O dia amanheceu na Bahia da Anistia e o sol bateu no rosto da Princesa Mera acordando-a. Ela estava coberta pelos membros musculosos de Arthur que ainda dorme pesadamente mesmo com a claridade, Mera junta as sobrancelhas de forma interrogativa olhando para ele. Ela tenta se levantar e sair da cama mas é surpreendida com o braço dele a envolvendo e puxando para mais perto.
- Arthur! - Ela chama baixinho.
- Só mais cinco minutos. - Ele responde na mesma altura que ela.
- Arthur, cinco minutos não será o suficiente para aliviar seu sono. - Ela diz passando a mão nos cabelos dele.
- Então vamos passar o resto do dia nessa cama. - Ele diz.
- Não podemos passar o dia aqui. - Ela diz sorrindo.
- Como rei, é meu desejo. - Ele diz apertando o abraço na cinira dela colando os corpos.
- Ainda bem que só obedeço suas leis no mar, e não tem ninguém olhando então posso fazer o que eu quiser, meu rei. Além disso, o que pensarão seus pais se passarmos a manhã aqui? - Ela diz.
-- Pensarão que passamos a noite juntos e ainda estamos aproveitando. - Diz ele antes de levar um tapa no braço. - Ué, mas não foi o que aconteceu?
- Não do jeito que.... a propósito, temos que ir até a caverna lembra? Temos que impedir a guerra. - Ela diz. Ele afrouxa os braços permitindo que ela saia e entre no banheiro.
Arthur se levanta e se organiza para descer.
- Bom dia filho, como passaram a noite? - Pergunta Atlanna vestida com seu traje Atlantis.
- Tudo bem. Vai pra Atlantis? - Pergunta Arthur.
- Alguém precisa cuidar dos assuntos reais enquanto vocês estão fora. - Diz a rainha mãe dando um beijo na testa do filho e se despedindo de Tom antes de sair em direção a praia.
Mera desce as escadas para ainda ver a rainha mãe lhe dar um tchau e um doce sorriso. - Cuidado vocês dois. E Mera, você sabe onde fica esta caverna, ja contei essa história pra você quando criança. - Continua.
Sim majestade.
- E tomem cuidado com Qwisp, o espírito da água não é alguém que se possa confiar. Ele tentará fazer com que desistam de seu objetivo de uma forma específica, tentem não cair na armadilha. - Diz Atlanna finalmente saindo do local.
- Como que o espírito da água não é bom gente? - Pergunta Arthur.
- Qwisp não é totalmente mal por dentro, é só tem fama de ser muito...difícil. - diz Mera já está com seu traje atlante e Arthur com sua armadura real.
- Muito bem, vamos acabar logo com isso. - Diz Arthur.
Os dois seguiram em direção ao mar mergulharam nadando rapidamente até que finalmente chegassem a caverna.
- Eu deveria ter trazido meu navio. - Ela diz.
- Não tinha como, e foi melhor assim, você tem o habito de esconder aquela coisa em locais...fedorentos. - Ele diz sem graça.
- Essa minha mania já nos tirou de muito problema. - Ela diz perplexa com aquele comentário.
- É mas fica fedendo do mesmo jeito. - Ele diz com desdem.
- Certeza que fede menos que você. - Ela diz levantando o nariz num tom de superioridade que encanta o rei de Atlantis.
- Ei eu tomei banho só pra você saber, e não adianta ficar colocando defeito não princesa. Eu sei que você se amarra no fedidinho aqui. - Ele diz tirando sarro com ela.
- Você que tá dizendo isso aí, eu não disse nada. - Ela diz, e vamos nos concentrar no que estamos fazendo. Passaremos próximo a fronteira de Xebel, podem aparecer guardas em algum tempo.
- Okay. - Ele diz com ar de riso presunçoso.
Não demora tanto tempo assim até que uma blitz de Xebel cruze o caminho deles o que faz com que eles precisem se esconder perto de corais
- Devemos esperar que passem. - Sussurra ela.
- Falta muito pra chegarmos a tal caverna? - Pergunta ele.
- Não, não é um lugar de difícil acesso, mas esse não é o problema, nunca foi o lugar o problema. - Ela diz voltando a nadar rapidamente com o dobro de atenção. - Vem Arthur nade mais rápido temos que passar rápido por esta fronteira, podemos ser pegos a qualquer minuto aqui. - Continua.
Outra blitz passa por eles e desta vez com cinco cavalos marinhos enormes. Um dos soldados parece ter percebido alo estranho e pensa em se aventurar perto dos corais para verificar, mas Arthur pede que um golfinho passe pelo lugar para enganar o soldado que pensa ter sido o bicho ao fazer o movimento que ele achou ter visto.
- Precisamos sair daqui Arthur, Vão nos pegar. - Diz a ruiva.
Depois de muito esforço, e muitas paradas para se esconder finalmente eles consegue passar ao lado da fronteira sem serem vistos.
Finalmente lá estava a entrada da caverna.
- Chegamos! - Diz ela.
- É essa? - Ele diz olhando a entrada da caverna que é praticamente um buraco escuro. - Tem certeza? - Pergunta.
