Boruto Uzumaki
Sarada estava em meus braços e somente isso bastava. Por hora.
Sem me preocupar com as consequências, jogando a racionalidade pra casa do cacete, eu a beijava feito um alucinado, me embebedando de suas energias, como se precisasse disso para viver.
E eu precisava.
Sarada Uchiha havia se tornado a minha droga favorita e como um perfeito viciado, eu necessitava consumi-la para me satisfazer física e emocionalmente.
Porra. Como não se apaixonar? Ela era uma delícia de mulher todinha. Quente, explosiva, fodidamente linda e muito gostosa. Uma mortal perfeita que havia dominado o meu coração de espírito.
Eu estava fodido e sabia disso.
Destinado a seguir direto para o inferno para pagar pelos meus pecados, assim que resolvesse essa porcaria do assunto pendente.
Porém, como um bom pecador, eu Boruto Uzumaki, não estava nem aí.
Tudo o que eu queria e desejava era a garota de olhos negros intensos que havia me enfeitiçado, feito uma bruxa poderosa, para me usar e abusar, sem se importar com os meus sentimentos.
Ahh e eu adorava isso.
Me jogaria no chão para Sarada pisotear se isso fosse fazê-la sorrir, um daqueles sorrisos contidos que eu sabia serem destinados para mim.
A bravinha era como um fruto proibido que eu estava gostando de saborear. Tinha ciência de que deveria ser honesto, comigo e com ela, me afastando, me mantendo o mais longe possível e me certificando apenas que ela ficasse bem e segura.
Todavia, como um caso perdido eu me dedicava a beijá-la com fervor e sem remorso.
O que eu poderia fazer?
Era um irresponsável que nunca seguiu regras quando vivo. Tão logo não as seguiria também agora que era um maldito semi morto.
Dane-se a minha segunda chance. Do que ia adiantar eu voltar a vida se Sarada, quando soubesse do passado obscuro que eu escondia, iria me detestar?
Indiretamente, junto de Kawaki que dirigia o carro naquela noite do acidente, eu havia causado a morte da mãe dela. Abandonando-a dentro daquele veículo todo amassado, ao lado da filha desmaiada, ao lado da Sarada. Conseguindo chamar o resgate, depois de muita insistência com o meu irmão, somente após já estarmos longe dali.
Fugidos como dois perfeitos covardes, incapazes de assumir a responsabilidade pelo erro cometido.
E apesar da culpa me corroer feito ácido, agora que tinha me lembrado de tudo, eu insistia em tomar Sarada para mim, reivindicando sua boca, seus lábios e sua língua em um beijo sem precedentes, porém repleto de significado.
Como se eu tivesse nascido única e exclusivamente para pertencer a ela, e ela a mim. Tipo almas gêmeas predestinadas a ficarem juntas, independente de qualquer coisa.
Vivia o paraíso e o purgatório ao mesmo tempo na companhia da garota Uchiha.
Mesmo sabendo que era errado, que seria um relacionamento fracassado, que eu iria sofrer quando ela descobrisse a verdade e me encarasse com um olhar acusador cheio de ódio. Eu não me importava.
Não havia mais salvação para mim. Meu corpo queimava em desejo pela Sarada, meu coração parecia bater somente perto dela e meus pensamentos eram todos dominados por essa garota.
Não queria perdê-la. Não podia me dar ao luxo de sobreviver, mesmo como um semi morto, sem a presença da Uchiha na minha "vida".
Sarada era a minha luz no meio da escuridão repleta de culpa, tristeza e ressentimentos que eu havia me enfiado. Ela era o meu refúgio, o meu porto seguro.
E eu me ressentia por não poder ser igualmente o porto seguro dela também.
Incapaz de raciocinar propriamente. enquanto mantinha seus lábios grudados aos meus, entorpecido pelo gosto de sua boca, me rendi de corpo e alma perigosamente para Sarada Uchiha fazer o que quiser comigo.
E ela me dominava, mesmo sem saber.
