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História Beautiful Bastard - Ten - História escrita por Cherry_Evans - Spirit Fanfics e Histórias
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História Beautiful Bastard - Ten


Escrita por: Cherry_Evans

Notas do Autor


Boa leitura ❤

Capítulo 10 - Ten


Fanfic / Fanfiction Beautiful Bastard - Ten

Hayley Atwell

Minha mente estava em outro lugar. Eu tinha algumas coisas para mostrar ao sr. Evans antes de ir embora para casa, precisava pegar alguns documentos para serem assinados, mas sentia como se estivesse andando em areia movediça: a conversa com meu pai ecoava incessantemente em meus pensamentos.

Quando entrei na sala do sr. Evans, observei os papéis nos meus braços, pensando em todas as coisas que eu ainda precisava organizar: passagens de avião, alguém para pegar minha correspondência, talvez até uma secretária temporária para o tempo que eu ficasse fora. E quanto tempo seria mesmo?

Percebi que o sr. Evans estava dizendo alguma coisa – bem alto – na minha direção. O que seria? Ele entrou em foco na minha frente e ouvi o final de sua ladainha:

– ... mal está prestando atenção. Meu Deus, srta. Atwell, eu preciso anotar isso para você?

– Podemos pular essa parte hoje? – eu pedi, cansada de tudo.

– O... o quê?

– Esse showzinho de chefe cretino.

Seus olhos se arregalaram e as sobrancelhas se juntaram.

– Como é?

– Eu entendo que você gosta de ser um grande cretino comigo, e admito que às vezes até acho isso sexy, mas estou tendo um dia horrível e gostaria muito se você simplesmente não falasse. Comigo – eu estava à beira das lágrimas, meu peito apertado dolorosamente. – Por favor.

Ele parecia surpreso, piscando rapidamente enquanto me encarava. Finalmente, balbuciou:

– O que foi que aconteceu?

Engoli em seco, arrependida do meu desabafo. As coisas eram sempre melhores com ele quando eu me controlava.

– Eu passei dos limites porque você gritou comigo. Desculpe.

Ele se levantou e começou a andar em minha direção, mas, no último instante, parou, sentou no canto da mesa e começou a mexer em um peso de papel.

– Não, quer dizer, por que seu dia está sendo tão ruim? O que está acontecendo? – nunca ouvi sua voz tão suave fora de uma transa. Mas desta vez ele estava falando em voz baixa não para manter um segredo, mas porque parecia genuinamente preocupado.

Eu não queria conversar com ele sobre aquilo porque parte de mim achava que ele iria tirar sarro. Mas uma parte ainda maior estava começando a suspeitar que isso não aconteceria.

– Meu pai precisou fazer uns exames. Ele está tendo dificuldades para comer. O rosto do sr. Evans se desfez.

– Comer? Ele tem uma úlcera?

Expliquei o que sabia: que aquilo tinha começado de repente e que um exame anterior mostrou um pequeno tumor em seu esôfago.

– Você pode ir para casa?

Encarei seu rosto.

– Não sei. Posso?

Ele estremeceu e piscou.

– Você acha que eu sou um babaca tão grande assim?

– Às vezes – eu imediatamente me arrependi de dizer isso, porque não, ele nunca fizera nada que me levasse a pensar que não me deixaria ir para casa com meu pai doente.

Ele assentiu e engoliu em seco enquanto encarava a janela.

– Você pode tomar todo o tempo que precisar, é claro.

– Obrigada.

Fiquei olhando para o chão, esperando que ele continuasse com a lista de tarefas do dia. Mas, em vez disso, o silêncio preencheu a sala. Pude ver pelo canto do olho que ele se virou e agora estava olhando para mim.

– Você está bem? – ele disse, com a voz tão baixa que eu não tinha certeza se ouvira direito. Considerei mentir e terminar essa conversa constrangedora. Mas não fiz isso.

– Não, na verdade não estou.

Ele ergueu a mão e passou nos cabelos.

– Feche a porta – ele disse.

Assenti, estranhamente desapontada por ele pedir para eu sair da sala.

– Depois eu trago as anotações nos documentos para...

– Eu quis dizer para fechar a porta, mas ficar aqui.

Oh.

Oh.

Eu me virei e andei pelo chão acarpetado em pleno silêncio. A porta da sala fechou com um som alto.

– Tranque.

Girei a tranca e senti ele se aproximar até que sua respiração quente chegou ao meu pescoço.

– Deixe eu tocar você. Deixe eu fazer alguma coisa.

Ele entendia. Ele sabia o que poderia me dar – distração, alívio, prazer diante de um pânico crescente. Não respondi, pois não era preciso. Afinal, eu tinha fechado e trancado a porta. Mas então senti seus lábios macios percorrendo meu ombro e subindo pelo pescoço.

– Seu cheiro é... incrível – ele disse, desamarrando o fecho do meu vestido atrás do pescoço. – Seu cheiro sempre fica em mim depois.

Ele não disse se aquilo era uma coisa boa ou não, mas percebi que não importava. Gostei de saber que ele sentia meu cheiro mesmo depois que eu ia embora.

Com suas mãos deslizando até minha cintura, ele me virou e se inclinou para me beijar, em um único e suave movimento. Isso era diferente. Sua boca estava macia, quase suplicante. Não havia nenhuma hesitação – nunca havia hesitação nenhuma em nada do que ele fazia – mas aquele beijo quase parecia mais amoroso e menos como uma batalha sendo perdida.

Ele puxou meu vestido pelos ombros, deixando-o cair aos meus pés enquanto deu um passo para trás, dando apenas espaço suficiente para o ar frio do escritório apagar seu calor da minha pele.

– Você é linda.

Antes que eu pudesse processar a suavidade daquelas novas palavras, ele soltou um sorriso provocante, se inclinou para me beijar, agarrou minha calcinha e rasgou.

Isso nós conhecíamos.

Estiquei o braço para abrir sua calça, mas ele se afastou e balançou a cabeça. Então moveu sua mão entre minhas pernas, encontrando a pele molhada e macia. Senti em meu rosto sua respiração acelerar enquanto seus dedos conseguiam ser ao mesmo tempo delicados e rudes. Suas palavras soavam profundas, safadas, dizendo que eu era linda, que eu era uma devassa. Dizendo que eu o provocava e que ele gostava disso. Disse o quanto gostava da minha voz quando eu gozava.

E mesmo quando gozei, ofegante e agarrando seus ombros através do terno, tudo que eu conseguia pensar era que também queria tocá-lo. Queria ouvi-lo se perder igual a mim. E isso me aterrorizava. Ele retirou os dedos, deslizando sobre meu clitóris sensível e provocando um estremecimento involuntário.

– Desculpe, desculpe – ele sussurrou, beijando meu rosto, meu queixo, minha...

– Pare – eu disse, afastando minha boca da sua. A súbita intimidade que ele ofereceu, além de tudo mais que acontecera naquele dia, era coisa demais para eu aguentar.

Ele pousou sua testa contra a minha por alguns segundos antes de assentir uma vez. De repente, fiquei chocada. Sempre pensara que ele tinha todo o poder e eu não tinha nada, mas, naquele momento, percebi que poderia ter tanto poder sobre ele quanto eu quisesse. Eu só tinha de ter coragem para isso.

– Vou sair da cidade neste fim de semana. Não sei quando volto.

– Bom, então volte ao trabalho enquanto ainda está aqui, srta. Atwell.



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