- Ai Arthur claro que eu tenho certeza, o que você estava esperando? Cornetas e ouro? - Ela pergunta.
- Bom ao menos um buraco maior pra passar sim. - Ele diz fazendo Mera fazer aquela cara de quem não sabe se ele está brincando ou se está falando sério.
- Vamos! - Ela diz revirando os olhos.
- O quê? Vai dizer que você também não pensou isso? - Ele diz nadando bem atras dela.
A caverna se alarga a medida em que eles nadam até acabar em uma enorme bola de água gigantesca e escura. Mera por instinto usa seu poder e eles finalmente conseguem enxergar o nada que existe dentro daquele buraco.
- Eu disse pra você que era estranho. - Diz ele.
- Arthur dá pra você...
- Arthur Curry, eu estava esperando por você. - Diz uma voz quase sussurrante.
- É ele. - Mera sussurra espantada.
- Princesa Y Mera Xebella, é uma honra poder vê-la pessoalmente. - Diz ele.
- Como você sabe quem nós somos? - Pergunta Arthur.
- Eu sou o espírito da água rei Arthur de Atlantis, eu sei de muitas coisas. Sei inclusive o que vocês estão fazendo aqui, e do por que vocês tiveram que vir aqui. - Diz ele finalmente aparecendo com uma roupa verde e cabelos curtos e loiros com uma boca um pouco grande demais para o gosto de Arthur.
Com um estalar de dedos toda a caverna tom posse de uma cor branca de dorada de forma radiante.
- Vai nos ajudar? - Pergunta Arthur.
- Meu caro rei Arthur, a pergunta correta é se vocês estão dispostos a me ajudar. - Responde Qwisp.
- Como assim? - Pergunta Mera curiosa.
- Não costumo fazer favores gratuitos, eu quero algo em troca. - Diz Qwisp.
- O que quer? Ouro? Pode ter todo o ouro que quiser. - Diz Arthur.
- Digníssimo rei Arthur, ouro não me serve de nada, eu quero alma. - Diz o espírito.
- Do que está falando? - Pergunta Mera.
- Perdão princesa, serei mais direto. Quero a alma do primeiro filho real. - Diz ele.
- O quê? - Diz Mera.
- Isso é impossível. Não posso fazer isso. - Diz Arthur.
- Ora mas por que não, eu já vi o futuro de vocês, vocês terão outro, um só filho não fará falta. - Diz Qwisp.
- Isso não está em acordo! - Diz a princesa.
- Muito bem, foi um prazer vê-los. - Diz o espírito virando-se para ir embora.
- Espere! - Diz Arthur.
- Em... - Diz o espírito com seu sorriso enorme.
- Aceita uma troca? - Pergunta Arthur.
- Não! - Se adianta Mera ao responder.
- Não vai ser a mesma coisa mas vamos ver. - Responde Qwisp.
- Arthur, não! O que você vai fazer? - Pergunta Mera.
- Fique com a minha. - diz Arthur.
- Não! Arthur não deve fazer isso! - Diz mera gritando com ele.
- Troca feita. Sua alma pertencerá a mim no momento de sua morte. - Diz o espírito.
- Eu não posso deixa que faça isso Arthur. - Diz a princesa.
- Eu amo você. - Ele diz. - Tudo vai dar certo.
- Não Arthur, não sabe o que está fazendo. Não faça isso. - ela diz segurando o rosto dele com as duas mãos.
- Pelo poder que tenho em mim...
Uma forte luz dourada com pontos em prata começa a circular os corpos dos dois.
- Eu declaro vocês marido e mulher...
Os corpos ficam sem movimento como se estivessem entrado em um desmaio de olhos abertos, flutuando em meio aos pontos prateados que circulam os corpos e unem as mãos como um poder magnético formando uma aliança no anelar de cada um.
E nada, ou nenhum ser em mar, terra e ar poderá desfazer...
As alianças são colocadas no dedo de cada um. Um anel de cor prata com uma linha dourada no centro.
- Porque quem Qwisp une, ninguém mais desune. - Termina o espírito.
Quando eles recobram a consciência, a caverna tinha voltado a ser o grande circulo escuro, como se tudo aquilo nunca tivesse acontecido. A única coisa que os fazia acreditar que tudo não passou de um delírio eram as alianças que agora cintilavam em seus dedos lembrando-os que agora eles eram casados, e que essa união não seria mais quebrada.
- O que você fez? - Diz Mera olhando a aliança no próprio dedo com tristeza.
- Eu resolvi o nosso problema. - Disse Arthur. - Nós somos casados agora.
- A que preço? Você não sabe o que fez. - Ela diz escondendo o rosto nas palmas das mãos.
- Eu sei exatamente o que fiz, Mera. - Ele diz a abraçando e levantando seu rosto para que possa deixar um beijo nos lábios dela. - Agora vamos pra casa, que temos outro problema pra resolver. Temos que segurar a barra do seu pai. - Diz ele.
Ela sai do abraço dele e nada sem o esperar. Ela ficou muito triste com o que tinha acabado de acontecer. Arthur sabe disso, mas ele teria feito tudo de novo se soubesse que acabaria casado com a mulher que ama.
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