História Awake - Décimo Sexto Capítulo. (REESCRITO)

"Isso não deveria ter acontecido!"

DÉCIMO SEXTO CAPÍTULO

Listening: Blank Space - Taylor Swift part. 2

Pois somos jovens e imprudentes

Vamos levar isso longe demais

Vai te deixar sem fôlego

Ou com uma cicatriz horrível

...

Mas eu tenho um espaço em branco, querido

E vou escrever seu nome

Sebastian me prende contra a a parede de meu quarto enquanto luta com os próprios botões de sua camisa social... Até porque eu não estava facilitando nem um pouco, insistindo em não separar nossas bocas. E apesar disso, minha consciência estava pesando em estar prestes a ir para cama com Sebastian! Isso poderá envolver muitas coisas que não queria... Essa noite deveria acabar com alguém desconhecido. 

- Nossa, como você é malhado! – Exclamo assim que Sebastian finalmente tira a camisa. Puxa, eu não deveria ter falado isso... 

Ele ri, e então segura meu rosto. Sua boca volta para a minha e nós começamos a nos beijar de novo... Eu não posso evitar. Sebastian tem os lábios mais viciantes que já provei. 

Eu aperto a carne de suas costas e arranho de leve com minhas unhas quando sinto suas mãos apertarem levemente meus seios. 

- Ai meu Deus... – Eu sussurro, enquanto a boca de Sebastian desce para meu pescoço. 

- Você está bem? – Ele pergunta entre os beijos que estava dando em minha pele. Eu demoro para responder por contas dos arrepios e tudo mais que aquilo causava em mim. 

- Isso está errado, não acha? – Falo, apertando minhas pernas em seus quadris... Era como se meu corpo e minha mente estivessem em total divergência. Meu cérebro dizia para afastá-lo, mas o meu desejo o queria cada vez mais perto. 

- Errado? – Sebastian afasta a boca de meu pescoço e olha para mim. Havia um leve vinco entre suas sobrancelhas. 

- Nós nos odiamos. Não deveríamos estar fazendo isso. 

- Bom... Podemos dar alguns intervalos desse ódio para nos amarmos. O que acha? – Ele sorri, mordendo o lábio inferior. Eu não poderia concordar mais com esse raciocínio. 

Puxo a cabeça de Sebastian e o beijo com força. O ouço dar uma risada abafada enquanto segura minha cintura e me tira da parede. Ele cambaleia um pouco até que nós dois caímos em minha cama. 

Fico por cima, e desse jeito, eu conseguia sentir seu membro bem rígido por baixo de sua roupa. É óbvio que minha calcinha estava cada vez mais em uma situação bem úmida. 

Eu prendo as mãos de Sebastian no colchão enquanto nossas línguas se entrelaçam e batalham por espaço. A respiração dele estava tão pesada de um jeito que me tentava a fazê-la acelerar até ele gemer. 

Separo nossos lábios e desço lentamente até sua barriga. Eu passo minha mão pelos seus músculos e então sigo até seu cinto. Impaciente, eu arranco aquele negócio rapidamente e depois abro o botão de sua calça. Quando eu olho para cima, Sebastian me observava parecendo ansioso e com a cara mais maliciosa que ele já fez para mim. 

- Vai mais devagar, Gilmore Girl. Eu não vou a lugar algum. – Ele pisca para mim e então abaixa a própria roupa de baixo, ficando apenas com uma boxer... Que surpreendentemente não era preta, mas branca. E aquilo só ajudava a destacar o que ele tinha entre as pernas... Que estava bastante animado. Eu não estava nem um pouco decepcionada com o tamanho. 

- Sebastian... Eu te odeio por me convencer a fazer isso. – Cravo meus olhos no dele, mas o mesmo apenas levanta uma sobrancelha... O seu maldito sorriso nunca saindo de sua boca. 

- Vamos ver se vai continuar me odiando depois disso. 

Ele me puxa para cima e inverte nossas posições. Eu não tenho nem tempo de reagir direito, quando Sebastian dá um jeito de arrancar a minha calcinha de meu corpo. Arfo de surpresa e o abraço quando o mesmo me beija novamente. Entrego-me facilmente, arqueando minhas costas e me colando ainda mais a ele. 

