POV: Terceira Pessoa.
Observatório do Níðhöggr II, Território do Império Nova, Linha de Defesa.
Dez Horas Depois da Chegada.
2020.
{As chances dessa defesa falhar levando em conta os cálculos, é de quarenta por cento, mas General, a senhora deve se lembrar que meus cálculos não são perfeitos por conta da falta de informações sobre o inimigo.} Falou Alice, enquanto Freyja, estava sentada no banco de pedra.
O observatório, é apenas um pequeno espaço redondo que fica no topo da nave, o céu e o que está ao redor do lado de fora são projetos por meio de telas, dando uma visão do que está lá fora sem precisar de janelas, faz você pensar que está literalmente no meio do espaço sem nada o separando disso.
Normalmente, essa visão é apenas bela, com o espaço infinito e as estrelas brilhando eternamente, mas eles não estavam no espaço vazio, e sim bem atrás das trincheiras, tudo que Freyja, pode ver ao seu redor são as grandes naves dos outros impérios, as mais poderosas dela.
“Eu sei disso Alice, mas seus cálculos, mesmo você julgando estar incorretos, me deixam um pouco mais calma.” Falou ela, sentada no centro do observatório, no único banco do lugar sozinha.
As defesas acabaram de ser feitas duas horas antes do tempo combinado graças a Alice, que ajudando com seus drones não só dobrou a velocidade de todos, como também fechou alguns buracos nas defesas que ninguém aqui viu. Eles estão prontos, e só falta agora esperar a chegada do inimigo.
Freyja, odeia esperar, ela até mesmo propôs um ataque rápido preventivo, com alguns naves mais rápidas, eles iriam causar um pouco de dano no inimigo e depois recuar rapidamente para dentro das suas defesas, com certeza, Thanos não esperaria um ataque assim, ele sabe das nossas defesas, então ele seria pego de surpresa nesse ataque, e os danos poderiam ser consideráveis.
A ideia foi negada por quase todos, só Araki, conseguiu entender que essa pequena vitória não só os ajudaria do ponto de vista militar, como também aumentaria um pouco a moral dos homens, uma coisa muito importante numa guerra defensiva.
O Centurião Nova, negou a ideia com base em fatos, ele não queria arriscar perder mais dos seus membros para o vírus alterado da Horda, esse pensamento foi valido e racional, por isso, ela não brigou pelo voto dele.
Já o Almirante Devros, foi contra sua ideia por que ele é um idiota racista que ficou bravo por tal ideia, não veio dele, e sim de uma pele rosa.
{Senhora, tem certeza que quer manter a vigilância no Almirante? Se os Kree descobrirem, as coisas vão ficar feias.} Perguntou Alice.
“Devros, é o único grande ponto fraco interno dessa defesa, como todas as tropas são apenas uma união de várias partes e não um exército unificado, ele tem controle total de trinta por cento do poderio militar aqui, confio nas habilidades dos outros no comando, mas Devros, se ele fizer qualquer pequena ação errada, podemos perder essa batalha.” Freyja, explicou por que colocou uma vigilância constante no almirante aliado.
{Entendo, senhora.}
E de se esperar que alguém idiota, vai fazer alguma idiote-se, o problema dela, é que esse idiota em questão se tornou um líder militar de mais alta patente nessa batalha, oque infelizmente, acontece com grande frequência.
Idiotas e militares não deveriam se misturar, mas aqui estamos.
{General, eles estão prestes a chegar.} Avisou Alice.
Sem dizer mais nada, ela se levantou pegando sua espada que até agora estava descansando do seu lado, e foi até o elevador, que sozinho a levou para ponte de comando.
A ponte, estava em silêncio total, todos estão com olhos no horizonte, olhando para tela que está mostrando uma imagem ampliada mil vezes, até agora, só era espaço vazio, mas alguns pontos já podem ser vistos, bem, bem longes.
Ela se sentou na sua poltrona, e do seu lado, estava Adam, ele não se moveu quase nada já faz dez horas, desde que eles chegaram aqui, Adam fechou seus olhos e esperou como uma estátua dourada a chegada do inimigo, mas ocasionalmente, ele abria seus olhos e dizia algumas frases, todas elas voltadas para melhora das defesas, e todas elas se mostraram bem cruciais.