Embora o medo dela descobrir tudo, não me deixasse em paz, me assombrando e perturbando a cada segundo, eu me permiti usufruir, mesmo que fosse pela primeira e última vez, de seu beijo com gostinho de pecado.
Era um fraco e minha maior fraqueza respondia pelo nome de Sarada.
Eu precisava parar de brincar com fogo antes que provocasse outro incêndio.
Suspirei nos lábios da garota Uchiha e a afastei por um instante de mim, informando da necessidade de retornar ao mundo dos vivos, onde era o lugar dela.
Doeu pra caramba me separar, mas era preciso que fosse assim. Eu não era digno de ganhar o amor dela, mesmo que Sarada já tivesse ganhado o meu de bandeja.
Sabendo do que iria encontrar no plano dos mortais, sem conseguir controlar os ciúmes sentido, a levei de volta e sumi de lá, voltando ao velho sótão de sempre.
– Não se martirize assim, meu bem. Já lhe disse que você não fez nada de errado.
Tia Sakura surgiu ao meu lado, assim que apareci, tentando me consolar ao perceber o meu estado lastimável.
– E obrigado por ajudar a levar de volta, a minha filha, Boruto. É lindo demais a interligação existente entre vocês.
Ela complementou num tom maternal.
– Era o mínimo... tia. Depois de ter feito uma coisa que eu não deveria. – murmurei envergonhado, fazendo menção ao beijo na boca trocado com a Uchiha.
Sorrindo mais ainda, a anjo da guarda me fitou, tombando a cabeça para o lado.
– Oras... Boruto, você se arrependeu de ter beijado a minha Sarada?
– Não! Nem um pouco.
Respondi com veemência, mesmo com as bochechas ardendo em vergonha.
"E se eu pudesse beijava a boca de Sarada outra vez."
Emendei apenas mentalmente, numa tentativa falha de esconder de Tia Sakura os meus desejos, me esquecendo totalmente da habilidade dela de ler pensamentos.
"Boruto seu burro!"
– Aprecio a sua sinceridade e creio que esse seu desejo de a beijar novamente é recíproco. Natural entre vocês. Mais cedo ou mais tarde o sentimento seria inevitável. – ela soltou uma risadinha cúmplice na minha direção, como se tivesse me pego em flagrante.
– Mas você sabe que eu não posso, Tia... não quero me iludir e alimentar falsas esperanças. Não sou digno da sua filha. E isso também não é justo com ela. Sinto que a estou engando, escondendo as coisas e isso me incomoda demais.
Respondi encarando o chão. Não era fácil conversar com a mãe morta da garota por quem eu estava apaixonado. Ainda mais quando eu mesmo havia concorrido para o desencarne dela.
– Boruto, está na hora de você começar a trabalhar essa culpa sem sentido sua. Isso já te prejudicou muito, querido. Ao ponto de colocá-lo na situação em que se encontra. E você precisa estar recuperado espiritualmente, se quiser ajudar a Sarada.
Ela falou com uma calma absurda, ao mesmo tempo que um turbilhão de emoções ameaçava explodir dentro de mim.
– Do que você tá falando? – perguntei sem entender, ainda perdido com a minha memória fragmentada.
– Feche os olhos Boruto... e concentre-se em encontrar o seu corpo físico. Chegou o momento.
Tia Sakura sugeriu e eu engoli seco, com receio de obedecê-la, pressentindo algo ruim.
– E-eu não acho que seja uma boa ideia... – falei incapaz de disfarçar o medo latente, presente na minha voz falha.
Era um covarde assumido.
– Não há o que temer, Boruto. É apenas o seu próprio corpo, repousando inconsciente. Você já foi lá uma vez, que eu sei.
Tia Sakura sorriu astuciosa, antes de tocar na minha testa com a pontinha de dois dedos.
E como da outra vez, minha mente pareceu se iluminar, e as memórias bloqueadas vieram com força, me deixando zonzo.
Era verdade. Porra! Era verdade, eu me lembrava...agora.
Puta que pariu.
Já havia estado lá. A recordação me atingiu como um estrondo na mente, me obrigando a reviver tudo de novo.
