História BABÁ DE UM BAD BOY - Levi Ackerman - O convite

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─ Você quebrou meu óculos seu Idiota! ─ vocifero.

─ Não foi proposital. ─ dá de ombros e enfia as mãos nos bolsos da jaqueta de couro.

A professora finalmente nota a situação e aponta para Levi.

─ Você está atrasado.

─ Acrescente isso à lista de coisas que a diretora tem contra mim e vai perceber que mais um atraso não é nada demais.

─ E essa lista envolve quebrar meu óculos sem motivo?! ─ questiono.

Ele olha para mim com uma expressão afetuosa forçada:

─ Você está muito tenda docinho, respire fundo ou sua TPM vai contagiar o resto da sala.

Reviro os olhos.

─ Professora, ele deve ser punido. Pelo atraso e pelo meu óculos. ─ concluo.

─ Obrigada _____ mas não preciso que me diga o que fazer. Levi, sente-se por favor. Não quero que nada disso se repita! ─ a professora o fuzila com o olhar. ─ E _____, sinto muito por seus óculos. Você não consegue enxergar o manuscrito do quadro sem eles, certo?

Assinto, meio constrangida.

─ Então Levi, como responsável pelo o ocorrido, sente-se em dupla com _____ e ajude-a com as anotações.

Respiro fundo tentando manter a calma quando Levi coloca sua cadeira do meu lado e se acomoda.

─ Eu te odeio. ─ sibilo.

─ Grande coisa. Eu também te odeio, mas se quer saber, te fiz um favor. Você fica menos nerd sem os óculos. ─ ele responde.

─ Não preciso da sua ajuda, sente em outro lugar.

─ Oferta tentadora, mas para a sua infelicidade e a minha também, não posso levar mais uma advertência.

─ Se me odeia por que me ofereceu uma carona então? ─ ergo a sobrancelha.

─ Eu ia te sacrificar junto com os cãezinhos depois ─ o desgraçado sorri. Um sorriso arrogante: que me faz querer bater inúmeras vezes na sua cara.

Viro de volta para a frente tentando inutilmente ignorá-lo e percebo Hange nos encarando com curiosidade enquanto retoca mais uma camada de batom vermelho na boca.

─ Da pra ser menos sútil Hange? ─ Levi lança um olhar sombrio pra ela.

─ Você está precisando relaxar Le... Já sabe onde me encontrar depois da aula se quiser resolver isso.

Fico intrigada, mas não demonstro. Não é da minha conta se Levi e Hange ficam ou não.

E pelo resto da aula, ele não me ajuda em absolutamente nada ─ como eu já esperava ─ e eu, apenas por orgulho, finjo entender todas as anotações sozinha.

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A hora passa voando e o sinal para o intervalo reverbera pelos meus ouvidos enquanto pego meu lanche em mãos e me dirijo para um banco vazio no pátio da escola.

Mais um dia lanchando sozinha. Não posso dizer que já não estou acostumada.

Mikasa tem seu grupo de amigas do terceiro ano e quase nunca passa o intervalo comigo. Ela já tentou me enturmar com suas amigas mas acho que não era para ser. Elas só sabem falar de garotos e de como cada um beija e...

Afasto o pensamento, tentando não lembrar de nenhuma das amigas de Mikasa contando suas experiências pessoais e com detalhes demais.

Num piscar de olhos, Hange está caminhando até mim e me aborda como se já nos conhecêssemos há anos. Ela senta do meu lado no banco e pergunta:

─ Você e Levi se conhecem?

─ A questão não deveria ser ao contrário? ─ indago. ─ Vocês dois estão ficando?

Hange pega um de meus biscoitos e me encara enquanto come despreocupada. Dou um tapinha na sua mão e ela solta um "Ei" exasperada antes de responder.

─ Ele compra comigo. Você sabe. O tipo de coisa que você me acusou de ter na mochila. Não estamos ficando, credo! Somos só bons amigos de negócios.

─ Ah...Bom, nós não somos amigos. Só estudamos juntos alguns anos antes, mas na maior parte do tempo ele apenas me irrita.

─ Ele pode ser um cafajeste quando quer. Fique longe dele e você estará a salvo. Você é muito pura pra um cara como ele.

─ Não planejava me aproximar dele. ─ dou de ombros.

─ É, mas Levi pode ser bem convincente quando quer. E bem...Persuasivo.

─ Vocês já...

─ Quase. Uma vez. Estávamos os dois bêbados mas não chegou a acontecer. Ele deve ser bom de cama mas ficar com ele seria estranho. ─ Ela faz uma careta.

─ Vou deixar o conselho bem gravado.

─ Não vai se arrepender. Mas e aí? Tem algo de bom pra fazer hoje à noite?

─ Eu planejava ler o livro que comprei... ─ respondo, animada, mas Hange me interrompe rispidamente:

─ Eu disse algo de bom. Não algo chato e entediante.

─ E você já leu algum livro para saber se é chato? ─ tento não demonstrar a leve irritação na minha voz.

─ Filmes baseados em livros contam?

─ Definitivamente não.

─ Então não ─ ela suspira. ─ Mas veja só, não preciso. Passo a maior parte do meu tempo chapada demais para conseguir entender qualquer palavra escrita.

─ Desculpe perguntar mas, onde você...

─ Acho meus negócios? Não se aprofunde demais onde não quer se meter _____, conselho de amiga.

Apenas balanço a cabeça em concordância e levo um biscoito à boca.

Mas e aí? O que me diz de uma festinha, hein? ─ Hange se empolga.

─ Que tipo de festa?

─ Existe mais de um tipo de festa?!

─ Nunca fui em uma... ─ começo, até e Hange me interromper novamente, levantando do banco e agarrando meus ombros.

─ Bem, hoje será a sua primeira vez então. Levi vai dar uma festa em sua casa hoje e eu fui convidada. Posso te levar comigo. Vai ser incrível?

─ Eu... Acho que não é uma boa ideia. Não era você insistindo para que eu ficasse longe dele a alguns minutos atrás?

─ Você realmente nunca foi em uma festa antes, não é? A festa é dele mas a probabilidade de encontrá-lo lá é mínima. Ele provavelmente vai foder a primeira garota que ver pela frente e ficar bêbado demais para sequer notar que você foi.

─ Ainda não sei, não tenho nem o que vestir. ─ faço uma careta.

─ Vamos pra minha casa, você pode pegar algo meu ─ sugere.

Olho para sua saia de couro curta e seu top decotado.

─ Acho que prefiro ir com um moletom.

─ Por que? Quer parecer uma freira?

─ Eu só acho que suas roupas não ficariam legais em mim ─ aponto para meus seios pequenos e cintura estreita.

─ Besteira, mas tudo bem. Vou te mandar o endereço por mensagem. Apareça lá às 19.

Ela pega meu celular e salva seu contato.

─ Prontinho. E não se atrase ─ dá uma piscadela.