História Baldur Odinson (Marvel Fanfic) - Perdidos no Espaço Parte 4

POV: Terceira Pessoa.

Planeta Sem Nome, Cidade Central, Próximo do Castelo do Destino.

Um Dia Depois da Conversa.

Data Desconhecida.

Nunca foi algo a se considerar muito, mas após passar pela décima quinta estatua de Doom, foi confirmado mais uma vez o quanto narcisista ele é.

Natasha, estava usando uma roupa de camuflagem dada a ela por seu novo aliado, a roupa, não apenas escondida seus sinais de todas as tecnologias avançadas de detecção de Doom, como também a camuflava como um ser do comum do planeta, para não chamar atenção dos nativos.

Cada nativo, tem dois metros de altura, pele verde e cabelos azuis, fora isso, eles eram bem-parecidos com os humanos, e todos eles estavam cuidando de suas vidas na cidade da capital real.

Ela não sabia o que esperar ao pisar num mundo totalmente novo após saber qual era sua missão, mas nunca passou por sua cabeça estar andando numa cidade com arquitetura parecida com a era vitoriana, e no castelo de pedra mais a frente, está o líder desse mundo, e de muitos mais outros pelo que foi dito.

Ela estranhou isso e passou a acreditar que eles estavam no lugar errado quando chegaram, mas Nathaniel, mostrou a verdade assim que os dois passaram pelo portal numa zona vazia próxima da cidade.

Como uma ilusão sendo removida, tudo mudou com um simples aceno de mão dele, e o que ela viu foi construções gigantescas no horizonte, legiões inteiras de robôs parecidos com Doom, voando no céu e uma frota disparando continuamente contra outra no espaço enquanto destroços caiam sem parar se chocando contra um campo de força invisível cobrindo todo o planeta.

Tudo que os nativos abaixo estavam vendo, foi o que seu líder queria que eles vissem, esse mundo no momento está lutando pela sua sobrevivência, por isso que Doom, está presente aqui hoje.

Esse é o tamanho da confusão que ela se encontra agora, tentar se esgueirar no castelo altamente protegido para então matar Doom, que supostamente está muito ocupado comandando sua legião.

Para depois, finalmente pôr o plano para do seu novo aliado para acabar com o problema Kang, e suas outras versões.

Um plano que ela e Baldur, sabem muito bem que não vai ser nada agradável, e talvez, faça com que um aliado se torne um inimigo, provavelmente o maior deles.

Um inimigo de cada vez.

Era isso que ela tem em mente agora.

Então, calmamente, mas ainda se movendo rápido, ela se aproximou cada vez mais do castelo usando a rota dada a ela, seu caminho pelas ruas, se visto de cima, iria parecer bem estranho, às vezes se aproximando do destino e às vezes tomando um caminho contrário, mas ela sabe muito bem do porquê disso, esse caminho longo e confuso é para burlar as defesas automáticas que ela não pode ver ou identificar.

Quando mais ela se aproximava do castelo, mas as instruções ficavam rigorosas, ao ponto dela ter que pisar em certas rochas no chão ignorando outras.

Por isso que ela foi a única escolha lógica para essa missão, já que nenhum dos homens que vieram com ela não tem nenhuma habilidade para se mover dessa forma.

Na verdade, Baldur, até mesmo sugeriu explodir todo o planeta para pegar Doom.

Pareceu um bom plano, e as baixas aqui não seriam nada comparado a quantos eles salvariam.

Mas seu aliado, fez uma pergunta em vez de responder.

“Você acha que já não tentei isso antes?”

De acordo ele, nem mesmo se Baldur, explodir o sistema solar inteiro, ele poderia matar Doom dessa forma, a única forma chance de sucesso é um ataque surpresa.

Esse, é o nível que ele cresceu após viajar sei lá quantos anos pelo tempo e realidades.

Natasha, entrou pelo local indicado no mapa pela janela, e assim que os pés dela tocaram o chão, o aparelho de camuflagem removeu seu disfarce a deixou completamente invisível. Sem parar, ela continuou andando lentamente pelo corredor de pedra sem detalhes sobre o olhar das armaduras decorativas espalhadas por todo lugar. Conhecendo seu alvo, todas elas são provavelmente robôs, esperando algum sinal para atacar.

