POV: Baldur.
Quarto Pessoal da Anciã, Kamar-Taj, Kathmandu, Nepal.
Algumas Semanas Depois.
2017.
Sentando no chão em cima de um tapete persa num quarto quase vazio a não ser pelos livros nas prateleiras que estão em todas as paredes menos na da janela, olho a vista abaixo.
“Ele está melhorando.” Digo para Anciã, olhando para o pátio de treinamento abaixo, onde Stephen Strange, está treinando contra um mestre.
“Você é muito gentil.” Brinca Anciã, bebendo do seu chá na minha frente.
“Ele é um desastre.” Diz Amora do meu lado, completamente sincera como sempre.
Ela não está mentindo, Stephen está se esforçando muito na luta contra um mestre usando armas conjuradas de pura energia, mas ele ainda é um novato, já que suas armas ficam desaparecendo durando sua luta o dando muitos problemas.
“Ainda falta muito para ele chegar ao nível necessário, mas ainda vejo potencial para até mesmo me ultrapassar.” Diz a Anciã.
“Eu a respeito muito velha amiga, mas você está cega nesse assunto, olhe para ele!” Apontou Amora para janela, aonde Stephen acaba de cair de bunda no chão.
Ela só dá um pequeno sorriso para isso tudo.
“Agora, por que você não nos diz o motivo dessa reunião.” Pergunto sério, colocando meu copo de chá no chão.
“Não posso chamar meus amigos para tomar chá como antigamente?” Pergunta ela.
“Claro que pode, seu chá é um dos poucos alimentos que não enjoei no decorrer dos anos.” Não estou mentindo ou tentando ser educado.
Após tanto tempo vivendo na Terra, comida e bebida mesmo ainda sendo saborosas, de vez em quando me fazem enjoar delas, e fico assim por décadas até voltar a comer esse tipo específico de culinária ou prato.
“Chegou a hora.” Ela joga a bomba de uma vez, sem enrolar como sempre.
Eu e Amora sabemos o que ela está se referindo.
Depois de nós conhecermos por tanto tempo, a Anciã falou uma vez para nós sobre o momento do seu fim, e como isso ia acontecer, ela estava num momento de fraqueza, foi nesse momento que nossa amizade realmente começou, e mesmo as vezes passando anos sem nós ver, respeito essa mulher ainda mais desde que a conhece.
“Já falei Yao, não vou permitir que uma mulher como você tenha um fim tão ridículo como aquele.” Digo mais uma vez para ela.
“Você não pode mudar um ponto fixo no tempo, Baldur.” Fala ela pela milésima vez para mim.
“Me observe.” Foi minha resposta.
Pontos fixo no tempo são aqueles que nunca mudam não importando o que o viajante no tempo faça. Acho isso uma besteira, só o fato dá viagem no tempo ser possível, isso já apaga qualquer ideia que algum evento seja completamente imudável.
Pode ser imensamente difícil mudar tal evento assim parecendo ser impossível, mas não a certeza absoluta no universo.
(Por que se não for assim, como diabos eu vou conseguir mudar um evento de magnitude maior ainda como o Ragnarok!)
“Haa, tão bravo e corajoso com me sempre.” Suspira ela olhando para mim.
“Ele está certo, eu também não vou permitir uma idiote-se dessas aconteça, quer você queria ou não.” Amora também concorda comigo, já que a Anciã é sua única amiga na Terra.
“Minha amiga, vocês não podem impedir um evento que desejo há muito tempo, seria bastante egoísmo.”
“Somos deuses, arrogância, vaidade e egoísmos, é praticamente do que somos feitos.” Brinco com ela.
Isso aumenta um pouco o sorriso dela.
“Yao, se você está realmente cansada de sua vida, saia dela, você já fez mais do que pedido para proteger esse mundo e merece descanso, mas suicídio não é a reposta.”
Ela está cansada, viver tanto tempo usando um método que a enoja não deve ser fácil. Anos atrás, propus a dar um dos meus tubos para que ela ganhe a longevidade natural dos Asgardianos, mas isso não funcionou, a energia dimensional da dimensão das trevas mudou completamente a biologia dela. Ela pode se livrar disso, mas ela tem que se livrar da energia completamente nunca mais podendo a absorver perdendo sua imortalidade e um grande parte dos seus poderes, e fazer isso sem ter alguém para a substituir seria catastrófico.