O contato de nossas intimidades me faz estremecer completamente. Eu sinto algo como borboletas voando em meu ventre à medida que sua boca segue um caminho até meus seios.

O carinho de sua língua em meus mamilos é extremamente prazeroso. Deixo um gemido escapar entre meus lábios, enquanto minha pele inteira se arrepia... Sebastian sabe fazer isso muito bem. Aposto que teve bastante experiência. Suas mãos massageiam cada um sem muita força, e então seus lábios seguem um caminho até abaixo do meu umbigo, deixando chupões por toda pele que tocou. 

- Sebastian... – Eu gemo seu nome sem querer quando sinto sua língua passar lentamente sobre minha vagina. 

Só posso dizer que não consigo durar muito tempo. Ele me fez ficar à beira da loucura com os seus toques, me estimulando até eu sentir minhas pernas tremerem levemente e um frio percorrer minha coluna. Os vizinhos provavelmente vão reclamar dos meus barulhos... 

Sebastian logo sobe de novo, olhando em meus olhos enquanto abaixa sua peça íntima. Suas mãos colocam minhas pernas em volta de seus quadris e eu apenas encaro seus lábios com uma cor de avermelhado e bem úmidos. Eu sinto meu rosto ficar gradativamente quente, então eu ponho minha mão em sua nuca e aproximo seu rosto do meu até nos beijarmos. Assim que faço isso, Sebastian entra devagar dentro de mim, segurando minha cintura com força. 

Nós dois soltamos um gemido entre o beijo, então seus dentes prendem meu lábio inferior em uma mordida leve enquanto o mesmo começa a se movimentar. Eu podia sentir cada centímetro dele dentro de mim. Seguro os lençóis da cama e fecho os olhos, aproveitando cada sensação fantástica que Sebastian me provoca. Nem posso acreditar que isso está acontecendo mesmo... Eu e esse traste! Mas eu definitivamente não posso negar que existe algo entre nós dois. Não é por indiferença um com o outro que estamos transando agora... 

- Oh, Brooklyn... – Sebastian sussurra em meu ouvido, soltando um gemido logo em seguida – Eu sabia que você seria deliciosa. 

- Cala essa boca, idiota. Não estrague o momento. – Passo meus dedos sobre os lábios dele, e o vejo abrir um sorriso largo ao me escutar. 

- Eu adoro quando você me xinga. – Sebastian enfia as mãos em meu cabelo e puxa alguns fios firmemente. Logo sinto-o dar uma mordida em meu pescoço enquanto o movimento dos seus quadris aumentam, me fazendo me contorcer levemente na cama. 

- Seu masoquista. 

- Pare de me provocar, Gilmore Girl.

Ele me beija. Um beijo mais ardente do que todos que tivemos nessa noite. Um beijo como o que ele me deu no show de sua banda. E eu quase me derreto inteira por Sebastian... Mas existe uma linha que eu não posso ultrapassar. Estamos fazendo isso só por essa noite! 

O mesmo aumenta os movimentos cada vez mais, e logo o meu quarto se enche com o barulho dos nossos corpos e os que saíam de nossas bocas. Sebastian marca meu pescoço com mordidas e chupões, e eu suas costas com minhas unhas. 

Meu limite estava chegando perto. Não consigo me controlar com o jeito que ele estava fazendo. Quando sinto sua mão descer e me estimular lá embaixo eu acabo soltando algo próximo de um grito, enquanto tenho o melhor orgasmo que poderia ter tido essa noite. Eu seguro os braços de Sebastian com força, sentindo suas investidas mais fortes em mim, o que prolongava meu prazer. 

Ele sussurra algo, que parecia ser meu nome, então o sinto se derramar dentro de mim enquanto suas mãos puxam os lençóis da minha cama com força. Sua expressão de prazer era a melhor que eu o já vi fazer. Seguro seu rosto, a passo que ele se recupera do orgasmo e então abre os olhos. Eu pensava que os olhos dele eram azuis esverdeados... Mas acho que nunca descobrirei a cor que eles têm. Não que isso os fizessem menos bonitos. 