Doom, parece não confiar em seus súditos, mesmo após conquistar milhares de planetas, ele usa todo seu povo apenas para criar seus robôs, então nenhum nativo é soldado na sua guerra. De certa forma, é uma forma bem limpa de lutar, pena que Kang, não age da mesma forma.

Demorou quase duas horas para chegar na sala do trono andando por cada pequeno canto e após dar quatro voltas ao redor do castelo seguindo o caminho escrito, finalmente, ela chegou até um corredor sem saída que revelou ser uma passagem secreta, um corredor que a levou até a sala do trono, mas precisamente, na parede que está de frente para as costas do trono aonde Doom, está sentando no momento.

Ela ainda duvida do seu aliado, mas não pode negar que as informações que ela ganhou dele foram perfeitas até agora, isso prova que ele realmente quer Doom, morto.

Baldur, podia não ter certeza da história de Nathaniel, mas ele é inteligente o bastante para perceber que assim que Doom sumir, Kang vai ter tudo que ele quer, o poder supremo, e como seu aliado sabe disso, e mesmo assim tem certeza absoluta que seu plano vai dar certo, Baldur, temeu que esse plano vai ser drástico, e mesmo que atinja seu objetivo, as consequências serão altas demais.

Então por meio da telepatia, o plano de assassinato foi mudado para sequestro.

Isso caso a situação permite-se, já que os dois sabem muito bem que levar um homem com vida da sua base é mil vezes mais difícil que simplesmente o matar.

Natasha, se move lentamente de frente para as costas do trono, no ponto cego do senhor do castelo, sem fazer nenhum barulho com a graça de uma bailarina, sem se permitir até mesmo respirar para não acionar nenhuma medida que seu aliado não informou, com os dons dados pela sua arma, ficar sem respirar por dez minutos não é um problema.

Numa de suas mãos, a adaga dourada pronta para tirar uma vida.

A centímetros do trono, Natasha, deu alguns passos para esquerda, tendo uma visão lateral de Doom, sentando no seu trono usando sua armadura completa num design mais refinado do que o comum vestindo uma longa capa branca neve com capuz.

Ele estava ocupado, seus dedos estavam se movendo nos braços do trono apertando teclas holográficas agilmente e seus olhos estavam brilhando em azul. Doom, estava comandando suas tropas como previsto, indefesso.

Ela tomou alguns segundos para pensar voltando para de trás do trono, mas por conta da armadura ter mudado seu design, sobrou apenas um pequeno buraco nos seus olhos como o único ponto fraco, ela não viu como poderia levar Doom, com vida, então, sua adaga foi colocada para baixa.

Sem pensar muito, Natasha, pulou pela esquerda colocando o braço na cadeira fazendo um arco com seu corpo e no mesmo movimento perfurando o olho esquerdo de Doom, cravando toda a adaga dourada até seu cabo na sua cabeça que bateu contra o trono de pedra cinza.

Ela sentiu o sangue vermelho escorrendo por sua mão, e também viu a luz se apagando do outro olho de Doom, que nem teve tempo de pensar sobre o que aconteceu, assim, Doom, morreu.

“Aconteceu então!”

Natasha, se virou, mas foi tarde, seu corpo ficou envolvido por um campo de energia branco a congelando.

A sua esquerda, Doom surgiu do nada, apontando seu indicador brilhando em branco para ela.

“Uma variante da Viúva Negra, sim, vocês são sempre boas em se esgueirar pelos lugares que não devem.” Comentou, Doom.

Natasha, não intendeu como isso é possível, ela sentiu o sangue, o homem morto não era um robô, mas Doom, moveu sua mão, e o homem morto na frente dela desapareceu como nevoa verde, e sua adaga, que antes estava no olho da ilusão, caio no acento do trono.

Era uma ilusão, uma ilusão tão poderosa, que até mesmo o sangue parecia real, o sangue que também sumiu da mão dela.

“Meu novo aliado se mostrou bastante habilidoso, e provou completamente estar do meu lado nesse pequeno movimento.” Comentou Doom.

