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História Avatar - a Lenda de Mira - Por escolha - História escrita por sahsouto - Spirit Fanfics e Histórias
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História Avatar - a Lenda de Mira - Por escolha


Escrita por: sahsouto

Capítulo 40 - Por escolha


Mira

Eu já sabia onde eu deveria ir, mas esse cara, ele realmente está me deixando furiosa.

Existem duas maneiras de chegar àquele prédio, pelo o que ele me disse a maneira mais viável depende totalmente dele.

— Você por acaso tem um helicóptero? – Ele me perguntou.

Como se eu realmente tivesse um.

— Não se preocupe, eu vou pelo outro jeito.

— Mas é perigoso, aqueles caras não são como eu.

— Então eu agradeço.

Ele realmente queria me ajudar, mas dever um favor para esse cara já é suficiente.

Fui em direção ao elevador.  Venon me seguiu, e entrou comigo..

— Já que você não quer minha ajuda, pelo menos eu tenho que saber, você promete ser discreta quanto a isso?

— Quanto a quê?

— Isso, de eu saber alguma coisa sobre essa organização terrorista.

— Na verdade eu não me importo, digamos que você apenas me mostrou para onde olhar.

— Pensando dessa forma, é verdade.

Ele ficou pensativo.

A porta do elevador se abriu e eu sai correndo de lá.

— Obrigada – eu disse me virando para ele.

— Não me agradeça ainda, você ainda me deve um favor. 

Quando sai de lá notei que as ruas estavam mais movimentadas que antes. Carros e mais carros parados e buzinando, os motoristas pareciam irritados e gritavam palavras chulas uns para os outros. Imaginei que os ricos não se portassem assim e nem xingavam uns ao outros por motivos tão banais. No meu bairro as pessoas brigam por motivos bem mais sérios e sempre acaba com alguém ferido ou mesmo morto.

O sol já estava no seu ponto mais alto. Meu estômago finalmente reclamou de fome.

O cheiro das barraquinhas de comida me atingiram em cheio, tateei meus bolsos, mas não encontrei uma misera moeda.

Cheguei à frente de uma barraca que vendia um tipo de sanduiche com um molho de carne, o cheiro era fantástico.

— Quanto é? – Eu perguntei para o atendente de avental

— 20 yuans.

20 yuans!! Meu deus que absurdo, sabe o que dá para comprar com 20 yuans?  Quase 20 pães com creme vermelho!

— É não teria alguma coisa mais em conta? – Eu digo como se eu tivesse realmente algum dinheiro.

O atendente olhou para mim com impaciência.

— Não. – Ele falou secamente.

Suspirei de raiva enquanto saia de perto da barraca.

Acho que terei que aguentar, o problema é que a fome me deixa com os nervos a flor da pele.

Andei em direção ao enorme prédio sem janelas que se destacava no meio de toda aquela arquitetura moderna.

Quanto mais perto ele ficava, mais ele parecia deslocado. Eu imagino que as pessoas desse bairro se sintam incomodadas por esse grande elefante branco.  A altura me deixou impressionada, claro que ele não se comparava ao Varrick Tower. 

Notei que as pessoas evitavam andar na calçada do prédio, eles atravessavam a rua pra evitar os buracos e a vegetação que crescia desenfreada.  Não entendo do por que o os membros da urbanização de Republic City deixariam esse prédio nesse bairro.

Não havia placas de identificação e a única porta estava lacrada por tijolos. Rodeei o prédio até os fundos. Havia uma cerca alta de arame, mas o mato não deixava ver além.

Olhei para os tijolos. Eu poderia fazer como a Suni. Mas eu não tenho ideia de como dobrar a terra.  Mas não custa nada tentar.

Toquei os tijolos das paredes. E me concentrei.

— Mova-se. – Eu falei baixo.

Mas nada aconteceu.

— Terra, vai. – Falei com mais entonação. Mas de novo eu não senti nada.

Ela disse que tínhamos que sentir.  Mas sentir o que?  Quando eu dobro água eu realmente sinto a água no local, mas com a terra, mesmo estando cercada dela, eu não sinto nada.

Desisto, não posso perder mais tempo.  Resolvo pular a cerca.   Tento impulsionar o ar pelos meus pés, mas nada acontece.  Testo com as mãos e uma pequena brisa é formada. Por que não está dando certo? Meu estômago ronca novamente.  Será por causa da fome? Ou por que eu não descanso desde o festival? Eu não me sinto esgotada.  Respiro fundo. Terei que fazer isso com minhas próprias mãos.

Escalo a cerca com dificuldade. Meus músculos reclamam do esforço.  Quando eu era menor, escalar os muros das casas da cidade da Fuligem era um dos meus passatempos preferidos, mas parece que meu corpo esqueceu-se da sensação.

Finalmente chego ao topo. Sinto tontura ao olhar para baixo, mas não hesito, pulo de uma vez. Meus joelhos são os primeiros a reclamar.

Tentei conter a dor, mas não teve jeito, meus olhos ficaram marejados e eu tive vontade de xingar todo mundo.  Me recompus  e ainda com dor fui adentrando na vegetação.  O capim navalha fez cortes nos meus braços e no meio daquilo tudo também havia grandes formigueiros. Quase pisei em um.  Depois de andar um pouco, eu cheguei a uma espécie de clareira.

— Finalmente – Eu disse sozinha.

Notei que havia um alçapão no chão, uma grande placa de metal enferrujado, muito próximo ao prédio.

Forcei para cima, mas ela nem se mexeu.  

De repente o alçapão tremeu. Alguém estava empurrando.  Me escondi rapidamente e fiquei observando.

