protegiam a todos dos ataques de titãs. 

–Eu aprendi que eu fui imprudente. –Mikasa falou e Levi parou de ler os papéis, encarando ela. 

–E o que mais? –Mikasa não respondeu. –Eu ainda não escutei o que eu quero ouvir. E enquanto não falar a frase certa, você vai ficar aqui. Temos o dia todo e a noite também. 

–Mas Capitão…

–Não se esqueça que sua atitude teve consequência, não só para você, mas para os outros também. –Ele suspirou, lembrando das perdas dos outros.  –Vai ficar afastada do Eren por vinte dias, não fará parte das próximas expedições por esse tempo, e você terá outras tarefas aqui dentro para ocupar o seu tempo como soldado. 

Mikasa iria retrucar, mas foram interrompidos pelo comandante Erwin acompanhando de um outro soldado, com um senhor de meia idade quase careca. 

–A Rainha História enviou este senhor para tirar a medida dos dedos de vocês. Ela quer mandar fazer as alianças de casamento. 

O rosto de Mikasa empalideceu puxando para uma outra realidade paralela da sua vida, mas ainda no que aqui e agora, e Levi ficou em silêncio observando o senhor de meia idade. O clima mudou completamente naquela sala com os dois. Parecia existir um pequeno desconforto entre eles sempre que esse assunto surgia, e isso se colidia com a ideia de que não tinham nenhuma intimidade um com o outro para tratar do assunto sem parecer anormais.  

–Então vamos logo resolver isso! – Levi quebrou o silêncio quando o senhor olhava para Erwin e para Levi, como se tivesse chegado em uma hora muito ruim, e que a atitude dos noivos foi estranha. 

Após o comando do Capitão Levi, o senhor colocou uma pequena maleta em cima da mesa de carvalho dele. Abriu e tirou de lá alguns anéis de tamanhos diferentes que usava para tirar medidas dos seus clientes antes de fabricar as alianças de casamento. 

–Experimente até encontrar algum que sirva, senhor. –Falou o velhinho. 

Levi experimentou um dois ou três no dedo para casados, até que encontrou um que serviu perfeitamente. –Este aqui. –Ele tirou o anel e colocou na mão do senhor, que este guardou em um saquinho pequeno e separado dos outros. 

–Senhorita Mikasa? –O homem indicou que Mikasa se levantasse e experimentasse os anéis femininos. Levi ficou esperando. Ela relutou nos primeiros instantes, mas deixou o seu acento experimentando.  

–Esse. 

–Seu dedo é bem fino e delicado. –Disse o homem elogiando-a, e Levi olhou para o senhor. – É muito admirável que seja um soldado de elite. 

–É uma Ackerman. –Comentou Erwin e o senhor encarou com os óculos de grau enormes. 

–Oh sim. Ouvi muito falar de vocês. –O senhor guardou o anel medidor de Mikasa dentro do saquinho de plástico junto com a aliança de Levi. –Vocês são bem poderosos. Os melhores soldados que Paradis têm. Esse casamento de vocês será uma benção, ainda mais se gerar frutos. –Ele sorriu alegre com a possibilidade dos Ackermans se unirem e se multiplicarem. Motivos para comemorar. 

"Frutos" Mikasa pensou. "Filhos com ele" completou mentalmente. Provavelmente se tivesse filhos com ele, o que não aconteceria se dependesse dela, os garotos seriam todos anões. Seu pensamento divagou para esse lado, aliviando a sua própria tensão, chegando a rir um pouco, como se mentalmente estivesse zombando dele. Mas notou que Erwin, Levi e o senhor que fazia as alianças, todos olhavam para ela, esperando alguma resposta. Mikasa baixou o olhar com uma leve vermelhidão na bochecha. Estava sendo observada por três homens que não tinha intimidade nenhuma, sobre um assunto íntimo. Ela ficou quieta, segurando no seu braço. Seu plano era escapar do casamento, mas Eren a empurrou para aquilo, e ela não sabia o que fazer mais, a não ser aceitar.  

Erwin pigarreou. –Já terminou? 

–Sim. –O senhor arrumou suas coisas novamente dentro da maleta. –Podemos ir agora. Daqui a vinte e três dias as alianças estarão prontas. 

–Certo, eu acompanho o senhor! 

Erwin saiu com o velho, deixando Mikasa e Levi sozinhos de novo. 

–Anda, sente-se aí e volte para suas reflexões. –Levi indicou a cadeira a Mikasa, levando a situação das alianças sem nenhuma alteração física nas suas expressões, voltando a se concentrar em seu trabalho de separar as pastas certas para Erwin analisar e encontrar aquilo que estava procurando. 

–Eu não vou me casar. Nem você quer isso, só está fingindo que está levando isso da melhor maneira porque acha que é o seu dever. –Mikasa soltou tudo o que pensava até o último minuto. –Só que eu não estou fingindo como você. 

Levi parou com o seu trabalho. Começou a guerra.  E por causa de quê agora? Julgamentos sem nem sequer saber o que se passava na sua cabeça sobre aquilo. Decidiu dar um corte. 

–Não vou aturar as suas reclamações, pirralha insolente. Você pode começar a prestar os seus serviços para dentro do castelo agora, e aproveite para pensar em algo bom para me dizer sobre a missão de hoje! 

Mikasa saiu o mais rapidamente possível com o sangue enervado. Se sentiu espremida, porque todo mundo queria que ela fizesse uma coisa sem a permissão dela. Detestou Levi naquele momento. Talvez por isso sempre tenha andado quase perdendo a cabeça, mas no final, ela só queria ser compreendida. 

 


Notas Finais


Esse capítulo era para ter ums 3 mil palavras, mas dividi em dois porque minha cabeça só deu conta de editar até aqui qqq
Eu sei que vocês querem ver romance, mas calma que vamos chegar lá. Estou preparando o terreno primeiro, fazendo o contraste antes qqq
"tampinha" eu tinha escrito anão, mas mudei pra atender a vontade da samilly kkk


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