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História Batman e Mulher Maravilha: contra homens e deuses - Histórias tristes e confusão de sentimentos - História escrita por pseudojfilho - Spirit Fanfics e Histórias
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História Batman e Mulher Maravilha: contra homens e deuses - Histórias tristes e confusão de sentimentos


Escrita por: pseudojfilho

Notas do Autor


Como prometido. Queria conseguir postar mais, mas um por semana é o que tá dando. Obrigado pela companhia de sempre e obrigado pela compreensão.

Nota importante:

Esse é um capítulo de flashback, tá? Ele acontece, temporalmente, simultâneo ao arco dos deuses gêmeos. Até pouco antes de Batman e mulher maravilha chegarem a delegacia para ouvirem as conclusões de Lois e Jim.

Nota importante 2:

teremos menções diretas a eventos da trilogia do Nolan, piada mortal, arkham Asylum (game) e outras histórias. Acabei inserindo, afinal, esse é um universo fanfic, né? Claro que a referência continua sendo o DCEU dos cinemas.

Espero que gostem. E, por favor, aguardem que tem muito mais.

Capítulo 27 - Histórias tristes e confusão de sentimentos


Fanfic / Fanfiction Batman e Mulher Maravilha: contra homens e deuses - Histórias tristes e confusão de sentimentos


(Flashback ON)

(No dia anterior - ainda na delegacia)


A reunião entre eles - Lois e Gordon, além dos heróis Flash, Cyborg e Superman -,  começa muito formal, mas vai ganhando contornos de pessoalidade a medida que vão trocando informações, definindo estratégias de compreensão, compartilhando experiências e confidências sobre medos, dificuldades e dores. Por motivos óbvios de proteção às cidades, os heróis, quase sempre, precisam sair para atender alguma chamada ou ocorrência, afinal estamos falando de três grandes cidades aqui - Metropolis, Central City e Gotham City. Por isso, quase sempre, Lois e Jim estão conversando somente os dois - praticamente todo o diálogo desse capítulo. 

 Após a retórica introdutória inerente à reuniões, o  comissário Gordon conta, com detalhes, a Lois cada vez que o Coringa foi preso ou capturado pelo Batman, ele fala sobre os maiores e/ou piores feitos do palhaço.


Ele começa pelo sequestro das Balsas, a morte de Rachel - assistente de promotoria e, futuramente, promotora, além de ter sido um amor de infância de Bruce Wayne -, o acidente com Harvey Dent - um proeminente promotor, por algum tempo veiculado como o rosto da justiça de Gotham - que o desfigurou parcialmente, tornando-o seu alter-ego, o Duas Caras. E por consequência disso, acarretou em sua morte precoce. Ele, ainda, comenta a trágica morte de Jason, assassinado pelo palhaço e, para além de tudo isso, sua maior tristeza, a tragédia pessoal e familiar com sua filha, Bárbara. Ele começa: 


-”Eu, que já passei por tanto, minha cara, que nem sei como começar esse momento. É, de fato, uma das coisas mais difíceis que já tive que fazer. Narrar com detalhes, tudo que me fere, me consome e me aniquila, pouco a pouco e eternamente. É como reviver cada segundo do meu pior pesadelo. Expor toda minha dor, minha agonia que me acompanha e me destrói. Claro, não estou sozinho nessa estrada. Gotham sangra e sofre cada um desses acontecimentos. Mas ela sobrevive e pulsa, unicamente, porque ele sempre esteve aqui, tentando conter, estancar essa hemorragia, salvar esses condenados e essa cidade amaldiçoada. Nunca houve um limite. E se existe, nunca conhecemos”. 