- Antes que você se preocupe sobre termos feito sem camisinha... Eu sou estéril. 

Mas o que... 

- Jesus Cristo... Sinto muito por isso. – Sebastian se deita ao meu lado na cama e viro minha cabeça para observá-lo. 

- Está tudo bem, não se preocupe. – Ele responde, passando a mão no rosto e então olha para mim também. 

Eu não sabia o que falar, então fico em silêncio. Sebastian também não fala nada, resultando em nós dois nos encarando sem roupa deitados na cama em que acabamos de fazer sexo. Eu nunca pensei que viveria algo assim com Sebastian Reynolds... E nunca pensei que iria ter um "momento" com ele. No que é que eu estou me metendo? 

O mesmo se vira de lado e então segura um lado de meu rosto. Vou até ele e o deixo me beijar. Seus lábios estavam calmos em cima dos meus... Bem diferente de todas as vezes que já fizemos isso. Eu seguro sua mão que estava em minha bochecha e parto o beijo. 

- Está tudo bem? – Ele pergunta, olhando para mim enquanto sento na cama. 

Apenas evitando mais do que um envolvimento físico. 

- Sim, estou bem! – Eu me levanto e me abraço por conta do frio – Você quer aquele café agora? 

Sebastian olha para mim com uma cara bem esquisita, apoiando-se nos próprios cotovelos. 

- Por que está agindo assim? Mais estranha que o normal. 

Eu reviro meus olhos enquanto abro meu armário à procura de um roupão. 

- Só estou tentando fazer isso parecer normal. Vamos admitir: Isso não deveria ter acontecido! – Eu puxo a peça e então visto. Suspiro com o quentinho da roupa... E logo me viro para encarar o homem que estava na minha cama. 

- Não deveria ter acontecido... Ok... – Sebastian se levanta também e veste a boxer branca. Eu queria que ele não fosse bonito... Isso facilitaria tanto as coisas para mim. 

- O que você quer dizer com "Ok"? 

- Estou indo embora. 

- Quê?! – Minha voz acaba saindo um pouco alta. Quem ele pensa que é para ir embora assim? 

- Você mesma disse que isso não deveria ter acontecido. 

Sebastian sai catando as suas roupas pelo quarto e vai as vestindo à medida que as pega.

Eu sinto meu coração acelerado... Acho que deveria fazer algo, mas não consigo pensar no quê. 

- Você realmente sabe como me tirar do sério. – Eu olho para ele sem entender nada – Já parou para pensar que está com medo, na verdade? Hein? 

Sebastian olha em meus olhos e vejo como o mesmo estava irritado... Ou outra coisa. Não sei bem definir. 

- Eu não tenho medo de você! – Me aproximo dele, apontando um dedo. Ele também tem um talento para me irritar! 

- Não falei que era de mim. Eu adoraria que esse fosse o problema! – Sebastian solta uma risada falsa, abotoando a camisa social. – Está com medo do Christopher. Você é tão obcecada por ele ainda que tem medo até de fazer sexo casual com outra pessoa! Mas adivinha só, Brooklyn: Christopher está com outra mulher! 

Eu olho para Sebastian com extremo ódio. Não sou obcecada pelo Christopher! Apenas tivemos uma história que não é fácil de esquecer. E eu sei muito bem que ele tem outra... Isso é algo que não sai da minha cabeça. 

- Por um momento eu esqueci o quão babaca e idiota você é! – Empurro Sebastian, fazendo-o cambalear um pouco para trás. – Você não sabe nada sobre o que sinto por ele... Se acha que porque transamos as coisas mudariam, se enganou. 

Sebastian cruza os braços e fica me encarando com raiva. Eu estava completamente exausta daquilo tudo... 

- Vá embora, por favor. Preciso ficar sozinha. 

Ele demora mais alguns segundos, apenas me observando. Então, Sebastian passa por mim e em seguida apenas escuto a porta do apartamento bater. 

Eu deveria ter escutado minha consciência quando ela disse para não ir para cama com ele.