“Você, você quer que eu me aposente?” Perguntou ela um pouco surpresa.
“Por que não, viajar pelo mundo sem ter que lutar contra demônios ou abrir sua própria loja de chá, o céu é o limite.”
Essa é a melhor opção para ela, perde sua imortalidade e encontrar um pouco de alegria vivendo como um mortal.
“Ou você pode ir para minha montanha em Genosha, estou fazendo muito progresso lá no meu plano para matar a vadia, mas ajuda é sempre bem-vinda.” Sugere Amora.
Amora guarda rancor por muito, muito tempo, e desde os eventos da invasão dos Chitauri e a conversa com a Morte, ela ainda está procurando uma forma de dar uma lição na Morte. Já tentei a fazer parar com isso, dizendo que já tenho uma ideia de como fazer isso no futuro, mas após pensar um pouco, e se o plano dela fazer sentido, talvez eu posso o usar ou trabalhar junto com ela.
Por que afinal, se for mirar numa entidade cósmica, é melhor não errar.
“Já falei para vocês dois, isso tem que acontecer.” Ela diz de novo, mas sinto um pouco de desejo em viver agora na sua voz.
“Tem que acontecer mais por ele do que você, então que seja.” Digo apontando para o futuro Doutor Estranho.
“BALDUR!” Grita Amora do meu lado.
“Acalme-se, eu tenho um plano.” Meu sorriso é o bastante para a fazer se acalmar.
“Não vou o impedir de tentar, mas garanto que não vai mudar nada.”
“É o que vamos ver.” Digo me levantando.
“Já vai?” Pergunta a Anciã.
“O idiota do seu aluno, o Kaecilius, vai começar a atacar os santuários daqui a alguns dias, tenho que me preparar, claro que isso não seria necessário se você me deixa-se matar ele quando me contou o que ele faria no futuro.”
Sou um homem proativo, e já estava pensando em matar a semente ruim nesse lugar antes mesmo dela me dizer seu futuro, e quando tentei fazer isso, ela apareceu e me convenceu que eu não deveria punir alguém por algo que ele ainda não fez, deixei o idiota vivo no final quando ela demostrou que estava pronta para lutar contra mim se eu continuasse.
“Não se pode culpar alguém por....”
“Eu sei, eu sei.” Paro o sermão dela, e recebo um sorriso depois.
“Você vai ficar mais um pouco?” Pergunto para Amora.
“Sim, quero falar sobre um feitiço que estou desenvolvendo com ela.”
“Tudo bem, alguém poderia fazer o favor?”
Amora abre um portal para mim e eu o atravesso ressurgindo próximo da montanha dos feiticeiros dela. Ela é a única que consegue fazer isso, abrir um portal para o interior de Genosha, já que ela foi quem criou praticamente todas as defesas mágicas do lugar.
“Alice, fiquei de olho em Kaecilius, e me avise quando for a hora.” Peço enquanto voo em direção do castelo.
{Sim senhor.}
Seguir magos com tecnologia é um trabalho de grande dificuldade, ainda mais depois do apagão, que destruiu todos os sistemas de vigilância do mundo, mas Kaecilius tem seu próprio satélite seguindo seu rastro magico.
Não vou para a sala do trono, em vez disso, entro pela janela que fica próximo do último andar da torre do castelo, os aposentos da Carol.
“Desculpe o atraso.” Digo para ela, que está sentada numa cadeira na frente de uma mesa mexendo com alguns hologramas.
“Está bem, estou ajudando Maria a levar gás natural para algumas cidades, o inverno está muito severo esse ano.” Respondeu ela, desligando o holograma logo em seguida e se levantando.
Carol está usando um vestido longo simples branco, a única diferença nela é que seus cabelos ficaram mais longos, e sua barriga maior.
“Como está ele?” Pergunto me aproximando e tocando sua barriga com cuidado.
“Ela está muito bem, sua mãe confirmou.” Responde ela sorrindo.
Temos opiniões diferentes sobre qual vai ser o sexo do bebé, já que nem mesmo a mãe pode nos dizer.
“Vou estar com você no próximo exame magico, garanto.”
“Tudo bem, já falei, faço três deles por semana, e você só os perde quando algo sério acontece.”