Gordon pausa, enxuga os olhos já mareados, enquanto Lois repousa sua mão, suavemente, sobre seu ombro esquerdo. Ele, então, continua: 


-”Eu já o vi derrubar os maiores, os piores. Já o vi derrotar impossíveis, sabe? É incrível tudo que ele, ainda, consegue fazer, mesmo sendo marcado por sistemáticas cicatrizes, experimentado nas tristezas e nas tragédias. E, não (...) Não falo, apenas, de questões físicas. Bem, isso é, também, de fato, impressionante, mas eu me refiro a questões mais profundas, como: resiliência, superação. Impressionante que, mesmo tendo visto tudo que viu, vivido tudo que viveu, sofrido tudo que sofreu, perdido tudo que perdeu, ainda se mantenha de pé, são, e lutando. Se ele for um ser humano (...) Eu, às vezes, duvido (...) talvez seja a mente mais poderosa que já existiu”. Ele conclui a primeira parte. Lois ouve, sem piscar, cada uma de suas palavras. 


Então, o comissário começa a descrever as piores ações do palhaço pela sua cidade. Contou sobre as tomadas do Asilo Arkham, as sucessivas e constantes tomadas de Blackgate. Ele diz: 


-"Quando coringa foi levado preso para o Asilo Arkham, o fez de propósito. Seduziu a psiquiatra responsável pelo seu tratamento. Já já falaremos dela. Tomou as instalações com seus capangas, fez tantos reféns, médicos, enfermeiros, outros internos. Todos eram apenas peças no seu jogo doentio. E, como em todas essas vezes, Batman esteve lá para impedi-lo. Infelizmente, sempre tem um dano colateral, algo que marca, fere e faz agonizar por dentro, mortes e transtornos irreversíveis". 


Lois segue hipnotizada com as histórias. Gordon detalha: 


-”Um palhaço, lunático, espalhando caos e o terror pela cidade já parece bizarro, não? Agora, imagine ele fazendo tudo isso entre os piores criminosos do mundo. Entre criminosos e outros tantos malucos, sociopatas como ele”. Gordon respira fundo e diz: 


-”Nesse cenário, ele entrou lá sozinho. Nunca se preocupou se encontraria a morte. Às vezes, eu acho que é isso que ele procura, entende? A morte como uma forma de parar a dor, uma solução pra sua vida. Sua salvação, sua redenção”. Gordon continua: 


-”Quando coringa matou o Robin, eu pensei que ele não suportaria. Mas eu o vi reagir, levantar, derrotar mais uma vez o mesmo vilão. Ele, também, salvou minha filha, Bárbara (...) Quando o Coringa deu um tiro nela (...) Eu (...) Eu que sempre me arrisquei por anos na frente de combate, não estava preparado para aquele golpe. Se não fosse pelo Batman, eu não sei o que seria de mim como comissário, mas - especialmente -, como pessoa. Ele me salvou naquele dia (...) e muitas vezes depois". Visivelmente emocionado, Gordon segue contando, mas abre um parênteses para falar de Bruce Wayne: 


-"Posteriormente, Barbara recuperou os movimentos das pernas graças a um microchip desenvolvido pela Wayne Tech. Isso também devemos a ele, e a Bruce Wayne, claro. Afinal, ele não cobrou um só centavo por isso. Disse que estava, apenas, devolvendo um favor. Acontece que eu era o policial encarregado, na época, quando seus pais foram mortos. Por alguma razão, ele me guardava gratidão por aquele dia”. 


Lois arregala os olhos e se encontra altamente surpreendida. Todos conheciam o lado filantropo da família Wayne, mesmo com aquele comportamento do bilionário, ele nunca suspendeu as caridades e nada que ferisse a memória de seus pais. Mas ver como Bruce tratava as pessoas com dignidade e humanidade, sua gratidão e somado ao fato de Lois saber que ele era o Batman, tudo isso deixava a jornalista muito desconfortável consigo mesma, um sentimento esquisito cae manifestava diferente ali dentro. Mas ela disfarça e apenas pergunta:


-"Bruce Wayne? O bilionário mulherengo?" 


Jim, em meio a emoção chorosa, manifesta um suave sorriso e responde: 


-"Curioso, não é mesmo? Ali temos um exemplar muito diferente e controverso, minha querida. Mas, no balanço final, acredito que ele seja uma boa pessoa". 