"Foi logo quando despertei nesse limbo espiritual, revoltado e cheio de dúvidas, que eu segui sem nem mesmo saber como, até o lugar onde meu corpo físico estava.
Horrível. Havia sido absurdamente horrível. E eu me arrependi muito de ter ido até lá.
Deitado numa cama, de olhos fechados, como se estivesse dormindo tranquilamente, se não fosse pelo monte fios monitorando meus sinais vitais, lá estava o meu EU de carne e osso.
Vivo, respirando e com um coração pulsante dentro do peito.
Porém em completo coma por ter inalado fumaça em grande quantidade no incêndio ocasionado na própria casa.
Escutei um médico explicar para minha mãe, que chorava copiosamente debruçada sobre o meu corpo, ora me abraçando ora falando comigo.
– Ahh Boruto... meu amor?! O que foi que você fez, meu bebê! Porque, Boruto? Porque você foi fazer aquilo?
Mamãe balbuciou em meio às lágrimas, ao mesmo tempo que acariciava meus fios loiros.
E espiritualmente eu senti quase que imediatamente seu toque em meus cabelos. Tão gostoso e reconfortante.
– Mãe... mãe...mamãe... – tentei chamá-la inutilmente, sem conseguir segurar o choro que também me atingia.
Mas ela não me escutava, tampouco me via ou sentia.
Nada.
Era como se eu não estivesse ao seu lado, como se eu não existisse.
– Mas que porra?! O que diabos aconteceu? O que foi que eu fiz? Não lembro dessa merda de incêndio. Não lembro de merda nenhuma.
Gritei nervoso e os batimentos cardíacos do meu corpo físico oscilaram rapidamente, chamando a atenção dos presentes naquele quarto todo branco de hospital.
– Meu Deus! Doutor! O que é isso? Boruto? Boruto, meu filho... é a mamãe... calma.
– Isso, senhora Uzumaki. Continue falando com ele, sua voz deve acalmá-lo e os batimentos irão voltar a se normalizar. – ouvi a recomendação do médico, e minha mãe fez exatamente o que ele pediu. – Vou pedir para a enfermeira chefe aumentar a dosagem do sedativo. Volto logo. – ele se despediu.
– Boruto... fique tranquilo e volte para mim. Volte para a sua família. Ninguém te culpa de nada, meu amor. Nem mesmo o seu padrinho. Por favor... volte. Abra os olhos, Boruto. E me deixe ver de novo essas duas bolas azuis oceano que são os seus olhos, filho.
Padrinho? E quem é esse homem que eu nunca fiquei sabendo da existência?! Me peguei dizendo mentalmente, sendo logo interrompido por mais duas pessoas que haviam acabado de entrar no quarto.
– Irmãozãoooo vim te visitar. – a vozinha alegre de Hima me fez chorar de saudades e emoção. – Ele ainda tá dormindo, mama?
Ahh Himawari, você não tem noção de como eu sinto muito. Por tudo, maninha.
– Tsch! É um fracote mesmo, esse idiota. Nem pra morrer de vez, Boruto serve. Tem que ficar aí... deitado dando trabalho!
Uma sensação de soco forte no estômago me atingiu e eu achei que iria vomitar, depois de ouvir aquela frase grosseira proferida pelo meu irmão mais velho que eu tanto amava.
Impossível! Impossível! Eu jamais faria uma coisa dessas. Ou faria? Já não sabia mais.
– KAWAKI! Nunca mais ouse dizer uma besteira dessas. Foi uma fatalidade. Boruto não fez de propósito.
Minha mãe o repreendeu com uma cara assustadora e cada vez mais eu tinha dificuldade para respirar.
O que era irônico, tendo vista que um fantasma não necessita de oxigênio.
– Fatalidade? Aquilo não foi uma fatalidade... Boruto causou o incêndio e a Kurama morreu!
Kawaki retrucou com raiva e eu me senti meio sem ar, como se estivesse sufocando, quase perdendo os sentidos.
E de repente o barulho de um tapa estalado me fez arregalar os olhos.