Ele então moveu sua mão erguida, arrastando facilmente o corpo de Natasha, pela esquerda, até eles terem trocado posições, com Doom, sentado no seu trono e ela na sua frente, ainda congelada.

“Nathaniel, se mostrou capaz de ser meu aliado contra Kang.” Continuou ele sem ligar para Natasha.

Sim, ela havia sido traída, e seu aliado, deve ter contado todo seu plano para seu inimigo que esperou pacientemente nesse lugar.

Foi tudo em vão.

“Agora, será que ele realmente conseguiu essa informação como disse ou planejou isso ele mesmo, para assim ganhar minha aliança?” Se perguntou Doom.

Eram boas perguntas.

Seu aliado, ou melhor, ex aliado, queria uma parceria com Doom, para acabar com Kang?

Isso faz mais sentido, já que Doom, tem o poder igual de Kang, e depois de uma luta entre eles, seus poderes estariam enfraquecidos, e ele só teria que lidar com o vencedor.

“De qualquer forma, ele se provou ser um aliado poderoso, o plano para esse pequeno assassinato teria me dado alguns problemas sem a informação dele, ele foi realmente perfeito, apenas seu ataque final nunca funcionaria, já que Doom, nunca é pego de surpresa!”

Doutor Doom, levantou um segundo dedo, e o corpo da Natasha, foi jogado para longe acertando a parede do outro lado da sala do trono com os dois braços abertos e às duas pernas juntas. Doeu, mas ela nem mesmo pode gritar.

“A resposta para a pergunta, pode ser conseguida por meio de sua assassina, então responda!”

A energia em volta do seu corpo recuou, só até seu pescoço deixando sua cabeça livre.

Ela pensou rápido o que fazer, e tomou uma decisão um pouco incomum para a sua situação.

“Meu único mestre, é Kang!” Falou ela rapidamente.

Mesmo querendo revelar sobre a traição para que isso possivelmente desse trabalho para ele, ela entendeu que Doom, já sabia muito bem dessa possibilidade e mesmo assim, achou que era um risco calculado os dois se unirem.

Então, o mais logico para ela, seria culpar Kang, dessa forma, Doom, abaixaria um pouco mais suas defesas e seu aliado/traidor, poderia o matar, o resto ficaria nas mãos dos seus amigos.

Pode dar certo, ela já foi informada das variantes, versões de outras realidades dela mesma, e Doom, parece não a ter reconhecido.

“Haha, muito bom, mas você esqueceu disso aqui!” Falou ele levantando sua outra mão, nela, estava sua adaga dourada.

Ela realmente esqueceu disso.

“Faz muitos anos, mas ainda me lembro de como é a energia do deus dourado que respeito.” Contou ele, jogando sua adaga no chão.

Esse Doom, estava muito diferente daquele que ela lembrava dos arquivos dos Vingadores, mas calmo, experiente e poderoso.

Eles estão em sérios problemas.

“O que você vai fazer?” Perguntou ela, querendo arrancar alguma informação dele, mesmo sabendo muito bem que as chances de escapar são poucas.

Doom, não respondeu, ele apenas tocou com sua mão livre no seu trono, que começou a flutuar com ele ainda sentado.

“Se você está aqui, o deus dourado também está, e infelizmente não posso rastrear ele, parece que sua assinatura de poder mudou desde que nos encontramos, de qualquer forma, a batalha nessa frente está perdida, então vou destruir toda essa realidade, e com sorte, acertar Baldur.” Contou ele, e um escudo de energia azul cobriu todo o torno como uma bolha.

Natasha, estava enganada, não foi a confiança ou paciência que esse Doom, ganhou com o tempo que o deixou mais perigoso, e sim sua frieza, que ela só viu agora.

Pelo menos, o Doom dela, nunca consideraria sacrificar seus súditos, com isso removido agora, não havia mais fraquezas para eles explorarem.

Baldur estava certo, Doom, é a maior ameaça que os Vingadores, vão enfrentar.

Assim, o trono desaparece na frente dela, e com isso o campo de força a prendendo.

No chão, ela sentiu os tremores no planeta ganhando força lentamente.