Lois sorri, timidamente, e tenta desviar o foco da conversa de volta ao que interessava, o Joker. Ela, realmente, se incomodou com sua reação ao ouvir todas as coisas que Jim contava sobre o cavaleiro de Gotham. Ela diz:


-"Controverso ou não, teremos oportunidades para discutir Bruce Wayne, mas, por favor, continuemos a falar do nosso problema imediato". Nesse momento, Gordon, então, balança a cabeça concordando e segue, com a voz ainda embargada de emoção:


-”Esse palhaço desgraçado sequestrou duas balsas, uma com prisioneiro de Blackgate e a outra com civis. Colocou explosivos nelas e deu os detonadores para os capitães dos barcos para que cada um detonasse a outra balsa. Felizmente, ninguém se feriu nessa situação, pois ninguém apertou o detonador". 


Gordon pausa mais uma vez, era um fardo muito pesado. Mas ele segue: 


-"Já Rachel, uma promotora de Gotham, não teve a mesma sorte. Morreu ou melhor, foi morta, sob ordens do Coringa, numa imensa explosão. Seu namorado, na época, um promotor muito importante, Harvey Dent, até sobreviveu a um acidente semelhante no mesmo horário, mas não suportou ser desfigurado pelo Coringa e, posteriormente, acabou assumindo o alter-ego de Duas caras - um vilão impiedoso que só respeita a vontade do acaso. Uma moeda, no caso". 


Outra pausa curta e ele completa, como se tivesse se lembrado de algo importante:


-"Tenho entendido que, mesmo namorando Harvey, Rachel e Bruce Wayne estavam apaixonados, algo de infância, eu creio”. 


Lois, mais uma vez incomodada com a presença constante de Bruce nas histórias. Claro, falavam dele, mas como Batman. Muitas informações novas sobre Bruce a deixavam muito desconsertada. Ela pergunta, para confirmar: 


-”Bru..? Bruce? Bruce Wayne? O incorrigível almofadinha que se diverte com todas as mulheres de Gotham, Metropolis e vai saber quantos lugares mais. Esse Bruce? Apaixonado? Um amor de infância? Que curioso, quase impossível crer”  


Jim responde: 

.-”Sim, ele mesmo. Você parece surpresa, você o conhece?”. Ela só balança a cabeça positivamente, mas desconversa: 


-"No vimos algumas vezes e trocamos poucas palavras. Nada de mais. Por gentileza, continue. Desculpe a intromissão. Foi, apenas, algo surpreendente". 


Ele, mais uma vez manifesta um leve sorriso para a repórter e continua: 


-”Uma curiosidade sobre isso tudo que aconteceu com Dent. Quando ele morreu, já sob a alcuna de Duas Caras, o Batman disse que era para eu me calar sobre as últimas ações de Dent, para que a cidade de Gotham não perdesse a esperança, deixando que todas culpa.caísse sobre ele, o Batman. Isso acabou custando sua reputação. Toda a polícia ficou contra ele e ele passou a ser perseguido por anos. Até que, tempos depois, a verdade veio à luz. Por alguns meses, ninguém soube nada do Batman”. 


Enquanto Jim falava, os olhos de Lois brilhavam. Era uma sucessão de fatos e acontecimentos tão interessantes quanto tristes, claro. Obviamente, ao conhecer mais de Batman, sua admiração por Bruce crescia exponencialmente. Ela pergunta curiosa: 


-"Ele desapareceu? Por que?" 


Jim responde de imediato: 


-"Ninguém nunca soube. Especularam que ele estaria com medo. Mas sério? Com medo? Da polícia?" Ele sorri ao final da frase. Lois também ri ironicamente para a situação. Logo, Gordon continua:


-” Até que um dia, quando a cidade estava completamente sitiada por um outro vilão chamado Bane, ele voltou. Toda polícia de Gotham estava presa, imobilizada. Foi quando,  como a fênix, ressurgindo das cinzas, voltou. Logo, derrotou Bane e, finalmente, colocou tudo em ordem. Desde então, temos atuado juntos pela cidade. Claro, com o passar dos anos, ele foi se tornando cada vez mais triste e sombrio”.   


