Senti meu corpo balançando e esfreguei os olhos. Mas o que havia acontecido? Lentamente abri-os e vi um teto cinza. Mas onde eu estava? Levantei rapidamente me lembrando de tudo que tinha acontecido. Eu estava no banco de trás do carro do Nathan, ele dirigia concentrado e nem me vira acordar. Droga, agora ele me mata e joga meu corpo no mato.
- Bom dia, bela adormecida. – Nathan me encarou com seus olhos verdes pelo retrovisor abrindo um sorriso malicioso.
- Nathan, para o carro agora! – Eu quase gritei.
- Não se preocupe, já estamos quase chegando. – Ele voltou a olhar para a estrada.
Olhei pelo vidro, nós não estávamos mais em Yorkshire, estávamos em uma estrada deserta rodeada por um floresta. Esfreguei os olhos novamente, estava com uma forte dor de cabeça. Eu me encontrava sentada no banco de couro e pude notar a jaqueta do Nathan em cima do meu colo. Não basta me dopar, me seqüestrar, ele tem que me cobrir e fingir que se importa. Procurei em todos os meus bolsos um celular, mas nada. Comecei a fuçar no banco e debaixo do mesmo.
- Não tem nenhum celular aí, amor. – Um sorriso divertido saiu dos lábios de Nathan.
- Me leva pra casa, AGORA! – Disse nervosa, estava mais com medo do que com raiva.
- Não, hoje iremos á um lugar especial. – Ele piscou pra mim através do retrovisor.
Comecei a me desesperar, mexer no cabelo, encolher as pernas que, graças a deus, estavam vestidas com uma calça jeans. Ele vai me matar tenho certeza, mas antes de ser asfixiada ou esganada, eu precisava saber o porquê dele me cobrir com a jaqueta de couro favorita dele.
- Por que me cobriu com a sua jaqueta? – Disse respirando fundo olhando pela janela, vendo arvores.
- Não sei. – Ele falou sem nenhuma expressão ou nenhuma alteração na voz.
- Não importa, agora: Pra onde vamos? Quanto tempo eu apaguei? E eu preciso dos meus remédios. – Perguntei pulando o banco e me sentando no banco ao lado de Nathan.
- Não te interessa. Você apagou por um dia e foda-se seus remédios. – Ele disse impaciente me olhando ao seu lado.
- Nathan, eu preciso dos remédios... Eu... Eu... Eu vou chamar a policia se você não me levar de volta! – Gaguejei.
- Como? Vai usar código Morse? – Ele soltou uma gargalhada. – E Você sem os seus remédios, fica muito mais selvagem. – Ele sorriu malicioso e voltou com os olhos para a estrada.
Agora eu suava frio, esse garoto só pode ser louco. Viajamos mais algumas horas, já tinha tentado implorar, me jogar do carro em movimento, mas nada funcionava. Decidi aceitar que ia morrer, encostei na porta do carro e fiquei olhando pela janela. Senti um vento frio batendo em meu rosto me fazendo tremer, fechei os olhos e eu senti algo quente sobre mim, era a Jaqueta do Nathan. Mas por que raios ele insiste em me aquecer? Parei de tentar entender aquele idiota e acabei caindo no sono.
[...]
- Ashley, acorde! Chegamos! – Senti-me sendo cutucada. – Porra, ACORDA! – Me empurraram com tudo na porta fazendo minha cabeça doer. Eu estava, ABSOLUTAMENTE, acordada depois da pancada.
- Onde estamos? – Perguntei a Nathan que abria a porta do carro e saia do mesmo.
Continua....
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.