“Ele está aqui, posso sentir sua energia cósmica.” Avisou Adam.
A General apenas acenou para ele, a presença do Thanos, não foi algo inesperado, já que sua nave base estava junto do resto do seu exército.
“A outra coisa general, estou sentindo uma perturbação muito distante de nós, algo grande está acontecendo.”
“Pode dizer onde?” Perguntou ela.
“Não, ainda não tenho muita familiaridade com essa parte dos meu poderes, só posso dizer que é um grande evento, mas o local exato, é difícil dizer.”
A primeira coisa que ela pensou foi num ataque por trás, mas para fazer isso, Thanos tinha que fazer uma volta completa no território Nova, sem chamar atenção de nenhum planeta por onde passou, fazer isso com um exército tão vasto não é fácil, essa ideia é tão difícil de ser posta em pratica, que ninguém pensou poder ser feita, mas não impossível.
“Alice, você sabe de algo?”
{Não senhora, não recebe nenhuma informação nova, a distância e as defesas aqui atrasam muito as informações vindas de casa e de qualquer outro lugar, mas tenho certeza que nenhuma tropa está vindo por trás, estou no comando e tenho olhos por todos os satélites naquela zona.}
Isso é uma boa notícia, seja lá que está acontecendo, não é próximo deles.
“Apenas fique de olho, e me avise se algo mudar.”
{Senhora, eles estão à vista.} Avisou Alice, logo em seguida.
Freyja, consegui ver agora, de um lado ao outro no espaço infinito, uma nuvem negra voando na direção deles, como uma onda de insetos, voando lado a lado quase que se chocando. De acordo as informações que ela ganhou durante a vinda do exército até que aqui, a ordem de ataque são os insetos da Horda primeiro, os Chitauri voando em suas motos espaciais em segundo, as naves de grande porte e os Leviatãs estão vindo logo atrás.
Thanos, quer atingir nossas defesas usando sua melhor tropa. Cada inseto da horda tem um cura anormal, por isso os mandar primeiro para “limpar” as defesas, os insetos também tem uma pequena chance de conseguir recuperar algumas tropas depois delas se curarem, algo que não aconteceria se ele fosse usar os Chitauri ou as naves primeiro, fora também que a Horda, se reproduz muito rápido comparado aos Chitauri.
“A quantidade é assustadora.” Adam, não teve medo de dizer isso em voz alta.
“Sim, mas estamos prontos.”
“E isso basta?” Voltou a perguntar ele, sem nenhuma noção do que é manter a moral alta antes de uma batalha.
“É nosso dever fazer isso bastar.” Respondeu a General, com firmeza.
Adam, acenou para ela e depois deu meia volta indo até o elevador.
“Ainda é muito cedo para se envolver, os primeiros ataques vão apenas testar nossas defesas.” Avisou ela.
“Eu sei disso General, mas não me vejo relaxando aqui sem fazer nada durante a batalha, pelo menos quero ficar esperando no hangar, mas tenha certeza que só vou sair para o ataque assim que for ordenado.” Falou ele sem olhar para trás entrando no elevador.
Freyja, não falou mais nada, diferente do Adam, ela vai ficar bastante ocupada em cada parte da batalha.
“Alice, estamos prontos?” Perguntou ela, com certeza da resposta, mas querendo ouvir a voz confiante da AI, ecoando pela ponte de comando para todos os seus subordinados.
{Estamos prontos.} Respondeu Alice, um segundo depois da pergunta.
POV: Terceira Pessoa.
Local Desconhecido, Cordilheira da Transia.
Algumas Horas Atrás do Início da Batalha no Espaço.
2020.
Wanda, acordou como se tivesse sido completamente esvaziada, fisicamente, mentalmente e espiritualmente, seu corpo estava tão fraco, que ela mal conseguiu abrir seus olhos, mas ela sentiu mãos gentis a carregando e o vento ao seu redor.
“Você finalmente acordou!” O vento parou, ela parou.
“Pietro?” Perguntou ela ainda meio confusa.
“Sim, sou eu, não se preocupe, estamos indo o mais longe que podemos daquela loucura, vou te proteger.” Falou seu irmão movendo seu corpo para trás, mas ela não conseguiu ver o que ele estar vendo.
“O que aconteceu?” Perguntou ela, ainda organizando suas memórias.