Lois ouve atentamente, analisa os fatos e fica impressionada com a força do comissário para suportar tanta atrocidade, tanta barbárie. Ela menciona: 


-”Eu sinto muito por te fazer reviver tanto amargor, JIm”. 


Ele responde: 


-”Não se desculpe, é uma forma de me fortalecer, também”. 


Lois prossegue: 


-”Jim, tudo isso acontecendo e como vocês o capturavam?” 


Gordon responde: 


-”Bondade sua dizer que o capturamos. Nós, GCPD, nunca o pegamos. Todas as vezes que o prendemos, foi porque o Batman nos entregou”. 


Depois de ouvir tanta coisa sobre Gotham, sobre o batman, Lois se sente bastante balançada. Ela, internamente, se indagava: 


”Como o Batman superou tantas coisas, tanta tristeza, tanta tragédia? É sobre humana sua força de vontade. É impensável dizer, sem saber, que tudo isso, toda essa alma, essa justiça e essa bravura provenha de um milionário mulherengo e bon-vivan como Bruce Wayne”. 


Era como se aumentasse, ainda mais, sua curiosidade - com uma pontinha de admiração - por ele. Ela, ainda, pondera mais uma coisa, em pensamentos: 


"Como eu não fiquei sabendo de tantas coisas como essas que Jim contou? Onde eu estava todo esse tempo que Gotham vem padecendo. Tão egoísta assim eu sou? Metropolis see fecha para la acontecimentos externos? Me sinto miserável nesse instante". 


Lois continua reflexiva por algum tempo. Gordon percebe a distração da jornalista e resolve não interromper. Ela continua, em sua mente, a elaborar perguntas e questionamentos sobre como todos estavam tão centrados em seus próprios ambientes que não percebiam os pedidos, desesperados, de socorro de outros lugares. Ela segue o pensamento: 


"É inacreditável pensar que a onda de crimes que Gotham sofria foi, tão facilmente, normalizada pela imprensa de Metropolis. Gotham, para nós, sempre foi um lugar a ser evitado, mas não haviam questionamentos de por quais razões isso acontecera? Tanto se corroeu, e nós, fechados, focados apenas em nosso próprio modelo de perfeição, muito em função da aparição de Clark, obviamente. Durante anos, ignoramos Gotham, tapando nossos ouvidos e gritando que isso é normal. Enquanto isso, pessoas reais, sangram e sofrem essas dores tão impensadas. Aqui, diante de Gordon, com meus pensamentos em Bruce e em sua cidade, percebo como falhei como jornalista. Como um Pulitzer pode ser tão valioso e, de repente, não significar nada". 


Após alguns instantes, ao perceber as feições de Lois em auto-mutilação e auto-penitência, Gordon a tranquiliza: 


-"Ei, Lois. Não faça isso. Digo por experiência própria. Apenas não faça. Respeite sua história, sua vida. Não é nossa culpa. Não é culpa sua. Os absurdos e os abusos acontecem em qualquer lugar, a qualquer hora. Uns lugares são mais afortunados, outros menos. Importa o que fazemos a partir do conhecimento que temos. E você, estando aqui hoje, me mostra que você é muito mais do que pode imaginar". 


Lois desfaz a feição reprovativa que tinha e esboça um sorriso grato, lindo. Engole a vontade de chorar, fazendo um movimento de punho fechado, pressiona as mãos, enxuga o suor delas na calça. Uma leve adequação no colete azul e, então, ela se sente, mais do que isso, ela está pronta.  Após tanto receber, tanto ouvir sobre a cidade, sobre seus percalços, suas dores, suas fraquezas e tragédias. Como numa via de mão dupla, Lois, também, compartilha as informações que tem sobre o egomaníaco Lex Luthor, toda sua sede de poder e de conhecimento, incapacidade de sentir empatia ou qualquer sentimento altruísta, seu enorme e insaciável desejo de controlar tudo e a todos, sem falar, claro, do seu maior objetivo: mostrar a fraude que é, na sua singular visão, o Superman. Ela começa: 


