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História Assuntos Pendentes #Borusara - Capítulo XIX - História escrita por Uzumaki-Di - Spirit Fanfics e Histórias
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História Assuntos Pendentes #Borusara - Capítulo XIX


Escrita por: Uzumaki-Di

Notas do Autor


Atenção povo!
cap com linguagem imprópria.
Peço desculpas desde já aos mais sensíveis e espero que apreciem a leitura.

Capítulo 19 - Capítulo XIX


Fanfic / Fanfiction Assuntos Pendentes #Borusara - Capítulo XIX

Boruto Uzumaki

Puto da vida era o mínimo que eu estava naquele momento, sentado de frente para o meu irmão mais velho, na mesa de refeições, mal tendo tocado no prato de comida, tendo o meu braço direito possessivamente sobre os ombros de Sarada. 

Meu sangue fervia, os pensamentos embaralhavam, e o gosto de bile subia e descia pela minha garganta, conforme eu acompanhava as trocas de olhares audaciosas entre Kawaki e a minha morena que, por algum motivo que eu não compreendia, parecia incentivar as atitudes babacas daquele maldito. 

Lembranças perversas da nossa vida passada, quando a Uchiha era noiva de Kawaki me torturavam a mente, talvez como um aviso. Um tipo de alerta de que algo poderia acontecer a qualquer momento. Algo ruim. Muito ruim. E eu precisava evitar. 

– Você quer mais yakisoba, Kawaki? 

Sarada ofereceu inocentemente, de repente. 

Inocente e solícita demais para o meu gosto. E o desgraçado do meu irmão, abriu um sorrisinho desafiador, claramente, me provocando. Adorando o jeito gentil e prestativo que a minha garota o tratava. 

Puta que pariu. Cretino. Maldito.  

Soltei os talheres com tudo sobre a louça e mordi tão forte sobre os dentes, me esforçando para não avançar e encher de socos aquela cara debochada de Kawaki, que meu maxilar trincou e Dona Hinata me olhou feio, bronqueada.

– Não! Ele não quer mais yakisoba, Sarada! – me peguei respondendo pelo meu irmão, que me fitava desaforado, enquanto eu continha a mão da Uchiha, que segurava a tigela cheia de alimento, ainda no ar. 

Patético. 

Totalmente descontrolado. 

Enciumado e um pouco amedrontado, eu assumo que foi como eu agi naquele instante. 

– Boruto... o que você tá fazendo? 

E advertidamente, Sarada me encarou. Os olhos negros queimando, quase furiosos. Como se estivesse me dando uma bronca silenciosa. 

"Ahhh pronto! Era só o que me faltava...Eu sair de errado daquela merda toda" 

Entretanto, somente porque eu não queria chateá-la. Engoli em seco e resolvi me redimir, antes que a situação com a bravinha saísse do controle. 

– Desculpa, amor... mas é que você não precisa ficar servindo ele! Kawaki tem duas mãos e pode muito bem pegar a comida sozinho. – murmurei baixinho na intenção que somente a morena ouvisse, entretanto falhei miseravelmente, vez que aquele imbecil ouviu cada palavra. 

– Esse mané tem razão, Sarada... eu tenho duas mãos e posso pegar o que eu bem entender... 

Kawaki retrucou dirigindo-se diretamente à Uchiha, usando uma frase de duplo sentido, sem desviar o olhar dela, me fazendo apertar o corpo de Sarada com mais força contra o meu, protetivamente. 

Pressentindo um medo real e uma raiva me consumir. 

"Ahhh porra! Dane-se o perdão! Dane-se a porcaria da evolução espiritual! Danem-se os conselhos da Tia Sakura! Eu vou esganar esse maldito!" 

– Você não vai pega... Aiaia  amor!  

Porém, antes que eu pudesse terminar de me manifestar, ameaçando aquele maldito. Sarada me beliscou na barriga, fazendo com que eu me calasse imediatamente e abaixasse a cabeça arrependido, diante do olhar raivoso que eu havia recebido dela, em menos de cinco minutos. 

