– Como isso aconteceu? – Seungmin perguntou apertando uma almofada entre os dedos.
Felix suspirou antes de começar a contar toda a sua jornada com Hyunjin, desde as mães se tornando amigas até o momento em que descobriram estar apaixonados e começaram a namorar.
O mais velho permanecia quieto enquanto ouvia e deixava um carinho na coxa do namorado em sinal de apoio. Já haviam conversado sobre isso diversas vezes e sabiam que Seungmin seria o mais difícil dos dois. Além de ser muito apegado a Felix desde criança, ele odiava ser enganado. Sem contar a personalidade forte!
Foi preciso muita conversa para que Hyunjin pudesse convencê-lo que estava sério sobre isso e que realmente era apaixonado por Felix. Depois de um interrogatório – que ele respondeu orgulhoso – Seungmin se deu por vencido. Ele estendeu a mão para o moreno com um sorriso tímido e murmurou “bem-vindo à família, hyung”, fazendo Felix pular de alegria e puxar os dois para um abraço em grupo.
Assim, a tarde deles foi finalizada. Jeongin deveria fazer parte do encontro, mas mandou mensagem avisando que precisava resolver um problema sério e depois se desculparia pessoalmente.
A noite dos três jovens foi repleta de risadas e um filme de qualidade duvidosa, com um Lee Felix totalmente realizado entre o melhor amigo e o namorado.
( . . . )
Doze dias haviam se passado desde que Jeongin tomou a decisão de se expor. Ponderou bastante sobre qual seria o melhor método, se deveria estar lá em pessoa ou não, sua pobre cabecinha se quebrava em mil pedacinhos tentando encontrar as respostas para suas dúvidas.
No final, resolveu fazê-lo através de uma carta.
Já que era domingo, a escola estava fechada, com exceção, apenas, do clube de basquete. Ele não fazia parte da equipe, mas o treino dos domingos era aberto para quem quisesse assistir.
O jogo iniciava às 14h e o Yang chegou no exato momento em que a bola foi lançada para cima. Meio escondido entre as arquibancadas da quadra de esportes, observou o rapaz que habilmente roubou a vantagem para seu time ao fazer uma cesta perfeita, girando sobre os calcanhares e erguendo o corpo para cima. O menino com olhos de raposa sorriu e comemorou baixinho. O time era realmente bom!
Procurou em volta, porém, não pela estrela do time, mas a sua estrela. Ele não estava em lugar nenhum, e Jeongin julgou aquele momento como perfeito. Correu para dentro do edifício principal, mais especificamente até o corredor dos armários. Sabia de cabeça qual era o seu alvo.
Parou em frente à pequena porta de metal e encostou a testa ali, inalando o aroma das roupas do dono. Somente aquele cheiro fazia seu coração palpitar freneticamente! Arrastou os dedinhos lentamente pela superfície fria e suspirou.
No bolso traseiro buscou um envelope amarelado, assinado com seu pseudônimo “I.N” e começou a escorregá-lo pela pequena fresta superior com todo o cuidado. Não podia amassar sua confissão de amor!
Quando faltavam apenas alguns milímetros para soltar o objeto, uma voz grave o surpreendeu.
– Ei! – O dono do armário interferiu.
Jeongin se assustou e tentou puxar a carta de volta, mas seus dedos trêmulos a deixaram cair lá dentro. Não tinha mais volta! De olhos arregalados na direção do outro, sua única reação foi correr para o lado oposto do corredor.
Em evidente confusão, o jogador tentou correr atrás de Jeongin mas foi barrado pela curiosidade. Deu meia volta e foi até o próprio armário, rapidamente buscando o envelope que levemente flutuou até o chão.
– I.N? – Ele questionou ao buscar a carta. – Que porra é essa?!
Na esquina do corredor, Jeongin espiava ele, Lee Minho, sua paixão, carregar a confissão de amor que deveria ser anônima.
( . . . )
Felix e Hyunjin estavam a caminho da casa do mais velho, abraçados e felizes em cima da moto totalmente preta.
Quando estacionaram, o Hwang trancou o cadeado que protegia sua (outra) preciosidade e segurou a mão pequenina do menor para entrarem.
– Tô tão feliz, Jinnie! – Felix proferiu ao abraçá-lo pelas costas. – Não acredito que nos assumimos para alguém!
Hyunjin sorriu e deixou um carinho nos braços em volta de sua cintura.
– Eu também tô muito feliz com isso, gatinho.
– Você foi muito bem contra o juiz Minnie, viu? – Brincou e ambos riram.
Estavam honestamente cansados pelo dia animado e decidiram que um banho e cama era o melhor jeito de terminar.
Felix foi o primeiro a ir para o banheiro, enquanto deixava um rastro com suas roupas no chão do quarto. Abriu o chuveiro e, quando a água quente beijou seus ombros cheios de pintinhas, os músculos do local relaxaram.
Hyunjin chegou minutos depois, munido de duas toalhas limpas. Soprou um riso enquanto catava as peças espalhadas do loiro e jogou todas no cesto de roupas. Quando adentrou o box – após se livrar das próprias –, não resistiu em abraçar Felix por trás e beijar seu pescoço molhado.
O loiro suspirou e fechou os olhos. A língua de Hyunjin se fez presente e, foi naquele momento, que souberam que precisariam adicionar um item a mais na lista de atividades daquela noite juntos.
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