“Wanda, o que você se lembra?” Pergunto ele usando um tom que quase ela nunca o viu usar na sua vida, um tom de medo.
Ainda parados, Wanda fecha seus olhos e usa um pouco da energia que ela recuperou nesse poucos segundos que se passaram para organizar um pouco mais rápido suas memórias.
Tudo voltou como um chute no rosto.
O livro.
O feitiço.
E tudo que aconteceu enquanto ela estava em transe, até o momento que a montanha foi acertada por um grande poder que ela errou em trazer para esse mundo.
Em algum momento daquele transe, o feitiço que ela penso ser para abrir uma porta para o rio do destino, abriu uma porta para outra dimensão, invocando um ser que não pode nem mesmo estar nessa criação.
“O que aconteceu depois?” Perguntou ela com mais urgência, com sua voz um pouco mais recuperada.
“Você dormiu por alguns minutos Wanda, a luta ainda não começou, mas aquela coisa é assustadora, me faz lembrar quando você lutou contra a Fênix.”
É tudo culpa dela, seu medo e arrogância fizeram fazer algo terrível.
“O livro, onde está o livro!?” Ela quase caio dos braços do seu irmão se debatendo.
A resposta está no livro, ele invocou esse ser, então ele pode desfazer isso o banindo de volta.
“Aquele maldito livro está com o Baldur, e duvido que ele vá deixar aquilo tocar suas mãos de novo, e você também não está podendo fazer nada nessa situação.”
Ela não escuta, seu pesar é grande demais para fazer qualquer coisa que não seja lutar para encontrar o maldito livro para se redimir.
Pietro, sabia muito bem que se pode-se, sua irmã iria se arrastando pela neve do que sobrou da montanha até achar o Baldur, por isso mesmo, ele a puxou contra seu corpo e correu o mais rápido que podia para longe desse lugar, ele sabe que não tenha muito tempo antes que tudo realmente exploda.
POV: Baldur.
Montanha Wundagore, Cordilheira da Transia.
No Mesmo Momento.
2020.
Assim que Shuma-Gorath, saio completamente do portal que se fechou logo em seguida, ele ficou parado flutuando acima de onde antes era a montanha, com seu olho aberto movendo seus tentáculos como se fosse uma cobra provando o ar.
E o mais estranho ainda, todos nós, um grupo com quatro deuses, um sintozóide e o Feiticeiro Supremo da Terra, somando também três joias do infinito conosco, ficamos apenas esperando ele agir, parados não muito distantes do seu olhar.
O porquê disso?
É que o maldito, cheira a puro poder.
Mesmo sendo uma projeção com apenas parte do seu poder total, só por ele estar agora parado na nossa frente, nos faz sentir com se uma montanha estivesse caindo sobre nossos corpos. Isso não está minando nossa coragem, é que todos sabem que assim que a batalha começar, ela não vai parar até que um dos lados esteja completamente destruído.
Então durante essa pequena pausa sem ação, tentei ao máximo tirar adaga negra de dentro do meu corpo sem nenhum sucesso.
Esse tempo também é bom para nossos reforços, que devem estar se matando para chegar aqui sem poder usar os portais ou teleporte, todos esses meios foram congelados pela vontade de Shuma-Gorath.
{Então, que comece!} Gritou o monstro acima de nós liberando uma onda de telepatia que ecoou no ar, esse grito não foi para nenhum de nós, e não estava se referindo a luta, não, ele provavelmente não nos vê como ameaça, apenas pequenas formigas abaixo dele, esse grito foi um sinal para começar.
Seus oito tentáculos começaram a expelir pequenos pontos de luz dourada que flutuaram ao seu redor, com mais um movimento dos seus tentáculos, esses pequenos flocos foram espalhados pelo ar, como se tivessem sidos acertados por um poderoso vento.
“Não deixe que isso saia daqui!” Gritou Strange, parecendo bastante assustado.
Thor e Jane, usaram suas armas para voar, um ficou na frente de onde está Shuma-Gorath, e a outra deu uma volta completa ao redor dele, evitando se aproximar para não ser atingida, dos dois lados separados, os dois deuses da tempestade conjuraram vento, acertando os flocos flutuantes impedindo seu avanço numa tentativa de os concentrar num só ponto.
Shuma-Gorath, finalmente focou seu olhar em nós com interesse, e o ataque começou.
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