– Tá... parei!  Foi mal...  vida... mas ele que começou a me provocar primeiro... te olhando daquele jeito todo...todo... te querendo! 

Resmunguei baixinho bem birrento mesmo, recebendo um beijo carinhoso de Sarada nos lábios que logo acalmou o meu coração aflito. 

– Não ligue pra isso loirinho... qualquer um pode me olhar... mas só você pode me tocar, Boruto...como já tocou. 

Ela sussurrou no meu ouvido, fazendo-me lembrar do que fizemos mais cedo dentro do depósito de limpeza no colégio. 

E todo envergonhado, temendo que mais alguém pudesse ter escutado, as minhas bochechas esquentaram e um "problemão" surgiu no meio das minhas pernas, me deixando encrencando. 

"Ai... caramba..."

– Sarada... – murmurei quase suplicante e a danada abriu um sorrisinho triunfante, me fazendo sorrir inevitavelmente também, preso pelos olhos negros dela. 

– Ela é linda, não é irmãozão? E você parece um bobão apaixonado babando por ela... hihihi 

Himawari comentou, provavelmente notando o quanto eu devia parecer perdido encarando a Uchiha. 

O restando do almoço seguiu mais tranquilo, com a minha irmã tagarelando sem parar de forma alegre, toda encantada com a beleza e o jeito marrento de Sarada me tratar. 

Para a pivetinha a Uchiha era uma deusa encarnada. E eu não poderia discordar. 

Sem entender nada do que acontecia, não percebendo o nítido clima mortal entre Kawaki e eu, Himawari e minha mãe seguiram paparicando a minha garota, verdadeiramente encantadas com a presença de Sarada em nossa casa. 

Era compreensível. 

Aquela garota de olhos negros e pele bem branquinha, também tinha esse efeito devastador sobre mim. Me fazendo ficar totalmente de quatro por ela sem ao menos se esforçar. 

Sarada dominava minha mente, meu coração, minha alma e cada célula do meu corpo que ansiava em poder ficar a sós com ela novamente.

Contando os minutos, os segundos e até os milésimos para que aquele almoço insuportável terminasse logo e eu pudesse arrastar a morena para o meu quarto e de preferência para a minha cama.

– Então... querida, você e  Sasuke-kun se adaptaram bem ao apartamento do centro? 

Mamãe perguntou gentil, livrando-me dos pensamentos impróprios e cheios de luxúria que poluíam a minha mente durante a refeição familiar e me trazendo de volta para a realidade. 

– Ahh sim, senhora Uzumaki. Estamos bem instalados por lá, obrigado por perguntar e por toda hospitalidade. – ela respondeu simplista, parecendo até um tanto acanhada com a atenção recebida. 

Uma fofa, a minha garota. 

– Que isso, meu bem. Você é praticamente da nossa família por inúmeros motivos. E eu fico feliz que você e seu pai estejam bem por lá e que se sintam em casa. 

Dona Hinata replicou, me lançando um olhar, numa tentativa de não se aprofundar, talvez para não deixar Sarada desconfortável com aquele assunto, que remetia a mãe morta dela. 

– Ela sabe disso mãe! Não é amor? 

Sentindo que a Uchiha respirava mais ofegante, entrelacei meus dedos aos dela e levei sua mão até meus lábios beijando cada dedo carinhosamente, antes de continuar a falar. 

– Você sempre foi de casa... – falei piscando um dos olhos para a morena e ela assentiu com um sorriso cúmplice. 

"Ahhh se mamãe soubesse..." 

– E me conta Sarada-chan como era quando você se encontrava com o meu irmão nos sonhos. Vocês se beijavam? Igual nos filmes? 