Dona Hinata havia dado um tapa na cara do meu irmão o deixando com a face vermelha e a marca de seus dedos.
– CALA A BOCA! Você fez muito pior ou já se esqueceu? Se Boruto está aqui em coma é também por culpa sua! Porque ele nunca deixou de se sentir culpado por aquele acidente. – ela esbravejou e Kawaki estremeceu, abaixando a cabeça em sinal de respeito.
Céus! Mais que merda eu tinha feito?
Sem entender nada do que os dois falavam, sentindo um aperto no peito e cada vez mais falta de ar, observei os sinais vitais do meu corpo físico diminuindo como se eu estivesse sendo desligado, pronto para partir de vez.
– Meu Deus... Doutor! Doutor! Rápido Himawari vá buscar o médico de volta... Boruto está morrendo.
Minha mãe berrou nervosa, se atirando contra o meu EU físico e começando a rezar desesperada, enquanto Hima foi atrás do médico.
– Por favor meu Deus... não leve o meu menino! Ele não merece ir embora. Sakura... sei que está aí em cima olhando por todos nós... por favor minha amiga... Interceda por ele. Por favor, nos ajude! Ajude o meu Boruto. Interceda ao pai celestial para que o meu menino tenha uma segunda chance.
E segundos depois que minha mãe proferiu essas palavras com fervor, uma forte luz branca se fez presente no quarto, tão forte e emanando uma paz descomunal reconfortante, que fui obrigado a fechar os olhos, apreciando um pouquinho dessa energia gostosa de tranquilidade e quietude.
E quando percebi, dando por mim, já estava de volta ao meu quarto na mansão Uzumaki, incapaz de me recordar de absolutamente tudo do que tinha acontecido, até esse instante em que me foi devolvido parte da minha memória. "
– NÃOOO! Eu não quero ir lá de novo! Não quero ver a minha mãe sofrendo ou a Hima chorando, por culpa minha, por algo que eu causei. É doloroso demais, tia. Por favor...
Ofegante, como se realmente respirasse, mesmo sendo um espírito, supliquei para a anjo da guarda e ela simplesmente me abraçou cheia de compaixão.
– Fui eu... não foi? Eu que causei aquela droga de incêndio. Me diga tia... eu... eu...
Chorando feito um bebê, fui incapaz de continuar a falar, permitindo que as lágrimas saíssem livremente.
– Boruto, Boruto, querido! Olhe nos meus olhos e acredite quando eu te falo: NÃO FOI CULPA SUA. Nada. O meu acidente, o incêndio, a morte da Kurama. NADA! Você precisa se perdoar para poder voltar a viver. Precisa se livrar dessa culpa desmotivada que carrega feito um fardo dentro do peito. Caso contrário permanecerá preso aqui, separado do seu corpo físico.
Tia Sakura falou emanando carinho, mas atordoado com mais essa recente recordação, eu nem consegui prestar atenção direito em suas palavras.
Não! Não, não! Eu nem sei se quero voltar. Não sei se quero viver. Não sei de mais nada.
Tinha medo de descobrir o que eu havia feito de fato, medo de ser julgado, de não ser mais amado pelos meus pais e medo de perder a minha Sarada para sempre.
Era um monstro que não merecia o perdão de ninguém, não merecia os sentimentos da garota de Uchiha e não merecia voltar à vida.
– A Sarada... quando ela souber... ela nunca mais querer olhar na minha cara.
– Você deveria confiar mais na força do amor e na conexão que há entre vocês... Te falei uma vez... nada é por acaso. Não adianta relutar. – ela disse pacientemente, na intenção de me acalmar.
E eu externei sem querer, toda a minha revolta dolorosa, fazendo com que mais duas caixas explodissem virando uma chuva de papelzinho picado.
– BORUTO! Sério... chega disso! Daqui a pouco não vai restar nada nesse sótão para você destruir.
Tia Sakura me repreendeu com uma expressão séria e eu me encolhi, ciente de que não adiantava retrucar.
Ela era muito brava quando queria.