-”Minha profissão e minha maneira de ser, não - necessariamente - nessa ordem, sempre me colocaram em risco, em perigo. Posso assegurar que já vi, muitas vezes, meu fim, simplesmente, por ser como sou. Para minha fortuna, Superman sempre esteve lá. Sempre me salvando, me ajudando, me protegendo. Mas, foi através de Lex Luthor que enxerguei meu fim de mais perto. Ele, em sua insanidade, me atirou do alto da sua torre, em Metrópolis, com o único objetivo de chamar a atenção do Superman”. 


Ela pausa por pouquíssimos segundos e, logo, continua: 


-”Foi quando eles se enfrentaram. Batman e Superman. Tudo foi uma armação de Luthor. Um plano diabólico para colocar em guerra os dois maiores heróis do planeta. Felizmente, os heróis se deram conta e, logo depois, vieram os acontecimentos com Doomsday, quando o Superman foi (...) morto”. 


Uma pausa maior, ela se emociona com a lembrança dos dias difíceis sem ele. Mas, ela segue: 


-”Por aí, você já pode imaginar do que esse homem é capaz para destruir o superman, para dominar a tecnologia, o conhecimento, e ter, claro, todo o poder em suas mãos. Por sorte, a liga conseguiu trazer Clark de volta e os demais acontecimentos você deve estar ciente, já que o antigo porto de Gotham foi inteiramente inundado e destruído”. 


Jim balança a cabeça positivamente e faz um comentário para o momento: 


-”Sim, me lembro. Foi uma situação curiosa, me lembro de ter dito ao Batman que era difícil acreditar que ele estivesse trabalhando e grupo e que ele não tinha perdido o jeito 'discreto' de resolver os problemas, quase sempre, destruindo tudo. Lembro-me de ouvi-lo dizendo que seria algo temporário, e aqui estamos, você e eu, trabalhando com ele ”. Ele conclui com um leve sorriso nos lábios. 


Lois responde com um sorriso, também: 


-”Se depender de mim, ele nunca mais estará só, Jim”. 


Ao final desse compartilhamento de informações e sentimentos, Lois e Jim se sentiam muito próximos, como se fossem unidos pela causa e pelos heróis: o filho de Krypton, a luz e a esperança e O cavaleiro de Gotham, a noite e a justiça. Eles concluem que não existe uma combinação tão caótica e destrutiva como essa aliança entre eles. Luthor buscando poder e Coringa buscando o caos infinito. Ela diz:


 -”É evidente que temos, diante de nós, uma equação que só pode resultar em dor e sofrimento. Essa atividade paralela entre eles, mas simultânea é um prenúncio de que algo terrível nos espera, devemos nos antecipar aos fatos. Esperar por eles poder ser suicídio”. 


Ele, obviamente, concorda imediatamente: 


-”De fato! Sabe, Lois, o Coringa já teve uma parceira tão louca - ou mais - quanto ele. Existe uma moça, psiquiatra renomada, uma das mentes mais brilhantes que já tivemos por aqui, ela trabalhava no Arkham Asylum, Harleen Frances Quinzel. Impossível esquecê-la, tão marcante quanto mortal. Ela foi designada para o tratamento dele, mas - infelizmente - ela se apaixonou profunda e perdidamente por ele. Vivendo, basicamente, em função de agradá-lo e fazê-lo satisfeito. Nesse afã, matou e destruiu muitas pessoas”. 


Ele pausa, respira profundamente e, logo, continua: 


-”Hoje, ela é conhecida, apenas, como Harley Quinn. Uma mente fantástica, mas por anos e anos, voltada - unicamente - ao caos e em agradar o Coringa. Felizmente, as últimas notícias que temos é que ela se emancipou dele. Para ser honesto, ela me assustava muito mais que ele próprio”. 


Ele continua: 


-”Porém, essa aproximação entre Coringa e Lex me faz pensar que pode ser algo muito pior ou muito além do que ele fez e foi com ela. É, para falar a verdade, soa assustador”.  