Himawari perguntou ingenuamente, sem pudor algum e a Uchiha quase se engasgou com a própria saliva, ficando com o rosto vermelho de tanta vergonha, levando uma das mãos até a minha coxa e cravando as unhas com força por lá. 

Porra! Mil vezes porra! 

Meu corpo se aqueceu feito brasa incandescente, já imaginando essas unhas compridas da morena me arranhando, me apertando, me fazendo gemer o nome de Sarada em devoção, várias e várias vezes...A endeusando, a desejando, a querendo todinha, como eu nunca quis tanto uma coisa nessa vida.  Ahh e o meu pa... 

Nah! 

FOCO BORUTO! FOCO! 

Respirei fundo, passando o antebraço pelo rosto, sentindo-o quente, quase febril. 

– Hima! Não faça esse tipo de pergunta indiscreta... é falta de educação. 

Repreendi a caçulinha, enquanto esfregava uma perna na outra, tentando me acalmar, extremamente incomodado. 

– Perdoem-me queridos, mas eu ainda tenho certa dificuldade em acreditar nessa história de como vocês se conheceram através dos sonhos. 

Minha mãe murmurou em um tom super baixo de voz. Talvez com receio de que Sarada pudesse escutar e ficar chateada. 

– Ahh já eu tô bem curioso pra saber que tipo de atividade a Sarada realiza durante os sonhos. Será que ela viria me visitar também? Enquanto eu durmo? 

Kawaki estalou a língua, mirando o olhar na minha Uchiha, deixando-a constrangida, sendo a gota d'água pra mim. 

E emputecido, já de saco cheio, levantei com tudo derrubando a cadeira no chão, fazendo menção de me retirar e subir para o meu quarto, antes que eu cometesse uma loucura e avançasse para cima do meu irmão, enchendo-o de socos na frente de todo mundo. 

– Vem Sarada... vamos? – estendi a mão na direção da morena para que ela me acompanhasse, porém, a Uchiha permaneceu imóvel, sentada no mesmo lugar. Me surpreendendo. Me fazendo sentir traído, de certo modo. – Vida... vem comigo? – insisti, meio agoniado, meio emburrado.  

Porém, fria como o gelo, Sarada me encarou por alguns segundos, antes de responder. Plena. Inabalável. 

– É falta de educação deixar a mesa antes que todos tenham terminado a refeição, Boruto. – ela disse, tentando parecer gentil. Mas eu senti o sarcasmo presente no seu tom de voz. 

"Ahhh quer saber? Foda-se tudo..."

Foi o que pensei em responder.  

Todavia, diante do olhar indecifrável que a Uchiha me lançou, escolhi ficar de boca fechada e me retirar dali, notando estar sobrando ao observar com os meus olhos queimando de raiva, Sarada e Kawaki trocarem números de telefone, como se fossem velhos amigos de infância. 

(...) 

Puto da vida era eufemismo para explicar como eu me sentia naquele momento. Nem o cheiro de jasmim dos lençóis da cama, conseguia me acalmar. Estirado encarando o teto, castigando os lábios com os dentes, eu repassava tudo o que tinha acontecido, desde o instante em que havia reencontrado com a minha garota na porta do Folha Verde, naquela manhã. 

– Lembre-se meu bem. Seja luz quando houver escuridão. Proteja-a... mesmo que for dela mesma... Confio em você Boruto. Cuide da minha filha. 

A voz da Tia anjo se fez presente feito uma trombeta pelo quarto, emanando paz e tranquilidade por todo o lugar, me fazendo cadenciar a respiração e acalmar o coração. 

– Obrigado Tia Sakura... e conte comigo. Sarada sempre será a minha prioridade. – sussurrei em resposta mentalmente, de olhos fechados, numa tentativa de recuperar o autocontrole perdido. 

Não podia me desesperar. Não podia me perder nas minhas próprias emoções. Tinha coisas mais importantes com o que me preocupar. 

E não demorou muito para que a Uchiha surgisse pela porta do quarto, como se nada tivesse acontecido. Com a cara mais lavada do mundo, essa danada. 