– Mas tia... o que exatamente você quer que eu faça? – suspirei em derrota. – Você não me deixou contar nada para a Sarada e ao mesmo tempo estou sendo bombardeado com esse monte de lembranças horríveis que você diz que me ajudará a resolver o tal do meu assunto pendente, mas eu duvido muito.
– Sarada atualmente não está em condições emocionais para discernir sobre a verdade de tudo. Temo que ela se perca na própria escuridão quando souber. Por isso lhe pedi para que não conte nada... por hora.
Ela fez uma breve pausa, parecendo pressentir algo, me deixando encucado, mas logo voltou a me explicar.
– Todavia, você será a luz dela, Boruto. Seja em forma de espírito ou mesmo como um garoto mortal. É assim que deve ser. Não há como fugir dos planos divinos. Sarada e você estavam predestinados a viverem juntos, mesmo antes de nascerem. Estava escrito nas linhas do destino que você e a minha filha iriam se conhecer e nutrir sentimentos um pelo outro. Não há como ser diferente.
Tia Sakura sorriu pequeno, como se revelasse um grande segredo.
E de fato era.
– Tem sido assim vida após vida. Encarnação após encarnação. Sarada e você inevitavelmente sempre acabam juntos.
Sorri feito um idiota diante de tal revelação, com um quentinho gostoso no coração ao imaginar que já tinha vivido com a garota Uchiha ao meu lado em outras vidas.
Era por isso então. Os meus sentimentos intensos e inexplicáveis por ela.
"Sarada e eu sempre ficamos juntos, vida após vida... como um casal verdadeiro... como almas gêmeas"
Parecendo ler meus pensamentos, a anjo da guarda respondeu sem mesmo eu ter perguntado.
– Exatamente, Boruto. Popularmente esse tipo de coisa é chamado de almas gêmeas, almas afins ou cara metade. Mas espiritualmente é muito mais que isso. Trata-se de algo cármico, sublime.
Tia Sakura fez uma breve pausa, parecendo um pouco nervosa com algo no andar de baixo da casa, mas eu escolhi ignorar, extasiado demais com a explicação sobre mim e Sarada.
– É algo raro de acontecer, mas quando ocorre é a coisa mais bonita de se ver. Dois espíritos com uma ligação tão forte entre si, um amor tão genuíno que se comprometem a viver e evoluir juntos em múltiplas reencarnações. E mesmo com o dom do esquecimento na hora do nascimento, essas almas acabam se encontrando em algum momento da vida e quando isso acontece o amor floresce e passam a caminhar unidos, lado a lado pela existência terrena.
Impactado com tudo aquilo, mas de um jeito bom, eu mal conseguia reagir.
Sarada era de fato a minha alma gêmea, da mesma forma que eu sempre senti no âmago que pertencia exclusivamente a ela.
Porém quando pensei em responder a anjo da guarda, senti uma estranha energia bem forte dentro da casa.
Mas que porra?!
Não era o Tio Sasuke, eu sabia que ele só chegaria de madrugada, ao final do plantão na delegacia, tinha escutado uma conversa dele ao telefone enquanto observava lendo o jornal de manhã.
Não era também a minha bravinha, reconheceria a energia dela mesmo a quilômetros de distância.
Voltei então o meu olhar na direção de Tia Sakura e ela sorriu sem graça antes de desaparecer, me deixando sozinho com um sussurro de palavras ao vento.
– Seja forte, Boruto. Seja luz quando houver escuridão. E lembre-se... essa culpa enraizada em seu coração não lhe pertence. Não se deixe enganar...
E antes que eu tivesse qualquer reação, senti a presença de Sarada, sua aura agitada, junto daquela pessoa de energia estranhamente negativa.
Meu corpo fluídico fervilhou por inteiro, o coração bateu a milhão e o instinto de proteção com a minha garota elevou-se a níveis astronômicos.
Sarada precisava de mim.
Sem pensar duas vezes, liguei meu pensamento ao dela e surgi na sua frente, puto da vida com o que encontrei.
O que esse maldito tava fazendo aqui?!
Continua...
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