Seguro a mão dela e a levo para cama, aonde ela se senta e eu me ajoelho na sua frente.
“Já que sua gravidez está sendo um pouco diferente, temo que os exames da minha mãe sejam a única coisa que me acalma.”
“Vai ficar tudo bem Baldur, sua mãe já avisou que tudo está bem.” Me tranquilizou ela.
A gravidez de Carol está um pouco diferente, já que minha mãe levantou uma questão, meu filho está crescendo num ritmo mais lento que os fetos comuns, pelos cálculos da minha mãe, ele vai nascer no próximo ano.
(No mesmo ano do Rangarok, que felicidade!) Penso.
Mas fora isso, tudo está bem, só que ainda não consigo para de me preocupar.
“Falando em minha mãe, aonde ela está?” Pergunto olhando ao redor.
“A Mãe de Todos está ajudando os curandeiros da cidade, e depois parece que ela vai até o seu templo para agraciar os mortais com sua presença.” Brincou ela.
Genosha tecnicamente não tem uma religião, mas todos sabendo da minha linhagem, aceitam um pouco da religião nórdica, não a original, com sacrifícios e coisas assim, e quando a Mãe de Todos vem de Asgard para à Terra, as coisas ficaram um pouco animadas, mas nada saio do controle.
“Eu não tenho um templo, é apenas uma praça, com uma estátua minha nela, não é grande coisa, a centenas delas espalhadas pela cidade.”
Estou me referindo a primeira praça de Genosha, um grande lugar histórico, construída no local exato em que cheguei da bifrost na ilha na primeira vez.
“Se engane.”
“Como vão às coisas do lado de fora?” Pergunto para ela querendo mudar de assunto.
Como ela está trabalhando com Hill, sua rede de informação é realmente confiável.
“Um caos total como sempre, mas os resultados estão finalmente aparecendo.” Falou ela com um rosto cansado.
“Já falei Carol, você só pode ficar trabalhando com Hill apenas algumas horas por dia, diferente dela, você não está tentando compensar um erro.”
Hill está trabalhando feito uma louca, dormindo apenas duas horas por dia e não sai do seu local de trabalho a semanas.
“Eu sei, estou obedecendo ordens medicas.”
Que no caso são as ordens da minha mãe.
“Seu pupilo também está fazendo um belo trabalho em Nova York, ele e seu pequeno grupo acabaram com muitas gangues essa semana.” Agora é a vez dela mudar de assunto.
“Bom saber.” Digo feliz.
Peter escolheu viver na Torre dos Vingadores, e sua Tia foi junto é claro. Desde então, o Homem-Aranha começou a espalhar seu nome na cidade, e algumas semanas atrás, ele encontrou um pequeno grupo não afiliado a nós que realmente estava ajudando o povo, e esse grupo de adolescentes sem pais está sendo liderado pela Mary Jane.
Não a versão inútil dos filmes antigos, e sim a versão meio louca do MCU, o pior é que ela realmente é uma líder competente.
(O destino é engraçado.)
“Vou aumentar um pouco a ajuda que estamos dando a namorada nova dele, eles realmente estão fazendo um bom trabalho.”
“Você realmente sabe como mimar uma pessoa, se você já é assim com um protegido, como vai ser com nosso filho?” Perguntou ela sorrindo.
“Não se engane, vou provavelmente exigir o máximo dele.” Minto para mim mesmo.
“Por favor, você vai ser o tipo de pai que se ela pedir a lua, você provavelmente vai a buscar.”
“Qual o problema em meu filho ter uma mísera lua, posso arrastar um sistema solar inteiro para ele, isso é o mínimo em se ter sendo meu filho.”
“Exagerado.” Brinca ela, achando graça.
E eu olho em volta, fingindo estar envergonhado da minha “mentira.”.
Carol então começa a acariciar meus cabelos lentamente com seus dedos.
As coisas estão muito bem entre nós, tirando o fato de Amora estar próxima, mas ela sabe que isso é um ato para evitar um evento nível fim do mundo.
“Vamos para de falar, venha aqui!” Diz ela me puxando para um beijo.
Por conta da gravidez, Carol está um pouco mais excitada que o normal, e como pai da criança, é minha responsabilidade cuidar de todas as necessidades da mãe do meu filho.
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