– O que foi aquilo tudo Boruto? – ela perguntou e eu mordi tão forte, mas tão forte sobre os dentes, que juro que senti meu maxilar estalar. 

– Eu que te pergunto, Sarada... o que foi tudo aquilo? Entre você e o Kawaki, hein?– perguntei, pouco ligando se estava parecendo um louco enciumado. 

– Ele é seu irmão, Boruto! Assim como a Himawari. E eu só tava tentando ser educada e me enturmar com a sua família. 

Ela respondeu cínica, cruzando os braços na frente do corpo, numa postura defensiva, mantendo-se de pé, enquanto eu permanecia jogado na cama. 

"Hãhã... tá bom... e eu sou o príncipe da Inglaterra..."

– Mas porra! Depois de tudo o que ele me fez...  tudo o que ele te fez? ainda sou obrigado a ver o cretino do meu irmão dando em cima de você, Sarada? Realmente devo ser um fodido de merda mesmo...pra merecer essa palhaçada. 

Praguejei, colocando o braço na frente do rosto, sentindo o colchão de repente afundar e Sarada me escalar feito uma gatinha atrevida. Até alcançar a região da minha virilha, sentando por lá e dando uma leve rebolada, incendiando cada célula do meu corpo, a fim de me torturar. 

Puta que pariu! 

– Não esqueci o que ele me fez, Boruto...apenas... huh... decidi deixar pra lá. – ela disse, claramente mentindo. Porém o jeito como a morena remexia toda sensual, me provocando deliberadamente, não me permitiu pensar com a cabeça de cima, apenas com a de baixo.

– Ahhh... linda...assim não... não faz isso! 

Revirei os olhos, rendido às investidas da Uchiha. Levando minhas mãos até os quadris dela, buscando por mais contato. Apertando o corpo dela contra o meu e me sentindo satisfeito ao ouvi-la arfar. Ao se esfregar em mim. 

– Ma-mas... me diga, Boruto... o que Kawaki te fez de tão grave assim? A gente nem teve tempo de conversar... Afinal ficamos ocupados... fazendo outras "coisinhas"... no colégio. 

Com o rosto corado, fingindo não estar afetada pelo intenso contato físico entre os nossos corpos, Sarada deu mais uma reboladinha, na intenção de me instigar. Percebendo o quanto eu já estava duro feito pedra. Com vontade de jogá-la naquela cama, subir por cima dela e foder o resto do dia, fazendo-a gemer o meu nome lindamente, como sonhei tantas vezes em fazer. 

Porém... e sempre existia a merda de um "porém". A gente precisava conversar, antes de mais nada. Precisava esclarecer algumas coisas. Principalmente essa merda de lacuna, chamada Kawaki. 

Alisando a pele aveludada das coxas torneadas dela, eu a fitei diretamente nos olhos escuros e expressivos que certamente me escondiam algo, ponderando sobre como e por onde eu deveria começar a contar sobre a minha relação com o meu irmão. 

E muito contrariado, mas precisando me concentrar no que iria falar, retirei o corpo da Uchiha de cima da minha virilha, me xingando mentalmente por isso, a deitando com cuidado ao meu lado, apoiando a cabeça dela no meu ombro e depositando um beijo desprovido de intenções em sua testa, notando Sarada estranhar a minha atitude. 

– Que foi loirinho? Me fala o que tá acontecendo com você... 

"Ahh minha linda... se você soubesse... se você soubesse de tudo..."

Porra! Eu amava demais essa garota. Nesta encarnação, em todas as outras passadas que compartilhamos juntos e sempre iria amar nas que ainda estavam por vir. 

– Vida... você é a minha vida, Sarada... pena que demorei demais pra te encontrar desta vez, e quando te achei foi naquela circunstância tão... tão peculiar. Feito uma alma penada nessa casa. 