Dois homens  abriram o alçapão, um deles usava algumas roupas bem acabadas, possuía cabelos negros que iam até a altura do ombro, ele era vagamente familiar, o outro era muito estranho, ele usava um quepe azul marinho  e uma máscara de gás, não era possível notar outras características.

— Eu ouvi alguém. – O mascarado disse com a voz abafada.

— Ninguém usa essa entrada. Você está ouvindo demais.

Essa era a minha chance, eu vou atacá-los.

Primeiro , eu me concentrei, procurei qualquer fonte de água, mas não havia nada.  Eu teria que usar o ar.

Fiz-me visível.

O de cabelo negro olhou para mim surpreso.

— É a garota. Ela veio.

Eles estavam me esperando?

—Minha Cara, Avatar, não achamos que você viria pelos fundos. O capim navalha costuma ser um grande empecilho, mas fico feliz. – O mascarado disse fazendo uma reverência.

— Onde está o meu pai? – Perguntei com firmeza

— Acho que você terá que vir conosco para descobrir.

Eu assenti, mas fui bem desconfiada. O de cabelos negros parecia pouco á vontade, eu pude ver o suor escorrendo do seu rosto.

Descemos uma escada até o que eu imagino ter sido a garagem do prédio. Tudo era iluminado por luzes de emergência vermelhas, o que deixava tudo um pouco assustador.

— Eles não vão acreditar, nós estamos escoltando a Avatar. – O de máscara de gabava.

Fiquei tentada a perguntar o porquê da máscara.

— Ele teve alguns problemas com dobradores de fogo a alguns anos, seu rosto é todo marcado.- O moreno disse como se adivinhasse as minhas perguntas.

— Não foram problemas. Eles me atacaram, e eu não pude me defender, simples assim.

Subimos mais dois lances de escadas.  E eu entrei em uma espécie de antessala.

Eu já estive aqui. Foi aqui que vi Akat pela primeira vez, foi aqui que a UCG disse que iria me usar para atingir os seus objetivos.

—  Espere aqui, Zun já sabe que você está aqui. – O moreno disse me deixando sozinha.

Eu me preparei, minha raiva estava contida, mas quando eu ouvi o nome dele, uma faísca fez todo aquele sentimento explodir dentro de mim. O mundo ficou em um tom vermelho gritante.

Tentei poupar o meu fôlego,  mas eu não consegui me concentrar, a fome estava me atrapalhando.  Eu não sei o que acontecerá quando ele aparecer.

O ar ficou estranho, os cheiros do lugar me deixaram tonta. Comecei a tossir involuntariamente.  Não haviam janelas, só tinham duas portas. Tentei abri-las, mas nada aconteceu. 

Cai de joelhos no chão, eles haviam envenenado o ar.

Meus olhos pesaram, os fechei por alguns minutos.

Eu me lembrei de quando éramos uma família feliz, minha mãe verdadeira e meu pai.  Lembro-me das risadas, das refeições caseiras e de todo o amor que ela me proporcionava, ele era mais distante, mas não deixava de ser presente, ele gostava de ser protetor e sempre nos levava ao parque central. Quando minha mãe morreu ele surtou. Fiquei um mês com uma vizinha, até que ele estivesse pronto para mim.

Mesmo depois disso ele tentou ser minha mãe e meu pai, durou pouco tempo, Wana apareceu, ela era jovem e bonita, logo ela ficou grávida e eles se casaram, meu pai teve que trabalhar cada vez mais e teve menos tempo para mim. Para chamar sua atenção, eu roubava, brigava e fugia. Eu o ajudei a se tornar um terrorista.

Senti uma força, assim o meu corpo ficou quente. Eu podia sentir o ar a minha volta, meu corpo inteiro começou a formigar.  Tudo ficou em câmera lenta.  

O ar que havia naquele espaço era rarefeito, o gás que eles jogaram no ambiente era denso. Eu manipulei esse gás e o joguei para cima de uma das portas. A pressão a  derrubou, e assim o gás se dissipou.

Pessoas me olhavam assustadas. Eu podia ver o medo nas suas almas. Elas achavam que poderiam me derrotar com o gás?

Eu puxei todo o ar que os rodeava isso os fez caírem com força ao chão. O prédio tremeu como consequência.

— È melhor você se controlar.  – Uma voz ao longe me disse.

— Não queremos que nada aconteça com o seu pai, não é? 

Ele apareceu, Zun, e ele estava com o meu pai

— Se acalme, veja o seu pai está bem.

Meu pai  parecia bem, bem até demais.  Foram os seus olhos de medo que me incomodaram. 

Eu ainda não tive a oportunidade de contar para ele, sobre quem eu sou. Fiquei triste e aquela sensação de formigamento foi embora.

— Bem, melhor. Eu sabia que você conseguiria chegar aqui.

— Pai? –  Eu tentei ignorar Zun.

Seu olhar de medo não desapareceu  e ele não se esforçou para vir até mim.

— Pai? – Supliquei.

— Seus irmãos estão bem, nós não fazemos mal a inocentes. – Zun disse, chamando finalmente a minha atenção.

— Vocês feriram minha madrasta.

— Aquela louca? Ela mesma se esfaqueou para impedir Iron de vir conosco. As crianças iriam ficar com ela, mas ela colocou fogo na casa. Eu não podia deixa-los com ela.

A verdade me atingiu .Por algum motivo eu acreditei mais nele do que na Wana. Meu pai tinha vindo por livre e espontânea vontade

— Então por que você foi com eles pai?

Ele virou o rosto. Ele não queria me encarar.

— Bem, Mira, ou Avatar, o que você preferir. Acho que você está pronta para saber a verdade, você vai entender por que somos a União Contra o Governo. 



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