Enquanto Lois e Jim discutem os vilões, Superman sempre volta das atividades normais de heróis. E, quando está, corrobora com informações sobre Lex. Volta e meia, ele, Flash e Cyborg precisam sair para manter a paz, a segurança das cidades, uma vez que - por hora - Gotham não contava com o príncipe da cidade. 


Por motivos óbvios, ficava evidente a importância que Lois tinha nesse caso. A maneira como ela dispõe das informações, como ela tem uma intuição natural para resolver situações e enigmas. Era comum, Clark se pegar observando-a muito atentamente, admirando-a. Por várias vezes, ela lançava o olhar sobre ele, Clark tentava disfarçar, mas era muito evidente. Ela sorria de volta para ele, deixando-o bastante sem graça e encabulado. Ele pensava:


”Como Bruce estava certo sobre Lois (...) Vai muito além da intuição jornalística. Ela tem uma paixão, uma chama nos olhos. É incrível. Lamento que, por medo, não tenha sido eu o primeiro a perceber tanta capacidade, tanta força. Sinto como se fosse inevitável tentar protegê-la, mas qual o limite entre proteger e sufocar? Espero que eu nunca encontre esse lugar”. 


Ele seguia distraído, enquanto Lois o chamava pelo codinome: 


-”Superman (...) Superman? Tem alguém ai? Alô?” 


Ele, de alguma maneira, se assusta e responde atabalhoado: 


-”Oi, eu. O quê? Heim”. 


Lois sorrindo indica: 

-”Onde você estava, Sups? Me refiro a essa cabecinha voadora”. 


Ele responde, sem graça, como sempre: 


-”Não, nada, não é nada. Por favor, continuem”.


Antes, porém, Lois o indaga, muito curiosa: 


-"Desde quando você conhece o Batman? Por que você confia nele? Você conhece sua história?" 


Clark, um pouco surpreso, responde: 


-"Quando ouvi que haviam outros que faziam coisas como eu, me senti curioso. Confesso que a forma de agir dele, no começo me gerou revolta. Só depois de algum tempo, entendi que o mundo é muito cruel. Além da nossa bondade. E que não é possível ser completamente bom. Que quando você toma uma decisão, há consequências inevitáveis. E que, de alguma forma, você vai ferir alguém. Essa foi uma lição que ele me deu. Logo, ele e a liga me trouxeram de volta a vida, de volta pra você. Ele me provou ser de confiança. E, espero eu, que ele me enxergue assim também. Mas por que sua curiosidade, Lois?". 


Ela ouvia, atentamente, as palavras de Clark esperando que, em algum momento, algo que fosse desagradável sobre Bruce. Mas nada disso veio. Ela, engole seco, e responde:


-"Não é nada de mais. É que Jim me contou tantas coisas sobre ele. Coisas que eu não fazia ideia. Jamais poderia imaginar. Tanta dor, tanta tristeza. Me sinto como se ele (...)" Uma pequena pausa, Lois se segura, e tenta desviar: -"Não nada". 


Mas Clark insiste: 


-"Como se ele (...) Vamos, Lois, pode falar". 


Ela respira fundo e responde, claramente, mudando o que queria dizer:


-"Como se ele (...) Como se ele fosse um sobrevivente. É isso, um sobrevivente". Logo, ela olha pro lado e completa:


-"Agora vamos confabular um plano para pegar esses desgraçados. Ele está contando com a gente". 


Clark assente com um movimento de cabeça muito firme e consistente. 




(Flashback off - de volta a reunião na liga, no dia seguinte


Notas Finais


E aí leitores? O que acharam desse capítulo? Eu sei, eu sei, estou navegando por um local perigoso, mas peço que leiam. Esse capítulo vai ser FUNDAMENTAL num futuro não tão próximo.

Obrigado pelos comentários lindos que me incentivam muito a querer continuar. Obrigado pelas observações. Nesse sentido, esse capítulo vai em homenagem a minha escritora preferida desse universo aqui, @miss_amelie


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