Brinquei a fim de descontrair um pouco antes de iniciar o que tinha pra contar, ao mesmo tempo em que acariciava o rosto dela. 

– Boruto... me promete que sempre irá acreditar em mim e ficar ao meu lado? Independente de qualquer coisa...independente do que possa vir a acontecer? 

Sarada ergueu a cabeça, me fitando de um jeito estranho, mas logo desviando o olhar. O que me fez ficar ainda mais desconfiado. 

– Amor... claro que eu sempre vou acreditar em você. E nunca, nunca vou sair do seu lado Sarada. Por que você tá falando essas coisas estranhas? – inseguro, perguntei com medo do que iria escutar. 

– As vezes tenho a impressão de que a gente nunca vai ficar verdadeiramente juntos... em nenhuma vida. Já sentiu isso, Boruto? Parece que sempre algo vai acontecer ou alguém vai aparecer para atrapalhar... e a gente nunca vai ser feliz. 

Sarada espremeu os lábios e eu não aguentei e a puxei pra mim, beijando sua boca rapidamente, bastante emotivo. 

– Não pense nisso vida... não seja pessimista justo agora que a gente tá juntos... – supliquei sem nem saber o porquê. 

– Me promete então? Me promete que independente do que for acontecer, você vai estar comigo? Vai ficar ao meu lado? Vai acreditar em mim? 

Ela tornou a dizer, repetindo as mesmas frases. Como se soubesse de algo. Como se me escondesse algo. E pelos lábios trêmulos e os olhos meio perdidos,  meio vazios. Era com certeza algo ruim, me fazendo engolir em seco. 

– Ohh Sarada... não diga essas coisas! Eu juro que farei de tudo pra que a gente fique junto nessa vida e em todas as outras. Você tem a minha palavra! E eu nunca volto atrás do que prometo! 

Falei, na verdade incerto das minhas próprias palavras, observando ela assentir em silêncio e me beijar como resposta, de forma inesperada. 

Um beijo frenético, quase violento e necessitado. Mas com um gostinho diferente desta vez, que eu preferi ignorar em princípio e aproveitar o momento quente entre a gente.

– Ahh Sas... Sarada... porra... 

Ofegante a puxei novamente para cima do meu corpo, jogando a racionalidade para a casa do cacete, adiando a parte da conversa séria que tanto a gente precisava ter. E a morena sorriu triunfante, ciente do poder que exercia sobre mim. Parecendo querer fazer exatamente isso. Adiar qualquer conversa. 

Logo os dedos finos da Uchiha se embrenharam nos meus cabelos puxavam-os com relativa força, me prendendo contra ela e me fazendo gemer em seus lábios, totalmente submisso.

– Boruto... – Sarada sussurrou ao mesmo tempo em que se livrava da minha camisa do uniforme e atacava o meu pescoço com a sua boca molhada, me beijando, me mordendo, e me provocando. – Jamais se esqueça que...– ela desceu os lábios pelo meu tórax e abdômen, deixando beijinhos em cada músculo por lá e me levando à loucura, até chegar ao botão da minha calça. – Eu amo você...

EU AMO VOCÊ. EU AMO VOCÊ 

Puta que pariu! Ouvir aquilo me fez surtar e quase gargalhar de felicidade. Ao saber que meus sentimentos pela Uchiha realmente eram correspondidos na mesma intensidade. 

E maluco por ela, rapidamente eu inverti nossa posição ficando por cima. Imóvel para observá-la por alguns segundos em silêncio. Admirando a beleza da minha garota. A tentação todinha que Sarada era. 

Linda. Toda linda ela. 

Os cabelos negros bagunçados e espalhados pelo lençol. A pele branquinha, já com algumas marcas avermelhadas feitas por mim com prazer. Os lábios inchados por conta dos beijos trocados com voracidade. E os olhos escuros transbordando desejo. Embora escondessem verdades e estivessem receosos de se fixarem aos meus azuis. 

– Linda... realmente não existe apelido melhor que esse pra você, Sarada...

Falei ao dar um beijo casto na testa dela antes de reivindicar sua boca pra mim. Com calma, sem pressa. Me satisfazendo do encaixe perfeito dos nossos lábios, explorando cada cantinho com a minha língua, fingindo não sentir o gosto amargo de despedida que aquele beijo que a Uchiha me entregava. fazia-me sentir. 

Afoita, fugindo sempre do meu olhar que a buscava a todo instante. Sarada me beijava como se aquela fosse ser a nossa primeira e última vez. Se curtindo, se doando, nos amando. Me deixando cada vez mais com o peito dolorido. 

– Te amo vida... – murmurei entre um beijo e outro. 

Porém, ávida por me tocar, com seus dedos tateando meus músculos dos braços e abdômen, como se aquilo fosse fazê-la memorizar cada pedaço do meu corpo, Sarada me ignorou. Enquanto sua língua me invadia a boca, comandando o nosso beijo, acelerando a velocidade dos movimentos, gemendo em sincronia comigo. 

E apesar de estar morrendo de tesão por ela, quase arrancando o restante de nossas roupas, adorando esse jeitinho marrento da Uchiha em brigar por controle na cama. Aquilo tudo estava me incomodando pra caramba. Acendendo um alerta dentro de mim, me fazendo paralisar no ato. 

– Amor... amor... Sarada! Para... Para droga! Eu não quero fazer as coisas com você assim... desse jeito mecânico! 

Falei mais ríspido do que gostaria, assustando a morena que franziu o cenho me encarando confusa, enquanto eu me afastava e sentava na cama, levando ambas as mãos até o rosto o esfregando nervoso. 

"Merda... o que eu tava fazendo?"

– Que jeito Boruto? Eu tô normal... você que tá estranho...

Sarada respondeu fria cheia de sarcasmo, levantando-se e ficando de frente pra mim, enquanto ajeitava a própria roupa. 

Todavia mais uma vez, ela evitou me encarar, fugindo do meu olhar.

– Desculpa... vida... mas não consigo ser a porra de um moleque e te foder quando você ta claramente me escondendo algo!  

E sentindo um turbilhão de coisas ruins, ao ponto de explodir, eu rebati um tanto irônico, porém sincero. Me sentindo um completo imbecil, consumido pelas emoções, ao recusar uma foda com a garota que eu mais amava.

– Mas eu não tô te escondendo nada... – a morena escolheu insistir na mentira me deixando ainda mais chateado. 

– Nem nos meus olhos você conseguia olhar enquanto eu tava te beijando, enquanto eu tava te tocando ou tentando tirar a droga da sua roupa, Sarada! Foi mal... mas eu te amo pra caralho pra nossa primeira vez ser assim...tão fria! – praticamente cuspi as palavras nela, notando a Uchiha piscar algumas vezes, parecendo não acreditar no que eu dizia. – Eu... eu... só queria que fosse algo especial pra você... e pra mim... 

Emendei me sentindo um otário apaixonado. Um idiota totalmente rendido por essa garota que me tinha em suas mãos. 

Sem graça, talvez arrependida de certa forma, Sarada tentou se aproximar na intenção de me abraçar, porém eu escolhi me afastar. Virando o rosto para o lado oposto. Sendo um tanto rancoroso. 

– Boruto... eu... eu... não sei... eu... acho melhor eu ir embora então... 

Sarada murmurou com a voz toda falhada e orgulhoso eu nada respondi. Apenas levando meus olhos azuis até os negros dela, que tanto eu havia sentido falta de encarar a tarde toda. 

E mesmo sem a necessidade do uso de palavras. Apenas com aquela troca intensa de olhar. Azul no preto. Preto no Azul. 

Eu tentei dizer: 

"Sarada eu amo você" 

Antes que ela deixasse o meu quarto batendo a porra da porta com força. 

– Ótimo! Mal nos reencontramos e já tivemos a nossa primeira briga de casal. Que bosta de dia...Mas se Sarada tá achando que eu vou esquecer do que aconteceu... entre ela e Kawaki  e o jeito como ela me tratou? Ahhh aquela marrentinha tá muito enganada!

Murmurei com os olhos ardendo, um tanto marejados de raiva e tristeza tudo junto. 

– Ainda bem que estando encarnado você não consegue mais descontar sua frustração nos móveis e vidraças. Aposto que Hinata detestaria saber que foi você o responsável pela situação deplorável de como ficou sótão dela. 

Tia Sakura de repente se fez presente, me fazendo dar um pulo da cama, num misto de susto e vergonha. 

–Ti-tia... – me esforcei para engolir a saliva, sentindo o rosto pegando fogo. – Você tava aqui esse tempo todo? Tipo... você...viu tudo o que eu fiz? – perguntei sem coragem de encarar a mãe morta da Sarada, a garota que eu havia acabado de tentar levar pra cama. 

E ela soltou uma risada divertida. Daquele tipo que eu estava com saudades de escutar, antes de me fitar meio séria, meio cínica. 

– Eu também já fui jovem querido... sei bem o que é esse fogo da juventude. Mas... não é isso que me preocupa... Não foi por isso que vim vê-lo desta vez. E NÃO! Definitivamente eu não estava presente no momento de intimidade entre você e a minha filha. 

Tia Anjo continuou me encarando com um semblante estranho e eu senti meu corpo quase congelar, pressentindo que algo estava prestes a acontecer. Algo ruim pra variar. 

– O que te preocupa então? É a Sarada, não é? Ela tava agindo diferente comigo hoje... depois... depois que viu o Kawaki aqui, tia. 

Me joguei novamente de costas na cama. Os ciúmes me corroendo por dentro.  

– As vezes... sabe... temo que ela sinta algo por ele... mesmo que seja ...sei lá algo físico... afinal os dois já ficaram juntos na outra vida e ... 

– BORUTO! Não se entregue ao medo e as inseguranças. Confie em você e no sentimento mútuo que nutrem um pelo outro. Sabes que são almas afins, destinadas a ficarem unidas. Não há como separar o que o próprio Supremo já juntou. E agora és chegada a hora em que...

– Irmãozão? Você tá falando sozinho? Ficou doido? Sei que a Sarada não tá ai... Mamãe acabou de dar tchau para a sua namorada que foi embora com um menino estranho de cabelo vermelho. 

Himawari apareceu no quarto de supetão, fazendo com que a Tia Anjo sumisse de imediato e meu sangue fervilhasse, diante daquela informação. 

Code! 

Puta que pariu... esse dia não podia ficar cada vez pior?

Sorri amarelo para a pivetinha que me encarava desconfiada. 

– Tá tudo bem Boruto? – Hima perguntou, parecendo realmente preocupada. 

– Não... 

Me limitei a responder, recebendo um abraço apertado dela, cheio de carinho. 

– Não se preocupa Bolt... uma vez a mamãe me contou que "o que é do homem o lobo não come" ... então ninguém vai roubar a Sarada de você. 

Disse ela passando as mãozinhas pelo meu rosto e eu tive vontade de responder que: 

"mamãe estava certa. Até porque eu iria acabar com a raça do lobo muito em breve..." 

Continua...

 

 


Notas Finais


Notas:
Sorry pelo cap denso, mais chatinho (mas foi preciso ser assim - com a versão emocional do loirinho)

Eu ia colocar o pov da Sarada nesse mesmo capítulo, porém além de ficar enorme, achei melhor deixar a versão dela separada por ser as consequências finais.
Mas já está prontinha e prometo postar até o final dessa semana, ok?

Espero que realmente estejam curtindo a história. Estamos em clima de despedida.
Obrigada de coração os favoritos e comentários.
Bjoss e até a próxima


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